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MÚSICA


Professor Inventivo

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A TRAJETÓRIA DO SAMBA

Do Partido-Alto ao Pagode

A história do surgimento do Partido-Alto, desenvolvimento e alterações

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OPartido-Alto é um dos subgêneros mais populares do samba. Sua história acompanha a trajetória do próprio gênero musical tipicamente brasileiro. Surgiu no início do Século XX, nas rodas de sambistas que se reuniam na chamada “Pequena África”, no centro do Rio de Janeiro, então capital do País. Ao final do Século XIX, o “samba” existia, mas ainda não era um gênero musical próprio. Era uma manifestação cultural da população negra, que se assemelhava às exibições artísticas do continente africano — notadamente a umbigada angolana, uma das fontes de toda a cultura popular do Brasil.

A música erudita tocada na capital se desenvolvia, tornando-se cada vez mais brasileira, com músicos como Ernesto Nazareth, que incorporava ritmos africanos, como o lundu, à música de origem europeia — polca, marcha, etc. A modinha portuguesa sofria modificações, assemelhada pelos negros brasileiros. Esse processo de miscigenação levaria ao surgimento de um ritmo novo com Chiquinha Gonzaga, considerada pioneira no choro, um dos primeiros gêneros musicais propriamente brasileiro — num momento em que o Brasil vivia um processo de industrialização através do café.

O samba, propriamente dito, surge no Rio de Janeiro, por uma miscigenação de manifestações culturais africanas e europeias, principalmente de Portugal. O fim da escravidão levou a uma migração intensa dos negros para a capital, onde a cultura erudita era mais forte. As rodas de samba da Bahia exerceriam influência no local, enquanto vinham do Vale do Paraíba, com a crise da cafeicultura na virada para o Século XX, um tipo de música rural que se assemelhava à modinha portuguesa. Na capital, a mistura destes ritmos, somada ao desenvolvimento brasileiro, que popularizaria no país instrumentos modernos da Europa, levaria ao surgimento do samba. Inicialmente, o gênero era repleto de manifestações africanas, conforme visto no maxixe.

O Partido-Alto

As rodas de samba organizadas na “Pequena África” e, depois, repetidas nos morros cariocas permitiriam o surgimento do Partido-Alto. “Samba de partido-alto é um gênero do samba surgido no início do século XX conciliando formas antigas (o partido-alto baiano, por exemplo) e modernas do samba-dança-batuque, desde os versos improvisados à tendência de estruturação em forma fixa de canção, e que era cultivado inicialmente apenas por velhos conhecedores dos segredos do samba-dança mais antigo, o que explica o próprio nome do partido-alto (equivalente da expressão moderna ‘alto-gabarito’)”, diz a Enciclopédia da Música Brasileira (Marcos Antônio Marcondes, 1977).

A improvisação, um dos aspectos centrais do Partido-Alto, é uma característica típica da cultura africana. Por isso, aparece em toda a música popular de raízes negras na América, desde o samba, passando pela embolada nordestina, até o jazz e o blues dos Estados Unidos. Os primeiros sambistas se reuniam em rodas e cantavam repetidamente um refrão, que se parecia com os cantos de trabalho dos escravos, enquanto isso era regado de batuques e danças improvisadas. A modernização do samba levaria à que esta tendência fosse superada pelo samba-canção e o samba-sincopado, cantado nas rádios a partir da década de 1930, fruto da ascensão da classe operária industrial e da Revolução de 1930.

No entanto, nos morros cariocas, a tradição se manteve, alterando-se no estilo. O destaque saiu da dança para focar nos partideiros, que improvisavam versos entre as repetições do refrão. Os partideiros lutavam entre si e o melhor improvisador ganhava a “batalha”, conquistando reputação no meio do samba. Como afirma a Enciclopédia da Música Brasileira, “inicialmente caracterizado por longas estrofes ou estâncias de seis e mais versos, apoiados em refrões curtos, o samba de partido-alto ressurge a partir da década de 1940, cultivado pelos moradores dos morros cariocas, mas já agora não incluindo necessariamente a roda de dança e reduzido à improvisação individual, pelos participantes, de quadras cantadas a intervalos de estribilhos geralmente conhecido de todos”. Pela sua dificuldade, o Partido-Alto moderno era uma espécie de “elite” entre os sambistas. Era comum, por exemplo, para poder ingressar nas escolas de samba, que os compositores tivessem de provar o seu valor, competindo na improvisação contra outros versadores.

