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Campeonato Brasileiro 2023 - Série A


E.R

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REPRESSÃO ÀS TORCIDAS
Leila usa polícia e quer torcedores pagando pintura das pichações
Polícia Civil e presidente do Palmeiras promovem caçadas aos torcedores que se manifestaram contra a política da diretoria do clube.

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Após empate por zero a zero contra o São Paulo, torcedores palmeirenses protestaram com pichações em muros do Allianz Parque, o antigo Palestra Itália ou ainda Parque Antártica. Em verde e branco, a mensagem dos torcedores foi bastante clara, estão insatisfeitos com a gestão da atual diretoria e cobram reforços nesse início de temporada. Leila Pereira, que preside além do Palmeiras o Banco Crefisa S.A., cobra da Polícia Civil que os torcedores sejam caçados e punidos.

Não por acaso, a presidenta do clube está no centro das críticas. As frases recentemente pichadas foram: “ACORDA BLOGUERINHA”, “DIRETORIA FRACA”, “LEILA CUMPRA SUAS PROMESSAS” e “QUEREMOS JOGADORES”. Há pouco, o clube vendeu os jogadores titulares Danilo e Gustavo Scarpa, sem dar sinais de que vai repor à altura as vagas deixadas. Em descompasso com a torcida, a diretoria procura lucrar com as transferências, como num negócio qualquer.


Uma diretoria que gasta e ganha em milhões quer que os torcedores revoltados arquem com o custo de cerca de R$ 2 mil, que teria sido gasto para pintar por cima das frases. Um abismo econômico que expressa a disputa em curso no tradicional clube paulista, a quem o Palmeiras deve responder, aos seus torcedores ou a banqueiros que usam o clube como balcão de negócios? Um torcedor já foi identificado e enquadrado na Lei Ambiental inventada para coibir as pichações, especialmente as de protesto.

É importante relacionar essa postura da diretoria do Palmeiras com uma medida que ela tenta implementar, o reconhecimento facial para entrada no seu estádio. Vendida com o pretexto de diminuir o tempo de espera na entrada dos jogos e coibir os “malvados” cambistas, a proposta envolve coleta e armazenamento de uma enorme quantidade de dados biométricos, uma questão bastante complicada tanto em relação à segurança desses dados quanto ao seu uso indevido para perseguir as torcidas organizadas.

Sem dúvidas, mais um avanço repressivo dentro do Palmeiras. E não custa lembrar aos nossos amigos identitários que essa escalada repressiva está sendo liderada por uma mulher, o que mostra novamente que não se pode fazer política seriamente com esquemas tão superficiais como a tal “representatividade”. Homem ou mulher, tanto faz quando estamos falando de um agente dos bancos e um inimigo do povo.

No final das contas, estamos diante de mais um capítulo da luta dos capitalistas contra o nosso futebol, nesse caso combatendo e tentando afastar cada vez mais os verdadeiros torcedores dos estádios. Diante do incessante avanço da repressão estatal, os clubes apontam guinada no mesmo sentido. Isso é fundamental para emplacar o projeto econômico de transformação dos clubes em Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs), simplesmente um balcão de negócios para os capitalistas estrangeiros, sem qualquer compromisso com os clubes e com quem faz eles serem o que são, os seus torcedores.

https://causaoperaria.org.br/2023/leila-usa-policia-e-quer-torcedores-pagando-pintura-das-pichacoes/

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FUTEBOL À LA NEOLIBERALISMO

A estrangeirização do nosso futebol e a crise do capitalismo

Diante da enorme crise capitalista, os tubarões não querem apenas as empresas e riquezas naturais. Querem tudo que possam ter lucro, querem o país inteiro, querem o futebol

 

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Os grandes golpistas não se cansam de se travestirem de democratas. Um conjunto de jornalistas, financiados pela burguesia imperialista, se atiram aos pés do capital estrangeiro, defendendo a entrega do país. Pode ser diretamente através das suas riquezas naturais, da cultura, arte ou qualquer outro tipo de manifestação. O fato é que deve-se cumprir uma agenda, é preciso concluir a meta, é necessário entregar de vez.

Desse modo, sistematicamente o futebol brasileiro vem sofrendo com a sua estrangeirização. O futebol arte brasileiro, reconhecido pelos maiores especialistas do mundo, vê-se confrontado por dinâmicas políticas que vão muito além do futebol. O capitalismo vê no futebol brasileiro como seleção e no próprio campeonato uma oportunidade única de lucros estrondosos. Excetuando-se o exagero, é uma Amazônia do futebol, um povo de mais de 200 milhões de pessoas apaixonado por futebol, que consome diariamente o esporte. Um consumo inigualável no mundo, visto que os países também apaixonados por futebol não possuem nem 50% da população brasileira.

Iniciaremos o Campeonato Brasileiro 2023 com 10 técnicos estrangeiros (50%), sendo 7 portugueses. A tendência é que teremos um técnico estrangeiro na Seleção Brasileira de Futebol, muito provavelmente o italiano Ancelotti. A imprensa persegue veementemente os técnicos e jogadores brasileiros, a serviço do imperialismo. As Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs) vem em uma crescente entregando o patrimônio dos clubes construídos por séculos. Sem dúvida alguma é o momento mais crítico para o futebol brasileiro desde a sua formação. Estamos prestes a perder boa parte da nossa identidade, patrimônio e o principal do nosso futebol: improvisação e drible. 

O ano de 2023 será um ano de lutas tanto pelo governo Lula mas também para os amantes do futebol. A possível estrangeirização de um dos maiores patrimônios do Brasil, a Seleção e o Futebol Brasileira, deixará marcas que demoraremos tempos para recuperar. É preciso mobilização e denúncia. É preciso que um partido revolucionário organize a classe operária em torno do tema. É preciso reagir, é preciso lutar e para isso, é preciso se organizar.

