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Campeonato Brasileiro 2023 - Série A


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Chapolin Gremista
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FUTEBOL CARIOCA

Fluminense e Botafogo lideram Brasileirão

Enquanto o Fluminense de Diniz joga o fino da bola, o Botafogo é o time com maior invencibilidade entre os clubes da Série A

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Atual campeão carioca, o Fluminense de Fernando Diniz terminou a segunda rodada do Campeonato Brasileiro liderando a competição. O tricolor carioca venceu o Athletico Paranaense, campeão do Paraná, por 2 × 0 no Maracanã, no sábado (22). Há seis jogos sem perder, o time de Diniz, que joga o fino da bola, mostra a qualidade do treinador, que poderia muito bem assumir a Seleção Brasileiro no lugar de um estrangeiro.

Ao lado do Fluminense, com 100% de aproveitamento, está outro clube carioca, o Botafogo, que venceu o Bahia por 2 × 1, em Salvador nesta segunda-feira (24), encerrando a segunda rodada do Brasileirão. O Alvinegro, desta forma, continua com a maior invencibilidade entre os times da Série A, não perdendo há 10 jogos.

Os dois clubes cariocas estão com seis pontos. Na tabela, o Fluminense se mantém na 1ª posição pelo saldo de gols.

O São Paulo Futebol Clube, na estreia de Dorival Júnior, após a demissão de Rogério Ceni, venceu o América Mineiro por 3 × 0. Outro estreante em um clube paulista, Cuca, novo técnico do Corinthians, alvo de uma campanha histérica do identitarismo, começou com derrota. O Timão, inacreditavelmente, perdeu por 3 × 1 contra o Goiás.

Em sua volta ao Campeonato Brasileiro, agora no Flamengo, o técnico argentino Jorge Sampaoli — que venceu em sua estreia no rubro-negro na Libertadores — foi derrotado: no Rio Grande do Sul, o Flamengo perdeu por 2 × 1 contra o Internacional.

Outro gigante do futebol carioca, o Vasco da Gama falhou em vencer o Palmeiras no Maracanã. À semelhança do que ocorreu na primeira rodada, contra o Atlético Mineiro, onde abriu 2 × 0 no placar, mas depois tomou sufoco do Galo, mesmo segurando a vitória por 2 × 1; o Vasco começou vencendo o Palmeiras por 2 × 0, mas dessa vez saiu sem os três pontos, sofrendo dois gols que consolidaram o empate.

O Atlético, por sua vez, continua em crise. Com um elenco bem mais qualificado, o Galo ficou no 0 × 0 contra o Santos, que vive sua própria crise e é um dos candidatos ao rebaixamento este ano. O rival mineiro, Cruzeiro, no que lhe concerne, conseguiu arrancar uma vitória suada contra o Grêmio, superando o embalo do time gaúcho de Renato Portaluppi e do uruguaio artilheiro Luis Suárez.

Confira todos os resultados

Fluminense 2 × 0 Athletico-PR

São Paulo 3 × 0 América-MG

Cuiabá 1 × 1 Redbull

Cruzeiro 1 × 0 Grêmio

Internacional 2 × 1 Flamengo

Santos 0 × 0  Atlético-MG

Vasco 2 × 2 Palmeiras

Fortaleza 3 × 0 Coritiba

Goiás 3 × 1 Corinthians

Bahia 1 × 2 Botafogo

https://causaoperaria.org.br/2023/fluminense-e-botafogo-lideram-brasileirao/

 

 

 

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Chapolin Gremista
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FUTEBOL, VIROU CASSINO DIGITAL

Futebol: manipulação de resultados também ocorreu na série A

Burguesia está destruindo o futebol e tornando os clubes alvos fáceis para todo tipo de rapinagem e corrupção.

Surgiu mais uma ponta no plano imperialista de dominar o futebol brasileiro, o plano é, além de trazer treinadores inúteis para o futebol brasileiro, monopolizar o futebol, entregando os clubes para sociedades anônimas do futebol (SAF). Agora, chega ao conhecimento público outra parte do que desejam os “investidores” para nós brasileiros, transformar o futebol em um grande cassino a céu aberto.

Recentemente veio a público uma trama em Goiás que envolvia jogadores e apostadores. Segundo se apurou, jogadores recebiam propina para fazer, ou deixar de fazer, algo pelo seu time e com isso podendo alterar o resultado da partida. Jogos da série B e A dos campeonatos de 2022 estão sendo investigados.

