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MÚSICA


Professor Inventivo

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MÚSICA BRASILEIRA

A música de Egberto Gismonti

Egberto Gismonti combina sintetizadores com piano acústico, violão, viola, percussão e ritmos brasileiros

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Oprimeiro álbum que escutei do pianista, violonista e compositor Egberto Gismonti foi “Dança das cabeça”, gravado em parceria com o saudoso percussionista Nana Vasconcelos, lançado em 1977 e seu primeiro trabalho na gravadora europeia ECM. Isso foi no início dos anos 1980; quem está acostumado a escutar música instrumental brasileira, especialmente chorinho e o samba jazz da bossa-nova, certamente se surpreenderá com as concepções musicais de Egberto Gismonti, bastante singulares no repertório brasileiro. Cada álbum gravado por Egberto, seja solo, seja em parceria com outros músicos, é o resultado de propostas inovadoras; não sendo possível me deter em todos eles, pois são mais de 35 álbuns, escolho apenas 3: “Água e vinho”, 1972; “Corações futuristas”, 1976; “Nó caipira”, 1978. Por que esses três? Porque, segundo espero justificar em seguida, eles representam melhor três projetos, dos vários em sua carreira, levados adiante pelo compositor: (1) as parcerias de melodia e letra com o poeta Geraldo Eduardo Carneiro; (2) a articulação entre banda, teclados eletrônicos e orquestra de cordas; (3) quartetos de contrabaixo, bateria, saxofone e piano ou violão.

Via de regra, a canções da música popular brasileira têm duas características básicas ditadas pela indústria cultural e, consequentemente, pelo capitalismo: (1) a poesia das letras, centrada em jogos de palavras ou de versos próximos da fala coloquial, está excessivamente subordinada às linhas melódicas das canções; (2) os instrumentistas, os verdadeiros proletários da música, têm o papel minimizado em detrimento do ego dos cantores, muitas vezes de talento e formação musical aquém das bandas acompanhantes. No álbum “Água e vinho”, porém, com vocação contrária, destacam-se a poesia das letras, bastante complexas, e a presença dos músicos; em todas as 10 faixas há diálogos entre canto e improviso, seja de piano e violão, instrumentos tocados virtuosamente por Egberto, ou dos demais participantes dos arranjos. As letras são do poeta carioca Geraldo Eduardo Carneiro, quem participou ativamente da poesia marginal da década de 1970 e 1980 ao lado de Chacal, Ana Cristina Cesar, Cacaso e outros; o fato de ser poeta e não apenas, cancionista, provavelmente influiu em letras distantes dos refrões repetitivos de sempre; semelhantemente, a sólida formação musical de Gismonti determinou a participação destacada dos instrumentistas. Infelizmente, tal combinação de poesia e música são raras no repertório da MPB, fazendo da concepção musical de “Água e vinho” algo bastante singular, repetida por Gismonti nos demais álbuns de sua carreira, nos quais, embora majoritariamente instrumentais, há espaço para algumas canções.

O próximo tópico diz respeito às articulações entre banda, teclados eletrônicos e orquestra de cordas. Gismonti gravou seus primeiros trabalhos contemporaneamente a bandas de rock progressivo, tais quais Emerson, Lake e Palmer – Tarkus é de 1971 e Trilogy, 1972 –; influenciado pelo teclado eletrônico, cujos recursos poucos souberam utilizar tão bem como ele na música brasileira, Gismonti combinou sintetizadores, teclado Moog, piano Rhodes e órgão Hammond, próprios do rock progressivo, com piano acústico, contrabaixo, bateria e saxofone, próximos do jazz, tudo isso conjugado com violão, viola, percussão e ritmos brasileiros. Acrescentando às músicas orquestra de cordas, em cujos temas notam-se influências de Villa-Lobos e Penderecki, o resultado são as faixas dos álbuns “Academia de danças”, 1974, e “Corações futuristas”, 1976; o último é bastante equilibrado, metade dele é centrado no violão, metade no piano. 

No final da década de 1970, Egberto passou a gravar na ECM, gravadora europeia de jazz, dedicada a reunir músicos de diversos países; lá, além da parceria com o brasileiro Naná Vasconcelos, Gismonti trabalhou com Ralph Towner, Collin Walcott, Jan Garbarek e Charlie Haden. Influenciado pela música predominantemente acústica e centrada nos improvisos praticada na ECM, e em especial pelo pianista Keith Jarrett, Egberto aprimorou-se em quartetos formados por contrabaixo, bateria, saxofone e violão ou piano; “Nó caipira”, embora haja presença de orquestra de cordas, está centrado naquela formação. Gismonti gravou outros trabalhos com tal concepção musical, “Em família” e “Sanfona”, ambos de 1981, contudo, a presença de Zé Eduardo Nazário em “Nó caipira”, talvez o melhor baterista brasileiro de sua geração, dá tonalidades e timbres especiais aos arranjos.

