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CAMBISTAS


E.R

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Muitos de nós tem o hábito de ir a estádios de futebol (Charles, Felipe Matano, eu, entre outros) e todos nós já enfrentamos - ao menos uma vez na vida - dificuldades para comprar ingressos pra um grande jogo do nosso time. E os vilões como sempre são os insuportáveis cambistas, que tão logo percebem que nós estamos na fila pra comprar o nosso ingresso e já vem nos abordar. Fora os cambistas chatos que atuam na porta do estádio.

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Pra o jogo do Flu na final da Libertadores, 70 mil ingressos se esgotaram em apenas quatro horas. Como é possível ? A reportagem do RJTV, da Globo, mostrou um policial furando a fila e comprando vários ingressos (que possivelmente seriam repassados para cambistas) . A máfia age de maneira descarada e muitos funcionários de clube e policias tão envolvidos nisso.

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No jogo do Corinthians contra o Sport no Morumbi e no do Palmeiras contra a Ponte Preta no Palestra Itália (ambos jogos decisivos) foi a mesma palhaçada, com os cambistas fazendo a festa.

Na noite de ontem, o programa "FANTÁSTICO", da Rede Globo, mostrou uma matéria sobre esses bandidos :

NOTÍCIAS
O Fantástico revela os bastidores de um escândalo. O golpe dos ingressos que uma quadrilha vem aplicando nos estádios do Brasil.

Quarta-feira passada, Brasil e Argentina. Em campo, nenhum vencedor. Mas, na bilheteria do jogo, alguém saiu ganhando. Provisoriamente.

A Operação Casa Cheia prendeu quatro homens no Paraná e no Rio de Janeiro na madrugada do último sábado. O quinto integrante se apresentou à polícia na tarde de sábado.

Eles são acusados de falsificar ingressos de jogos de campeonatos estaduais, do Brasileirão, da Taça Libertadores da América e até das eliminatórias da Copa do Mundo.

O golpe chegou à decisão da Libertadores, que acontecerá no próximo dia 2. O centro do esquema ficava dentro do estádio do Coritiba Futebol Clube. O clube usa o sistema de comercialização de ingressos da BWA, uma empresa que tem sede em São Paulo.

Segundo investigação da Polícia Civil do Paraná, a quadrilha contratava uma gráfica em Curitiba para fabricar os ingressos. Depois, em uma sala do estádio do Coritiba, entradas não só de jogos em todo o Brasil, como também de grandes eventos recebiam um código eletrônico e então eram impressas.

“A gente tem um código via internet, que ele gera, aí a impressora puxa o ingresso e já codifica ele”, explica um funcionário.

Para não ser detectada, a fraude tinha uma lógica simples:

“Uma lotação máxima de um estádio de futebol, 70 mil ingressos rodados para a realização de um jogo. Em determinada numeração, repetiam vários ingressos. Então, chegavam a uma capacidade, por exemplo, de 75 mil, 80 mil ingressos. Esses ingressos a mais eram vendidos no mercado negro”, conta Luiz Fernando Delazari, secretário de segurança do Paraná.

O sinal de alerta veio com a própria quantidade anormal de ingressos.

“O que me chamou a atenção foi o fato de a oferta de ingressos, mesmo ante jogos que não tinham grande apelo popular, que se poderia sem fila comprar ingresso nas bilheterias, eles eram oferecidos fora. Isso sempre me preocupou. Depois constatei, constatamos uma duplicidade de ingresso em um jogo do Coritiba Futebol Clube. Como vítimas de uma situação e pra esclarecer essa situação, nós desencadeamos uma investigação policial, através da segurança pública e da delegacia de estelionato”, afirma o presidente do Coritiba Jair Cirino dos Santos.

A investigação aponta um homem, César Domakoski, como chefe da quadrilha. Seu filho, Thiago, trabalhava no setor de ingressos do Coritiba. César recebia encomendas de ingressos de dois homens no Rio de Janeiro, os irmãos Bruno César Polito e Francisco Polito Júnior.

Em telefonema que foi monitorado com autorização judicial, César e Bruno falam sobre o Fluminense, um alvo cobiçado, e tratam das matrizes dos ingressos de Flamengo e São Paulo, jogo disputado este mês pelo Brasileirão.