No caso Cuca, Casagrande, o boneco de ventríloquo da Folha, impulsiona histeria identitária e revela seu caráter de bolsonarista “cheiroso” … Um moralista vaziohttps://t.co/dFT3vYEhxJ

— PCO – Partido da Causa Operária (@PCO29) April 21, 2023

O estranho dessa investigação é que o nome das empresas que ganhavam com a manipulação dos resultados até o momento não apareceu, deixando a bomba na mão de jogadores e de apostadores individuais.

Não se pode duvidar que essas empresas de apostas vão se empenhar em faturar o máximo possível e com para isso lesam os apostadores. Ficou famoso o escândalo de manipulação na série A do campeonato italiano de 2006. Segundo notícias da grande imprensa, mais de um terço dos envolvidos com esse esquema de corrupção estão na Alemanha.

Os sites de apostas estão se proliferando porque, como todo jogo, as pessoas tentam conseguir um dinheiro extra porque a vida está a cada dia mais difícil. Essas casas de apostas digitais passam a controlar o resultado dos jogos de futebol, e não só isso, a influenciar nas decisões de determinado time na medida em que se tornem seus controladores.

Os jogadores envolvidos no esquema, até o momento, são jogadores de times de menor expressão, que foram subornados por valores que não podemos dizer que sejam uma fortuna, entre R$ 50.000 e R$ 150.000, mas como todos sabem os jogadores de times pequenos recebem uma merreca de salário, quando recebem, e esses valores para esses jogadores pode lhes tirar a corda no pescoço.

Como a própria investigação demonstrou, até times da série A estão envolvidos, e o resultado do campeonato brasileiro de 2022 pode ter prejudicado uns e favorecido outros, fazendo com o que o posicionamento dos times na tabela final tenha sido alterada.

É preciso dizer que isso só é possível porque a burguesia tem se empenhado em destruir o futebol. Colocam os preços de ingressos nas alturas, jogos em horários que a público não pode comparecer, perseguição às organizadas etc. Essa situação é que permite que os clubes se tornem alvos fáceis da rapinagem. Se o torcedor estivesse mais próximo do clube, seria muito difícil de acontecer esse tipo de manipulação. Por isso temos defendemos que os torcedores possam se organizar e participar da vida de seus times. Isso só vai favorecer a qualidade dessa grande tradição brasileira, que é o futebol.

https://causaoperaria.org.br/2023/futebol-manipulacao-de-resultados-tambem-ocorreu-na-serie-a/

 

 

 

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Com o VAR, ficou ainda mais fácil para ter manipulação no futebol.

O que tem de gol anulado (às vezes mal anulado) e outros lances controversos mesmo com o VAR não tá no gibi.

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Chapolin Gremista
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CENSURA

CBF aumenta repressão e agora no jogo ninguém fala nada

 O futebol brasileiro pertence aos seus torcedores, nenhuma censura pode ser aceita

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Acensura no futebol brasileiro segue a todo vapor, primeiro foram as torcidas punidas por emitir opinião política ou enquadradas na fobia mais conveniente pelos gritos na arquibancada. Agora, jogadores e comissão técnica podem ser punidos por discordarem da arbitragem.

A novidade se dá pela política de “tolerância zero” com reclamações em relação à arbitragem feitas por jogadores e comissão técnica. A medida já gerou punições logo na primeira rodada do Brasileirão, foram 21 cartões distribuídos por consequência dessa implantação.

Somente duas partidas da rodada inicial do campeonato não tiveram cartões aplicados pela atual política, os árbitros na súmula, justificaram que o indivíduo punido desaprovou com palavras ou gestos decisões da arbitragem.

Nota-se que a medida vai além da fala, um simples gesto pode acarretar uma advertência ou uma expulsão através dos cartões.

Outro fator notório é que a arbitragem no futebol pode muito bem defender interesses dos tubarões da bola, favorecendo determinado time, por diversas finalidades, em troca de vantagens particulares. São inúmeros casos comprovados e suspeitos envolvendo esse tipo de prática.

O aumento da punição nesse caso tem como base um aspecto abstrato, afinal não se trata de uma falta ou jogada fora das regras do esporte, mas sim de uma fala ou gesto a ser interpretado por aquele que foi supostamente ofendido ou simplesmente criticado.

