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IGN Brasil : Chaves vai voltar à TV brasileira ? Filho de Roberto Gómez Bolaños comenta


E.R

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https://br.ign.com/chaves/94336/news/quando-chaves-vai-voltar-tv-brasileira

Sem querer querendo ou não, Chaves e Chapolin saíram da programação da TV brasileira em agosto de 2020. Mais de um ano depois, em novembro de 2021, os programas ainda continuam fora de qualquer canal ou serviço de streaming no país.

O IGN Brasil teve a oportunidade de conversar com Roberto Gómez Fernández, filho de Roberto Gómez Bolaños (Chespirito), a respeito da chegada do Chapolin ao jogo Fortnite.

Roberto Gómez Fernández é o Presidente do Grupo Chespirito, e claro que não poderíamos deixar de perguntar sobre a situação da exibição de Chaves e Chapolin no Brasil. Mas antes, relembremos o que houve.

Clássico absoluto da TV brasileira (embora uma produção original mexicana), Chaves estreou no Brasil em 1984 no canal aberto SBT, e atravessou gerações de fãs em 36 nos no ar, até o abrupto rompimento entre a emissora brasileira e a Televisa, detentora dos direitos de Chaves e Chapolin.

"A suspensão se deve a um problema pendente a ser resolvido com o titular dos direitos das histórias", informou o SBT, na época do ocorrido. O canal ainda alegou que um acordo verbal entre as duas partes para assegurar a exibição dos programas na emissora havia sido firmado, mas que acabou não se concretizando.

Com exclusividade ao IGN Brasil, Roberto Gómez Fernández dá uma tímida previsão sobre o aguardado retorno de Chaves e Chapolin à TV brasileira : "em breve".

"Espero que voltem logo. Certas circunstâncias precisam ser resolvidas. Mas minha família e eu estamos vendo isso. Temos certeza de que, em breve, [Chaves e Chapolin] voltarão às telinhas", afirma Fernández, que está mais do que ciente sobre a popularidade dos personagens no Brasil e os pedidos de retorno à programação.

 

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Esse "em breve" eu já ví faz tempo, as coisas apenas precisavam acontecer de uma vez.

Mas se não acontecer, cada fã ainda pode desfrutar das gravações que fizemos ao longo dos anos, é o jeito.

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  • 4 meses depois...
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https://oglobo.globo.com/cultura/fora-do-ar-ha-quase-dois-anos-chaves-enfrenta-nos-bastidores-disputa-entre-televisa-herdeiros-viuva-de-roberto-gomez-bolanos-25445057

Completando 50 anos neste mês, seriado mexicano que se tornou um clássico das TVs abertas na América Latina tem a propriedade dividida entre a emissora mexicana, dona das fitas, e o Grupo Chespirito, comandado por Roberto Gómez Fernandez, que detém os direitos autorais da obra

'O que que foi, o que que foi, o que que há?', questionaria o Seu Madruga. Os seriados "Chaves" e "Chapolin" completaram 50 anos neste mês, mas o momento não inspira comemorações. Afinal de contas, desde 31 de julho de 2020 não é possível assistir a nenhum episódio, seja na televisão, no streaming ou no YouTube. O motivo é uma disputa entre a Televisa, dona das fitas dos episódios, e o Grupo Chespirito, comandado por Roberto Gómez Fernández, que detém os direitos autorais da obra.

— Minha família e eu simplesmente não concordamos com a Televisa na questão dos direitos de transmissão dos programas. Como qualquer negociação, cada parte tem uma posição diferente. Felizmente, há uma vontade de ambos os lados para chegar a um acordo — diz Fernández, um dos filhos de Roberto Gómez Bolaños (1929-2014), criador dos seriados e intérprete de "Chaves" e "Chapolin".

O caso ainda tem um componente de disputa familiar. No último dia 14, a atriz Florinda Meza, intéprete da Dona Florinda e viúva de Roberto Bolaños, foi ao Twitter lamentar a ausência dos seriados na televisão. "Meu coração de Chapolin está triste, porque a série do "Chaves" não é exibida nas TVs do mundo, tão necessitadas de risos e alegrias", escreveu a atriz. O post gerou 22 mil curtidas e muitos comentários. Um, mais provocativo, dizia que ela "quer dinheiro". Meza rebateu: "Ao contrário, estou gastando meu dinheiro em uma batalha legal para que se respeite a vontade de meu Rober e os programas voltem às telas". Procurada pelo GLOBO, a atriz não respondeu até a publicação dessa reportagem.