O surgimento do Pagode

Na década de 1960, a partir do movimento de recuperação do samba tradicional, após as profundas alterações sofridas nas décadas anteriores, o Partido-Alto ascendeu entre os sambistas. Diversos discos de Partido-Alto foram gravados, num movimento que reuniria uma nova geração, como Martinho da Vila e Candeia, e sambistas antigos das escolas de samba tradicionais, como Geraldo Babão, Xangô da Mangueira, Cabana, etc.

No final da década de 1970, o Partido-Alto sofreu importantes modificações. Principal estilo das rodas de samba realizadas nos bairros operários — conhecidas como pagode —, os pagodeiros manteriam a estrutura musical dos partidos, incorporando instrumentos como o banjo e o tantã, e dando menos destaque à improvisação. Na década de 1980, com a popularização do gênero, por artistas e grupos como Fundo de Quintal, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, entre outros, o pagode se tornaria a vertente mais comercializada do samba, dominando o meio até hoje.

  https://causaoperaria.org.br/2023/do-partido-alto-ao-pagode/

 

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O Grammy 2023 será transmitido ao vivo na TNT (canal de TV por assinatura) e no serviço de streaming HBO Max, no dia 5 de Fevereiro de 2023, às 21:30.

Além da premiação na íntegra, a cobertura também terá um pré-show com detalhes da festa e acesso especial ao tapete vermelho.

 

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A turnê de despedida de Elton John se tornou a primeira da história a quebrar a barreira dos US$ 800 milhões de faturamento.

Desde 2018 rodando o mundo, com uma pausa durante a pandemia, a "Farewell Yellow Brick Road Tour" já teve 278 shows na América do Norte, Europa e Oceania e tem previsão de prosseguir, pelo menos, até julho deste ano.

Fonte : https://www.vagalume.com.br/news/2023/01/31/turne-de-despedida-de-elton-john-e-a-que-mais-faturou-na-historia.html

 

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Depois de sete anos, finalmente Beyoncé irá entrar novamente em turnê. A cantora acaba de anunciar as primeiras datas da "Renaissance World Tour" que, ao menos nesse primeiro momento, irá passar apenas por Estados Unidos, Canadá e Europa.

A turnê omeçará dia 10 de maio em Estocolmo, Suécia, e terá paradas na Bélgica, Inglaterra, País de Gales, Escócia, França, Espanha, Alemanha e Polônia, onde, em 27 de junho ela termina a etapa europeia.

Após uns dias de descanso, Bey seguirá para o Canadá, onde, em 8 de julho, dá início à perna norte-americana da turnê que terá mais 29 concertos, o último deles em Nova Orleans, no dia 27 de setembro de 2023.

Fonte : https://www.vagalume.com.br/news/2023/02/01/beyonce-anuncia-as-primeiras-datas-da-renaissance-tour2.html

 

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A organização do festival de música The Town 2023 anunciou que Bruno Mars está no line-up do festival.

O cantor americano vai ser atração principal do palco Skyline no último dia do evento, dia 10 de setembro de 2023.

O The Town vai acontecer no Autódromo de Interlagos, Zona Sul de São Paulo.
 
Fonte : https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2023/02/02/bruno-mars-e-anunciado-no-the-town-no-dia-10-de-setembro.ghtml

 

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MÚSICA INSTRUMENTAL BRASILEIRA

O piano e a música de Lelo Nazário

Lelo Nazário – estéticas e políticas da música instrumental brasileir

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No dia 21 de outubro de 2022, o tecladista e compositor Lelo Nazário comemorou 40 anos de carreira no Sesc Pompeia, na cidade de São Paulo, ao lado dos contrabaixistas Zeca Assumpção e Rodolfo Stroeter, do baterista Nenê (Realcino Lima Filho) e do saxofonista e flautista Teco Cardoso. Por que é tão importante celebrar a carreira de Lelo Nazário? Sem dúvida, Lelo é um dos pianistas mais singulares do Brasil, sendo bastante difícil encontrar outro artista com as mesmas concepções musicais.

 A vanguarda paulistana, vale lembrar, está diretamente vinculada ao movimento de música independente dos finais dos anos de 1970, no qual os músicos, na maioria músicos instrumentais, resolveram produzir seus próprios trabalhos – no meio de então, isto é, os LPs –, contrapondo-se, assim, à indústria fonográfica da época, bastante imersa na cultura de massas. Pois bem, o primeiro álbum independente de música instrumental brasileira foi o LP “Marcha sobre a cidade”, lançado em 1979 por iniciativa do Grupo Um, cujo pianista e um dos compositores é o Lelo Nazário.

