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MÚSICA


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Chapolin Gremista
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MÚSICA INSTRUMENTAL

Adeus a Wayne Shorter

A música perde Wayne Shorter, artista inovador do jazz e do saxofone

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No dia 2 de março de 2023 faleceu o saxofonista Wayne Shorter.

A música é uma linguagem geral formada por linguagens particulares; conhecê-las nos sensibiliza para apreciar samba, salsa, rock, jazz, música erudita etc. Dessa maneira, para quem escuta jazz, talvez boa parte da fascinação esteja na exploração musical das numerosas possibilidades entre tema e improviso.

Para muitos ouvintes, o jazz estaria restrito ao chamado jazz tradicional, bastante marcado por improvisadores geniais, tais quais Django Reinhardt, Benny Goodman, Lois Armstrong e Billie Holiday; entretanto, a história do jazz é o desenvolvimento dessa linguagem em diálogos constantes com outras linguagens musicais. Para os especialistas, a primeira grande revolução no jazz deu-se por volta dos 1940 no chamado bebop, levado a cabo por Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Thelonious Monk e Max Roach; em seguida, por volta de 1950, com ênfase nas curvas melódicas e na modulação sonora durante os improvisos, foi a vez do cool-jazz, bastando comparar as concepções dos músicos citados com as propostas de Paul Desmond ou Chet Baker para verificar as diferenças entre cool e bebop. Tais oscilações entre a agressividade na condução musical e a modulação melódica voltam a se repetir de outros pontos vista; em 1960, retomando as ideias do bebop, acontece o hard bop, cujo maior expoente é, sem dúvida, John Coltrane, para, em 1970, surgir o neo-cool, levado adiante basicamente pela gravadora ECM, e o jazz rock, no qual se destaca o grupo Weather Report, formado pelo tecladista Joe Zawinul e o saxofonista Wayne Shorter. Vários músicos tocaram bateria e percussão no grupo, entre eles, os brasileiros Don Um Romão e Airto Moreira, além da presença marcante do baixista Jaco Pastorius; entretanto, a liderança da banda sempre esteve sob a responsabilidade de Shorter e Zawinul.

O que significa, em termos de indústria cultural, o jazz rock? O jazz, o blues e o rock nasceram gêneros proscritos, levados adiante por comunidades excluídas de negros e proletários; uma vez absorvidos pela indústria cultural, eles perderam grande parte dos poderes de combate e contestação aos valores ditados pela burguesia. Para isso se explicitar veementemente, contrastemos John Coltrane com Kenny G.; The Jimi Hendrix Experience com Whitesnake; Billie Holiday ou Janis Joplin com Beyoncé; Weather Report com Spirogyra. Entretanto, talvez porque nas canções do rock, enquanto linguagem musical, articulam-se melodia, letra e solos de guitarra, e no jazz há predominância de música instrumental e insistência nos improvisos, o rock, perante o mercado ávido por consumir refrões fáceis de memorizar e cantar, terminou predominando nas gravadoras, rádios e festivais de música, do mesmo modo que a música instrumental brasileira foi paulatinamente apagada pelas canções, cada vez mais insossas, da MPB.

Os bons músicos de rock, em regra, admiram os músicos de jazz; os longos solos de teclado e guitarra da famosa canção “Light my fire”, dos Doors, são inspirados em John Coltrane; da homenagem “Burning for Buddy”, dedicada ao baterista de jazz Buddy Rich, participaram vários bateristas de rock, entre eles Neil Peart, do Rush, e Bill Bruford, do Yes e King Crimson; muitos músicos de jazz fizeram parte de The Mothers of Invention, a banda de Frank Zappa, entre eles, o tecladista George Duke; o próprio Zappa, no álbum “The Grand Wazoo”, compôs temas de jazz para big band.

Dessa maneira, fazendo parte do jazz sofisticar divisões rítmicas e linhas de improviso, nele também dialoga-se constantemente com as músicas erudita, latino-americana, semítica e indiana, não causando surpresa diálogos com o rock e a música pop, desde as gravações de Herbie Hancock com temas de Lennon e McCartney, Kurt Cobain e Sade Adu, às experiências radicais de Miles Davis em álbuns tais quais “Bitches Brew”, 1970, cuja percussão foi concebida pelo brasileiro Airto Moreira, a guitarra, por John McLaughlin, os teclados são tocados por Chick Corea e Joe Zawinul, ficando o saxofone sob a responsabilidade de Wayne Shorter. Dessas concepções, por exemplo, derivaram a Mahavishnu Orchestra, de McLaughlin, a Elektric Band, de Chick Corea, e o Weather Report.   