Por fim, cabe destacar duas parcerias suas, a primeira, o álbum “Identity”, de 1975, com o percussionista brasileiro Airto Moreira, e a segunda, “Altitude of the sun”, de 1976, com o flautista estadunidense Paul Horn. Embora Airto e Egberto sejam brasileiros, as propostas musicais de cada um deles são bem distantes, enquanto Airto prioriza o swing e os compassos ímpares, tais quais 3/4, 5/4, 7/4, Egberto prefere o virtuosismo e a inspiração sensível ao compor e improvisar, por isso o encontro é bastante original. Com Paul Horn algo semelhante acontece, Horn é músico tomado por motivações místicas, são dele os improvisos registrados no álbum “Inside the great pyramid”, 1977, realizados dentro da pirâmide de Gizé, no Egito; vale a pena escutar seus improvisos tocando os sambas e baiões de Egberto Gismonti, acompanhado pelo pianista-violonista e sua banda.

O álbum “Água e vinho” está completo no YouTube neste endereço: https://www.youtube.com/watch?v=sZ0Tt7Qs0NI

Deixo aqui ainda o endereço de uma antologia do artista, também no YouTube:

 

https://causaoperaria.org.br/2023/a-musica-de-egberto-gismonti-2

 

 

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Chapolin Gremista

 

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MAIS UMA DO IDENTITARISMO

Existe uma “música preta brasileira”?

A música brasileira é negra, por que então inventar uma "música preta" à parte? 

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Henrique Áreas, do GARI*

Uma reportagem do dia 20 de junho no portal Revista de Cinema sobre a Mostra de Cinema de Ouro Preto tinha o seguinte título: “Festival de Ouro Preto celebra música preta do Brasil, memória e o futuro do cinema”.

O título chama a atenção para quem conhece um pouco de música brasileira. A princípio, poderia ser apenas uma constatação óbvia, afinal, a música brasileira é uma música negra, no sentido geral da coisa. Ao ler a reportagem, no entanto, descobre-se que não é à música brasileira em geral que se refere a expressão “música preta”, mas a uma música que seria separada, que existiria à parte.

O texto começa dizendo o seguinte: “Mostra de Cinema de Ouro Preto realiza sua décima-oitava edição a partir dessa quarta-feira, 21 de junho, no embalo da MPB, ou melhor da MPnoB (Música Preta no Brasil).”

O festival – e a reportagem adotou a mesma posição – defende que a música popular brasileira é algo diferente da “música preta brasileira”. Uma rápida pesquisa na internet nos revela que tal ideia já tem uma certa difusão entre os meios oficiais da indústria fonográfica e institutos de pesquisa da burguesia. Não é para menos, afinal, a demagogia identitária é uma das políticas centrais da burguesia atualmente.

Mas será que realmente existe essa “música preta brasileira” ou “música afro-brasileira” ou mesmo uma música negra brasileira diferente da música brasileira?

Para responder a essa pegunta, vale uma breve consideração sobre a formação social e étnica do povo brasileiro e o consequência a formação de sua cultura.

A ideia de que haveria uma categoria chamada de “afro-brasileira” é tão errada quanto a ideia de que haveria um brasileiro branco com sangue puro. Ignorar a mistura entre as raças na formação da nacionalidade brasileira é quase um “terraplanismo” histórico, para usar uma palavrinha que a própria esquerda identitária gosta de usar contra seus inimigos.

Não dá para contar a história detalhada aqui, mas a política dos portugueses quando chegam ao Brasil não era de simplesmente dominar o novo território, mas de se misturar com os habitantes locais. Temos aí uma primeira etapa de miscigenação. Logo, chegam os escravos africanos, aos milhares, aos milhões. A quantidade é tão grande que o negro passa a ser mais predominante do que os próprios índios. 

Por uma série de processos históricos e políticos, entre eles a própria integração entre brancos de camadas baixas e negros alforriados, temos a constituição da nacionalidade brasileira.

Vejam só, diferentemente do que dizem os racistas, o povo brasileiro e, sua maioria, é um povo negro. Mas é um negro miscigenado e não há nenhum problema nisso.

Nesse sentido, falar em “afro-brasileiro” é um contrassenso, uma definição artificial. É uma definição imitada dos Estados Unidos, onde faz sentido, pois os negros norte-americanos são uma população à parte, quase uma nacionalidade à parte. O “afro-americano” embora também não seja uma definição muito precisa tem uma razão de ser. No caso do Brasil, os negros não são uma população à parte, eles são a maioria do País e parte da própria nacionalidade brasileira. O povo brasileiro é um povo negro.