Nessas circunstâncias, salientamos dois aspectos de seu trabalho, ambos revolucionários, o político e o estético. Antes de tudo, ir de encontro à indústria cultural mediante às próprias custas, com vistas a divulgar a arte e não a simplesmente ganhar dinheiro, já representa combater não apenas o capitalismo, mas o imperialismo. Cultura de massas e produção em série de valores culturais são mecanismos do mesmo processo político de dominação econômica; em outras palavras, a dominação dos países imperialistas também incide sobre a cultura, silenciando-se quaisquer singularidades em nome das linhas mestras do mercado. Na música, especificamente, busca-se normatizar timbres por meio da indústria de fabricação dos instrumentos musicais, com as marcas concorrentes transformando os artistas em verdadeiros garotos-propaganda; além da regularização dos timbres, devem ser consideradas as padronizações de ritmos, melodias, harmonias, enfim, dos sistemas musicais; ademais, na canção popular há banalização das vozes, dos temas e da poesia.

Nessa luta contra o mercado, o que faria da arte de Lelo Nazário algo singular e potencialmente perturbador? Para responder isso, precisamos adentrar os aspectos estéticos de suas concepções musicais.

Lelo Nazário é irmão de Zé Eduardo Nazário, certamente um dos melhores bateristas não apenas do Brasil, mas da história da bateria; para confirmar isso, basta escutar atentamente “Samba de Ogum”, a primeira faixa do álbum “Soccer Land”, um dueto entre ele e o saxofonista Ivo Perelman. Zé Nazário, rememorando aqueles tempos dos anos 1970, costuma se queixar dos estúdios de gravação, nos quais os percussionistas já se deparavam com baterias previamente montadas e equalizadas, impedindo, dessa maneira, quaisquer inovações rítmicas e timbrísticas. Inovando tanto nos modos de composição quanto na concepção dos teclados, Lelo Nazário, semelhantemente ao irmão e aos demais artistas criativos, dificilmente contaria com a colaboração das gravadoras comerciais, capazes de dispensar artistas tais quais Hermeto Pascoal e outros, embora inovadores, bem menos radicais, por exemplo, Edu Lobo.

Lelo Nazário, igualmente a muitos artistas de sua geração, é herdeiro da bossa-nova, do hard-bop e do free jazz, entretanto, ao complexificar as relações entre tema, improviso e arranjo, Lelo dialoga com a música eletrônica; não a música eletrônica comercial, imersa em timbres padronizados, com simulações de metais ou de orquestras de cordas, mas a música eletrônica das vanguardas do século XX, nas quais o músico interfere na confecção do timbre. Na composição “Mobile / stabile”, do álbum “Reflexões sobre a crise do desejo”, 1981, o tema regente para os improvisos de piano, contrabaixo e bateria, é uma faixa eletrônica originalmente gravada em fita magnética; em “A flor de plástico incinerada I”, do álbum “Flor de plástico incinerada”, 1983, tem concepção eletroacústica; “Balada unidimensional”, dedicada a Paulo Bellinati, é uma peça para violão, sons concretos e eletrônicos. Evidentemente, tais diálogos são frequentes na música erudita brasileira, entretanto, na música instrumental popular brasileira, Lelo Nazário, se não é o pioneiro, certamente foi um deles.

Lamentavelmente, a vanguarda paulistana, embora levada adiante por músicos instrumentais, celebrizou-se com artistas próximos do gênero canção, já celebrizado na música comercial. Dessa maneira, com o trabalho esteticamente revolucionário inaugurado em “Marcha sobre a cidade” e desenvolvido em outros projetos, Lelo Nazário e o Grupo Um levantavam outra discussão, isto é, a discussão política na qual o músico instrumental, alijado de sua participação na indústria fonográfica, explicita seu papel de proletário na música brasileira.

Em várias entrevistas, Hermeto Pascoal, quem teve o prazer de ser acompanhado durante alguns anos pelos irmãos Nazário, insiste na valorização da música popular por meio de participações expressivas dos músicos instrumentais, por exemplo, dando maior liberdade e espaço a eles em meio aos arranjos ou inserindo-se solos entre as letras de canção, quer dizer, indo de encontro às linhas padronizadas da indústria fonográfica. Fora dessas condições mínimas de trabalhar artisticamente, os instrumentistas são relegados a meros acompanhantes, sendo, portanto, lançados em verdadeiras esteiras de produção musical e facilmente substituíveis; em outras palavras, os músicos são proletarizados. Ora, o próprio Hermeto Pascoal, depois de atritos com a Warner Brothers, passou a gravar na Som da Gente a partir dos anos 1980, uma gravadora independente, gerada na euforia da música independente, fruto do movimento idealizado, entre tantos, pelo Grupo Um, portanto, por Lelo Nazário.