Apenas com essas informações, ligeiras e parciais, percebe-se que o jazz-rock não é simplificação do jazz nem sua comercialização, porque, justamente, a comercialização da música se dá em todas as linguagens, tendo em conta as simplificações do repertório erudito feitas por Philip Glass. Nessas circunstâncias, não foram apenas bandas ou instrumentistas iguais à Spirogyra, ou ao violinista Jean Luc Ponty e similares a banalizar as inovações do jazz-rock levadas adiante por Billy Cobham, Jan Hammer, Michael Brecker e os músicos que passaram pelo Weather Report, valendo lembrar de Don Um Romão, Airto Moreira, Chester Thompson, Miroslav Vitous e Jaco Pastorius.

Desse ponto de vista, o da inovação, isto é, na construção do jazz-rock enquanto linguagem musical, todos os instrumentistas citados contribuíram propondo novas levadas de percussão e bateria, conduções harmônicas e linhas melódicas para os respectivos instrumentos na composição de temas e invenção nos improvisos. Louis Armstrong, por exemplo, concebeu vários desses constituintes do jazz, seja para composição, seja para trompete especificamente; Billie Holiday praticamente inventou modos de cantar, modificando, em suas interpretações, sensivelmente os temas das canções; Charlie Parker reinventou o saxofone ao propor o bebop; no mesmo bebop, Max Roach e Thelonious Monk fizeram o mesmo para, respectivamente, as conduções de bateria e as linhas de piano; John Coltrane modificou a própria música… Wayne Shorter, por sua vez, ao lado dos grandes inovadores do jazz, inventou várias linhas de saxofone, modificando as concepções do instrumento, havendo contribuído para seu desenvolvimento no próprio jazz e suas inserções na música pop.

Um artista confunde-se com seus trabalhos; Wayne Shorte e seu espírito, enquanto sopro, soarão para sempre na música instrumental. Que a terra lhe seja leve.

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Weather Report Live at Shinjuku Kosei Nenkin Hall, 11 Jun 1981

https://causaoperaria.org.br/2023/adeus-a-wayne-shorter/

 

 

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CULTURA

A história de Juca Chaves, o Menestrel Maldito

Morreu, dias antes do aniversário do golpe de 64, um dos artista mais críticos à Ditadura Milita

 

Dias antes da fatídica data de 59 anos do golpe militar de 1964 ,faleceu um dos grandes críticos desse que foi o período de maior retrocesso da vida política e econômica do país.

Trata-se do compositor, músico e humorista Jurandyr Czaczkes Chaves ou simplesmente Juca Chaves , este último adicionado por conta própria para “aportuguesar” o seu nome.

Chaves foi um ácido crítico não apenas da ditadura mas também de todos os seus braços de apoio. Autor de uma famosa frase sobre a imprensa brasileira.

” A imprensa é muito séria, se você pagar, eles até publicam a verdade.”

Essa é uma dentre as inúmeras composições de Chaves , que incluem música erudita , modinhas , frases, que destilam denúncias de todos aqueles que trabalham contra o Brasil, pelo que foi apelidado de ” O Menestrel Maldito”, apelido dado a ele por ninguém menos que Vinícius de Moraes.

Dentre os famosos disparates contra os comandantes militares da ditadura, destaca se um episódio durante um show em que ironizou em cima do palco, se perguntando “Como se mede um burro?” No que ele próprio respondeu “Mede-se da cabeça aos pés!” Em uma calara referência ao general Emílio Garrastazu Médici, um dos mais perigosos comandantes da Ditadura Militar.

Juca chegou a ter de se manter exilado em Portugal na década de 60, país do qual teve que se mudar também pois incomodou inclusive a ditadura lusitana, instalando se posteriormente na Itália.

Retornou ao Brasil no início dos anos 70 , foi quando inaugurou o “Sdruws Circus” uma instalação circense, onde embaixo de uma simples lona na proximidades da Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio de Janeiro, passou a apresentar o show “Menestrel Maldito”.

Vetado pelas emissoras de televisão e grandes gravadoras fotográficas , Juca procura driblar a censura lançando o seu próprio selo fonográfico, o ” Sdruws Records” no início dos anos 90.

Nós anos 2000, mais precisamente em 2006 resolveu atuar na política institucional e foi candidato ao senado da Bahia pelo PSDC, mas não foi eleito.

Juca Chaves faleceu na noite do último dia 26 de março em Salvador, devido a complicações respiratórias, aos 84 anos de idade.

 

https://causaoperaria.org.br/2023/morre-juca-chaves/

 

 

 

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EDIÇÃO Nº 14

Revista Breton homenageia Xangô da Mangueira

O Gari lança sua publicação mensal homenageando o sambista histórico. Adquira a sua!