 

https://causaoperaria.org.br/2023/a-estrangeirizacao-do-nosso-futebol-e-a-crise-do-capitalismo/

 

 

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FUTEBOL

Casagrande mostra capachismo com técnicos estrangeiros

Comentarista mostra, mais uma vez, sua abjeção ao futebol brasileiro

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Casagrande, ex-jogador e atual comentarista do UOL, defendeu a contratação de um técnico estrangeiro para comandar a Seleção Brasileira. “Já deixei bem claro que os meus preferidos seriam Carlo Ancelotti (junto com o Paulo Roberto Falcão) e Abel Ferreira”, afirmou o ex-jogador do Corinthians.

“Pode ser até que, de repente, seja contratado outro treinador. Mas eu iria atrás de um desses dois. E, se não conseguisse um, iria no outro. Eles seriam os meus planos A e B”, declarou.

Casagrande, sabendo que um técnico estrangeiro não entende a realidade brasileira, que é totalmente diferente do resto dos países, ainda aponta que:

“A dobradinha Ancelotti-Falcão seria fantástica, porque jogaram e foram campeões juntos jogando pela Roma. Se admiram, são amigos e, com a ajuda do brasileiro, a adaptação do italiano seria mais rápida, assim como o entendimento de como funciona o futebol aqui no Brasil”.

Casagrande, além de defender o comando de um estrangeiro, ainda aproveitou a coluna para atacar Neymar, o melhor jogador da Seleção Brasileira e do mundo. “Precisa cortar o cordão umbilical com as pessoas que ficam rondando a seleção há anos. São pessoas que interferem para benefício próprio, para tirar vantagens e viver às custas da CBF em viagens, eventos e tudo mais”, disse.

“Limpar também a própria seleção e começar a fazer uma nova, usando alguns jogadores mais experientes que realmente possam ajudar os mais jovens. Tipo o Casemiro, que ainda pode ser útil no processo de reformulação do meio-campo”, continuou.

É fato que Casemiro, pelo seu talento, deva continuar na Seleção. No entanto, para o comentarista, o camisa 10 seria uma das “pessoas que ficam rondando a seleção há anos”, que “interferem para benefício próprio, para tirar vantagens e viver às custas da CBF em viagens, eventos e tudo mais”. Todos sabem os ataques que Casagrande promoveu contra Neymar ao longo dos anos.

“Chega de Neymar e Thiago Silva, né, gente? Um jogou três Copas; o outro, esteve em quatro e jogou três. E nada”, comentou. “Ganhamos uma Copa América e um monte de jogos contra seleções sul-americanas e asiáticas. Mas, nas Copas, só vergonha”, continuou.

“Se tiver que ser um treinador português no comando, o nome certo é Abel Ferreira. Se for de outra nacionalidade, o nome é Carlo Ancelotti. São as duas melhores opções de treinadores que vejo em condições de fazer parte dessa reformulação. São esses dois nomes que o presidente Ednaldo Rodrigues deveria focar e decidir, pela sua cabeça, sem influência de quem tem algum interesse nisso tudo”, afirmou.

Novamente, Casagrande mostra seu capachismo, defendendo um técnico estrangeiro na Seleção. Ele se esquece que dos cinco títulos mundiais do Brasil, todos foram conquistados por treinadores brasileiros.

https://causaoperaria.org.br/2023/casagrande-mostra-capachismo-com-tecnicos-estrangeiros/

 

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É PROIBIDO GRITAR

Sem votação, CBF institui penas para os clubes por racismo

CBF emite nota onde pode até retirar pontos dos clubes por gritos das suas torcida. É uma ditadura aberta: querem cegos, surdos e mudos na polĩtica e no futebol

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AConfederação Brasileira de Futebol (CBF), na última terça-feira (14), durante um congresso técnico com os presidentes de clubes, anunciou a instituição de punições por racismo em competições brasileiras. A decisão, por ser tão impopular no meio dos presidentes de clubes, não foi votada e simplesmente foi imposta.  Os clubes deverão aceitar a medida sem nenhuma discussão. As punições vão desde multa de R$ 500 mil, perda de mando de campo ou jogo com portões fechados, podendo ainda o clube perder pontos no campeonato. 

O texto diz que: “Considera-se de extrema gravidade a infração de cunho discriminatório praticada por dirigentes, representantes e profissionais dos Clubes, atletas, técnicos, membros de Comissão Técnica, torcedores e equipes de arbitragem em competições coordenadas pela CBF, especialmente injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia, procedência nacional ou social, sexo, gênero, deficiência, orientação sexual, idioma, religião, opinião política, fortuna, nascimento ou qualquer outra forma de discriminação que afronte a dignidade humana”. A medida demonstra o caráter ditatorial do regime político impulsionado pelo identitarismo. De fato, qualquer grito da torcida poderá ocasionar punição, visto que são mais de quatorzes itens que podem levar um clube à punição Abre-se espaço para a arbitrariedade, pois fica na mão de “juiz” do STJD aplicar qualquer tipo de punição. Em caso de reincidência a multa poderá chegar a um milhão de reais em caso de reincidência. 

Quem frequentou e frequenta estádios de futebol, sabe que as torcidas, por questões históricas e de classe, fazem cânticos provocativos. Contudo, em nenhum momento há uma ideia clara de subjugar alguém. São palavras de ordem que se instauraram na história do próprio futebol. Um exemplo é no clássico Grêmio e Internacional (grenal) no Rio Grande do Sul. A torcida do grêmio fazia provocações chamando a torcida do inter de macaco, por ter o Saci como símbolo, e possuir um grande números de negros na sua torcida. A torcida do Internacional absorveu tão bem a ideia, que, em diversas vezes, todo o estádio cantava “Ah, eu sou macaco”, sem nenhum problema de racismo ou subjugação. Temos diversos exemplos na história do futebol, e, se por algum motivo, o negro não comparece mais ao estádio do futebol, são pelos preços exorbitantes dos ingressos e não por algum cântico qualquer.