              Por fim, deixo endereços do Youtube com alguns trabalhos de Lelo Nazário:

              (1) Lágrima / Sursolide Suíte (1982):

 (2) Discurso aos Objetos / Balada Unidimensional (1984):

              (3) “Se…” (1987):

 (4) Duo Nazário / Programa Instrumental Sesc Brasil:

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https://causaoperaria.org.br/2023/o-piano-e-a-musica-de-lelo-nazario/

 

 

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O ESTADO DE S.PAULO

Quase 13 anos após ser lacrado por ordem judicial para ser devolvido à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o espaço usado de 1967 a 2010 pela extinta casa de shows Canecão, em Botafogo, finalmente voltará a ter atividades.

O consórcio Bônus Klefer, integrado pelas empresas Bônus Track Entretenimento e Klefer Sports Marketing, foi escolhido como concessionário, em leilão promovido pela UFRJ, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Pelo uso do espaço durante 30 anos, o consórcio ofereceu R$ 4,35 milhões e venceu a concorrente WTorre Entretenimento, que ofereceu como último lance R$ 4,05 milhões.

A empresa vencedora deve demolir o prédio antigo, que está em ruínas, e construir novos imóveis. O investimento deve chegar a R$ 137,7 milhões, sendo R$ 53,7 milhões nas instalações acadêmicas e R$ 84 milhões na parte cultural.

Devem ser construídos um espaço cultural, que seria correspondente ao antigo Canecão, e uma outra área chamada Espaço Ziraldo. 

A empresa vencedora terá ainda de construir um restaurante universitário no campus Praia Vermelha da UFRJ, com capacidade para oferecer 2 mil refeições por dia.

 

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NOTÍCIAS

UM MESTRE BRASILEIRO DO PIANO

Há 160 anos nascia Ernesto Nazareth, entre o clássico e o popular

Neste mês de março, celebram-se 160 anos do nascimento de Ernesto Nazareth, o primeiro compositor brasileiro a cruzar com tranquilidade a ponte entre o erudito e o popular

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Neste mês de março, irão se completar 160 anos de nascimento do pianista Ernesto Nazareth, um dos mais famosos do Brasil, referência para quaisquer admiradores da música instrumental brasileira, seja aqui mesmo ou no restante do mundo.

Nazareth, compositor de música ritmada e melodiosa, revolucionou a forma como se toca piano. Obras como Odeon, Brejeiro, Batuque e muitas outras mostram a capacidade do compositor de trazer a sonoridade dos violões, flautas e percussões para o piano, de modo que ele se torna um dos primeiros compositores do Brasil a fazer uma ponte entre o erudito e o popular. Fenômeno artístico que é, aliás, muito comum aos compositores brasileiros, haja visto figuras como Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Villa Lobos e muitos outros.

Nascido no Rio de Janeiro, a 20 de março de 1863, Nazareth foi o que se pode chamar de prodígio. Aprendeu piano desde a infância com sua mãe, Carolina Augusta Pereira da Cunha, de quem herdou a paixão pela música do compositor polonês, Frederico Chopin. Carolina fazia com que o pequeno Ernesto ouvisse os clássicos, através de sua própria execução. Segundo consta, Nazareth se empolgava e dançava as peças dos mestres, elaborando suas próprias coreografias.

Após a morte precoce da mãe em 1874, Ernesto passa a receber aulas de outros pianistas renomados da época. Compôs sua primeira música, a polca-lundu, chamada “Você bem sabe”, a qual dedicou para seu pai, o despachante aduaneiro, Vasco Lourenço da Silva Nazareth. A apenas duas semanas de completar 17 anos, Nazareth realizou sua primeira apresentação no Club Mozart, o qual era frequentado pelo imperador Pedro II e sua família.

Seu primeiro grande sucesso veio em 1879 com a polca Não caio noutra!!!. Em 1893, compõe o tango Brejeiro, uma de suas mais famosas peças, com o qual alcançou sucesso internacional. A peça foi lançada nos Estados Unidos em 1914.

