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LIVROS


Victor235

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O ESTADO DE S.PAULO

Na manhã de ontem, a primeira desde que foi decretada a falência da Livraria Cultura, a área dedicada à editora Companhia das Letras, na entrada da loja do Conjunto Nacional, em São Paulo, ficou vazia em poucos minutos enquanto clientes circulavam pelo local em busca de uma promoção, uma última foto, uma despedida.

“Estou me desmanchando. Isso não podia estar acontecendo”, desabafou, emocionado, o professor Dario Celebrone, de 73 anos, enquanto olhava ao redor da loja que estava com uma movimentação atípica – nos últimos meses o local estava sempre vazio. Ele leu a notícia da falência. Tinha dentista marcado ali perto e aproveitou para dar um pulo na livraria que frequentava. “Não sei se eu devia ter vindo. Estou com um travo no peito gigantesco”, finalizou com a voz embargada.

Nascido na China, Chu, psicólogo “com mais de 70 anos” e que vive no Brasil desde a adolescência, foi pego de surpresa. “Ah, vai fechar ?”, perguntou assustado à repórter. “Que pena, eu gosto muito dessa livraria. Que triste. Absurdo”, disse o cliente.

Amarildo Teixeira, de 60 anos, morador de Paraty, ele gostava de ir à Livraria Cultura sempre que vinha a São Paulo. “Eu já sabia que ia fechar, mas entrei aqui e deu uma tristeza. Fico me perguntando o que aconteceu de errado para que um patrimônio gigante como a Cultura acabasse assim.”

Terminado o serviço de retirada dos livros da Companhia das Letras, no térreo, por profissionais enviados pela editora, um funcionário da Cultura tratou de começar a distribuir outros livros nas prateleiras. O som das fitas fechando as caixas continuava vindo do segundo andar, onde outros profissionais encaixotavam o acervo da JBC. No corredor ao lado, a Zastras Presentes Educativos também embalava seus produtos. A Cultura emitiu um comunicado dizendo que vai recorrer da decisão e que a loja continuará funcionando.

A Cultura ainda pode tentar reverter a falência – decretada porque ela não cumpriu seu plano de recuperação judicial. Mas o fim da empresa fundada por Eva Herz como uma biblioteca circulante no final da década de 1940 e que chegou como livraria ao Conjunto Nacional em 1969 já é dado como certo pelo mercado editorial, credor de uma boa parte da dívida de R$ 285 milhões.

A Cultura serviu de inspiração para muitas gerações de livrarias, e os profissionais do setor ouvidos pelo Estadão são unânimes em dizer que a empresa perdeu o pé quando tirou o foco do livro, e que sua crise tem a ver com decisões próprias – e não com a situação macroeconômica que afeta o negócio do livro desde 2015 nem com o próprio setor.

“Por mais que pudéssemos prever esse final, a sua materialização nos enche de tristeza. O sentimento é de perda e de encerramento do luto, porque já estávamos enlutados desde o início da recuperação judicial”, comenta Gerson Ramos, diretor comercial da Planeta.

Ele vê essa situação como uma oportunidade para que o setor olhe para suas práticas e decisões “e aja em favor do fortalecimento da cadeia produtiva para cuidar das livrarias que estão aí agora, ativas e zelosas de suas obrigações e funções, sem artifícios e tratando o livro como coração do negócio". 

 

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IGUAL A HITLER

Ucrânia já removeu 19 milhões de livros russos de bibliotecas

Destes, cerca de 11 milhões foram esmagados, pois foram assinados por autores russos de todas as épocas

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Ao anunciar uma reunião com órgãos competentes, Yevheniya Kravchuk, presidente da sub-comissão da Política de Informação e de Integração Europeia da Verkhovna Rada (Parlamento-ndT) ucraniana, declarou que 19 milhões de livros haviam já sido irradiados das bibliotecas ucranianas em Novembro passado.

Destes cerca de 11 milhões foram esmagados porque assinados por autores russos de todas as épocas.