A medida tem como plano de fundo o inverso a que se propõe. O que vai acontecer é um aumento da repressão contra os clubes de futebol e seus torcedores. Transferência de renda através das multas milionárias e um aumento do controle de resultados e classificações, pois um o STJD pode decidir retirar pontos de um clube na reta final de um campeonato “decidindo” o campeão.

Pela total liberdade de cantos das torcidas e expressão de seus funcionários. O fim do racismo ou qualquer outra forma de discriminação dará apenas pela via da liberdade, pela emancipação da sociedade, o que se pode ser alcançado com o fim do capitalismo. Impedir um torcedor de um clube de gritar e exacerbar no estádio, é amostra real do ditadura do capitalismo dito ‘democrático’.

https://causaoperaria.org.br/2023/sem-votacao-cbf-institui-penas-para-os-clubes-por-racismo/

 

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NÃO ME DEIXE CAIR!

O que está por trás da diminuição de rebaixados da Séria A?

A proposta dos times para reduzir o número de rebaixados no Campeonato Brasileiro vem de uma pressão para que os Clubes Empresas não percam nenhum dinheiro aqui no Brasil

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Na última terça-feira (14), na reunião do conselho técnico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), grande parte dos clubes que já integram as chamadas “Ligas”, pretendiam levar à votação a proposta de reduzir o número de rebaixados do Brasileiro da Série A. O grupo deseja levar à diminuição de equipes que caíram para a Série B, de quatro para três. A ideia de antemão não foi aceita pelos clubes da Série B, que viriam também o número de vagas para o acesso da Séria A reduzidas, conforme nota emitida: “Os 20 clubes participantes da Série B de 2023 decidiram, por unanimidade, em reunião realizada nesta segunda-feira, 13, se posicionar publicamente contra a mudança na quantidade de acessos e rebaixamentos no Campeonato Brasileiro Série A, tendo em vista diversas matérias na mídia esportiva indicando que alguns clubes pretendem propor a modificação do atual número de 4 (quatro) clubes para 3 (três) clubes. O posicionamento foi encaminhado para o Presidente da CBF, Sr. Ednaldo Rodrigues, na manhã de hoje (14)”.

A CBF decidiu não levar a votação adiante, emitindo um parecer de que a medida afetaria todas as séries do Brasileiro. Portanto, não poderia ser feito de um dia para o outro. A alegação é de que haveria efeito sobre os regulamentos dos times das Séries A, B, C e D. E os regulamentos das terceiras e quarta divisões não têm dois anos como prevê o Estatuto do Torcedor.

O ponto central da discussão envolve a suposta “estabilidade” do campeonato e o envolvimento das Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs). Os primeiros clubes a virarem SAFs, estão sendo os clubes “menores” ou clubes que há pouco tempo estavam na segunda divisão, como o Cruzeiro. Se olharmos com cuidado os primeiros clubes a serem entregues para os capitalistas foram Cruzeiro, Vasco, Botafogo etc. Clubes que ainda possuem instabilidade e poderiam retornar a série B nos próximos anos. Para os compradores da SAF, uma queda para a segunda divisão seria catastrófica, visto que teriam uma sua receita diminuída pela metade. Por exemplo, o Grêmio do Rio Grande do Sul, calculou que perdeu 70 milhões de reais no ano devido à queda para a segunda divisão no de 2021.

As SAFs, como podemos ver, já estão fazendo diversas reivindicações para alterar a própria lei que as regula, e como estamos vendo, já pretendem criar uma suposta estabilidade no campeonato para manter suas lucratividades no mais alto nível, visto que um descenso para a série B afetaria diretamente seu caixa. Entregar os clubes do maior campeonato do mundo para tubarões do capitalismo, não somente enfraquece o campeonato, como também poderá facilmente quebrar clubes seculares, pois, a qualquer momento, esses “investidores” podem retirar o dinheiro e reinvestir em outro mercado deixando o clube na berlinda, visto que não possuem nenhum vínculo sentimental com este e com o país. Os torcedores, verdadeiros proprietários dos clubes, devem ser organizar e discutir um amplo movimento para o bloqueio das sociedades anônimas, um processo de privatização e entrega do futebol brasileiro, o maior patrimônio mundial do esporte.

 

https://causaoperaria.org.br/2023/o-que-esta-por-tras-da-diminuicao-de-rebaixados-da-seria-a/

 

 

 

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Acho que as chances do tricampeonato do Grêmio vir esse ano são bem grandes.

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https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2023/02/adiada-a-inauguracao-do-estadio-do-atletico-mineiro.ghtml

Os cinco eventos que marcarão a inauguração da Arena MRV, o novo estádio do Atlético Mineiro, terão suas datas alteradas. 

Inicialmente previstos para começar em 25 de março e terminar com um grande show em 27 de maio, os eventos agora devem começar em abril e terminar somente em agosto.

Os motivos para a alteração são dois :

1. Algumas licenças da prefeitura de Belo Horizonte relativas à obras no entorno do estádio, ainda não foram expedidas.

2. O artista de primeiro time que fará o show inaugural, agora previsto para agosto, ainda não foi escolhido. A expectativa é que dentro de duas semanas o nome já possa ser anunciado.

