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Qual seria o nome ideal para o lugar do Dunga ?


E.R

Quem deve assumir a seleção na vaga de Dunga ?  

29 votos

  1. 1. Quem deveria ser o novo técnico da seleção brasileira ?

    • Vanderlei Luxemburgo
      9
    • Paulo Autuori
      2
    • Renato Gaúcho
      3
    • Muricy Ramalho
      10
    • Cuca
      0
    • Mano Menezes
      1
    • outra opção, justifique-a
      4


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Pô E.R., falar que o Portaluppi é humilde é sacanagem :P Esse cara tá falando tanta mer** ultimamente que eu quase queimei uma foto que eu tirei com ele.

Eu gostaria que o novo técnico fosse o Zico.

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Nenhum desses me dá confiança,queria o Felipão mas esse num vem mesmo.

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Reverendo Majo Jojo
Me parece que se o Luxemburgo assumir a seleção, o Palmeiras o libera sem a necessidade de pagar a multa.

Pode ser também... se estiver no contrato ou se a relação com a diretoria palmeirense for boa...

Afinal, é bem diferente sair do Palmeiras e ir para a seleção do que sair do Palmeiras e ir para o Corinthians, por exemplo.

Aliás, quando o Luxa foi para a seleção, ele estava trabalhando no Corinthians e conciliou durante um tempo os dois empregos. De repente poderiam entrar num acordo pra ele continuar no Palmeiras até o fim do ano, por exemplo.

Seria a volta do Marcos ao gol do Brasil :rolleyes:

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ER devia ser o novo técnico ou o mestre linguiça ou o seu madruga :lol:

paulo autuori ele ganhou o mundial com o são paulo já que o Abel não tá disponivel ou o luxa pode ser também o Guus Hidink

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O ideal seria Felipão. Mas como ele está no Chelsea, votei no Luxemburgo.

Mas como quero que a seleção brasileira se exploda, qualquer um :D

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Para mim o Dunga pode ficar mesmo.

O melhor sem dúvida seria o Felipão.

Eu votei no Luxa mas ele não vai sair do Palmeiras! Então seria o Muricy

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Só para lembrar: quem votou em Luxemburgo deve saber que é impossível que ele volte a treinar a seleção enquanto Ricardo Teixeira for dela o dono.

isso não é o Luxemburgo, é o Leão...

nossa, o Muricy na Seleção seria mais criticado q o Dunga uhauhahua... :P

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NOTÍCIAS
FOLHA ON LINE

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O apresentador Fausto Silva criticou o técnico da seleção brasileira, Dunga, durante o programa deste domingo.

O "Domingão do Faustão" realizou uma enquete nas ruas sobre o que o povo não agüenta mais. As pessoas podiam fazer reclamações e um dos entrevistados disse que não agüentava mais a seleção brasileira.

Após a exibição da enquete, o apresentador criticou o treinador da seleção. "Só neste país alguém estréia como técnico já na seleção."

O apresentador também não poupou o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, por ter oferecido o cargo a Dunga.

"Eu acho irresponsável quem dá um cargo para uma pessoa sem experiência, e tão irresponsável também é quem aceita. Depois não adianta ficar reclamando."

"E não adianta ficar colocando a culpa na torcida", completou Faustão.

Dunga criticou a torcida mineira, durante entrevista após o empate sem gols com a Argentina em Belo Horizonte. "O que gostaria é que no momento mais difícil e complicado a seleção tivesse apoio. Se tiver que reclamar e xingar, que faça depois do jogo", disse o técnico, que elogiou até o comportamento da torcida do Peru, lanterna destas eliminatórias.

Na ocasião, Dunga também reclamou da imprensa, deixando um recado indireto para a Rede Globo.

"Vim para fazer um trabalho, e algumas pessoas não estão contentes. Coloquei regras, e alguns não gostaram disso", disse o técnico, referindo-se ao veto de entrevistas exclusivas e às restrições na montagem de grandes estruturas de emissoras de TV nos locais de treinamentos da seleção, fato corriqueiro para a Globo nos tempos de Carlos Alberto Parreira. A Globo tem os direitos de transmissão de todos os amistosos da seleção e também dos jogos da equipe em casa pelas eliminatórias. Boa parte do dinheiro que gasta, na casa dos milhões, vai para a CBF.