Bruno: O do Fluminense eu não sei quando vai ser, não. Mas o do Flamengo eu acredito que amanhã eu já tenha. Aí eu devo mandar um pouquinho. Flamengo e São Paulo é jogão, né?

César: Ah, é?

Bruno: É. Flamengo e São Paulo.

César: Ah, então beleza.

Em outra conversa, Bruno critica a qualidade do ingresso do clássico Flamengo e Fluminense. Ele diz que é mal feito e que, por isso, se parece com os ingressos produzidos pela quadrilha.

Bruno: Agora Fluminense mudou, meu amigo. É a Baía de Guanabara com o Pão-de-Açúcar no fundo.

César: É mesmo?

Bruno: Azul cheio de barquinho, meu amigo.

Bruno: Deve ser a Marina da Glória, tem o Pão-de-Açúcar no fundo.

César: Que é isso!?

Bruno: E mal feito!

César: Malfeito?

Bruno: Parece... Parece que foi feito igual ao nosso.

César: É mesmo, cara?

Bruno: Tu vai ver quando receber aí.

César: Bom, manda aqui para a gente ver o que vai dar para fazer.

Agora, Júnior e César falam sobre os ingressos da decisão da Taça Libertadores. Ela acontecerá no dia 2 do mês que vem, no Maracanã, quando o Fluminense enfrentará o LDU, do Equador. A quantidade de ingressos pedidos por Júnior deixa César espantado.

César: É o seguinte: você tem mais ou menos perspectiva do dia 2 aí, que eu vou começar a fazer a traseira dele.

Junior: A quantidade a princípio é quatro mil.

César: Nossa! Que maluco! Que é isso, cara! Sério?

Junior: Sério, pô.

Iniciada ontem, a venda dos ingressos oficiais para a decisão terminou em poucas horas. O mais caro custa R$ 300. Para evitar os cambistas, torcedores dormiram na fila e houve muita confusão.

Ao ser preso na madrugada de ontem pela polícia do Paraná, em conjunto com a polícia do Rio, Júnior negou participar do esquema com César.

Junior: César? César é meu amigo. César é meu amigo. Por quê?

Fantástico: Que tipo de negócio vocês têm?

Junior: Nada. É amizade.

Mas os policiais encontraram ingressos na casa de Júnior, no carro dele e no escritório em que ele trabalha.

Policial: Fileira, assento e o número de série é o mesmo. Os cinco são iguais.

Em Curitiba, a operação Casa Cheia também chegou cedo à casa de César, apontado como o chefe da quadrilha.

Policial: Isso aqui é o mandado de busca e apreensão na sua residência.

Mulher: Mas o que é isso, César?

Na casa, foram encontrados não só ingressos, como também dinheiro e ainda equipamentos da empresa BWA. Em nota, a empresa diz que não participa do esquema. Já a polícia do Paraná diz que está investigando a BWA e que seus diretores foram convocados a prestar esclarecimentos.

No quintal da casa, a polícia ainda achou um saco de ingressos do jogo Brasil e Argentina, realizado na quarta-feira passada. E, por fim, material de confecção de ingressos foi apreendido na gráfica utilizada pela quadrilha.

“Os principais envolvidos no esquema que atingiu o país inteiro estão presos. Com essa apreensão da gráfica, as apreensões realizadas na gráfica, o serviço fecha com chave de ouro, né?”, comenta o delegado Marcus Vinicius Michelotto.

Fantástico: Que conselho o senhor poderia dar para presidente de outros clubes do país, que também trabalhem com esse tipo de empresa?

“Que verifiquem se os prepostos encarregados da confecção e da comercialização dos ingressos são pessoas de confiança, no âmbito de seus clubes. Trata-se certamente de uma quadrilha que é a fina flor da competência delinqüencial. Extremamente articulada, com ramificações que agora a gente espera que as autoridades identifiquem e punam”, recomenda o presidente do Coritiba.