Durante um largo período de sua vida, trabalhou como pianista demonstrador na casa Carlos Gomes. À época, as casas de música era a forma mais comum de se tomar conhecimento das principais novidades musicais. Sua grande habilidade e originalidade foi reconhecida pelos principais estudiosos e músicos de sua época. Mário de Andrade era um grande admirador, Heitor Villa-Lobos dedicou a ele seu Choro nº 1.  

Nazareth era um grande compositor e alcançou fama mundial criando música essencialmente brasileira. Ele procurava trazer para o piano o som que vinha das ruas nas serestas e grupos de choro. Portanto, suas peças podem ser executadas tanto por um grande pianista de concerto quanto por Jacob do Bandolim ou outros chorões. Ao contrário do personagem Pestana, do romance O Homem Célebre, de Machado de Assis, o qual se frustrava por não conseguir escrever música de concerto e ter que se relegar a polcas, Ernesto Nazareth transformou as polcas, tangos brasileiros e outros ritmos nacionais em música de concerto.

https://causaoperaria.org.br/2023/ha-160-anos-nascia-ernesto-nazareth-entre-o-classico-e-o-popular/

 

 

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Alguns vencedores do Grammy 2023 :

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Adele - Melhor Performance Pop Solo

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Beyoncé - Melhor Música de R&B

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Harry Styles - Melhor Álbum do Ano e Melhor Álbum Pop

 

Editado por E.R
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O ESTADO DE S.PAULO

Com nomes como Foo Fighters, Bruno Mars, Maroon 5, Iza e Ney Matogrosso (que vai reproduzir a abertura do primeiro Rock in Rio, de 1985), o festival de música The Town será cobrado pelo peso que vai depositar em seu elenco. 

O empresário Roberto Medina, o criador do Rock In Rio, vai aterrissar sua nave em terreno completamente diferente das cidades do rock que costuma construir no Rio desde 1985. 

Em São Paulo, Interlagos não tem nada de plano, o que dificulta a organização e a acessibilidade entre as praças. Algumas distâncias entre palcos levam até 15 minutos para serem percorridas. Há alguma regularidade em uma região que pode compreender dois palcos, mas as áreas mais profundas são marcadas por declives. “Nunca fui ao Lollapalooza”, diz, “mas tenho pessoas que fizeram isso na equipe”. Ele adianta o que deve levar da Cidade do Rock. “Vamos ter um grande projeto de acessibilidade para as pessoas que precisarem e reduzir muito o tempo da caminhada a partir do portão de entrada. Vamos levar a mesma grama sintética do Rock in Rio e contar com os banheiros ligados à rede de esgoto.”

Interlagos não é Jacarepaguá. As vias de tráfego do entorno, mais estreitas, contam com um fluxo de carros muito mais intenso.

Sem a mesma estrutura de mobilidade, como as linhas especiais de ônibus que conseguiu estruturar no Rio, Medina tenta facilitar a chegada dos fãs. “Vamos ter um metrô funcionando 24 horas nos dias de show”, conta. “E, como no Rio, a ideia é não ter a entrada de carros permitida nas redondezas. Vamos investir em transporte coletivo de qualidade.” 
 

 

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A turnê que irá reunir a formação clássica dos Titãs ganhou mais datas.

Os shows contarão com as presenças de Arnaldo Antunes, Nando Reis, Charles Gavin e Paulo Miklos, que deixaram o grupo no decorrer dos anos.

A banda vai fazer uma terceira apresentação em São Paulo, uma segunda em Belo Horizonte e irá também a Manaus, Belém, Aracaju, João Pessoa, Goiânia, Vitória e Ribeirão Preto.

Fonte : https://www.vagalume.com.br/news/2023/02/06/turne-de-encontro-dos-titas-ganha-novas-datas.html

 

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O ESTADO DE S.PAULO

A empresa japonesa Sony busca adquirir metade do catálogo musical do cantor e compositor Michael Jackson pelo valor de US$ 800 milhões a US$ 900 milhões, informou a revista Variety.

Se os herdeiros do saudoso músico concordarem com a venda, ela poderia incluir metade do que eles detêm e os direitos sobre a cinebiografia a ser protagonizada por Jaafar Jackson, sobrinho do artista, e também sobre o espetáculo musical MJ : The Musical.