A cultura e a música devem ser vistas sob esse pano de fundo. De um ponto de vista da formação social do povo, falar em “música preta brasileira” é afirmar que haveria uma música feita apenas por negros. Mas quem são esses negros se não há essa população à parte, se todos os brasileiros são negros ou descentes de negros?

Estamos diante de mais uma imitação dos norte-americanos. Lá, falar em “música negra” faz algum sentido. Significa falar que é uma música criada e feita pela população negra que mora nos Estados Unidos, não pelos norte-americanos brancos, os norte-americanos propriamente ditos. Isso mostra como os identitários gostam de imitar os EUA e como essas ideias são importadas de lá sanduíche de fast food.

Já no Brasil, falar em uma música negra separada da música brasileira é impossível. E não é apenas sociologicamente falando, musicalmente também.

Vejamos um estilo brasileiro por excelência, o choro. Grosso modo, o choro é uma criação conjunta entre negros e brancos das classes baixas. Aos batuques das percussões africanas foram acrescentados os instrumentos harmônicos trazidos da Europa.

Com o samba acontece o mesmo fenômeno. Aos batuques do morro, introduziram as harmonias da música europeia.

Se o pesquisador da música quiser voltar mais atrás verá que o lundu e a modinha, estilos que predominavam ainda na época colonial, foram igualmente uma criação dos negros e brancos. Os dois estilos foram, inclusive, exportados para Portugal.

Como falar em uma “música preta” separada da música brasileira? Só mesmo com muita vontade de imitar os gringos norte-americanos.

Alguém poderia argumentar que seria importante destacar a música brasileira como sendo “preta” justamente para lembrar desse fato. Mas se é assim, nada melhor do que mostrar que a contribuição do negro para a nossa música é essencial, é foi isso uma das coisas que tornou a música brasileira uma das ricas do mundo.

   https://causaoperaria.org.br/2023/existe-uma-musica-preta-brasileira/

 

 

 

 

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NOTÍCIAS

O Maroon 5 fará uma apresentação extra à sua aguardada apresentação no festival The Town, em São Paulo, no mês de setembro de 2023.

De acordo com o  jornalista José Norberto Flesch,  o Maroon 5 vai se apresentar em Belo Horizonte, na recém inaugurada Arena MRV, no dia 9 de setembro de 2023.

Fonte : https://www.vagalume.com.br/news/2023/07/03/maroon-5-fara-show-em-belo-horizonte-em-setembro-afirma-jornalista.html

 

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Chapolin Gremista
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PERFIL CULTURAL

Ismael Silva, o fundador das escolas de samba

A importância de Ismael Silva para o samba e a música popular brasileiro é tão grande quanto o esquecimento a que é submetido

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Osamba moderno surgiu no Rio de Janeiro e tem uma história ligada umbilicalmente ao nascimento das escolas de samba na então capital do Brasil. O cantor e compositor Ismael Silva, cujo aniversário de morte completou 45 anos em março desse ano, foi uma das principais figuras do gênero musical.

De origem proletária, filho de cozinheira e lavadeira, Ismael foi responsável por o que é considerada a primeira escola de samba da história: a Deixa Falar, fundada em 1928. Sua família, oriunda de Niterói, mudou-se para o centro do Rio após o falecimento do pai. Foi na primeira década do século XX e Ismael tinha apenas três anos de idade. 

Naquele momento, a capital da ainda jovem República brasileira era um centro cultural efervescente. Ao final do século XIX, surgiam gêneros musicais tipicamente brasileiros, como o choro, que misturava a música popular nacional com a música clássica europeia. Na transição de um século para outro, o carnaval brasileiro assumiu características próprias e se tornava um fenômeno de massas, com a influência direta da cultura mestiça do país. Surgiam assim os grandes cordões carnavalescos, dentre os quais o Ameno Resedá — considerado pioneiro das escolas de samba e cuja música era dirigida por Sinhô, o fundador do samba moderno.

A fundação desse tipo musical aparecia, portanto, ao mesmo tempo em que se desenvolvia o carnaval carioca. O samba nascia das marchinhas carnavalescas, misturadas com choro, música sertaneja, o folclore nordestino e as batucadas africanas mantidas — mas também adaptadas e desenvolvidas — pelo negro brasileiro, para formar um gênero que afirmaria a identidade nacional. Esse processo acontecia simultaneamente ao desenvolvimento da classe operária brasileira, que passaria a ter um papel ativo na situação política brasileira no início do século XX.