 

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PROPAGANDA IDEOLÓGICA

Técnicos estrangeiros: ofensiva imperialista contra nosso futebol

Ideia é convencer o brasileiro a imitar o europeu, ou seja, jogar um mau futebol

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Aideia de que o futebol brasileiro está “ultrapassado”, “desorganizado”, “atrasado” e outros adjetivos do tipo é bem antiga e rementa ao início da prática do futebol no Brasil. A solução para esses problemas seria imitar os europeus. Não simplesmente nos supostos métodos avançados de organização, mas também no estilo de jogar futebol. Não passa de uma ideologia, sem fundamento, para convencer o brasileiro a jogar mal, como um europeu.

Dentro dessa ideologia, uma solução mágica apresentada é a de que a Seleção Brasileira precisa ser comandada por um técnico estrangeiro. Essa conversa na imprensa esportiva não é de hoje. A cada novo ciclo do futebol mundial, a cada copa do mundo, vem ganhando força essa ideia, que atinge seu ápice agora, com a derrota da Seleção na última copa.

Embora seja antiga, a ideia contraria o óbvio: se temos os melhores jogadores do mundo, por que não teríamos os melhores técnicos? É isso, além dos interesses da classe futebolística nacional, o que impediu até agora que um estrangeiro chegasse no comando da Seleção. A pressão nesse momento, no entanto, talvez seja a maior de todos os tempos. Apesar das especulações, ainda não se sabe qual será a decisão da CBF.

Enquanto o objetivo dos subservientes ao futebol europeus não se concretiza na Seleção, a ideia vai se infiltrando por meio dos clubes. Dos 20 times que disputam o Brasileirão Série A em 2023, 10 iniciarão o campeonato sob o comando de técnico estrangeiro. Esse número já foi tinha sido próximo disso em 2022. São sete portugueses, dois argentinos e um uruguaio.

Todos eles são nomes completamente desconhecidos do público brasileiro, pelo menos antes de chegarem ao Brasil.

A pergunta que fica é: o que está por trás disso? Ingênuo aquele que acredita ser um problema de qualidade técnica. No caso dos dois sul-americanos, poderíamos nos enganar. Mas a presença de sete portugueses é reveladora do problema. Perto do Brasil, Portugal é um país sem tradição no futebol, com nenhuma conquista importante e com pouquíssimos clubes de relevância. Ou seja, como acreditar que o trabalho desses técnicos pode ser melhor do que qualquer técnico brasileiro? Logicamente que essa conclusão só pode ser tirada porque há uma propaganda ideológica intensa sobre o problema.

No entanto, alguém ainda poderia nos acusar de ser preconceituosos contra os gringos. Para esses insistentes, propomos um exercício lógico: se os técnicos estrangeiros são a solução mágicas, deveríamos apostar que esses 10 times ficarão entre os 10 primeiros do campeonato? Se os 20 clubes decidissem contratar estrangeiros, ninguém seria rebaixado? A ideia é absurda, mas a propaganda é tão intensa na imprensa que temos essa impressão.

A origem dessa propaganda por técnicos estrangeiros é do imperialismo, ou seja, dos grandes capitalistas internacionais envolvidos no futebol. Como parte da propaganda ideológica tivemos o caso do Flamengo de Jorge Jesus e temos o caso do Palmeiras de Abel Ferreira, ambos ténicos portugueses. Não precisamos discutir a qualidade desses técnicos, embora também seja uma discussão legítima, mas fato é que deram nas mãos deles os elencos mais caros do Brasil. Mérito deles também? Pode ser. A questão é que essa experiência foi usada como propaganda como se ambos tivessem sido campeões com times medíocres, como se a presença deles como técnicos fosse o mais importante para a conquista. Uma conclusão que não caberia em nenhum caso, mas é apresentada assim pela imprensa por pura propaganda ideológica.

O caso atual do Flamengo é muito significativo. O Flamengo foi campeão da Libertadores e da Copa do Brasil em 2022, dos títulos importantes, só faltou mesmo o Brasileirão. Fez tudo isso sob o comando do brasileiro Dorival Júnior. O que a diretoria do Flamengo fez? Demitiu-o para contratar um português, Vítor Pereira, que havia feito campanha medíocre no Corinthians, se é que podemos chamar aquilo de campanha.

O que Vítor Pereira fez até agora, tendo recebido um elenco vitorioso de Dorival? Vexame! Perdeu a Supercopa do Brasil para o Palmeiras, não chegou à final do Mundial e perdeu a primeira partida da Recopa sul-americana. Dorival poderia ter perdido tudo isso? Poderia, faz parte do futebol. Mas se os técnicos estrangeiros são a solução para os problemas, a ponto de terem demitido o vitorioso Dorival, deveria ter feito melhor.

Esse caso do Flamengo revela que há um poderoso esquema empresarial por trás da propaganda por técnicos estrangeiros. Uma ofensiva imperialista contra o futebol brasileiro. É um esquema é econômico e político, com um objetivo ideológico claro que é convencer o brasileiro sobre sua inferioridade no futebol, contrariando a história e o óbvio ululante, como diria Nelson Rodrigues.

E voltamos, assim, ao início desse texto. A ordem é imitar os europeus, que significa jogar mal, como eles.

 

https://causaoperaria.org.br/2023/tecnicos-estrangeiros-ofensiva-imperialista-contra-nosso-futebol/

 

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ELENCO FRÁGIL

“Reforços internos” é tapa de Textor na cara dos botafoguenses

Por mais que as falhas existam efetivamente, o caso do Botafogo mostra bem o problema das SAFs

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Asituação do elenco do Botafogo voltou à tona entre a torcida alvinegra após a derrota do clube contra os reservas do Flamengo na Taça Guanabara. Por mais que o resultado, de 1 a 0 para o rubro-negro, não represente, de fato, o que foi a partida, fato é que o Botafogo, desfalcado por lesões e cartões amarelos, mostrou sua limitação no elenco.