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Os Grupos por uma Arte Revolucionária (GARI) são um coletivo de artistas e admiradores da arte e da cultura que discutem as questões de arte de um ponto de vista revolucionário. Inspirados na FIARI, fundada por André Breton, Diego Rivera e o próprio Leon Trótski, os companheiros se reúnem e elaboram questões fundamentais a respeito da arte. 

O GARI é responsável por diversas atividades fundamentais que envolvem a cultura e política revolucionária, como a Bateria Zumbi dos Palmares ou a Banda Revolução Permanente. Mas uma das formas de materialização da organização desses companheiros militantes e artistas é a revista Breton, uma publicação mensal que traz notícias, matérias, textos de análise e debates sobre questões de hoje, de antes e de sempre, a respeito da cultura e arte.

A edição nº 14 da revista, que está em pré-venda neste momento, tem como tema principal destacado em sua capa os 100 anos do Xangô da Mangueira, sambista, compositor e cantor e uma das principais personalidades do Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira do Século XX. A matéria publicada na revista conta uma história de sua vida e obra, relacionando-a com a cultura popular do Rio de Janeiro e do Brasil ao longo de sua vida.

Outro tema abordado na publicação são os 100 anos do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, seguindo a série de matérias sobre samba e carnaval que estão na revista. A história da Portela se confunde com a própria história do carnaval no Rio de Janeiro e a matéria procura mostrar o desenvolvimento desse importante agrupamento e a sua relação com as alterações que sofria o carnaval naquele momento histórico.

Além dessas duas matérias sobre o carnaval, há também um texto descrevendo a criação do Partido Alto, no começo do século XX, e do Pagode, nos anos de 1960, procurando relacionar e demonstrar essas manifestações do samba. 

Também nesta edição, há uma matéria sobre o pianista Ernesto Nazareth, um dos primeiros compositores brasileiros a trazer a influência da música popular brasileira – com seus ritmos e síncopes africanas – para a música erudita, criando um gênero musical totalmente novo, que transita entre o clássico e o popular. 

A revista Breton é um material fundamental para compreender e atuar no campo da cultura, hoje tomado pelo identitarismo pró-imperialista da esquerda pequeno-burguesa. Adquirir a publicação e contribuir com o GARI é a melhor forma de combater essa infiltração estrangeira e destrutiva na cultura popular. Para adquirir a sua, basta entrar em contato com os companheiros militantes do PCO ou do GARI. 

https://causaoperaria.org.br/2023/revista-breton-homenageia-xango-da-mangueira/

 

 

 

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O The Town anunciou mais atrações para o evento que será em setembro de 2023, na cidade de São Paulo.

O cantor brasileiro Seu Jorge foi um dos nomes anunciados.

Com isso, a programação do The Town até o momento, é essa :

. 2 de setembro - Post Malone, Ne-Yo, Racionais MC's com a Orquestra Sinfônica de Heliópolis, Criolo com Planet Hemp e Tasha & Tracie com Karol Conka
. 3 de setembro - Bruno Mars, Alok, Bebe Rexha, Seu Jorge e Luísa Sonza
. 7 de setembro - Maroon 5, Ludmilla e Maria Rita
. 9 de setembro - Foo Fighters, Pitty, Queens of the Stone Age, Garbage, Wet Leg e Stanley Jordan
. 10 de setembro - Bruno Mars, Iza, H.E.R., Richard Bona e Kim Petras

Fonte : https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2023/04/06/the-town-anuncia-mc-hariel-ryan-sp-seu-jorge-criolo-planet-hemp-e-mais-artistas-nacionais.ghtml

 

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De acordo com o jornal chileno La Tercera, a cantora Madonna fará shows na América do Sul em 2024.

Madonna já fechou seu desembarque no Chile com uma produtora nacional: com show entre a última semana de janeiro e a primeira quinzena de fevereiro de 2024.
 
Outras possíveis paradas serão no Brasil, Argentina, Colômbia e Peru.

Fonte : https://oglobo.globo.com/cultura/musica/noticia/2023/04/madonna-trara-turne-celebration-ao-brasil-em-2024-diz-jornal-chileno.ghtml

 

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No dia 4 de maio de 2023, para comemorar o seu aniversário de 70 anos, o cantor Lulu Santos fará o lançamento de sua nova turnê - chamada de Barítono.

O cantor fará um show especial que vai ser transmitido pelo Globoplay.

Fonte : https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2023/04/23/lulu-santos-fala-ao-fantastico-sobre-carreira-amor-e-a-chegada-aos-70-hoje-eu-canto-eu-sou-um-homem-me-diz-voce-qual-e.ghtml

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Chapolin Gremista
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MÚSICA

Presidente de Cuba lamenta morte de Harry Belafonte

O canto norte americano tinha 96 anos e era um grande apoiador da Revolução Cubana

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Opresidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, lamentou a morte do cantor norte-americano e amigo da Revolução cubana Harry Belafonte.