Ismael morava no bairro Estácio de Sá, no centro da cidade, e assim conviveu no meio dessa ebulição cultural desde a infância. Logo cedo, frequentou as rodas de samba da época e passou a compor. Sua primeira composição gravada foi “Me faz carinhos”, em 1925, o que permitiu sua aproximação com Francisco Alves, principal intérprete do samba do período. Com ele e o pianista Nilton Bastos, Ismael formou o trio Bambas do Estácio, responsável por um dos sambas mais conhecidos e gravados da história: “Se você jurar”.

A composição é um partido-alto, que consiste num dos primeiros tipos de samba, onde se vê a influência da improvisação das rodas de batuques. O estilo consiste em um verso principal repetido diversas vezes entre versos improvisados, que pela necessidade das gravações acabaram ficando estruturados em formas fixas.

Se você jurar que me tem amor

Eu posso me regenerar

Mas se é para fingir, mulher

A orgia assim não vou deixar

Muito tenho sofrido

Por minha lealdade

Agora estou sabido

Não vou atrás de amizade

A minha vida é boa

Não tenho em que pensar

Por uma coisa à toa

Não vou me regenerar

Se você jurar que me tem amor

Eu posso me regenerar

Mas se é para fingir, mulher

A orgia assim não vou deixar

A mulher é um jogo

Difícil de acertar

E o homem como um bobo

Não se cansa de jogar

O que eu posso fazer

É se você jurar

Arriscar a perder

Ou desta vez então ganhar

Se você jurar que me tem amor

Eu posso me regenerar

Mas se é para fingir, mulher

A orgia assim não vou deixar

Se você jurar que me tem amor

Eu posso me regenerar

Mas se é para fingir, mulher

A orgia assim não vou deixar

Com a morte de Nilton, em 1931, os Bambas do Estácio ficariam desestruturados permitindo o início da principal parceria de Ismael em sua carreira, com Noel Rosa. O “Poeta da Vila”, como era chamado em alusão ao bairro em que morava, Vila Isabel, foi talvez o mais importante compositor das décadas de 1920 e 1930. Ao todo, a dupla realizou dezoito composições, tornando Ismael o principal parceiro da curta carreira de Noel, morto prematuramente em 1937, aos 26 anos. 

A primeira escola de samba

Na evolução dos cordões carnavalescos para as modernas escolas de samba ao longo da década de 1920, Ismael foi uma figura central. A Deixa Falar, de cores vermelha e branca, em homenagem ao clube de futebol America Football Club, foi fundada por ele 1928 e foi a entidade criadora do termo escola de samba, fundamentando as bases para as posteriores — ainda que o cordão Ameno Resedá tenha sido pioneiro em diversas dessas características.

A “escola de samba” teria como objetivo formar “professores” para divulgar e aprimorar o novo gênero, o samba urbano, além de ter um trabalho social e cultural constante que não se limitasse ao período do carnaval. Em um período em que ainda muitos cordões tocavam marchinhas, ranchos e até valsas e outros estilos, a escola fundada por Ismael foi a principal a ter como base o samba.

Todavia, a Deixa Falar, que surgiu no Largo do Estácio, durou pouco e nunca participou dos concursos carnavalescos oficiais, que formariam os atuais desfiles. A escola desfilava nas ruas e praças do Rio de Janeiro, além de atuar para desenvolver o movimento das escolas que surgiam, como Estação Primeira de Mangueira e o Conjunto Oswaldo Cruz (Portela). Foi esse movimento geral que permitiu o primeiro concurso oficial das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, organizado pelo jornal Mundo Sportivo, do jornalista Mário Filho, em 1932.

Uma das principais figuras do samba na época, o pai-de-santo e sambista Zé Espinguela organizou em sua casa, em 1929, no Engenho de Dentro, o primeiro concurso para definir o melhor conjunto de sambistas. Participaram a Estação Primeira, o Conjunto Oswaldo Cruz e a Deixa Falar, que acabou desclassificada por usar instrumentos de sopro — algo comum no samba urbano moderno. Mesmo sem a repetição do concurso de Zé Espinguela nos anos seguintes, o samba moderno se espalhou pelo Rio de Janeiro com a profusão de diversos grupos que passaram a se autodenominar de “escola de samba”.

No entanto, em 1931, a Deixa Falar desfilou entre os ranchos carnavalescos no concurso organizado pelo Jornal do Brasil, com o enredo “O Paraíso de Dante”. No ano seguinte, optou por se manter no concurso — dessa vez com o enredo “A Primavera e a Revolução de Outubro” —, sem participar da competição das escolas de samba organizada pelo Mundo Sportivo.