No início de 2022, o futebol do Botafogo se tornou Sociedade Anônima Financeira (SAF), sendo adquirida pelo bilionário norte-americano John Textor, que detém 90% das ações do futebol do clube. O empresário já era então sócio-minoritário do Crystal Palace da Inglaterra e sócio-majoritário do RWD Molenbeek.

Em 2022, Textor tratou de organizar o clube. Investiu dinheiro para montar um elenco de certa qualidade, para organizar uma estrutura mínima para o clube — como Centro de Treinamento — e para montar um trabalho de base mais sólida. Com dificuldades para se reorganizar, o Botafogo realizou um mau 1º turno do Campeonato Brasileiro. Depois, aproveitando o recém-criado elenco sub-23 (ou Botafogo B), trouxe o ponta Jeffinho para o time titular.

Jeffinho, um típico jogador brasileiro, habilidoso e driblador, rapidamente se tornou destaque no time principal, que melhorou. No entanto, mesmo com treinador Luís Castro afirmando que ainda contava com o jogador para temporada 2023, o Botafogo vendeu o atleta no início deste ano. Acontece que Jeffinho foi para o Olympique Lyonnais, da França. O clube francês foi recentemente comprado por Textor, levantando suspeitas de que o Botafogo e toda a rede multi-clubes da Eagle Holdings serviriam como satélites para o clube principal, o Lyon.

A venda revoltou a torcida do Botafogo, que está interessada em títulos para quebrar o “jejum” de 27 anos sem títulos nacionais. Textor, tentando se justificar, afirmou que, com o dinheiro adquirido com a venda de Jeffinho, daria para comprar dez bons jogadores para o Botafogo. No início do ano, antes mesmo da venda do ponta-esquerda, afirmava-se que chegariam ao Alvinegro pelo menos seis jogadores para serem titulares.

No entanto, até o momento, o Botafogo não cumpriu com suas promessas. Alguns jogadores de qualidade, como Marlon Freitas, chegaram a 2023, mas, até agora, não houve nada fundamental nas contratações. Exemplo disso é que o time titular do Botafogo claramente necessita de pontas. Os dois utilizados atualmente, Lucas Piazon e Victor Sá, são reservas do ano passado.

No entanto, para ludibriar a torcida, a diretoria Alvinegra já fala em “reforços internos”. Sá e Piazon seriam estes “reforços internos”. Na realidade, isso significa: utilizar os reservas de outras temporadas. Simultaneamente, o departamento de Scout do Botafogo busca apenas atletas custo zero, pois o bilionário Textor não quer gastar dinheiro com contratações com o Botafogo. Mas, claro, sempre há um pretexto. Agora os motivos de não contratar seriam falhas na Lei da SAF, que continua prejudicando o clube com dívidas antigas.

Por mais que as falhas existam efetivamente, o caso do Botafogo mostra bem o problema das SAFs. Os empresários compram os clubes nacionais e querem garantias relacionadas às dívidas antigas do clube — motivo pelo qual a maioria dos clubes brasileiros estão falidos. É como funciona no capitalismo decadente, em geral, compra-se um patrimônio e busca-se lucro fácil. Vende-se Jeffinho para o Lyon e não contrata ninguém para repor na posição, exceto sendo custo zero (muito mais difícil de achar). Enquanto isso, o Botafogo sofre com dois pontas que mal sabem dominar uma bola…

https://causaoperaria.org.br/2023/reforcos-internos-e-tapa-de-textor-na-cara-dos-botafoguenses/

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Chapolin Gremista
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O GOLPE DA SAF

A crise de Textor no Botafogo após a venda de Jeffinho

Empresário norte-americano afirma que foi ameaçado após vender o jogador mais promissor do Botafogo, um dos melhores do elenco em 2022

 

Oempresário norte-americano John Textor, dono de 90% do futebol do Botafogo, afirmou ao Financial Times, órgão da especulação financeira internacional, ameaçado por torcedores botafoguenses após ele “vender” o ponta Jeffinho para o Olympique Lyonnais, da França, no início deste ano. “Vender” aqui está entre aspas, pois o clube francês também é da propriedade de Textor e sua Eagle Holdings, que detém também o RWD Molenbeek, da Bélgica, e tem 40% das ações do Crystal Palace, da Inglaterra.

Por mais que tenha sido a “venda” mais cara da história do Botafogo, e os clubes terem finanças supostamente independentemente uns dos outros, na verdade, ao colocar Jeffinho no Lyon, Textor apenas transferiu os ativos de um clube para outro. Como era de se esperar, a compra do Botafogo por um imperialista norte-americano serve apenas para o clube brasileiro servir de satélite para seu principal investimento: o Lyon.

O Botafogo busca contratações a custo zero de jogadores da Europa que não deram certo ou estão são muito velhos para serem revendidos para o exterior (geralmente, acima dos trinta anos). Na América do Sul, o Alvinegro procura jogadores jovens e reforça sua base para o Botafogo servir de trampolim para uma revenda mais lucrativa para a Europa.

Jeffinho, neste sentido, em 2022, foi adquirido do Resende para jogar no time B (Botafogo sub-23), mas, devido à sua habilidade, logo passou para o time titular. Por ser jovem e promissor, foi repassado para o Lyon. Agora, em 2023, o Botafogo conta com dois pontas, Lucas Piazón e Victor Sá, mais velhos e que não deram certo na Europa, e mal sabem dominar uma bola. A estes reservas de 2022, a diretoria da Sociedade Anônima de Futebol (SAF), para enganar o torcedor, dá o nome de “reforços internos”.

Por isso, Textor passou a ser mal visto pela torcida botafoguense. “Eu ia para o Rio de Janeiro e era tratado como um rei em todos os lugares que eu ia. Com a negociação de um jogador [Jeffinho], tive que trocar meu número de telefone. Você não tem ideia de como reativas e rápidas as coisas podem acontecer” contou Textor ao FT.

