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Victor235

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O ESTADO DE S.PAULO

Desde 2015, quando começou a ter problemas financeiros, a Livraria Cultura vem tentando de tudo para sobreviver. Chegou a assumir a operação da Fnac – recebendo R$ 130 milhões no processo – comprou e vendeu o site Estante Virtual, entrou em recuperação judicial, fechou lojas e renegociou disputas com editoras.

Em recuperação judicial há três anos, a companhia começava a colocar a cabeça fora d’água em 2020, quando recebeu o dinheiro da venda da Estante Virtual. No entanto, 15 dias depois veio a pandemia, e a empresa se viu mais uma vez em dificuldades.

Resultado : o plano de recuperação judicial, tocado pelo escritório Felsberg & Associados, teve de ser refeito – um novo acordo foi fechado em junho de 2021. Depois de retomar as atividades, em julho, o presidente da Cultura, Sérgio Herz, diz que o negócio parece ter encontrado, enfim, um novo modelo para operar no azul – apesar do grande crescimento de gigantes como a Amazon na pandemia.

Entre as apostas da rede para essa nova fase estão o redimensionamento das lojas, a implantação de um sistema que garante o pagamento aos fornecedores no momento da venda do livro e a aposta em um clube de assinaturas de R$ 14,90 por mês.

A partir de novembro, a nova “cara” das lojas da Cultura vai ficar mais evidente, diz o presidente da empresa, com a reinauguração da unidade do Shopping Market Place, em São Paulo. Serão lojas menores, mas que terão um caráter de serviço : a ideia é ajudar o cliente a encontrar o livro que ele busca, evitando a perda da venda por limitações de estoque.

O total de unidades – que chegou a 15, em 2015 – foi reduzido a cinco. Sobraram três unidades em São Paulo (Conjunto Nacional, Market Place e Iguatemi), uma em Porto Alegre e outra em Recife.

No processo de reestruturação, a Cultura saiu de Curitiba, Salvador, Fortaleza e Rio de Janeiro.

O clube de assinaturas é outra aposta de Sérgio Herz. O Cultura Pass permite que o cliente leve qualquer livro pagando R$ 14,90 por mês. Se devolver a obra em 30 dias, pode pegar outra. Caso não retorne o livro, o membro paga pelo item com 20% de desconto.

A empresa também criou uma operação de livros usados, o Sebo Cultura. “Queremos os livros que estão parados nas estantes das pessoas”, diz.

Além da mudança no modelo de negócios, a rede conta com a retomada da venda de livros para colocar o negócio novamente no caminho do crescimento. Segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), o setor cresceu 48,5% em volume e 40% em receita na primeira metade de 2021, em relação a igual período do ano passado.

Outra questão endereçada pela Cultura foi a quebra de estoques – sem pagamento, muitas editoras deixaram de fornecer à rede. Com a implantação do sistema automático de pagamentos, a Cultura diz ter resolvido o problema.

No entanto, em uma visita à loja do Conjunto Nacional, o Estadão constatou que ainda há falta de produto. Não é incomum ver mostruários tomados por DVDS ou livros antigos.

Uma fonte de mercado disse que as editoras aceitaram o plano de recuperação da Cultura – que exigiu descontos de cerca de 80% em pagamentos – porque já incorporaram o prejuízo. “Acho que ninguém tem esperança de receber os atrasados de Cultura e Saraiva”, afirmou a fonte.

O que fica de lição para a Cultura ? Sérgio Herz hoje vê como principal erro “o crescimento exagerado e rápido com alavancagem financeira”. Na tentativa de, enfim, virar a página, ele diz que um elemento está sendo fundamental : “Os nossos fornecedores. Sem eles, não estaríamos vivos hoje.”

 

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ANCELMO GOIS - O GLOBO

Nasceu a livraria Pequeno Benjamin, em Ipanema, totalmente voltada para o público infantil.

O novo ponto é comandado pelos livreiros Sandra Costa e Benjamin Magalhães, que também são donos da Livraria Lima Barreto.