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E a Globo cada vez mais em atrito contra o Dunga. O Dunga já é um treinador medíocre e um cara mal-educado, antipático e ríspido. Agora, imagina você ter a "poderosa" querendo te derrubar. Agora, a Globo é hipócrita porque deveria ter criticado o Dunga desde o princípio e não só agora, com os maus resultados. Sem contar que o verdadeiro culpado dessa história é o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, afinal de contas, foi ele que contratou o Dunga. E a Globo já mostrou as falcatruas do Ricardo Teixeira em um "Globo Repórter" de 2001, mas colocou panos-quentes na história depois que o Ricardo Teixeira ajudou a Globo a conseguir contratos vantajosos pelos direitos da Copa do Mundo e das competições nacionais, culminando com a Fátima Bernardes dando parabéns ao Ricardo Teixeira depois da final da Copa 2002 no ônibus da seleção, fingindo que nada tinha acontecido.

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:lol:
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NOTÍCIAS
Terra

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. Vanderlei Luxemburgo, técnico mais vencedor em atividade no futebol brasileiro, concedeu uma entrevista exclusiva ao Terra. Na conversa com o jornalista Wanderley Nogueira, no programa Esportes Show, o técnico do Palmeiras fez críticas à convocação de Ronaldinho e ao papel de Kaká na Seleção. O treinador ainda comentou a situação da Seleção Brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010 e o desempenho do técnico Dunga, vaiado após o empate por 0 a 0 com a Argentina, na semana passada. "O Dunga está lá, técnico da Seleção Brasileira. Ele está adquirindo experiência na Seleção Brasileira. É diferente. Ele entrou como técnico da Seleção Brasileira quando ele nunca havia dirigido um clube de futebol e o colocaram lá. É um risco muito grande e essas experiências, se você pegar, no futebol europeu, tendem a dar certo, como têm dado certo", afirma.

Sobre Ronaldinho, Luxemburgo acredita que o jogador não merece uma vaga na Seleção pela última temporada e recomenda um "puxão de orelhas" no meia, que está de saída do Barcelona. O mesmo vale para Kaká. Para o treinador, o melhor jogador do mundo deveria assumir o papel de líder e tornar-se referência da equipe brasileira. "Quando você vem para uma Seleção Brasileira, você tem que saber a noção exata do que você representa para o teu País", ressaltou. Para o técnico, os dois meio-campistas foram, com Lúcio, a base ideal para o momento de transição que o time atravessa.

Perguntado sobre um possível convite da CBF para dirigir a Seleção, Luxemburgo foi taxativo e afirmou não ter recebido qualquer sondagem sobre o assunto. No entanto, mostrou preocupação com a classificação da equipe para a Copa do Mundo de 2010. "O Brasil tem que tomar cuidado. (...) Acho que é o momento de repensar algumas situações", afirmou.

Wanderley Nogueira - Vanderlei, a primeira pergunta é inevitável. (...) O próximo adversário será o selecionado chileno, no dia 07 de setembro, em Santiago, no Chile. Chile que está neste instante à frente da Seleção Brasileira. No próximo jogo contra o Chile você será o treinador da Seleção Brasileira ?

Luxemburgo - Com respeito de eu estar lá, espero que não. Eu espero que o Dunga continue e que ele consiga o resultado dele, eu acho que vou estar em casa assistindo e torcendo pelo Brasil.

Wanderley Nogueira - Você tem algum impedimento legal, contratual, que impede você, se o telefone tocar agora, de assumir a Seleção Brasileira?
Luxemburgo - Nada. Nenhum impedimento para lugar nenhum. Nem para Seleção Brasileira, nem para clube. Eu tenho cláusulas de contrato que, a partir do momento em que ela é cumprida, não tem impedimento.