 

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ARTISTA NÃO DOMESTICADO?
Roger Waters é atacado por não assumir posições do imperialismo
Roger Waters, ao se posicionar contra o ataque do imperialismo contra a Rússia, vem sendo atacado e perseguido pela imprensa imperialista e seus asseclas
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Nesta última semana, todos os fãs de Pink Floyd do mundo se surpreenderam com um tweet muito agressivo da escritora e esposa do guitarrista David Gilmour, Polly Samson, direcionado para o baixista Roger Waters, ambos ex-colegas de trabalho na banda Pink Floyd. O tweet de Samson é o que segue abaixo:


A tradução é algo como “Infelizmente, Roger Waters, você é anti-semita até o seu núcleo podre. É, também, um defensor de Putin e um mentiroso, ladrão, hipócrita, sonegador de impostos, utilizador de playback, misógino, doente de inveja e megalomaníaco. Chega de suas besteiras”. É fácil ver aí nas palavras de Samson uma defensora de ideologia bastante ligada ao imperialismo – o ataque a Putin, a acusação de uma suposta “misoginia” etc.


A resposta de Waters veio de forma mais contida nas suas redes: “Roger Waters está ciente dos comentários incendiários e altamente imprecisos feitos sobre ele no Twitter por Polly Samson, os quais ele refuta completamente. Ele está, no momento, se aconselhando sobre como proceder”. David Gilmour se posicionou, naturalmente, do lado da esposa


David Gilmour “Cada palavra é comprovadamente verdadeira”
A briga entre os dois não é de agora, é de muito tempo atrás, veio à tona quando Waters deixou o Pink Floyd no começo dos anos 80, e tem vários motivos e explicações. No entanto, neste momento, a razão pela virulenta crítica de Gilmour e de sua esposa é, evidentemente, os posicionamentos políticos de Roger Waters.

Recentemente, o ex-baixista do Pink Floyd deu uma entrevista para a revista alemã Berliner Zeitung, a qual foi uma chance para ele esclarecer alguns de seus posicionamentos, que o fizeram, inclusive, perder shows já marcado na Polônia e na Alemanha. Um deles foi que sua posição destoou daquela que expressa a maior parte dos artistas de grande projeção no rock internacional (particularmente neste que é classificado como o rock clássico – de bandas dos anos 70 e 80). Waters afirmou em diversas ocasiões que não concorda com a invasão da Ucrânia por Putin, mas que essa guerra foi provocada anteriormente pelo que ele chama de “Ocidente”.


Na entrevista, Waters mostra ter um conhecimento razoável do caso. O entrevistador lembra que ele já chamou Putin de gângster, mas ele afirma que volta atrás nessa colocação e que hoje percebe que ele é um governante que atende às necessidades do povo e até governa a Rússia com cautela. Sobre a guerra, ele afirma que viu, em discursos oficiais do próprio Putin de 2014, que ele já avisava que a tentativa do Ocidente de colocar a Ucrânia entre os países da OTAN e o genocídio contra as populações russas do Donbas iria levar a região a um conflito. Ele também lembra que há ucranianos que, durante a 2ª Guerra Mundial apoiaram os nazistas e que há nazistas no país até os dias de hoje.


O entrevistador também o questiona a respeito de suas posições sobre Israel, essas já controversas e problemáticas há mais tempo. Waters afirma que o Estado de Israel leva adiante um genocídio contra a população palestina e que vive sob uma espécie de regime de apartheid entre judeus e palestinos.

Em outro episódio controverso, Waters discursou numa reunião da ONU a pedido da Rússia, pedindo para que os países imperialistas parassem de enviar armas para a Ucrânia, apesar de sempre ressaltar que não está a favor da invasão feita pelos russos. Waters procura se colocar como um “humanista” ou “pacifista”.


Apesar de Roger Waters não assumir uma posição mais consciente na denúncia do imperialismo, o fato de ele não estar disposto a assumir, como um verdadeiro vendido, a posição de se colocar totalmente contra a Rússia, está levando a uma campanha de calúnias contra ele. Ela começa pelo seu próprio ex-colega de banda, que o próprio Waters dá a entender na entrevista que sempre teve uma posição mais direitista do que ele. O imperialismo não perdoa nenhum desvio ideológico e precisa domesticar seus artistas mais famosos. Apesar de Waters ser um artista famoso e popular demais para ser simplesmente esquecido, já começa a movimentação no sentido de cancelar suas apresentações e a briga no Twitter motivado pelo casal Gilmour tem ganhado bastante repercussão, procurando sempre colocar Roger Waters como o errado.  

https://causaoperaria.org.br/2023/roger-waters-e-atacado-por-nao-assumir-posicoes-do-imperialismo/

 

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