 

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O ESTADO DE S.PAULO

Quem analisa a situação das livrarias no Brasil pensa que o consumidor deixou de ler. Durante algum tempo, isso até foi verdade. À medida que, abatidas por crises, as gigantes Saraiva e Cultura fecharam dezenas de lojas, a venda de livros também minguava.

Mas não foi o que ocorreu na pandemia, período em que o brasileiro redescobriu a leitura. Não só o total de unidades comercializadas e a receita passaram a crescer de forma saudável, mas o preço médio de venda – que caía havia anos – voltou a subir.

O Brasil tinha quase 3,1 mil livrarias abertas em 2014, segundo a Associação Nacional de Livrarias (ANL). Hoje, a estimativa é de que o total seja de 2,2 mil.

Por outro lado, após anos difíceis, o comércio de livros mostra fôlego. Nos 12 meses encerrados em setembro, diz o Sindicato Nacional de Editores de Livros (Snel), a receita atingiu R$ 175 milhões, expansão de 13,64% ante o período anterior. O preço médio de venda voltou a superar R$ 40 – uma alta de 4%.

No ano passado, as vendas de livros online cresceram 84%. As livrarias exclusivamente virtuais – segmento que inclui a Amazon – viram sua parcela do faturamento atingir 43%. Somados a outros varejistas online, como Magazine Luiza e Americanas, a participação no mundo virtual supera 50%.

Além disso, outras opções para ter acesso à leitura também surgiram. Um dos fenômenos recente foi o reaparecimento dos clubes de livros. Apesar de representar uma fatia pequena, de 2,7%, eles dispararam 174% no ano passado.

Ou seja : enquanto buscam um modelo para seu retorno, as livrarias físicas, agora, têm um pedaço do setor muito menor para chamar de seu. 

O perfil das livrarias no Brasil mudou de vez. Assim como ocorreu no exterior, as grandes redes viram sua influência minguar – por aqui, tanto Saraiva quanto Cultura estão em recuperação judicial. As megastores, que vendiam de tudo e tinham a intenção de ser um “ponto de destino” para o apreciador de literatura, praticamente sumiram. Com um mercado muito menor nas mãos, já que boa parte do consumo migrou para o online, a austeridade virou agora a palavra de ordem no setor.

Depois de chegar a 114 unidades, a endividada Saraiva tem hoje 40 unidades em operação – muitas delas com dificuldades para encher as prateleiras de livros.

Já a Cultura, conhecidas pelas lojas bem decoradas, só ficou com cinco operações.

Desta forma, o posto de maior livraria do País acabou caindo no colo da mineira Leitura. Comendo pelas bordas, a rede do empresário Marcus Teles está próxima da marca de cem unidades. Além dos livros, a rede tem um forte foco em papelaria – no Shopping West Plaza, em São Paulo, é o material escolar que domina a entrada, e não os livros mais recentes.

Seguindo os passos da Leitura, a Livraria Curitiba tem hoje 25 lojas. A companhia está preparando no momento um plano físico de expansão. Entre os planos para fechar as contas está a criação de mezaninos, que garantem mais espaço de venda sem acréscimo no aluguel, conta Marcos Pedri, diretor comercial da Curitiba.

A estratégia também tem sido a de usar itens de papelaria para atrair o público. Apesar de deixar claro que seu principal negócio é vender livros, a empresa identificou que 60% dos compradores de livros entram na loja atrás de papelaria. “O cliente acaba sendo fisgado. Foi uma forma encontrada para atrair o público”, diz.

A paulistana Livraria da Vila tem conseguido crescer e acelerou o passo na pandemia. Desde o ano passado, seis lojas foram abertas, elevando o total a 13. Para o presidente da Livraria da Vila, Samuel Seibel, as inaugurações atendem a regiões que ficaram “órfãs” de livrarias, como o Shopping Eldorado, antigo reduto da Saraiva.