Essa política pode facilmente ser responsável por prejudicar algum time indesejado de um determinado campeonato ou jogo decisivo, caso ele seja um obstáculo para algum interesse escuso. Basta alegar uma reclamação à arbitragem, algo natural, principalmente em jogos onde as emoções estão exaltadas. 

A CBF, nem sequer poupou o maior protegido do futebol nacional atualmente, contraditoriamente um português, o técnico Abel Ferreira, que comanda a equipe do Palmeiras.

Abel foi expulso na primeira rodada. Na partida entre Palmeiras e Cuiabá, o palmeirense recebeu o cartão amarelo por defender um auxiliar e em menos de cinco minutos foi expulso por deixar a área técnica para reclamar com o bandeirinha.

O problema colocado pela política identitária para censurar o futebol está tomando cada vez mais um caráter problemático. Primeiro foram as torcidas, agora os próprios jogadores e comissão técnica não podem simplesmente reclamar sobre o que é decidido em jogo. 

 Qual será o futuro do futebol? Logo, ninguém poderá manifestar qualquer opinião a respeito do esporte. Somente será permitido à imprensa imperialista emitir qualquer parecer sobre o assunto, ainda correndo o risco de ser censurada. 

 O futebol brasileiro pertence aos seus torcedores, nenhuma censura pode ser aceita.

https://causaoperaria.org.br/2023/cbf-aumenta-repressao-e-agora-no-jogo-ninguem-fala-nada/

 

 

 

 

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A demissão do técnico do Corinthians por causa de uma condenação judicial na Suíça trouxe de volta ao noticiário um caso de 34 anos atrás. 

O site ge confirmou, com exclusividade, a sentença que condenou o então jogador Cuca por violação sexual. 

O processo do caso está guardado nos Arquivos do Estado de Cantão de Berna, capital da Suíça, onde ficam arquivados documentos históricos e processos judiciais do país. Ele tem 1023 páginas. O Jornal Nacional teve acesso à página de número 915, em que a sentença do juiz começa.

Ela contém o nome dos quatro condenados - o primeiro é o de Alexi Stival, o Cuca - e os crimes que eles cometeram: ato sexual com menor. O conteúdo completo do processo está em sigilo de 110 anos.

Barbara Studer, diretora do Arquivo de Berna, leu o processo e confirmou informações que se tornaram públicas por jornais suíços que acompanharam o julgamento e a condenação, em 15 de agosto de 1989.

O crime aconteceu em um hotel do centro de Berna, no dia 30 de julho de 1987. Cuca e outros dois homens que na época também jogavam no Grêmio foram condenados por por terem cometidos atos sexuais com uma menina de 13 anos.

Um quarto jogador foi absolvido dessa acusação, mas foi condenado por coação, por ter participado do crime.

De acordo com o Barbara Studer, consta no processo que o sêmen de Cuca foi encontrado no corpo da vítima e que ela também reconheceu o treinador como um dos agressores.

Em uma entrevista coletiva na semana passada, quando foi apresentado como técnico do Corinthians, Cuca negou essas informações.

Barbara Studer também confirmou que a vítima tentou se suicidar depois do crime.

Os quatro acusados ficaram presos durante quase um mês. Pagaram fiança e voltaram ao Brasil. O julgamento ocorreu quase dois anos depois, sem a presença deles.

Cuca, Henrique Etges e Eduardo Hamester foram condenados a 15 meses de prisão. Os quatro receberam uma pena condicional que faz parte da legislação da Suíça. O condenado, nesse caso, não é preso por ser réu primário; só vai para a cadeia caso cometa algum outro tipo de delito durante um prazo determinado pelo juiz e este prazo já prescreveu no caso de Cuca e os demais condenados.

O advogado suíço Peter Kriebel explicou que na Suíça a coação sexual não é considerada estupro.

"A coação sexual é aplicar violência ou uma ameaça para fazer uma pessoa tolerar ou fazer atos sexuais. Estupro sempre contém o coito, isto é, a penetração", explica.

No Brasil, o crime cometido pelos jogadores seria considerado estupro.

Em nota, a defesa de Cuca voltou a dizer que a vítima não o reconheceu, diferentemente do que confirmou a justiça suíça. 