Textor também disse que não gosta de ser chamado de “investidor”. “Não há palavra mais ofensiva na língua inglesa do que ‘investidor’ para mim, porque isso significa dizer que seu esforço e sua contribuição só podem ser medidos pelo dinheiro”, disse. “É fácil para as pessoas dizerem que os americanos são ruins, que grupos multiclube são ruins. Eu entendo. Os torcedores não me conhecem e não conhecem meu coração. Eles acham que eu sou só o cara do dinheiro”, continuou.

Mas, por mais que ele não gost, Textor não passa disso: um investidor, cujo único mérito é ter dinheiro. Além da torcida do Botafogo — cuja torcida Antifascista publicou uma nota contra a SAF e torcedores da principal organizada, a Fúria Jovem, vêm realizando sérias críticas ao empresário —, torcedores do Crystal Palace, Lyon e Molenbeek também já se manifestaram contra o magnata norte-americano. O motivo das manifestações é o mesmo: a desconfiança dos torcedores com a rede multiclubes. Na Inglaterra, torcedores carregaram faixas contra ele. Na Bélgica, os torcedores denunciaram que Textor “nos usa para colocar jogadores de baixo desempenho” e criticaram o empresário por querer mudar a identidade visual do clube.

Fato é que Textor, assim como outros magnatas do futebol, e os capitalistas em geral, querem um lucro fácil. Por isso, por exemplo, o Grupo City adquiriu o Esporte Clube Bahia. Chegam ao Brasil, maior máquina de produções de craques do mundo e usam os clubes brasileiros, com muito mais tradição que qualquer clube europeu, como satélites para seus negócios efetivados em Euros.

Como destaca a reportagem do FT, “o comércio de jogadores pode ser lucrativo. O Benfica de Portugal, no qual a Textor uma vez tentou comprar uma participação, vendeu jogadores no valor de 840 milhões de euros nos últimos cinco anos, segundo a Transfermarkt, com um lucro comercial de 480 milhões de euros, o maior da Europa. Lyon ocupa o terceiro lugar, gerando 272 milhões de euros durante o mesmo período”.

“Com base nas contas de 2021-22, a receita combinada dos ativos da Eagle [Lyon, Crystal, Botafogo, Molenbeek] a classificaria entre os 20 clubes mais ricos do esporte — logo atrás do campeão italiano AC Milan, comprado por investidores americanos no ano passado por 1,2 bilhões de euros”, destaca.

Ainda, a reportagem mostra que a rede multiclubes é uma estratégia global do imperialismo: “Existem agora mais de 70 grupos multiclubes no futebol […] muitos deles construídos com base na mesma tese de scouting inteligente e comércio de jogadores”.

A reportagem demonstra claramente para os botafoguenses que a SAF é apenas um instrumento para o enriquecimento de parasitas em detrimentos dos clubes. As torcidas organizadas devem se organizar contra a privatização do futebol brasileiro, um patrimônio dos trabalhadores do país. Contra as SAFs, o controle dos clubes pelas suas torcidas!

 

https://causaoperaria.org.br/2023/a-crise-de-textor-no-botafogo-apos-a-venda-de-jeffinho/

 

 

 

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Chapolin Gremista
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A CBF É DONA DO ESTÁDIO?

CBF lança ofensiva contra propagandas “piratas” nos estádios

A CBF em mais uma medida arbitrária proíbe a veiculação de qualquer propaganda que não seja de patrocínios seu. Os clubes pequenos sofrerão ainda mais, pois perderão receita

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Em mais uma medida esdrúxula, a Confederação Brasileira de Futebol, (CBF), informou que proibirá propagandas nos campeonatos que não forem dos patrocinadores oficiais destes. Segundo a entidade, em estádios periféricos do país, marcas que não são patrocinadoras do Brasileiro ou da Copa do Brasil aparecem em dias de jogo, e isto para a CBF, configura o que chamam de marketing de emboscada.

A medida é parte de um aumento do controle da entidade sobre os clubes e atinge a verba dos pequenos diretamente. Boa parte dos clubes vivem de patrocínios de pequenas e médias empresas locais que apoiam o clube. Exemplos são clubes do interior do Brasil, onde o dono do mercado local e/ou a empresa de médio porte que apoia o clube em troca de uma placa de anúncio ou até mesmo uma faixa. Esse tipo de patrocínio será proibido, o que logicamente acarretará na perda de um dinheiro para o clube, afetando ainda mais os pequenos. 

O ponto aqui é o aumento do controle da CBF sobre os clubes. No início do ano, sem votação, a CBF colocou uma lei que proíbe diversas manifestações dos torcedores, dirigentes, atletas em relação a racismo, homofobia, gordofobia, etc. A multa poderia chegar até 1 milhão de reais por reincidência. Logo na sequência, coloca mais um regulamento que proíbe o clube de aumentar seu ganho através de patrocínios que não sejam da confederação. Outras medidas repressivas vem sendo tomadas desde algum tempo que estão levando a entidade ao controle total dos clubes e dos estádios. 

A ditadura policialesca que vem crescendo através do judiciário, com o impulso do identitarismo, toma forma no futebol através da CBF. São inúmeros os regulamentos que fazem com que o futebol venha se transformando em um palco de show de música clássica. Quase nada de gritos, ingressos com preços impagáveis, jogos na televisão em sistema de assinatura para cada campeonato com preços absurdos, perseguição a artigos de produção similares chamados de “piratas”. Em pouco tempo controlarão a própria escalação do time, se já não o fazem por pressão.