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Ano passado comprei 4 dias antes meu ingresso para SPFC x América-RN que valeu o Penta Tricolor e não tive menores problemas para comprar meu ingresso, mas quando vou em jogos neutros e compro meu ingresso na hora, são 500 cambistas te oferecendo e tals pra vc, acho que isso só acaba com nosso futebol e recomendo não comprarem, assista o jogo pela TV ou ouça pelo Rádio, se não conseguir ir, a melhor forma, caso não consiga ir ver seu time do coração ir jogar :D

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Então, Luiz, como meu pai é sócio do Flamengo ele compra os ingressos dentro da sede do clube com antecedência. Agora, jogo de seleção brasileira eu não vou nem pensar, a máfia dos cambistas age forte nesses tipos de evento, prefiro ver na TV mesmo. :joinha:

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Seu Madruga Veste Preto

É muito chato, mas já me acostumei. A tradicional pergunta: " Já tem ingresso amigo?" feita várias vezes a caminho da entada do estádio entra por um ouvido e sai pelo outro. Só compro ingresso na bilheteria com medo de passar vergonha na hora de colocar o ingresso na roleta.

Pelo menos aqui no Maracanã, flanelinhas, cambistas e camelô já são parte da paisagem e não tenho esperança de que saiam dela .

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Eu já tive alguns problemas com cambistas, mas um em especial, foi marcante pela criatividade.

Campeonato Brasileiro 2005, Palmeiras e Atlético/MG, estréia do técnico Leão no Palestra Itália. No estréia de fato dele, o Palmeiras goleou o Figueirense, de Edmundo (que inclusive perdeu um pênalti), por 5 a 2. Portanto, a torcida estava bem entusiasmada.

Eu e meu primo decidimos no dia que iriamos no jogo, e lá fomos nós atrás de ingresso.

Quando estávamos no caminho do estádio, veio um cara, com seus 40 e poucos anos, desesperado:

- Acabou os ingressos, acabou os ingressos!

E misteriosamente aparece um velhinho vendendo ingressos.

O cara, sem hesitar, compra um ingresso com ele e sai andando.

Eu e meu primo, sem muita malícia, caímos no golpe e compramos os ingressos por 25 reais cada.

Chegando no estádio, lá estava a bilheteria funcionando a todo o vapor.

A partir deste episódio, sempre compro os ingressos um, dois dias antes da partida.

Sobre a final do Paulista, acessem esse link do meu blog, que eu conto como foi a venda de ingressos em um ponto de venda, no Canindé:

http://najogada.wordpress.com/2008/04/29/m...alestra-italia/

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Então, Luiz, como meu pai é sócio do Flamengo ele compra os ingressos dentro da sede do clube com antecedência. Agora, jogo de seleção brasileira eu não vou nem pensar, a máfia dos cambistas age forte nesses tipos de evento, prefiro ver na TV mesmo. :joinha:

Até pq, jogos assim gosto de comprar antes, se não, fico sem ver, só irei no estádio ver a seleção quando tiver um técnico descente... E espero que melhore isso, pq é brincadeira fazerem isso com o torcedor...

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A máfia dos ingressos já tá virando coisa pra uma ação da Polícia Federal. Tá mais do que na cara que tem muita gente levando dinheiro por trás dessa máfia: clubes, dirigentes, empresas, etc. Assim como no tráfico, os cambistas hoje são meros "aviõezinhos".

Essa história dos caras venderem 60, 70 mil ingressos em 3, 4 horas, não faz o menor sentido. Só com centenas de guichês eles conseguiriam isso. Só fazer as contas...

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Seu Madruga Veste Preto

A venda de ingressos mais rápida da história foi a de 50 mil ingressos em 40 minutos para um show do Pink Floyd em 1994.

Hoje em dia se a venda não for por internet e telefone, é impossível vender tantos ingressos de maneira tão rápida.

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Hoje em dia se a venda não for por internet e telefone, é impossível vender tantos ingressos de maneira tão rápida.

Se na porta dos estádios que tá todo mundo vendo é essa esculhambação, você já imaginou pela internet ou por telefone? Vai dar "esgotado" em 5 minutos, tendo vendido uns 500 ingressos. O resto vai tudo pros cambistas. :assobiando:

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