Em 1933, diante de uma divisão na direção da escola, a Deixa Falar foi extinta e se fundiu ao bloco União das Cores, formando o União do Estácio de Sá. Ismael, no entanto, não participou da nova escola de samba e nunca mais se associou a nenhuma organização carnavalesca.

Entre os sambistas da Deixa Falar estava Bide (famoso por sua parceira com Marçal, outro bamba de Estácio de Sá), que participou da gravação de “Na Pavuna”, em que, pela primeira vez, apareciam gravados instrumentos típicos das escolas, introduzindo ao samba a cuíca e o surdo.

A grande importância da Deixa Falar no samba moderno foi resultado de uma forma específica de se tocar a música no bairro do Estácio. “Carlos Sandroni cunhou este modo de fazer samba de ‘Paradigma do Estácio’, estilo que se popularizaria em todo Rio de Janeiro ao longo da década de 30 e balizaria o samba a partir de então. A principal característica do samba do Estácio era a batida do tamborim conhecida hoje como ‘telecoteco’”, destaca exposição do Museu Afro Brasil sobre Ismael Silva. 

Parceira com Noel e renascimento

Após se distanciar das escolas de samba, Ismael focou em composições a serem gravadas e tocadas no rádio, que se tornava o principal pilar da indústria fonográfica na década de 1930. Foi quando começou sua parceria com Noel Rosa — cujas canções eram interpretadas por Francisco Alves, mas também por outro dos principais cantores da época, Mário Reis. São desta época as famosas composições “Pra me livrar do mal”, “Ando cismado” e “Uma jura que eu fiz”.

(Para me livrar do mal)

Estou vivendo com você

Num martírio sem igual

Vou largar você de mão

Com razão

Para me livrar do mal

Supliquei humildemente

Pra você endireitar

Mas agora, infelizmente

Nosso amor vai se acabar

Vou embora afinal

Você vai saber porque

É pra me livrar do mal

Que eu fujo de você

Estou vivendo com você

Num martírio sem igual

Vou largar você de mão

Com razão

Para me livrar do mal

Você teve a minha ajuda

Sem pensar em trabalhar

Quem se zanga é que se muda

Eu já tenho onde morar

Nunca mais você encontra

Quem lhe faça o bem que eu fiz

Levei muito golpe contra

Passe bem, seja feliz

(Ando cismado)

Mulher, eu ando cismado

Que me enganei com você

Se algum dia não ficar mais a seu lado

Não precisa perguntar por quê

A mentira é fatal

Creio que não é por mal

Que a mulher nos faz descrer

Mas se é realidade

Sua grande falsidade

Eu hei de ver você sofrer

Eu cismado espero agora

Ver você a qualquer hora

Dando ao outro o coração

Quando chegar esse dia

Deixo sua companhia

Sem explicar por que razão

(Uma jura que fiz)

Não tenho amor

Nem posso amar

Pra não quebrar

Uma jura que fiz

E pra não ter

Em quem pensar

Eu vivo só

E sou muito feliz

Aquela que eu mais amava

Só pensava em me trair

Quando eu menos esperava

Partiu sem se despedir

Essa mesma criatura

Quis voltar mas eu não quis

E hoje cumprindo a jura

Vivo só e sou feliz

Um amor pra ser traído

Só depende da vontade

Mas exixte amor fingido

Que nos traz felicidade

A mulher vive mudando

De idéia e de ação

E o homem vai penando

Sem mudar de opinião

A morte de Noel, em 1937, culminou com um momento complexo na vida de Ismael, se afastando do samba e dos bambas do Estácio. Ele foi preso em uma discussão de bar após atirar em um homem e, condenado a cinco anos de prisão, cumpriu dois anos de reclusão devido ao bom comportamento. Quando saiu da prisão, passou por graves dificuldades financeiras durante um longo tempo. Já na década de 1940, o samba era uma grande indústria na rádio e muitos dos precursores e sambistas tradicionais foram deixados de lado em detrimento do lucro das grandes gravadoras.