Este programa, que começou em Junho de 2022, visa destruir 100 milhões de livros ligados à cultura russa [1]. Isto é, no entanto, apenas um começo.

Trata-se do mais vasto programa de censura desde a Segunda Guerra Mundial. Entretanto, vários Chefes de Estado e de Governo pronunciaram-se por uma adesão da Ucrânia à União Europeia « o mais rápido possível».

Fonte: Voltairenet.org

https://causaoperaria.org.br/2023/ucrania-ja-removeu-19-milhoes-de-livros-russos-de-bibliotecas/

 

 

 

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REALIZADA HÁ 40 ANOS

Feira do Livro de Havana põe Cuba no mapa cultural internacional

Desde seu início, a organização teve como objetivo fortalecer os laços entre a América Latina e o Caribe através da cultura.

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Brasil de Fato

Realizada há mais de 40 anos, a Feira Internacional do Livro de Cuba é um espaço voltado ao intercâmbio cultural e literário da América Latina e do Caribe. O evento é também uma das mais importantes ferramentas culturais da ilha para romper o bloqueio imposto pelos EUA e vencer o isolamento econômico e diplomático que a Casa Branca tenta impor.

A última edição, que ocorre entre os 9 e 19 de fevereiro deste ano, contou com a presença da vice-presidenta da Colômbia, Francia Márquez, a primeira mulher negra a assumir o cargo no país. No discurso de abertura, Márquez apontou que “Cuba e Colômbia são duas nações irmãs que hoje fortalecem suas relações históricas através da cultura”.

A ida de Francia Márquez a Cuba é a primeira viagem oficial feita pelo governo colombiano à ilha caribenha desde que Gustavo Petro tomou posse. Além da participação na Feira Literária, a agenda da vice-presidente contou com encontros com várias organizações civis, incluindo o Centro Memorial Martin Luther King, uma organização não-governamental de inspiração cristã que, em suas próprias palavras, “contribui profeticamente para a solidariedade e a participação popular, consciente, organizada e crítica.”

Márquez aproveitou a oportunidade para exigir que os EUA retirem Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo: “daqui dizemos que um país que está comprometido com a paz não pode ser colocado em uma lista de guerra”, pontua.

Cuba foi adicionada, durante o governo de Donald Trump, na lista de “países que patrocinam o terrorismo” elaborada pelo Departamento de Estado dos EUA. A inclusão ocorreu depois da ilha ter facilitado os Diálogos de Paz entre o governo colombiano e as FARC.

Em cada edição, o evento presta homenagem a importantes figuras literárias e um país é o convidado de honra. Em 2020, última edição presencial do evento, os escritores homenageados foram Ana Cairo Ballester e Eugenio Hernández Espinosa, e o país, o Vietnã.

Preços baixos e editorias fora do circuito tradicional

O diretor da editora estatal mexicana Fondo de Cultura Económica (FCE), Paco Ignacio Taibo II, palestrou no evento para falar sobre a coleção Vientos del Pueblo, um conjunto de livros curtos que são vendidos por 40 pesos cubanos, cerca de U$S 0,32. Em entrevista à agência de notícias espanho EFE, o escritor elogiou o “espírito crítico” das publicações cubanas. “Temos que perder nosso medo da capacidade crítica”, disse Paco.

Os preços baixos são uma característica das prateleiras da feira. Particular ênfase é dada à literatura infantil e juvenil, cujo um livro pode custar em torno de 15 pesos cubanos, ou U$S 0,10 dólares.

“O preço dos livros são praticamente subsidiados, na maioria dos casos, em Cuba. Neste momento, ele está se tornando um desafio. Não somos estranhos a todos os problemas que existem do ponto de vista editorial em escala internacional, que no caso cubano são sempre mais agudos por causa do bloqueio. Isto é um desafio. Uma das prioridades tem a ver com a oferta de variedade e acesso aos livros. Do ponto de vista do preço, sempre houve uma preocupação e uma vontade política expressa de que os livros não se tornem um bem de luxo”, diz Fernando Luis Rojas, diretor editorial da Casa das Américas, ao Brasil de Fato.