Wanderley Nogueira - O seu compromisso com o Palmeiras permite que você treine a Seleção Brasileira e treine o Palmeiras simultaneamente ou você precisaria optar ?
Luxemburgo - Meu compromisso com o Palmeiras tem umas cláusulas que permitem você romper o contrato ou não. E o pessoal acha que romper um contrato em cima de uma cláusula você não está cumprindo o contrato. Muito pelo contrário, você cumpre o contrato, mas cumpre o contrato para qualquer coisa ou situação. Ou seja, Seleção Brasileira, ou time de fora, como eu já discuti isso. Existe uma multa e, a partir do momento em que o Palmeiras pague para me dispensar ou eu pago a multa para sair, está sendo cumprido o contrato, entendeu ? Meu contrato não tem nada que impeça nada. Meu contrato está bem esclarecido, muito bem estabelecido, muito bem discutido pelas duas partes, o advogado do Palmeiras, meu advogado, está muito bem redigido para ser cumprido e, no momento certo em que qualquer decisão for tomada, em qualquer momento, o contrato está lá para estabelecer. Discutir isso aí é uma coisa meio oportunista. Eu acho que não é uma situação... Ela só tem que ser a partir do momento que tem um convite. Aí eu vou discutir toda esta parte. Enquanto não, é aquilo que eu falei. Espero estar na minha casa, com a minha neta no meu colo, comendo pipoca e assistindo o Brasil dando uma pancada no Chile e subir na tabela.

Wanderley Nogueira - Não teve o convite, Vanderlei ?
Luxemburgo - Nada. Zero, zero, zero. Zerão (sic)... Zero. Nenhum convite de ninguém.

Wanderley Nogueira - Quem manda prender e manda soltar é o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que está no comando da CBF há tantos anos. Todo mundo sabe que ele é que tem o poder de decisão, de contratar ou de demitir. Embora ouça muitas pessoas e ele decide no final pela direita ou pela esquerda. A sua relação hoje com Ricardo Teixeira qual é ?
Luxemburgo - Boa. Nunca tive problemas com Ricardo Teixeira. Eu saí da Seleção porque foi uma avalanche de críticas e de situações... e que nada foi explicado até hoje. Tudo aquilo que aconteceu você acompanhou bem todas as situações, e eu continuo parado nas duas situações que eu tenho quatro ou cinco inimigos meus que continuam achando que eu tenho problema e eu continuo achando que não tive problema, que eram a idade e do Fisco. Fora isso aí, nada. E o pessoal, toda aquela confusão todinha, não tinha jeito, eu tinha que sair. Não tinha ambiente. Eu acho que houve um erro de estratégia. Eu até já comentei com o Ricardo Teixeira. Eu acho que naquele momento, pelo trabalho que eu vinha desenvolvendo, que era bom, você se recorda disso, era o momento de uma licença e não de uma quebra de contrato. Mas eu continuo com o Ricardo Teixeira em alguns eventos, conversamos, tomamos um vinho... não houve nenhum desgaste na minha relação com ele, nem com ninguém naquele processo lá. Muito pelo contrário, o desgaste foi mais externo, fora da Seleção Brasileira, do que na Seleção Brasileira.

Eu estou neste negócio, com 56 anos, desde 1983 sozinho como técnico. Neste meio em que nós vivemos, se eu tivesse levado um centavo de um empresário, será que não teriam noticiado com tantas afirmações. Então aquilo me deixou muito assim, que passou-se a ter uma desconfiança muito grande do profissional, da forma como eu trabalho, em função de acusações improcedentes. E eu fico com essa coisa até hoje me remoendo (sic). "Pô, eu continuo contratando jogador, dispensando jogador, fazendo contato com jogador, dizendo quanto tem que pagar, fazendo tudo o que eu fazia da mesma forma, porque eu sou íntegro, mas aquilo ali foi uma das coisas que mais mexeu comigo". Porque você usar a Seleção Brasileira para convocar jogador e, mesmo no clube, você tirar proveito disso é uma coisa muito injusta e a maior carteira de idoneidade foi me passada através da CPI.