Seu “renascimento” entre os sambistas surgiu na década de 1950, quando Alcides Gerardi fez sucesso ao gravar seu samba Antonico:

Oh, Antonico

Vou lhe pedir um favor

Que só depende da sua boa vontade

É necessário uma viração pro Nestor

Que está vivendo em grande dificuldade

Ele está mesmo dançando na corda bamba

Ele é aquele que na escola de samba

Toca cuíca, toca surdo e tamborim

Faça por ele como se fosse por mim

Até muamba já fizeram pro rapaz

Porque no samba ninguém faz o que ele faz

Mas hei de vê-lo muito bem, se Deus quiser

E agradeço pelo que você fizer, meu senhor

Com o sucesso da gravação, Ismael conseguiu sair da crise financeira. Em 1954, ele participou do Primeiro Festival da Velha Guarda, em São Paulo, ao lado de outros bambas. O evento foi organizado por Almirante, cantor, radialista e compositor conhecido como “a mais alta patente do Rádio” durante a ‘Era de Ouro’ do rádio no Brasil. Em seguida, realizou diversos espetáculos e conseguiu lançar seus dois primeiros discos: “O samba na voz do sambista” (1955) e “Ismael canta Ismael” (1956).

A década de 1950 e o início dos anos 1960, até o golpe militar de 1964, marcam o fortalecimento do nacionalismo brasileiro — período em que o samba também teve um importante impulso. Na década de 1960, entre os sambistas, ganharam popularidade não apenas tradicionais compositores, como o próprio Ismael, mas também Cartola, Nelson Cavaquinho, Zé Ketti, entre outros, como também surgiria uma nova geração que se distanciaria do rádio para retomar a tradição do samba-enredo e do partido-alto, como Martinho da Vila e Paulinho da Viola.

Nesse período, Ismael frequentou com outros sambistas as reuniões e apresentações no Zicartola — boteco do amigo Cartola com sua esposa, dona Zica. Participou ainda do espetáculo “O samba pede passagem”, realizado no Teatro Opinião — importante elemento da vanguarda artística do período. Suas músicas para o espetáculo serão em seguidas gravadas em disco em 1966.

Prestigiado, recebeu diversas homenagens na década de 1960, em programas de televisão e exposições em museus. Na década de 1970, Ricardo Cravo Albin escreveu o espetáculo musical “Se você jurar”, contando a trajetória do sambista Ismael Silva e da cantora Carmen Costa — principal intérprete da composição. Em consequência do espetáculo, Ismael lançaria um LP homônimo, seu quarto e último disco, em 1973. Idoso, morreu em março de 1978, aos setenta e três anos, vítima de um ataque cardíaco fulminante.

https://causaoperaria.org.br/2023/ismael-silva-o-fundador-das-escolas-de-samba/

 

 

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Chapolin Gremista
NOTÍCIAS

PIANISTA E COMPOSITOR

João Donato, um dos pioneiros da Bossa-Nova

Músico morreu aos 88 anos

Na madrugada dessa segunda-feira (17), João Donato, pianista, cantor e compositor, morreu aos 88 anos no Rio de Janeiro.

Joao_Donato_2492627789-1024x678.webp “Hoje o céu dos compositores amanheceu mais feliz: João Donato foi para lá tocar suas lindas melodias”, escreveu uma mensagem no perfil do músico no Instagram.

Diversas instituições e figuras públicas publicaram mensagens em homenagem ao artista. Seu velório será realizado no Theatro Municipal da capital carioca, em horário ainda não divulgado.

https://causaoperaria.org.br/2023/joao-donato-um-dos-pioneiros-da-bossa-nova/

 

 

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Chapolin Gremista

 

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MORREU AOS 88 ANOS

João Donato, pianista e compositor, precursor da Bossa Nova

Donato deixa uma obra de excelência musical, obra que é parte da formação da moderna música popular brasileira

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Na madrugada dessa segunda-feira (17), faleceu o multi-instrumentista e compositor João Donato, aos 88 anos. Donato esteva internado em um hospital no Rio de Janeiro, segundo a família a causa da morte foi pneumonia. Donato, um dos ícones da MPB, era considerado também um dos precursores da Bossa Nova. Ao longo de seus 74 anos de carreira na música, Donato destacou-se pelo “sincretismo” rítmico, misturando gêneros como Jazz, Funk e Samba e ritmos latinos, destacando-se, sobretudo, como pianista e compositor.

Esteve ativo até o fim de sua carreia, seu último álbum, com Jards Macalé, “Síntese do lance”, com músicas inéditas, é de 2021. Trabalhou com outros grandes nomes da música brasileira e internacional como, Astrud Gilberto, Dorival Caymmi, Tom Jobim, Eumir Deodato, Stan Kenton, Nelson Riddle, Herbie Mann e Wes Montgomery.

Desenvolveu parceria duradoura e profunda com seu irmão Lysias Enio, sendo o principal letrista para suas canções. Das composições mais conhecidas destacam-se: “A paz”, com Gilberto Gil, “A rã”, com Caetano Veloso, e “Simples carinho”, com Abel Silva.