Este diário denuncia diariamente a entrega do nosso futebol, como técnicos estrangeiros e Sociedades Anônimas (SAFs), repressão da polícia nos estádios, das entidades, dos cartolas e muito mais. É preciso mobilizar os torcedores dos clubes e conscientizar sobre a polĩtica que vem sendo adotada. O futebol é uma paixão nacional realizada pelos trabalhadores. Foram anos para a construção dos clubes, seus estádios e suas histórias a nível mundial. Pela independência dos clubes em relação às entidades e o controle pelos reais “proprietários”, seus torcedores.

https://causaoperaria.org.br/2023/cbf-lanca-ofensiva-contra-propagandas-piratas-nos-estadios/

 

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Chapolin Gremista
NOTÍCIAS

FUTEBOL SOB ATAQUE

Pay per view: a máfia da televisão no futebol

Capitalistas seguem trabalhando para afastar os trabalhadores dos estádios e das transmissões

Acampanha para transformar o futebol-arte brasileiro no futebol europeu é incessante. Seja pela campanha por técnicos portugueses ou pelo esforço da burguesia em transformar o esporte popular em um esporte de elite, o esforço dos capitalistas em destruir o futebol brasileiro segue em frente.

Diferente do que historicamente foi o nosso futebol, os campeonatos espanhóis, ainda que disputados por 20 times, conheciam apenas dois campeões: Barcelona e Real Madrid. A cada passagem de cometa, talvez, aparecesse um campeão diferente, voltando à dualidade de Barça e Real por anos logo após a zebra. De forma geral, havia e há, até hoje, o domínio de dois clubes em detrimento do resto – sobretudo financeiramente.

O Brasileirão, por sua vez, sempre seguiu o caminho contrário. Muitos clubes competiam, subiam, caíam e, inclusive, venciam. Poderia haver dominância de um clube ou outro, como do São Paulo no começo do século XXI, mas rapidamente o nível da competição subiria e tal equipe seria ultrapassada. Em compensação, ao olharmos para a receita dos clubes atuais, por conta da máfia televisiva no futebol, vemos uma diferença escatológica entre os clubes. Enquanto Flamengo e Corinthians recebem mais de cem milhões, o Cuiabá e o Bragantino recebem menos de cento e cinquenta mil.

O cartel da comunicação que investe em cima do futebol popular atua, também, em cima das direções dos clubes. O processo de virarem SAF, por exemplo, é um ataque à lógica do clube pertencente aos seus torcedores; ao povo. O preço dos ingressos elevado, que transformou o público que assiste aos jogos nos estádios de trabalhadores para pessoas da classe média, também é um sólido ataque à popularidade do futebol, sendo considerado um esporte dos trabalhadores e oprimidos.

https://www.youtube.com/watch?v=mkokScAbX6M&list=PLykTA4bl8n37ScQ2HWeA8zvzjHJwBaMZ4&index=12

Sobre as transmissões, no entanto, a maioria dos telespectadores assistem nas Box. Se for para assistir o campeonato brasileiro, o estadual, Copa do Brasil, Libertadores e Sul Americana, focando só no esporte nacional, o trabalhador teria que desembolsar cerca de R$300,00 por mês apenas com as assinaturas pagas. É um absurdo fazer com que o trabalhador precise pagar uma vez para assistir aos jogos do seu time, porém, por todas as questões possíveis, é mil vezes pior ter que pagar diversos pacotes por assinatura para acompanhar o seu clube de coração. Como se não bastasse, a Anatel iniciou uma ofensiva contra as Box, transformando a realidade do trabalhador de assistir ao seu time mais complexa do que já estava. Na prática, houve um retrocesso para a década de 80, onde o esporte só podia ser assistido pelo rádio.

A evolução da internet e da TV, na prática, só serviu para os fins dos capitalistas, como visto no pay per view (pagar para ver) que varia de campeonato para campeonato – aumentando a dificuldade do operário assistir a todos os jogos e aumentando, simultaneamente, o lucro dos inimigos do povo. No Brasileirão, você paga a Globo, enquanto na Sul Americana se paga para a Conmebol, indo daí em diante.

A distribuição de valores, no entanto, age de forma ditatorial, seguindo o objetivo dos capitalistas. Dois exemplos literais do supracitado são a distribuição financeira entre as equipes, como falado anteriormente do Flamengo, com 160 milhões, e do Cuiabá, com 147 mil, e do fato da competitividade brasileira ter ficado, nos últimos cinco anos, principalmente entre duas equipes: Flamengo e Palmeiras.

O futebol deve ser do povo e para o povo, com transmissões gratuitas e ingressos a preços populares, para os trabalhadores voltarem a frequentar o estádio depois do expediente – algo impossível nos dias de hoje. Os tubarões capitalistas devem retirar suas mandíbulas do futebol, pois o mesmo deve ser governado por quem os mantém vivo e acessível: o povo.

causaoperaria.org.br/2023/pay-per-view-a-mafia-da-televisao-no-futebol/

 

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NOTÍCIAS

O Botafogo vive momento conturbado dentro e fora de campo. Enquanto banca o trabalho do técnico Luis Castro, a diretoria tenta manter os salários em dia após atrasos que passaram de um mês.

No momento a situação está controlada. A organização prevê pagamento do valor na carteira até o dia 10 de cada mês, e o direito de imagem é quitado até o dia 25. O que hoje está sendo respeitado.

Como John Textor precisou redirecionar recursos para outras dívidas do clube, a conta não fechou no cruzamento entre as datas de vencimento e os novos aportes do acionista majoritário da SAF.

Em função disso comissões que deveriam ser pagas a empresários de atletas seguem em aberto, algumas desde o ano passado. Essas ficaram mesmo para o fim da fila.

Por lei, os salários devem ser quitados até o quinto dia útil do mês. Mas como em todos os clubes, há uma organização para comportar o fluxo de caixa. Seja SAF ou não.