“Lojas grandes não são a nossa cara. Nas menores, é possível ter mais cuidado com a curadoria dos livros. E, claro, os custos são menores”, diz Samuel Seibel, dono da varejista fundada em 1985 na Vila Madalena, bairro boêmio de São Paulo.

Para o especialista em mercado editorial, o consultor Eduardo Villela, o mercado está em meio a uma transformação. “O custo operacional das megalojas inviabiliza o modelo, que vejo fadado a acabar.” Ele diz que até as livrarias que hoje seguem em pé precisarão passar por mudanças para enfrentar as gigantes Amazon, Magalu e Americanas. Aos poucos, em sua visão, as livrarias serão direcionadas a certos nichos, como literatura infantil.

 

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  • 2 semanas depois...
  • 1 mês depois...
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O GLOBO

O Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), uma das principais entidades do mercado editorial brasileiro, responsável pela realização da Bienal Internacional do Livro do Rio, já tem novo presidente.

No dia 1º de janeiro de 2022, após sete anos à frente do SNEL, Marcos da Veiga Pereira, sócio da Sextante, passa a faixa para Dante José Alexandre Cid, engenheiro da computação e vice-presidente de Relações Institucionais para a América Latina da Elsevier, editora especializada em títulos técnicos e científicos.

Em sua primeira entrevista à imprensa, Dante José Alexandre Cid diz que a Lei do Preço Fixo, bandeira dos livreiros para enfrentar a concorrência desleal da Amazon, pode resultar na redução do preço do livro.

Os últimos presidentes do SNEL eram de editoras comerciais, mas você vem da área de livros técnicos e científicos. De que maneira o SNEL pode ajudar ?

Quero que um dos pilares do meu mandato seja o aumento da integração do SNEL com associações internacionais do setor editorial. Faço parte de dois comitês da International Publisher’s Association (Associação Internacional de Editores) e pretendo trazer um pouco das melhores práticas internacionais, facilitar o intercâmbio de tecnologia e firmar convênios com associações de outros países.

Em que pé está a luta contra a tributação do livro ?

Nossa luta é para que não haja obstáculos ao acesso à leitura. Vamos esperar as três propostas de reforma tributária — da Câmara, do Senado e do Ministério da Economia. Alguns projetos são mais simplificados, o que facilita a luta pela manutenção da isenção tributária do livro. A diferença entre imposto, taxa e contribuição dificulta a elaboração da legislação. Projetos como o do senador Randolfe Rodrigues (Rede), que prevê a isenção do livro, são anteparos importantes.

A participação do e-commerce no faturamento das editoras cresceu 84% em 2020. As livrarias, por outro lado, estão em dificuldades. Como anda a interlocução do SNEL com os livreiros ?

Minha intenção é promover uma maior interlocução com as livrarias, físicas e virtuais. O patamar de vendas on-line deve se manter, porque a pandemia estimulou o brasileiro a adotar a compra virtual. Mas nada se compara a experiência de ir à livraria, manusear os livros e conversar com o livreiro. Torcemos para que o vazio deixado pela Saraiva e pela Cultura seja rapidamente preenchido por outras redes.

Uma demanda dos livreiros é a Lei do Preço Fixo, que limita a 10% os descontos sobre livros no primeiro ano de lançamento, o que tornaria mais justa a competição com os e-commerces. Há chances dessa discussão avançar ?

A Lei do Preço Fixo é fundamental para garantir equilíbrio na oferta. O problema é que o Brasil é escaldado com tentativas de regulamentação de preço. No passado, isso não deu certo. Temos que garantir uma concorrência equilibrada, especialmente nos lançamentos, para evitar a canibalização do preço por plataformas que não têm o livro como produto principal. É fundamental garantir que não haja abusos e que comerciantes que dependem exclusivamente do livro não saiam no prejuízo.

Os leitores vão aceitar a Lei do Preço Fixo ? Isso não vai aumentar o preço do livro ?