A participação de diferentes editoras latino-americanas também tem seu lugar no evento, indo das estatais Editorial del Estado Plurinacional de Bolívia e as publicações venezuelanas de El Perro y la Rana e Monte Ávila, até editoras independentes como a brasileira Expressão Popular e as argentinas Batalla de Ideas e El Colectivo.

Casa das Américas

Uma das principais promotoras da Feira Internacional do Livro de Cuba é a Casa das Américas, uma instituição cultural fundada poucos meses após o triunfo da Revolução Cubana, em 1959. Foi criada e dirigida por Haydee Santamaría, numa época em que mulheres dificilmente ocupavam cargos políticos importantes.

Desde seu início, a organização teve como objetivo fortalecer os laços entre a América Latina e o Caribe através da cultura. Ao longo dos anos, ela desempenhou um papel de liderança na visibilidade e na disseminação da literatura latino-americana e caribenha.

A Casa das Américas concede anualmente um prestigioso Prêmio Literário para diferentes categorias: poesia, contos, romances, peças de teatro e ensaios, além de um concurso para testemunhos, literatura caribenha de língua inglesa e francesa, literatura brasileira e literatura indígena. O objetivo é dar visibilidade às produções culturais de setores que normalmente ficam fora das academias literárias.

“A Feira Internacional do Livro de Cuba tem a ver com a forma como a Casa das Américas entende a cultura e o acesso a ela. A ideia é socializar e popularizar o melhor da contribuição das Letras nas Américas e como elas chegam a Cuba. Sempre foi um esforço trazer o Continente para Cuba e levar Cuba para o Continente, na perspectiva de que não são transferências estrangeiras. Em outras palavras, há uma centralidade, há vasos comunicantes e, ao mesmo tempo, o que temos que fazer é levá-los ao diálogo. Não para transplantar nada, mas para colocar esta perspectiva em diálogo”, avalia Fernando Luis Rojas.

Assim, o compromisso cultural da Feira Internacional do Livro de Cuba segue sendo transformar a Solidão da América Latina – da qual Gabriel Garcia Marquez falou – em reconhecimento mútuo de culturas latino-americanas e caribenhas.

https://causaoperaria.org.br/2023/feira-do-livro-de-havana-poe-cuba-no-mapa-cultural-internacional/

 

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LITERATURA E POLÍTICA

Chico Buarque disseca a hipocrisia da classe média

Livro de Chico Buarque retrata a subjetividade brasileira na atual conjuntura histórica

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Anos de Chumbo e outros contos é uma coletânea de histórias escritas por Chico Buarque. Foi lançado no final de 2021 e é a primeira incursão do autor neste formato narrativo.

Trata-se de uma obra impressionante pela maneira crua e viva com que descreve a sociedade brasileira na atualidade.

São oito histórias sobre personagens que circulam pelo Rio de Janeiro. Em sua maioria, integrantes da classe média e da pequena-burguesia que formam uma espécie de retrato desta camada da população.

Não é um retrato muito bonito. Se pudermos fazer uma comparação, ele lembra o de Dorian Gray, escondido em seu sótão na Londres vitoriana. 

Alguns dos relatos parecem de horror. Chico Buarque usa a caneta para expor como pensam e como agem o mesquinho, o fascista e o medíocre diante das circunstâncias sociais e históricas. No geral, eles fingem que não vêem. Eles fingem que não sabem.

Com seus contos, Chico quer mostrar a hipocrisia do tipinho fascistóide que compõe nossa sociedade. “Meu Tio”, por exemplo, é o conto que abre a coletânea. Está longe de ser uma referência ao poético e melancólico personagem de Jacques Tati.

“Meu tio veio me buscar em casa com seu carro novo”. Essa é a primeira linha do conto (e do livro). Uma adolescente descreve o acordo imoral entre seus pais e um parente, um policial, de quem dependem para se sustentar. “Como acontece nessas situações, papai fingiu que estava dormindo no quarto”, ela diz.