Wanderley Nogueira - O fato de você ser amigo do Ricardo, no caso do J. Hawilla, que é um empresário de sucesso, diga-se de passagem. Isso ajuda ou prejudica ?
Luxemburgo - Nada a ver. Eu sou seu amigo e nem por isso você deixa de me elogiar ou criticar em cima das atitudes que eu tomo. Uma coisa é a amizade, o meio que você tem do futebol. Os meus amigos são do meio do futebol. O "jotinha" em conheci no futebol. Então a amizade que eu tenho fora do futebol. Não só no futebol. Eu sou amigo da família. Com o Ricardo eu fiz amizade no futebol , quando fui convocado para a Seleção Brasileira, e mantemos até hoje a amizade. Então, meus amigos são do futebol, eu sou um homem do futebol. Isso não pode trazer nenhum benefício ou prejuízo. Então as pessoas querem fazer esse tipo de conotação. Nada a ver. Eu não sou amigo de médico, eu não sou médico, não trabalho em hospital. Não sou mecânico para ter amizade com mecânicos. Eu sou técnico de futebol, meus amigos são jogadores, técnicos, pessoal da imprensa (uns mais próximos, outros menos), mas é assim que é a relação. Não tem nenhum problema. Não pode nem ajudar nem prejudicar em nada.

Wanderley Nogueira - Hoje, o Brasil...
Luxemburgo - Eu acho que técnico da Seleção Brasileira é cargo de competência. Vou dizer de coração, para mim, o primeiro técnico do Brasil para disputar uma Copa do Mundo, é o atual campeão. Pesquisa é o Felipão. Você não tenha dúvida. Bote a pesquisa! É o Felipão. Porque é o último campeão. Essa é uma grande realidade. Se o Felipão estivesse trabalhando no Brasil e tivesse essa confusão, esquece o Luxemburgo. Felipão seria a bola da vez, que é o campeão, que mostrou um trabalho, que tem um trabalho realizado. Então eu tenho os pezinhos no chão. Sei de tudo o que acontece, sei dos questionamentos que as pessoas fazem: "Ah, o Luxemburgo tem muito problema. Que vai levar para Seleção. Que o Ricardo fala isso". Isso é tudo extra. Na parte do "se", mas na realidade, são tantas coisas diferentes, que a gente sabe como funciona. Eu, com a experiência que eu tenho... Há um tempo eu era fio desencapado. Hoje eu estou ficando mais velho, mas experiente, mais sossegado. Então a gente diz "isso aqui não, deixa quieto, não vou discutir isso aqui". Outras coisas não "essa aqui nós vamos discutir porque pode trazer algum tipo de problema".

Wanderley Nogueira - Você acabou de dizer que, para ser técnico da Seleção Brasileira, precisa ser competente. O Dunga é ?
Luxemburgo - O Dunga está lá, técnico da Seleção Brasileira. Ele está adquirindo experiência na Seleção Brasileira. É diferente. Ele entrou como técnico da Seleção Brasileira quando ele nunca havia dirigido um clube de futebol e o colocaram lá. É um risco muito grande e essas experiências, se você pegar, no futebol europeu, tendem a dar certo, como tem dado certo. O (Franz) Beckenbauer nunca foi técnico. Colocaram a figura do Beckenbauer lá e ele ficou, mas é um a cultura diferente da nossa. Aqui ele vai ter que cavoucar minhoca em barro duro para poder conseguir os seus resultados. Está vendo aí como a coisa funciona. E se você pegar numa competição, faltando um mês para uma competição, a coisa tende a caminhar, mas quando se tem projetos, de começo, meio e fim, a coisa já começa... Tem que saber como é que elabora... E ele está tendo problema justamente nesta situação aí. Na competição ele não tem problema e não terá problema nenhum.