Vai haver uma reacomodação da precificação. Quando você sabe que o seu produto será vendido com descontos de até 40%, 50%, é natural aumentar o preço final para compensar os custos da cadeia produtiva. Se não houver mais descontos de 50%, ninguém vai precificar acima da capacidade de pagamento das pessoas. Todo mundo já entendeu que é melhor que o livro seja acessível a todos do que cobrar caro e vender pouco. Com a Lei do Preço Fixo, o livro pode ficar mais barato, não mais caro. Ninguém quer que ele seja um produto elitizado.

 

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A venda de livros no Brasil até a primeira semana de novembro de 2021 já ultrapassou o resultado de todo o ano de 2020, de acordo com uma pesquisa inédita da Nielsen e do Snel.

O desempenho é superior tanto em volume quanto em faturamento. O crescimento até o mês passado foi de 33% em volume e 31% em valor quando se compara com o mesmo período de 2020. Foram 43,9 milhões de livros vendidos, com faturamento de R$ 1,8 bilhão.

Fonte : https://blogs.oglobo.globo.com/lauro-jardim/post/venda-de-livros-ja-superou-2020.html

 

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  • 4 semanas depois...
  • 2 semanas depois...
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A Livraria Leitura, maior rede de livrarias no varejo físico do país, está avançando nas vendas online, um território dominado pela Amazon. A loja virtual da companhia já responde por cerca de 7% das vendas totais, e vende mais do que qualquer unidade física da rede.

Porém, a disputa na venda de livros online é dura. “O difícil é ganhar dinheiro no digital. Nossa meta é ir crescendo de forma saudável, no azul. Tem empresas de grande porte que dão muito desconto, vendem praticamente abaixo do custo. Nós não vamos entrar nessa concorrência de crescer com prejuízo”, afirma Marcus Teles, presidente da Leitura.

Para se manter competitiva nesse mercado, a Leitura aposta na variedade de títulos e na capilaridade de sua rede. Também tem buscado se alinhar às tendências de omnicanalidade, com opções como pedir no site e buscar na loja. Hoje a companhia tem lojas em 21 unidades da federação, o que permite oferecer entrega rápida para destinos distantes do eixo Rio-São Paulo, usando as lojas como pontos de apoio logístico.

“Temos a vantagem de estar mais próximos e entregar mais rápido. Se o consumidor fizer uma compra no norte de Manaus, ou no Amapá, pode demorar mais de duas semanas para receber. No nosso caso, conseguimos entregar antes, porque temos as lojas”, diz.

Fundada em 1967 em Belo Horizonte, a Leitura resistiu à tendência das vendas online. Após uma primeira experiência, a companhia chegou a encerrar sua loja virtual em 2015, após avaliação de que as vendas pela internet geravam receita, mas não havia margem. O problema se agravou com o crescimento da Amazon no Brasil, e sua estratégia de descontos agressivos.

A Leitura voltou a vender pela internet em 2019, pouco antes da pandemia. No período em que as lojas físicas ficaram fechadas, as vendas pela internet foram fundamentais para o negócio, e continuam crescendo mesmo com a reabertura das lojas físicas. Só em 2021, as vendas na loja online se multiplicaram por cinco.

A estratégia da Leitura para o varejo online se assemelha à adotada para crescer nas lojas físicas. A rede ganhou espaço ao abrir lojas em regiões mais distantes dos grandes centros econômicos e pouco visadas por livrarias como Cultura e Saraiva. Agora, tem nessas mesmas regiões uma fortaleza também para o varejo online.

Outro ponto que aproxima as estratégias é a preferência por crescer “no azul”, ou seja sem perder dinheiro para ganhar mercado. Do mesmo modo, a expansão de lojas físicas da Leitura foi feita na maior parte com capital próprio e olhar atento à rentabilidade das unidades.

A avaliação de Marcus Teles é que há espaço tanto para as vendas na loja física quanto para as vendas online. “São vendas de produtos e momentos diferentes. Os lançamentos, por exemplo, são vendidos 70% nas lojas físicas, porque é um livro que o cliente ainda não conhece”, diz.