“Para Clarice Lispector, com candura” é o título de um outro retrato de horror. É a relação entre um escritor fracassado e sua mãe idosa ao longo de décadas vivendo em um apartamento no Leblon e uma única obsessão: a escritora Clarice Lispector

Em “Os primos de Campos”, o relato também em primeira pessoa envolve desaparecidos durante a ditadura. “Não tenho boa memória remota”, abre o narrador, dando uma pista sobre como o esquecimento relativo pode ser muito útil às vezes. E mudar a História quando se quer.

Algo que vai aparecer no conto final, Anos de Chumbo, com o narrador falando de guerras como se fossem brincadeira de criança. “Em 9 de maio de 1971 a cavalaria do exército confederado atravessou o rio Tennessee sob o comando do general James Stuart, que ato contínuo apontou seus canhões contra o forte Anderson”. 

Chico escreveu um livro sobre o Brasil atual e o lançou no meio do governo Bolsonaro. Ele reflete sobre a atual conjuntura histórica brasileira e a perversidade à qual estamos imersos por meio de seus personagens alienados e hipócritas.

Sua coletânea de contos é uma daquelas obras que entram para os cânones e, com o passar dos anos, são lidas por gerações de estudantes. O lançamento de um livro como esse é, por si só, um acontecimento e é bom poder lê-lo no momento que descreve. Afinal, vivemos exatamente a conjuntura de miséria moral descrita em suas páginas.

O livro também mostra o vigor e a importância da literatura em momentos como o que vivemos, Mostra também a maturidade do autor, tanto na forma, quanto no trato dos temas, fazendo de Chico um dos melhores e mais importantes autores em língua portuguesa nos dias de hoje. É sempre possível reconhecer algo de Machado de Assis, fonte de seu exercício literário e com quem dialoga.

É um livro sobre política, sobre história e sobre literatura. Sua leitura é obrigatória.

https://causaoperaria.org.br/2023/chico-buarque-disseca-a-hipocrisia-da-classe-media/

 

 

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Uma das razões da quebra da Livraria Cultura são os preços artificialmente baixos de grandes multinacionais do setor, diz Marcus Teles, presidente da Leitura, a maior rede de livrarias do Brasil na atualidade.

Livrarias brasileiras, como Cultura e Saraiva, tentaram acompanhar os preços baixos e se deram mal. Multinacionais, como Amazon, cobram preços abaixo do custo.

O dono da Leitura também falou que lojas muito grandes são difíceis de manter, por causa do custo elevado.

"A loja da Cultura no Conjunto Nacional em São Paulo é muito grande. Manter uma livraria na Avenida Paulista não é fácil. No Brasil, a tendência é diminuir a quantidade de mega-stores.  E o Brasil é muito grande, tem muita cidade que não tem livraria".

Fonte : https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/02/26/livraria-leitura-entrevista.htm

 

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Chapolin Gremista
NOTÍCIAS

DESRESPEITO PÓSTUMO

Mausoléu de Machado de Assis tem mofo e infiltrações

Até no descanso eterno os escritores nacionais não têm sossego

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Toda pessoa que cresceu e recebeu educação escolar no Brasil conhece o Joaquim Maria Machado de Assis, ou pelo menos já ouviu falar dele. Conhecido como Machado de Assis (1839-1908), foi o escritor brasileiro mais importante, e talvez ainda é o mais importante , sendo sua obra traduzida em vários idiomas, como inglês, japonês, alemão, espanhol, italiano, francês, dinamarquês, croata, romeno, tcheco, holandês, catalão, esperanto, e talvez mais outros trabalhos de tradução para algum idioma não citado acima esteja em andamento. Suas obras foram adaptadas para cinema, televisão, teatro, e outros meios de arte do espetáculo. Teve adaptações literárias, como para histórias em quadrinhos. Foi e ainda é tema de inúmeros trabalhos acadêmicos. Tem muitos estudiosos estrangeiros sobre o Machado de Assis, sendo inclusive porta de entrada não somente para encantar pela literatura nacional, mas a cultura nacional em geral.