Questionado sobre qual batalha sua ex-madrasta se refere, Roberto Fernádez foi categórico: "Eu ignoro". Ele afirma que Meza não participa e nunca participou das negociações com a Televisa e que sua relação com a atriz "não é muito próxima". O climão entre Florinda Meza e os seis filhos de Roberto Bolaños, frutos de seu primeiro casamento, não é novidade. As tensões se arrastam desde que Bolaños se separou de Graciela Fernández, em 1977, para assumir um romance com Florinda, levantando rumores de que eles já se relacionavam às escondidas.

Antes de morrer, Bolaños deixou acertada até 31 de julho de 2020 a exibição dos programas na Televisa, emissora mexicana que produziu e transmitiu as séries desde o início e que repassava os direitos para outros canais mundo afora. Quando a data chegou, a emissora e Roberto Fernández não chegaram a um acordo para renovar.

— Antes do "apagão", "Chaves" e "Chapolin" estavam no SBT, no Multishow, na Prime Video e no YouTube aqui no Brasil — diz o jornalista Antonio Purcino, 32 anos, um dos administradores do "Fórum Chaves", que tem mais de 4 milhões de seguidores nas redes sociais. — Agora tem essa situação que a gente nunca experimentou. As pessoas estão muito ressentidas, estamos numa escuridão.

Os detalhes da negociação são mantidos em sigilo pelas partes envolvidas. O diretor de comunicação da Televisa, Rubem Acosta, também é econômico ao comentar o caso.

— Os programas não estão sendo transmitidos devido a certas discussões sobre os direitos envolvidos. Não podemos comentar mais em respeito às partes envolvidas — disse.

Eduardo Gouvea, técnico de informática, ator, tradutor e um dos administradores da página "Chaves de novo", encabeçou um manifesto pedindo a volta dos programas. Ele recolheu mais de 68 mil assinaturas e enviou a Televisa, mas não diz não ter recebido resposta.

— É triste, o interesse vai diminuindo. As pessoas vão descobrindo outras coisas. Nesse meio tempo, as TVs já estão descobrindo que podem viver sem isso. Antigamente, o SBT tirava o "Chaves" do ar e era uma loucura — lamenta Gouvea.

A comoção pela volta das séries chegou até a equipe de dubladores. Cecília Lemes, que deu voz à personagem Chiquinha na maioria dos episódios, lamenta o apagão:

— Faz muita falta. Mesmo já conhecendo todos os episódios, acho que é exatamente isso, não sei qual é a magia, mas a gente para pra assistir. Triste é pensar nos fãs que não tem um DVD na gaveta e não podem mais assistir numa TV aberta. É dificil julgar. Não sei qual é a verdade. Mas torço para que eles entrem num acordo que seja bom para ambos os lados — avalia Lemes.

O ator e dublador Gustavo Berriel, que dublou o Nhonho e o Seu Barriga em encomendas mais recentes de "Chaves", concorda com a colega:

— Eu sempre fui muito fã e ainda sou. Foi muito especial, um sonho mesmo, trabalhar com uma coisa que a gente adora tanto. Faz uma falta enorme, a gente já lamentou muito essa questão. Mas sou otimista e acho que tudo vai se resolver — diz Berriel, que também é um dos administradores da "Chaves de novo".

Enquanto isso, tanto o SBT como o Multishow aguardam por um capítulo final nesta novela mexicana. "A Televisa nos Informou que não teríamos mais direito porque o filho do Bolaños achou que não era mais interessante seguir com a parceria", disse o SBT ao GLOBO, por meio de sua assessoria, rearfirmando o interesse na exibição: "O Chaves faz parte do DNA do SBT". O Multishow segue o mesmo caminho: "O canal tentou de todas as formas negociar para manter a atração no ar, mas não conseguiu a renovação. O Multishow tem um grande carinho pelas séries e permanece em contato e com muito interesse na exibição delas".

Apesar do "apagão" e de todas essas dificuldades, Fernández adota um discurso otimista e diz que houve avanços nas negociações.

— Sim, estou otimista. Ambas as partes reconhecem a importância de os programas serem vistos novamente pelo público que segue os personagens e por novos públicos. Além disso, acho que o mundo precisa de diversão assim.

 

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Eu nem espero mais nada porquê cansei desse chove e não molha, principalmente do Fernandez.

Felizmente tenho minhas gravações para assistir sem precisar depender de exibições, mas que continua sendo uma pena as séries estarem vetadas, isso é, pois assim não continuarão passando de geração em geração e cada vez mais cairão no esquecimento, visto que não estão em streaming e nem no You Tube, assim perdem destaque.

Quem dispõe de gravações pode passar para suas próximas gerações, colocando para seus filhos assistirem, mas infelizmente esse número de pessoas é menor.

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