Acriano de Rio Branco, Donato nasceu em 1934. A música lhe acompanhou desde a infância. Em 1945 muda-se para o Rio de Janeiro com a família, ali estreitam-se seus contatos musicais, conheceu o grupo Namorados da Lula e faz amizade com Lúcio Alves, Nanai e Chicão.

Inicia sua carreira musical profissional em 1949, icomo integrante do grupo Altamiro Carrilho e Seu Regional. Em 1951 inicia seus estudos de piano, instrumento que o ira notabilizar. Em 1956 mudou-se para São Paulo e grava seu primeiro LP, “Chá dançante”, produzido por ninguém menos que Tom Jobim.

Em 1958 retorna ao Rio e no ano seguinte passa a residir nos Estados Unidos. Nesse período grava com artistas dos EUA e latinos, também realiza uma turnê pela Europa junto de João Gilberto. Volta ao Brasil em 1962 e no ano seguinte retorna aos Estados Unidos, onde vive pelos 10 anos seguinte, nesse período, dentre outros trabalhos, lança o disco “A bad Donato” (1970), listado como um dos melhores da música brasileira.

Além de multi-instrumentista e compositor, Donato era também arranjador, tendo trabalhado em obras como “O homem de Aquarius”, de Tom Jobim, e “Minha saudade”, de Lisa Ono, e discos de Fagner, Gal Costa e Martinho da Vila.

Recebeu prêmios ao longo de sua extensa carreira, testando-se o prêmio Shell de Música (2000) pelo conjunto da obra e o prêmio da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) em 2003.

A arte e a cultura nacional perdem um de seus grandes nomes, que contribuiu de maneira destacada para o desenvolvimento da música nacional. 

https://causaoperaria.org.br/2023/joao-donato-pianista-e-compositor-precurssor-da-bossa-nova/

 

 

 

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Chapolin Gremista

 

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PARTE MAIS UM

João Donato, o mestre da música popular de toda América

João Donato, apesar de ser associado com a Bossa Nova, foi muito além desse estilo e influenciou músicos de todas as gerações

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Nesta semana, perdemos um dos artistas mais famosos da geração da Bossa Nova. João Donato era dono de um estilo inconfundível e de uma sonoridade muito particular. Ele influenciou gerações de músicos do Brasil e do mundo, e não se limitou apenas à sonoridade da Bossa, em seus discos pode-se ouvir, principalmente, elementos da música cubana misturada ao jazz, mas também foi uma importante figura na MPB dos anos 70 e chegou a lançar discos a partir dos anos de 2010, tendo recebido premiações e permanecendo relevante no meio musical no final de sua vida.

Donato se profissionaliza como músico aos 15 anos de idade, quando começa a se apresentar. Sua primeira aparição em uma gravação foi tocando acordeon com a banda de Altamiro Carrilho, nas faixas “Brejeiro”, de Ernesto Nazareth, e “Feliz Aniversário”, composição do próprio Altamiro.

Na década de 50, participa de encontros sociais e musicais com os artistas da geração da Bossa Nova, tendo sido amigo próximo de Vinicius de Moraes, João Gilberto e Tom Jobim. No entanto, parte para o México no começo da década e de lá para os EUA, e passa a comandar diversos conjuntos musicais, ao piano. Seu foco era principalmente em elaborar versões instrumentais de conhecidas canções brasileiras e de standards da música norte-americana. 

Nos anos 60, volta ao Brasil e lança um de seus álbuns mais importantes, o disco “Muito à vontade”, onde a maior parte das canções eram composições própria faixa-título. Outro disco de grande importância desse período é o chamado “A Bossa muito moderna”, de onde saíram vários temas instrumentais que, após adição de letra, se tornariam canções importantes do repertório da MPB.

Logo, Donato volta para os EUA, onde permanece por quase uma década. Ali, ele grava com os principais músicos norte-americanos de jazz. 

Ao voltar para o Brasil nos anos 1970, Donato, por influência da cena musical daquele momento, abandona de vez e entra para o campo da MPB, colocando letras nas suas canções e gravando sua voz em vários dos álbuns subsequentes. Donato fez parceria com os principais artistas daquele momento em diante, como Gilberto Gil, Martinho da Vila, Chico Buarque, Marcos Valle, Cazuza, Caetano Veloso, Aldir Blanc, Arnaldo Antunes e muitos outros.

A partir dos anos 1990, Donato passa por um hiato criativo, voltando a lançar discos no cenário independente a partir do final da década. No entanto, teve algumas de suas produções premiadas, como o disco Donato Elétrico, eleito pela Rolling Stone Brasil o melhor álbum de 2016.