Fonte : https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/04/28/sentenca-que-condenou-cuca-por-ato-sexual-com-menor-ha-34-anos-e-confirmada.ghtml

 

Editado por E.R
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Chapolin Gremista
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HISTERIA IDENTITÁRIA

Após Cuca, imprensa mira jugular de Luxemburgo

Retornando ao Corinthians, a imprensa aproveitou a onda histérica, de cancelamento identitário e caça às bruxas, para tentar desmoralizar Luxemburgo

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Acampanha histérica que fez o treinador Cuca pedir demissão do Corinthians agora visa atacar Vanderlei Luxemburgo, anunciado como novo técnico do Timão nesta segunda-feira (2). Luxemburgo é um dos melhores treinadores brasileiros das últimas décadas. Na década de 1990 e início do Século XX, Luxemburgo ganhou tudo o que podia: Copa América (1999) pela Seleção Brasileira, Brasileirão (1993, 1994, 1998, 2003 e 2004) com Palmeiras, Corinthians, Cruzeiro e Santos, entre diversos títulos estaduais.

Mesmo com trabalhos não tão convincentes na última década, Luxemburgo continua sendo uma personalidade influente do futebol brasileiro, espalhando suas ideias em entrevistas e denunciando com firmeza a infiltração do futebol estrangeiro no Brasil; a deturpação histórica de que o “futebol moderno” teria sido fundado na Europa; entre outros temas. Sua personalidade firme sempre o levou a ser atacado duramente pela imprensa ao longo de sua carreira.

Agora, retornando ao Timão, a imprensa aproveitou a onda histérica, de cancelamento identitário e caça às bruxas, para tentar desmoralizar Luxemburgo. Isso porque, na década de 1990, Luxemburgo teria “assediado” uma manicure. O técnico, no entanto, assim como Cuca (cujo suposto crime na Suíça prescreveu), não deve nada à Justiça, pois foi absolvido.

Neste sentido, o “esquerdista” Juca Kfouri, que assim como Walter Casagrande trabalha para a imprensa imperialista contra o futebol nacional, publicou uma coluna no Uol (da Folha de S.Paulo) contra o treinador.

“Gravíssimo é ver o Corinthians contratar alguém condenado, e inelegível por oito anos a qualquer cargo público, por fraude eleitoral e que já foi condenado por sonegação fiscal e por manifestação homofóbica contra um árbitro”, escreveu. “Do assédio à manicure, que voltará à baila, registre-se, Luxemburgo foi absolvido na justiça dos homens”, continuou.

Kfouri, assim, repete a propaganda direitista da Lei da Ficha Limpa, que tirou o presidente Lula ilegalmente das eleições de 2018, e do identitarismo, patrocinado pelo imperialismo norte-americano. A lógica dos canceladores modernos, que se inspiram na inquisição medieval, é que o indivíduo considerado “imoral”, a critério dos interesses mesquinhos que se busca impulsionar, deveriam ser totalmente excluídos da vida pública.

Porta-voz do imperialismo norte-americano, a CNN apelou para a questão do suposto assédio à manicure. O portal dos Estados Unidos foi atrás da manicure, que acusou Luxemburgo do crime do qual foi absolvido pela Justiça, para uma entrevista exclusiva para tratar sobre os supostos ocorridos do ano de 1996.

Fato é que a perseguição a Luxemburgo não é a de agora. Às vésperas da Copa do Mundo de 2002, “Vanderlei Luxemburgo teve problemas no âmbito particular. Primeiro, as rusgas com alguns jogadores, que não toleravam o ego do treinador. Depois, um escândalo de assédio sexual, denunciado por uma manicure. Mais tarde, uma acusação de falsidade ideológica […] Por fim, suspeitas de sonegação de impostos, época em que seu nome até foi citado em uma CPI que acontecia em Brasília”, escreve Lycio Vellozo Ribas em seu livro “O mundo das Copas”. A pressão contra o treinador repercutiu em campo e a Seleção diminuiu de rendimento, tendo o treinador de sair do comando da Canarinho.

Fica claro que ocorre no Brasil um ataque aos tradicionais treinadores nacionais, justamente em um momento em que se busca impulsionar a vinda de treineiros estrangeiros medíocres (algo que Luxemburgo tem criticado incisivamente).