Wanderley Nogueira - Hoje o Brasil está em quinto lugar nas Eliminatórias. Se parasse hoje, claro que é hipotético e vai para Copa do Mundo, todo mundo sabe que vai. Mas hoje o Brasil está em quinto lugar, teria que brigar na repescagem para ir à Copa do Mundo. Até o dia 7 de setembro, toda vez que se abrir na tela do computador, a classificação das Eliminatórias, vai mostrar o Brasil lá em quinto lugar. Isso é óbvio que incomoda. Como um técnico administra isso ?
Luxemburgo - Você faz projeção de tabela. Com certeza o Dunga deve ter sentado com a comissão técnica e falado assim. "Vamos jogar contra o Paraguai e contra a Argentina. Aqui nós temos tantos pontos para somar. Se não somar, vamos ter que recuperar numa outra situação que você não encontraria para buscar pontos. Com certeza essa projeção foi feita. O problema é que nesta projeção houve uma mudança e você falou "o Brasil vai estar numa Copa do Mundo". Eu também acredito, mas tem que ter muito cuidado, porque na anterior nós já passamos ali no último jogo. O problema é que os dois próximos adversários serão confronto direto. Que são o Chile, que se ganhar sobe e, mesmo que ganhe aqui, você não iguala, tendo que tirar a diferença numa outra situação, e a Venezuela que vem ali próximo na tabela. Então acho que aí o Brasil vai brigar pela classificação e tem que projetar até o final da competição quais são os jogos decisivos e, com certeza, o Dunga já fez esta projeção com a comissão técnica.

Wanderley Nogueira - O país questiona o fato de a Seleção ser formada por jogadores que estão no exterior e muitos são reservas nos clubes onde estão. O que você pensa ?
Luxemburgo - Não tem como ser diferente. O êxodo de jogadores é muito grande. Eu tenho certeza que em 2014 vamos ter muito mais brasileiros naturalizados jogando contra o Brasil aqui na Copa do Brasil, com muitos mais jogadores do que só um ou dois. Serão muito mais porque estão saindo 17 anos. Dezessete mais seis, são 23 anos, 24 anos, estarão jogando aqui no Brasil, como já está acontecendo em alguns países aí que você pergunta "quem é esse cara?". É brasileiro. É que nem o africano que vai para lá e está acontecendo muito isso aí. Não existe uma identidade do povo brasileiro com o atleta brasileiro. Não existe, porque os jogadores jogam fora do Brasil. E você só consegue envolver a Seleção Brasileira. Essas vaias contundentes que nós estamos vendo por aí é porque você não está aqui todos os dias jogando. Mesmo assim, antigamente, eu lembro que antes da Copa de 1970, o Paulo Cesar Caju foi vaiado aqui no Morumbi, porque a rivalidade era muito grande. Você imagina a Seleção de 70 que a maioria dos jogadores atuava no Brasil. Então você só consegue fazer com que a população brasileira se identifique e que faça uma sintonia com a Seleção em competição. Na Copa do Mundo ou na Copa América. Fora isso, você não consegue envolver.

Wanderley Nogueira - Mas a questão não é essa... são reservas...
Luxemburgo - Jogadores que atuam no Brasil como titular jogam fora e ficam na reserva de algumas equipes. Mas não é a primeira vez que isso acontece. O problema não é jogar ou não jogar como titular. O problema está na perda da referência e você não ter referência. Você tinha uma referência que era o Ronaldo... ou algumas referências, que eram o Ronaldo, o Cafu, o Roberto Carlos, o Dida, o Marcos, o Zé Roberto, o Rivaldo. E quando esses jogadores iam atuar, eles chamavam a responsabilidade daquilo que o treinador fazia para dentro do campo e o adversário dizia "olha aqui. Nós vamos jogar hoje contra o Cafu, contra o Roberto Carlos, contra o Ronaldo, contra o Zé Roberto, contra o outro, o outro. Opa!". Ficava diferente. É um momento de transição na Seleção Brasileira, inclusive com essas referências. Para que o adversário se sinta intimidado.

Wanderley Nogueira - Perdeu o respeito...
Luxemburgo - O que aconteceu contra a Argentina e contra o Paraguai é que, se a Argentina fosse um pouco mais ousada, teria conseguido o resultado. Porque o Paraguai simplesmente... eu perdi o jogo para o Paraguai lá, mas eles tiveram que sofrer para ganhar, porque eu tinha os jogadores... Rivaldo. Todo mundo estava lá.