Machado de Assis foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras – ABL, sendo presidente até a sua morte em 1908. Também foi o Machado quem fez o discurso de solenidade de inauguração da Academia. E provavelmente o Machado de Assis é o nome mais conhecido e lembrado da ABL, da sua fundação até dias atuais.

A Academia Brasileira de Letras é muito rica, sendo proprietária de vários imóveis, inclusive de mausoléu dentro do Cemitério São João Batista, região central da cidade de Rio de Janeiro. Este cemitério é extremamente conhecido, onde descansam várias personalidades, e atrai curiosos e turistas.

E eis que aparece a noticia de que o mausoléu da Academia está em abandono total…essa notícia bombástica é mais chocante ao saber que o responsável legal pela sua gestão é a própria Academia, que possui vários imóveis, ou seja, tem recursos. As denuncias vem acompanhadas de imagens fotográficas, onde pode ser verificado sem muita dificuldade infiltrações, placas soltas nos jazigos, degradações…mas o pior ainda estava por vir: a secretaria da acadêmica Nélida Piñon que faleceu em dezembro de 2022, acusou a Academia de descaso, pois no túmulo da famosa escritora constava o nome de esposa de outro acadêmico. A regra do mausoléu diz que o acadêmico tem o direito de ser enterrado no mausoléu, juntamente com o seu conjugue. A Nélida Piñon, que era solteira, pediu para ser enterrado ao lado de Gravetinho, cão que considerava como sendo membro da família. A lápide com descrição errada foi retirada, mas parece que ainda não colocaram nenhuma placa com identificação da escritora. A Academia Brasileira de Letras deu o argumento de que a pandemia prejudicou a sua manutenção, e que as providencias já foram tomadas, com restaurações iniciadas.

O Cemitério São João Batista, administrado pela empresa RioPax, é o primeiro cemitério da América Latina a entrar para o Google Street View. Faz parte do roteiro cultural da cidade de Rio de Janeiro, sendo considerado uma atração turística carioca.

https://causaoperaria.org.br/2023/malsoleu-de-machado-de-assis-tem-mofo-e-infiltracoes/

 

 

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O escritor norte-americano radicado em Lisboa Richard Zenith, biógrafo de Fernando Pessoa, virá ao Brasil para participar da Feira do Livro, que será realizada na capital paulista de 7 a 11 de junho de 2023.

Na ocasião, o escritor promoverá o lançamento da obra "Pessoa, Uma Biografia" (Companhia das Letras), com apoio do Instituto Camões.

Fonte : https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2023/03/feira-do-livro-em-sp-tera-biografo-de-fernando-pessoa-na-programacao.shtml

 

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Chapolin Gremista
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LINGUÍSTICA

As contribuições de Ferdinand de Saussure – 1ª parte

Em 2023, faz 110 anos da morte de Saussure, o fundador da linguística moderna

No dia 22 de fevereiro de 1913 faleceu Ferdinand de Saussure, considerado o maior pesquisador da linguística histórica de sua época e fundador da linguística moderna. Dessa maneira, devido a sua importância na história do pensamento, na coluna de hoje e na próxima semana, optamos por divulgar algumas de suas ideias; na coluna de hoje cuidaremos da teoria do signo e dos princípios da linguística, da semiologia e da semiótica modernas advindos de suas propostas.

Atualmente, no cenário das teorias do signo e da significação, dois pensadores se impõem; referimo-nos a Charles Sanders Pierce e Ferdinand de Saussure. Separados pelo Oceano Atlântico, o primeiro nos EUA, o segundo vivendo entre a Suíça e a França, é de se lamentar não haverem se conhecido pessoalmente, sequer trocado correspondências… parece que Peirce conhecia enologia, que Saussure gostava de se embriagar… enfim, tratando ou não de semiótica e semiologia, ambos provavelmente se divertiriam.