Após Cuca, a imprensa burguesa, como um predador felino insaciável, agora mira a jugular de Luxemburgo.

https://causaoperaria.org.br/2023/apos-cuca-imprensa-mira-jugular-de-luxemburgo/

 

 

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Chapolin Gremista
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AINDA SOBRE CUCA

Resistência/PSOL celebra “luta” da Globo para demitir trabalhador

Artigo destaca que demissão do técnico do Corinthians se deu por "pressão e indignação de homens e mulheres dispostas a enfrentar a estrutura machista"

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Em artigo publicado em seu portal, Esquerda Online, o grupo Resistência, tendência interna do PSOL decidiu se somar aos ataques recentes feitos ao técnico de futebol Alexi Stival, conhecido popularmente como Cuca. O treinador acabou de ser pressionado a pedir demissão do Corinthians, fato que foi comemorado pelo grupo psolista.

O texto é bem claro quanto ao que defende. Segundo sua autora, Cuca não deveria ter o direito de… trabalhar. Afinal, para ele, ser técnico de futebol não é um hobby, nem uma função cívica, é aquilo que vem pagando suas contas há décadas. Embora uma organização que se diga revolucionária – antes disso, que se diga progressista – se dedicar a fazer uma campanha para demitir uma pessoa de seu emprego já seja algo de saltar os olhos, o motivo é ainda mais escatológico: o Resistência quis que Cuca fosse demitido por questões ideológicas. Como Cuca seria “machista” – em breve explicaremos de onde vem tal acusação -, ele não deveria permanecer no cargo. O que aconteceria com a classe operária se todo patrão demitisse os trabalhadores com quem tivesse alguma divergência ideológica?

Um trabalhador que ache que seu salário é uma miséria, então, deveria ir para o olho da rua, sem qualquer indenização!

Mas os sábios do Resistência hão de argumentar que, acima da relação entre empresa e empregador, está a luta das mulheres – Cuca, afinal, teria se colocado a favor dos opressores das mulheres e, por isso, não poderia ser visto como um oprimido. Para admitir isso, em primeiro lugar, o Resistência teria de de admitir, de imediato, que não é marxista, nem trotskista, visto considerar a luta de classes como um elemento secundário. Em segundo lugar, teria de explicar qual foi o grande avanço na luta da mulher que houve quando, por exemplo, quando um motorista de ônibus no Paraná foi demitido por supostas falas “machistas” e, assim, ficou sem ter como colocar comida na mesa de sua família.

É um raciocínio, obviamente, de quem vive no mundo da lua, que acha que o mundo poderá ser consertado com meia dúzia de mandamentos morais. O que o Resistência ignora sumariamente, contudo, é que, em primeiro lugar, medidas coercitivas nunca serviram para “educar” alguém, mas sim para gerar ainda mais revolta, e, em segundo, que quem tem condições de aplicar tais medidas é sempre a classe dominante. Quanto mais apoio o Resistência der a uma “luta contra o machismo” que seja uma luta contra os direitos democráticos de um setor oprimido em nome de um suposto “feminismo”, mas munição está dando para a burguesia oprimir o conjunto da população. É a burguesia, afinal, que controla o Estado, o Judiciário, a imprensa, a polícia e o setor de recursos humanos das empresas.

O que também chama muito a atenção no artigo é o fato de que sua autora, não bastasse comemorar a demissão de Cuca, ainda considera que isso tenha sido resultado de uma “pressão” progressista:

“Mesmo após uma classificação épica, um técnico caiu. Não pelas mãos dos homens do futebol, nem por boicote dos jogadores no vestiário. Caiu porque houve pressão e indignação de homens e mulheres dispostas a enfrentar a estrutura machista, demonstrando que no futebol, o maior símbolo da cultura popular brasileira, não deve haver espaço para estuprador”.

Cabe, então, perguntar: de onde veio essa pressão? Ora, da Rede Globo, da Folha de S.Paulo e dos grandes jornais, representados, por exemplo, por figuras carimbadas como Walter Casagrande e Juca Kfouri, notórios defensores dos interesses imperialistas no futebol. A “luta”, portanto, não só é reacionária como foi travada pelo que há de mais reacionário no País.

Para encerrar, o leitor há de perguntar: mas que grande crime cometera Cuca a ponto de causar tamanha histeria? O que fizera o técnico para que um grupo que se diz marxista perca completamente o norte e decida fazer lobby para demitir um pobre coitado?