Na última semana, João Donato falece após lutar contra um quadro de diversas doenças, entre elas uma infecção nos pulmões. Apesar de ter sido pertencente à geração de Jobim e semelhantes, Donato enveredou por uma sonoridade totalmente diferente. Donato experimentou com timbres e batidas de diversas origens, sendo um dos artistas mais ecléticos vindos desse período. Evidente que muito dessa influência se deu pelo viés da música norte-americana, devido ao longo período em que viveu nos EUA, mas Donato também tinha grande paixão pelo samba e pela música cubana, adicionando isso na sua música e levando esses sons para os norte-americanos. Donato é, nesse sentido, o artista que juntou as três principais músicas populares do continente americano.

Seu toque pianístico era simples, bastante rítmico e efetivo. Lembrado por tocar desde o acordeon, passando pelo piano acústico, piano elétrico e sintetizadores, Donato influenciou o toque de um grande número de tecladistas que o sucederam. Incorporando elementos da percussão ao piano, ele é responsável por trazer ao instrumento de origem europeia um pouco do “balanço” da música brasileira. 

Donato nos deixou com idade avançada, mas toda a cultura brasileira lamenta mais essa lacuna. Seu estilo inconfundível seguirá influenciando músicos brasileiros e por que não estrangeiros dos anos futuros. 

https://causaoperaria.org.br/2023/joao-donato-o-mestre-da-musica-popular-de-toda-america/

 

 

 

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  • 2 semanas depois...
NOTÍCIAS

LAURO JARDIM - O GLOBO

Está praticamente fechada a agenda de shows que Paul McCartney fará em dezembro de 2023 no Brasil.

O cantor virá para 5 cidades : Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba e Belo Horizonte.

Na capital mineira, o show será na Arena MRV.

 

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NOTÍCIAS

Seguem aqui alguns números do Spotify sobre os royalties de direitos autorais recebidos por grandes artistas em todo o mundo.

São 3,4 mil artistas no Spotify com uma receita passiva considerável no catálogo, sendo que 80% dela vem de streamings de músicas com mais de cinco anos.

A conta para formar este grupo de três mil artistas inclui alguns critérios, como ter mais de 500 mil ouvintes mensais em 2022.

Em 2022, quase três mil artistas com catálogos enormes geraram mais de US$ 100 mil (o que dá uns R$ 470 mil) no Spotify com canções mais "antigas". 

O dado faz parte do site Loud & Clear, que divulga anualmente dados detalhados sobre royalties da indústria da música no mundo.

Fonte : https://oglobo.globo.com/blogs/ancelmo-gois/post/2023/07/musicas-com-mais-de-5-anos-sustentam-pagamento-de-royalties-pagos-no-spotify.ghtml

 

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NOTÍCIAS

O festival de música The Town divulgou a programação completa de apresentações, que acontecem em setembro no Autódromo de Interlagos.

Alguns shows internacionais tiveram seus horários confirmados :

SÁBADO (2 de setembro)
20:25 Demi Lovato

DOMINGO (3 de setembro)
20:25 Bebe Rexha
23:00 Bruno Mars

QUINTA (7 de setembro)
23:00 Maroon 5

SÁBADO (9 de setembro)
23:00 Foo Fighters

DOMINGO (10 de setembro)
23:00 Bruno Mars

Fonte : https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2023/08/the-town-divulga-horario-de-shows-com-bruno-mars-e-maroon-5.shtml

 

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  • 2 semanas depois...
NOTÍCIAS

O cantor Zezé Di Camargo abriu o jogo sobre o futuro da dupla com o irmão Luciano.

O sertanejo explicou que além das apresentações que eles fazem juntos, os irmãos têm projetos solos. A ideia, segundo o cantor, é diminuir o ritmo da dupla já em 2024.

Aos 60 anos, o cantor admite não ter mais a mesma potência na voz para ficar fazendo tantos shows. Nos últimos meses circularam vários vídeos dele desafinando durante as apresentações.

“Minha voz não tem mais aquela potência de quando eu tinha 30 anos, de quando eu estava começando. Podia cantar dez horas seguidas e a voz estava lá. Hoje eu canto duas horas e tem que ter um descanso, um exercício de voz”, admitiu.

“Para eu manter a quantidade de shows do Zezé Di Camargo & Luciano, mais o meu show acústico, aí eu estou morto. Ele (Luciano) também vai fazer as coisas gospel dele, que ele curte bastante, e acho que ano que vem a gente diminui bastante a agenda da dupla. Ele está bem pra caramba de voz e está com toda energia pela frente”, explicou Zezé di Camargo.

Fonte : https://extra.globo.com/famosos/noticia/2023/08/zeze-di-camargo-revela-futuro-da-dupla-com-luciano-e-admite-problema-na-voz.ghtml

 

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