Embora os dois pensadores sejam teóricos da significação e do signo, suas formações, objetivos e propostas teóricas são sensivelmente distintas para serem aproximadas sem os devidos cuidados; para tanto, é necessário ter em mente que Saussure não foi filósofo, sua formação é nos estudos das línguas e suas origens, seus trabalhos principais são nas áreas de linguística histórica. O século XIX foi marcado, no campo da linguística, pela linguística histórica com suas concepções de evolução das línguas e agrupamentos em troncos linguísticos; segundo aqueles linguistas, as línguas mudam com o passar dos tempos em função de leis fonéticas bastante precisas, cuja determinação permitiria a reconstrução também de suas gramáticas e vocabulários, possibilitando, por meio de comparações entre diversas línguas, traçar graus de parentesco entre elas.

Assim, agrupam-se as línguas latinas, helênicas, germânicas, eslavas, celtas, védicas etc. no trono indo-europeu e concebem-se outros troncos, por exemplo, o tronco afro-asiático, no qual se agrupam as línguas semíticas. Seguindo a tradição de seus professores e colegas, Saussure conheceu profundamente várias línguas, suas semelhanças e diferenças; tais conhecimentos, somados a sua engenhosidade, permitiram a ele formular uma teoria sobre a significação.

Nas teorias do signo, a presença do objeto, referente ou coisa é constante; em todas elas, inclusive na semiótica de Peirce, o signo está articulado a sua referência. Para Saussure, porém, um signo se define em relação a outros signos, ele não se define em relação às “coisas”; isso, porém, precisa ser explicado cuidadosamente, uma vez que vai de encontro ao senso comum a respeito do funcionamento da linguagem.

Em linhas gerais, não é difícil aceitar que há “coisas” no mundo, que pensamos nessas “coisas” e utilizamos palavras e outros signos para dar sentido a tais pensamentos e “coisas”. Esse raciocínio está nos princípios da teoria de Peirce, ele também articula, semelhantemente, “coisas”, pensamentos e expressão sensível nas funções, respectivamente, de referente, interpretante e fundamento do signo. Em sua proposta, entretanto, as relações entre os três conceitos não são mecânicas nem unidirecionais, pois Peirce não descreve a significação partindo primeiramente das coisas para depois, por meio do pensamento, converterem-se em signos; em sua teoria, contrariamente, signo, interpretante e referente determinam-se de modo complexo, com um termo determinando e sendo determinado pelos demais.

Diferentemente de Peirce, Saussure não se vale de reflexões filosóficas, sequer fazia parte de seus objetivos a construção de uma lógica das relações entre o homem, suas linguagens e o mundo; para Saussure, os estudos concentravam-se nas línguas, em suas estruturas fonológicas e gramaticais, com vistas a pensar a história interna das línguas, quer dizer, as transformações nessas estruturas capazes de possibilitar a reconstrução do indo-europeu e das línguas derivadas dele. Pode parecer, para quem desconhece a linguística, haver relações diretas entre palavras e coisas, mas além das dimensões fonológicas e gramaticais, há nas línguas a dimensão semântica, a qual também varia de língua para língua.

Nas línguas românicas português, espanhol, italiano e francês, os respectivos pares de palavras irmão e irmã, hermano e hermana, fratello e sorella, frére e soeur estão sistematizados por meio da categoria semântica masculino vs. feminino, não sendo pertinente para a formação desse vocabulário, nessas quatro línguas, a categoria da idade velho vs. novo. No húngaro, contrariamente, além da categoria da sexualidade, passa a ser pertinente a categoria da idade, gerando-se, na sistematização do mesmo campo semântico, as quatro palavras bátya / irmão mais velho, öccs / irmão mais novo, néne / irmã mais velha e húg / irmã mais nova; diferentemente daquelas línguas românicas e do húngaro, no malaio há apenas a palavra sudarà, não sendo pertinente para tal semântica o sexo nem a idade.