Segundo a autora, como Cuca foi condenado pela Justiça suíça há 36 anos em um caso mal explicado de abuso sexual de uma menor, mas não cumpriu pena, ele não deveria mais ter o direito de ser técnico de futebol. O que uma coisa tem a ver com a outra? Teria virado o Resistência/PSOL um destacamento da polícia suíça no Brasil?

Nem que fosse! A pena de Cuca já transcreveu – p técnico é um homem livre, que não deve nada à Justiça suíça, podendo ingressar livremente no país. A indignação da autora, portanto, é com o fato de que um homem que supostamente cometeu um crime – coisa que ele nega e que não foi comprovado de maneira cabal até hoje – há 36 anos não pode aparecer em uma posição “de destaque”, pois isso “perpetuaria” o “machismo”.

É ridículo. Neste exato momento, enquanto o Resistência se indigna, junto com a Globo, com a “posição de destaque” de Cuca, o presidente – isso sim uma posição de destaque – ucraniano Vladimir Zelensky está jogando milhares de mulheres na miséria apenas para servir o seu país de bucha de canhão. Mas para o Resistência, esse assunto não tem importância. Enquanto Zelensky não contar uma piada “machista”, o grupo psolista seguirá defendendo o regime nazista e a OTAN contra a Rússia.

https://causaoperaria.org.br/2023/resistencia-psol-celebra-luta-da-globo-para-demitir-trabalhador/

 

 

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Chapolin Gremista
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MISTER, NÃO! LUXA É PROFESSOR

Luxemburgo contra o falso futebol “moderno”

Vanderlei Luxemburgo, novamente à frente do Corinthians, confirmou que foi um vanguardista e denunciou o falso “novo” futebol importado da Europa

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Em coletiva de imprensa nessa sexta-feira (5), o técnico do Corinthians, Vanderlei Luxemburgo, voltou a disparar contra o chamado “futebol moderno”. Aqui, no entanto, vale destacar que o que é falsamente chamado de “futebol moderno” é o futebol burocrático importado (infelizmente) da Europa. O verdadeiro futebol moderno foi desenvolvido pelo Esquadrão da Seleção Brasileira campeã do mundo em 1970, assunto para um outro artigo.

Luxemburgo, o professor, que foi campeão de tudo por onde passou na década de 1990 e no início do Século XXI, comentou sobre as transformações pelas quais o futebol passa, respondendo aos propagandistas da imprensa burguesa que o chamam de ultrapassado. “Eu continuo com o mesmo pensamento e reconhecendo que muitas das coisas que têm hoje foi o Luxemburgo que trouxe. Eu acho que já vinha como vanguarda”, lembrou.

Corretamente, Luxa apontou que seu plano é “resgatar a essência do futebol brasileiro”. “Gosto que existe a modernidade, mas que não prostitui o atleta brasileiro. Não brigo contra a modernidade. Eu trago a modernidade para o futebol”, afirmou. “O que mudou no futebol? A terminologia? Marcação-pressão, time reativo, sei todos os nomes. Mas temos uma essência. Qual diferença tática? Nenhuma. O que mudou foi a estrutura. A modernidade é ter um atleta mais bem preparado em campo”, disse.

“Eu olho como alguém que sempre modernizou o futebol. O Brasil foi campeão do mundo em cima das nossas características, da nossa essência. O europeu tinha medo da gente. A partir do momento que queremos jogar como na Europa, ficamos iguais a eles e perdemos a diferença que nos fazia ganhar”, refletiu. “A modernidade reside aonde? Na base? Só se preocupar com a tática, esquecendo que o jogador é empírico”.

“Muita gente fala que tenho de me atualizar, e estou buscando me atualizar”, sustentou. “Entendo que é um momento muito bom do profissional Luxemburgo. A oportunidade de fazer de novo um grande trabalho e ressurgir novamente com o Corinthians, com o Luxemburgo”, acredita. “As pessoas acham que a idade chegou e acabou. Muito pelo contrário, até porque estou bem saudável para buscar as coisas aí”, completou.

Os apontamentos feitos pelo professor são esclarecedores sobre o atual momento em que vive o futebol brasileiro, prejudicado pelas ideias da moda oriundas da Europa. O futebol burocrático precisa ser eliminado pelo bem do futebol nacional. A “essência brasileira” precisa retornar e isso passa pela luta política contra a dominação imperialista no esporte mais popular do mundo.

https://causaoperaria.org.br/2023/luxemburgo-contra-o-falso-futebol-moderno/

 

 

 

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