Na sua conta no Twiter, Diaz-Canel escreveu que com a dolorosa partida de Harry Belafonte, 96, Estados Unidos e o mundo perdem um grande artista e um ser humano extraordinário, e o povo de Cuba se despede de seu amigo solidário e inesquecível.

“Os nossos mais sentidos pêsames aos familiares e amigos”, ressaltou o chefe de Estado na rede social.

Comprometido com a causa contra a discriminação racial, Harry Belafonte compartilhou com seu amigo Martin Luther King Jr. a luta pelos direitos civis nos EUA no começo dos anos 1960.

E junto com outras personalidades do âmbito musical, utilizou sua voz para exigir o fim da fome através da canção We Arte de The World (1985).

Amigo de Cuba e de seu líder histórico Fidel Castro, o artista foi um dos precursores das pontes de solidariedade com a Ilha e o fortalecimento das relações entre seus intelectuais.

Desde seu espírito como defensor das causas justas, mostrou apoio ao povo cubano quando pediu em discurso a libertação de cinco combatentes cubanos contra o terrorismo presos nos Estados Unidos com longas sentenças de cadeia.

Fonte: Radio Havana Cuba

https://causaoperaria.org.br/2023/presidente-de-cuba-lamenta-morte-de-harry-belafonte/

 

 

 

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LITERATURA E POLÍTICA

Chico Buarque e a rara fineza da sujeira

O prêmio concedido a Chico Buarque consagra a literatura que retrata de maneira consciente a conjuntura nacional

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Odiscurso de Chico Buarque na entrega do Prêmio Camôes, em Sintra, Portugal, na última segunda-feira, merece nosso registro e celebração. Chico é nosso maior escritor vivo e seu discurso é histórico.

Reconhecer esse fato nos ajuda a perceber o alcance de seus livros e de sua música. “Gosto de ser reconhecido como um compositor popular”, disse ele. Com essa frase, ele explicou a função da sua arte e mostrou sua consciência política aguçada.

Chico viveu dois momentos funestos da história brasileira. Na ditadura militar, fez (e faz) gerações de brasileiros cantarem suavemente “apesar de você amanhã há de ser outro dia…”.

Agora, como todos nós, viveu o golpe contra a Dilma e a batalha contra as forças de extrema-direita.

Ter a oportunidade de acompanhar sua obra ao longo de décadas, de ler seus livros quando mal chegam nas livrarias ou assistir a um de seus shows é viver nossa contemporaneidade. É ser uma testemunha.

A dura realidade do capitalismo brasileiro e da barbárie da burguesia nacional produzem, de maneira contraditória, contrapontos que respondem à altura. Chico Buarque é com certeza uma dessas vozes.

A frase de gênio no discurso aposta na contradição e se torna uma arma linguística: “O ex-presidente teve a rara fineza de não sujar meu prêmio Camões, deixando o espaço em branco para o nosso presidente Lula assinar”

A crítica irônica não é só à figura histórica do ex-presidente, mas aos valores imorais da burguesia que o elegeu. A chave está na palavra “fineza”, tão cultuada pelos que têm muito dinheiro, mas que carecem totalmente de cultura.

É a palavra típica onde se refugiam os lesa-pátrias, que parecem se reproduzir como baratas no esgoto da política nacional.

Ao ler os romances de Chico, como Leite Derramado, fica difícil não reconhecer Machado de Assis na forma como usa, por exemplo, seus narradores. Machado de Assis, em seu tempo, foi o grande retratista da hipocrisia da classe dominante escravocrata do Brasil império.

“É dessa terra e desse estrume que nasceu essa flor”, diz o irônico narrador Brás Cubas no início do famoso romance, ao descrever o entorno social que o criou.

Coube a Chico Buarque fazer esse trabalho no nosso momento histórico.

Interessante notar, no entanto, que Chico Buarque de Holanda ainda não tem uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, que foi fundada justamente por Machado de Assis.

Localizada no Rio de Janeiro, a ABL se tornou a rara fineza da sujeira associada à TV Globo. Entre os seus membros estão jornalistas de direita, porta-vozes dos interesses da família Marinho.

Daí a importância e a sorte que temos de ter, na nossa literatura em língua portuguesa contemporânea, um autor como Chico Buarque.

https://causaoperaria.org.br/2023/chico-buarque-e-a-rara-fineza-da-sujeira/

 

 

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NOTÍCIAS

A banda Evanescence fará shows no Brasil este ano. A novidade foi divulgada pelo jornalista José Norberto Flesch, do Orbi, em seu canal do YouTube.

Os shows deverão ser entre outubro e novembro de 2023.

Fonte : https://www.vagalume.com.br/news/2023/05/08/evanescence-fara-show-no-brasil-este-ano-diz-jornalista.html

 

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