A partir desses poucos dados, verifica-se que o sentido das palavras depende das relações entre o significante fonológico e o significado semântico, mas também depende das relações entre uma palavra e as demais palavras da mesma língua; dito de outro modo, a significação depende antes do valor linguístico, isto é, da sistematização das palavras por meio de categorias semânticas específicas em determinada língua do que das relações entre palavras e coisas.

Conhecedor em profundidade de numerosas línguas e de suas transformações históricas, Saussure percebeu essa propriedade da significação linguística, determinada tanto pela relação entre significantes e significados na formação de signos específicos, quanto pela relação entre estes signos e os demais signos do mesmo sistema deles. Para Saussure, vale lembrar, a língua é um sistema de signos verbais, dividindo sua existência social com sistemas de signos de outras ordens, tais quais os signos musicais, visuais, gestuais, indumentários etc., levando-o a propor uma ciência geral do signo, a semiologia, cujo ramo responsável pela análise dos signos verbais seria a linguística. Esse último tópico, a semiologia, será tema da próxima coluna.

https://causaoperaria.org.br/2023/as-contribuicoes-de-ferdinand-de-saussure-1a-parte/

 

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O cartunista Mauricio de Sousa, criador dos quadrinhos "A Turma da Mônica", se candidatou para disputar a cadeira de número oito da ABL, a Academia Brasileira de Letras.

A cadeira pertenceu à escritora Cleonice Berardinelli, que morreu em fevereiro deste ano aos 106 anos.

A candidatura foi oficializada por meio de uma carta. No documento, o cartunista afirma que gostaria de contribuir para a missão da ABL de formar novos leitores.

Além disso, ele diz que gostaria de aproximar a sociedade dos clássicos da literatura por meio dos quadrinhos.

Fonte : https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2023/03/mauricio-de-sousa-lanca-candidatura-a-academia-brasileira-de-letras.shtml

 

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O mercado de livros deve enfrentar um período de relativa dificuldade depois de anos de bonança, segundo aponta o mais recente levantamento da Nielsen encomendado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros.

O mês de fevereiro viu uma queda de 7,6% no faturamento do setor e de quase 13% em quantidade de livros vendidos, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira.

Um movimento parecido já tinha sido detectado em janeiro de 2023, quando o volume de obras comercializadas também foi menor que em 2022.

O presidente do sindicato dos editores, Dante Cid, diz que o resultado confirma as preocupações do setor com o cenário econômico. 

Ismael Borges, gerente regional da Nielsen, afirma que o ano deve ser desafiador para o mercado, já que, além da "queda expressiva de vendas", o preço dos livros tem subido acima da inflação.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/03/15/tombo-na-venda-de-livros-sugere-que-ano-sera-mais-dificil-para-mercado-editorial.ghtml

 

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Na maior loja do Edifício Mayapan, esquina da Avenida Almirante Barroso com a Rua México, será inaugurada hoje a nova livraria da Travessa no Centro do Rio de Janeiro. 

Fonte : https://oglobo.globo.com/blogs/ancelmo-gois/post/2023/03/a-travessa-inaugura-nova-livraria-no-famoso-edificio-mayapan-no-centro-do-rio.ghtml

 

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ANCELMO GOIS - O GLOBO

Tem editor reclamando da Amazon. Diz que a gigante do comércio estaria se aproveitado da crise da Americanas para negociar a venda de livros em condições menos vantajosas para as editoras.

 

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  • 2 semanas depois...
NOTÍCIAS

O pop internacional e sua “árvore genealógica” de gêneros e subgêneros musicais foi a inspiração para o livro “Do vinil ao streaming : 60 discos em 60 anos”, que a Autêntica Editora entregará às livrarias em maio de 2023.

A obra, assinada pelo jornalista Daniel Setti, analisa seis dezenas de álbuns lançados entre a década de 1960 e a de 2010 partindo do pop e passeando pelo rock, soul, funk, entre outros.

Fonte : https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2023/04/livro-se-dedica-a-desvendar-a-evolucao-do-pop-em-discos-lancados-ao-longo-de-60-anos.ghtml

 

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