Wanderley Nogueira - Você não vê ninguém capaz disso ?
Luxemburgo - É isso... Mas é um momento de transição. Eu vejo, mas não quero citar nomes. Aí é que está. Quem vai chamar a responsabilidade ? Quem vai dizer assim "está difícil aqui, vem aqui". Parece uma coisinha muito fácil de falar, mas é uma geração que acabou e outra que está chegando com pessoas remanescentes que eram coadjuvantes. O Ronaldinho era coadjuvante daquela Seleção, o Kaká também, o Robinho disputou uma Copa do Mundo, mas não é uma... Entendeu? Então, se você pegar as duas Copas do Mundo, aquela que foi campeã do mundo com o Felipão, você tem o Kaká e o Ronaldinho e o Lúcio. São três jogadores. Há o Gilberto Silva. Mas o Gilberto Silva vem há um ano no Arsenal e na Seleção Brasileira com altos e baixos. Você pode falar que dentro da Seleção Brasileira tem três nomes remanescentes que servem de base hoje, que são Ronaldinho, Kaká e Lúcio. Então é complicado isso aí. Os jogadores não precisam ter privilégios. Privilégio é o salário, a conquista, é ganhar 100 milhões. Aí que está o privilégio. Tem que saber se esse jogador quer a Seleção e a Seleção quer o jogador. O que o Ronaldinho fez não merecia a Seleção Brasileira nesta última temporada. Então você tem que falar para o Ronaldinho: "olha aqui, meu garoto, você quer a Seleção Brasileira, mas esquece tudo o que você está fazendo que você vai vir pra cá. Agora você tem que falar que você quer a Seleção Brasileira!". Eu vou te dar a chance aqui. A primeira atitude minha na Seleção Brasileira foi virar para o Roberto Carlos e falar "vem aqui, e o seu relógio?". Fui lá a Madri (Espanha). "Você tinha que falar para a população...". Ele "não foi uma brincadeira...". Mas repercutiu mal. "Você esqueceu o relógio? Você quer ser o Roberto Carlos comigo, eu vou te fazer voltar para Seleção e vou bancar sua situação, mas você tem que esquecer seu relógio".

Então, o Ronaldinho não fez por merecer a Seleção Brasileira. Jogou 13 vezes pelo Barcelona e não mostrou nenhum interesse, fisicamente bem, sendo o melhor jogador do mundo, em algumas atitudes dentro da sua equipe. Então, obviamente ele não deveria estar na Seleção Brasileira. Acho também que existe um antagonismo, tanto para lá quanto pra cá. Então tem que chegar e dizer "meu garoto, o que você quer? Quer Seleção Brasileira? Mas deste jeito que você está você não pode querer a Seleção Brasileira. Para Seleção é diferente, porque não tem mais o Ronaldinho, o Fenômeno, não tem mais o Rivaldo. Agora você é a bola da vez. Para ser a bola da vez, do jeito que você está jogando, você não pode ser a bola da vez. Você não vai ser referência da Seleção Brasileira com esse comportamento". Então falta esse tipo de chegar, entendeu?

Wanderley Nogueira - E o Kaká ?
Luxemburgo - O Kaká tem demonstrado assim uma atitude. Ele sempre teve uma atitude muito nobre em termos de comportamento. Mas falta a ele ser um pouco mais sisudo, mais líder, mais tipo assim "eu sou o Kaká, melhor jogador do mundo, e eu sou a referência da Seleção Brasileira". Tem coisas que você tem que chamar a responsabilidade. Como o Didi, que pegou a bola depois do gol e falou "Dá aqui, vem cá. Essa bola é minha". Como o Pelé. Por isso eles foram eleitos os melhores do mundo. Para que, no momento oportuno, eles possam chegar botar a bola debaixo do braço e falar "é minha", mas com respeito. Você fala em privilégio, ninguém tem privilégio, nem Kaká, nem Ronaldinho tem privilégio nenhum. Não pode ter. Você pode ter contornar, com jogo de cintura, uma situaçãozinha daqui e outra dali, mas privilégios são os contratos maravilhosos que eles têm para serem eleitos os melhores do mundo. Mas quando você vem para uma Seleção Brasileira, você tem que saber a noção exata do que você representa para o teu país na expectativa do que você vai render para que a população brasileira se dê por satisfeita e feliz com aquilo que você está produzindo. Ele tem que ter esse discernimento.