Fonte : https://oglobo.globo.com/blogs/panorama-esportivo/post/2023/03/como-o-botafogo-se-organiza-para-nao-dever-a-jogadores.ghtml

 

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NOTÍCIAS

:emoglobo:

A Globo decidiu retirar ex-árbitros das transmissões de partidas após 34 anos.

Apenas Paulo César de Oliveira continua contratado, mas participará apenas de programas no SporTV e na Globo.

Os telespectadores entendiam que algumas opiniões eram protecionistas demais com erros feitos por árbitros em campo. 

Nas redes sociais, as análises receberam a alcunha pejorativa de "Central do Amigo".

Fonte : https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/globo-mata-central-do-apito-demite-casal-e-tira-ex-arbitros-de-jogos-de-futebol-99407

 

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NOTÍCIAS

PRIVATIZAÇÃO DOS CLUBES

O fracasso das SAFs

As Sociedades Anônimas do Futebol foram apresentadas como a “salvação” do futebol nacional; não é isso que se está vendo. A solução é o controle dos clubes pelas torcidas

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As Sociedades Anônimas do Futebol (SAF), quando foram aprovadas no Brasil, foram apresentadas como a “salvação” do futebol nacional. Finalmente, diziam, os clubes brasileiros — altamente endividados — terão investimento para estrutura e bons jogadores. Assim, os comentaristas da imprensa capitalista criavam na imaginação dos leitores que as SAFs permitiriam um gigantesco avanço dos clubes.

Não é isso que se está vendo. As campanhas dos quatro principais que se tornaram SAFs — Botafogo, Cruzeiro, Vasco e Bahia — demonstram que a realidade é totalmente diferente.

Começando pelo caso do Botafogo, que já foi tratado em diversas oportunidades neste Diário. O empresário norte-americano John Textor, da Eagle Holdings, adquiriu o clube em 2022 e, de fato, trouxe bons jogadores e reforçou a estrutura do clube. No entanto, o ano de 2023 mostra que este investimento era apenas parte do esquema de rede multiclubes da Eagle Holdings. No início do ano, Textor, que também é dono do RWD Molenbeek (Bélgica) e é sócio do Crystal Palace (Inglaterra), adquiriu o Olympique Lyonnais (França), seu principal investimento. 

Eis que o empresário norte-americano “vendeu” (transferiu um ativo de uma empresa sua para outra) um dos melhores jogadores do clube na temporada passada, Jeffinho — não por acaso, o melhor dos jovens, ou seja, o que tem mais potencial de mercado —, para o Lyon. Isto é, o Botafogo renunciou a um jogador com qualidade individual, pelo qual passavam boa parte das jogadas ofensivas do time, que agora depende do técnico português Luis Castro — que, em um ano de trabalho, ainda não conseguiu criar um padrão de jogo para o Alvinegro.

Resultado? O Botafogo iniciou o ano com vexames. Primeiro, foi o único grande desclassificado do Campeonato Carioca. Segundo, quase foi eliminado da Copa do Brasil pelo Sergipe (Série D), não fosse um empate no último minuto do jogo da primeira fase da competição. Terceiro, pela Taça Rio, está tendo dificuldades de passar pela “poderosa” Portuguesa-RJ, podendo ficar fora da Copa do Brasil do próximo ano.

Conclui-se, portanto, que a estrutura montada por Textor no ano passado era apenas uma forma de ajeitar o clube, que estava em situação de terra arrasada, para alimentar seus investimentos na Europa.

Temos também o Cruzeiro, que foi adquirido no ano passado por Ronaldo “O Fenômeno” Nazário, que tornou-se um empresário do futebol. Até agora, a Raposa de Minas não fez grandes investimentos em jogadores. Isso, somado à incompetência do técnico uruguaio, Paulo Pezzolano, fez com que o clube fosse eliminado no Campeonato Mineiro — que é quase um “impar ou par” entre o Cruzeiro e o Atlético.

Agora, o clube mineiro decidiu demitir o técnico e contratar Pedro Miguel Marques da Costa Filipe, o Pepa, que provavelmente será mais um treinador português fracassado no Brasil.

O Vasco, comprado pela 777 no ano passado, até montou um bom time para este ano, com boas peças — ainda não entrosadas. Mesmo assim, Maurício Barbieri está fazendo um bom trabalho. No entanto, viram-se as limitações das contratações no jogo deste domingo (19) contra o Flamengo. Com jogadores cansados, precisando da vitória para chegar à final do Carioca, o Vasco não tinha um elenco reserva com experiência para jogar o clássico, tendo de apelar para jovens da base.

Quando um time é comprado por um investidor estrangeiro bilionário, espera-se, no Brasil, que consiga montar melhores times do que os outros. No entanto, o Vasco foi eliminado da Copa do Brasil pelo ABC, da Série B.

Já o Bahia, adquirido pelo Grupo City (do Manchester City, da Inglaterra), com maus resultados, não está conseguindo se classificar para a próxima rodada da Copa do Nordeste, com times com um investimento extremamente inferior ao dos outros. 

Os casos deixam claro que as SAFs não são a “salvação” apresentada pelos papagaios da imprensa pró-imperialista. Ao contrário, ao que tudo indica, são apenas um esquema fácil de manter a mesma estrutura de subjugação do futebol brasileiro — de transferir suas jovens joias para a Europa, prejudicando o futebol nacional. A preocupação mínima com os clubes nacionais é simplesmente para manter este esquema.

Ainda, os investidores, a qualquer momento, vendo que não está obtendo lucros, podem retirar seus investimentos e falir os clubes. Por isso, os clubes brasileiros — patrimônios do povo brasileiro — devem ser de responsabilidade de quem tem interesse neles: os torcedores.

*As SAFs são o tema da revista Zona do Agrião, de março, que pode ser adquirida pelo telefone: (11) 95456-9764. 

https://causaoperaria.org.br/2023/o-fracasso-das-safs/

 

 

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