Wanderley Nogueira - Por que só joga na Seleção Brasileira quem joga no exterior ?
Luxemburgo - Eu acho que é porque o êxodo de jogadores é muito rápida e muito precoce e lá fora se destacam. Eu vou te falar porque, xará. Nos últimos quatro anos, quais foram os melhores jogadores do Brasil ? Tevez, duas vezes Rogério Ceni e o Valdívia. Então você vê que nossos jogadores não estão aqui. Não surgiu nenhum grande jogador. Então você vai ver que estamos carentes de jogadores aqui no Brasil. E os que se destacam aqui, em seguida estão indo embora. Por isso que eu acho que a chegada destes empreendedores, destes investidores e o crescimento da moeda vai fazer com que o Brasil possa manter seus jogadores por mais tempo aqui. De repente, nós vamos ter jogadores convocados aqui, jogando no Brasil. Acho que vamos chegar nesta situação de oferecer. O que é oferecer ? A situação do Hernanes, por exemplo. Vamos dizer que o Hernanes tem uma proposta de 20 milhões...

Wanderley Nogueira - Você o considera um grande jogador ?
Vanderlei Luxemburgo - Um grande jogador. Um dos melhores que tem no Brasil. O melhor jogador que tem no Brasil. Um jogador fantástico. Gosto da maneira como ele se movimenta, como toca na bola com a direita, com a esquerda, é um excelente jogador. Vamos supor que seja 10 milhões de euros. O São Paulo não tem parceiros. Vamos botar ele no Palmeiras, parceiro. Vou ficar com o jogador no Brasil. O parceiro pode chegar e proporcionar a permanência do jogador no Brasil. Ou seja, ele oferecer 20% de grana para o jogador. Dois milhões de euros. Ele faz um contrato próximo da Europa, com prazo mais largo. E fica em casa. O parceiro passou a ficar com 20% de uma negociação futura, que pode ser 10, 15 ou 20, ele vai aferir lucros. Então o parceiro te proporciona essa possibilidade de o jogador ficar mais tempo jogando no Brasil. Eu acho que aí começa a ter o jogador. E a outra está na mudança da lei. Quando você faz o primeiro contrato de 16 a 21 anos. Você não consegue mais ter jogador no Brasil. Quando o jogador faz 19 anos, já está o empresário dizendo "não renova mais não. Vou te levar para fora". Agora se você fizer com 16 até 23 anos, eu vou ter uma capacidade de aferição melhor. Aquele que eu posso fazer de um ano se ele vai se destacar ou não. Se aparecer um Robinho ou um Pato, eu faço até 23 anos e pago a multa. A multa é a que foi do Pato: 20 ou 25 milhões. A do Robinho: 30 milhões. Aí tem que vender.


Sensacional a entrevista do Luxa ! Gostei da parte em que ele fala umas verdades sobre o Ronaldinho Gaúcho, que pouca gente da grande mídia tem coragem de falar.
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Grande Luxa, falou tudo... :reverencia:

Por essas e outras que quero ele de volta pra Seleção ser verdadeiramente uma Seleção

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Votei no Sr. Muricy Ramalho... um cara com muito respeito e profissionalidade,já está na hora de merecer um cargo assim,mesmo saindo do São Paulo,prefiro ele á seleção,se acontecer.

Ele é o preferido disparado do pessoal aki...

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  • 1 mês depois...
NOTÍCIAS
O GLOBO

. Vanderlei Luxemburgo virou a esperança de levantar a seleção brasileira, como conta Márcio Tavares na reportagem da edição desta quarta-feira de O GLOBO.

Diante do esvaziamento de Dunga, que pode até ser mantido por algum tempo, a CBF concluiu que Vanderlei é um dos raros treinadores em condições de reerguer o Brasil, em quinto lugar nas eliminatórias fora da zona de classificação para o Mundial de 2010 (nove pontos). Ele já teria sido até sondado pelo presidente da entidade, Ricardo Teixeira.


Só agora que o incompetente do Ricardo Teixeira viu isso ? E que se f*** a Copa 2010 ! :mad:
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