A Livraria Leitura abriu 14 novas lojas em 2021, e expandiu outras 4. Fechou o ano com 94 unidades, se consolidando como maior rede de livrarias do país. A empresa não abre faturamento, mas estimativas de mercado indicam uma receita anual da ordem de 400 milhões de reais. A expansão de lojas no ano passado superou com folga a meta inicial, que era abrir 8 unidades no ano.

“Apareceram muitas oportunidades. Outras livrarias fecharam lojas nesse período e a Leitura tinha reserva, não tinha dívidas, aproveitamos o momento para crescer”, afirma.  Pelo mesmo três novas lojas foram abertas em espaços antes ocupados pelas concorrentes, além das unidades inauguradas em shoppings de onde as concorrentes saíram.

As vendas nas lojas físicas da Leitura fecharam 2021 perto dos níveis pré-pandemia, com exceção das lojas em aeroportos e regiões mais comerciais, em que o movimento ainda não se recuperou totalmente.  Para 2022, a meta é abrir mais oito lojas, e terminar o ano com 102 unidades. Nas vendas online, a expectativa é crescer, mas as vendas não devem passar de 10% do total.

Fonte : https://exame.com/negocios/livraria-leitura-avanca-na-internet-e-entra-na-disputa-com-a-amazon/

 

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  • 1 mês depois...
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Aumentou o interesse pelas obras de grandes autores russos como Dostoiévski, Tolstói e Tchekhov nas livrarias brasileiras. 

A livraria Travessa, cuja vitrine principal em Ipanema expõe obras de autores russos, vendeu na semana passada nove exemplares de "Anna Karenina", o grande romance de Liev Tolstói. Antes da invasão russa na Ucrânia, a venda semanal desta obra prima nunca chegou a quatro exemplares.

Na livraria Argumento, Marcus Gasparian, proprietário da livraria, também notou o aumento da procura por livros de autores russos : "Acho que podemos falar num crescimento de 400% nas vendas de livros de autores russos depois da guerra contra a Ucrânia".

Fonte : https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/anna-karenina-e-guerra-na-ucrania.html

 

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  • 1 mês depois...
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LAURO JARDIM - O GLOBO

A venda de livros no Brasil fechou o primeiro trimestre com desempenho superior ao registrado em 2021, de acordo com pesquisa da Nielsen.

Até 27 de março de 2022, foram vendidos 14,56 milhões de obras com uma receita de R$ 661 milhões.

 

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A placa de “aluga-se” finalmente foi retirada de um dos espaços mais emblemáticos da vida literária paulistana. Depois de abrigar a primeira loja da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, que daria, anos depois, lugar a outros projetos da família Herz (o último, o de uma loja geek), o local, no saguão central, a poucos passos da última Cultura que resta ali, reabre as portas em breve com uma nova livraria : a Drummond.

Idealizada na pandemia por Vitor Tavares, 59 anos, sócio da Distribuidora Loyola e presidente da Câmara Brasileira do Livro, e pelos editores Pedro Almeida, 51, e Diego Drummond, 42, sócios na Faro, a nova livraria nasce com a ideia de ser diferente de todas as outras : ela quer ser a vitrine dos lançamentos das editoras. Parece uma ideia óbvia – livrarias vendem novidades – mas não é. 

“Queremos ter cerca de cem novos livros de lançamento por mês. E queremos que as pessoas saibam que sempre que passarem por aqui vão encontrar o que de mais novo as editoras estão apresentando. Ela vai ser a livraria do passeio. Se não se chamasse Drummond, ela se chamaria Vitrine”, comenta Pedro Almeida.

As obras começam nos próximos dias e devem levar três meses. A inauguração oficial é esperada para depois da Bienal do Livro de São Paulo (que será entre 2 e 10 de julho), possivelmente no início de agosto.

A nova loja terá 230 m² – 180 m² no térreo e outros 84 m² no mezanino. Vai ter um grande painel com imagens de escritores brasileiros, uma mesa para as sessões de autógrafos e estantes por todos os cantos. Diego até brinca que elas deveriam ter rodinhas, para serem viradas de acordo com a hora do dia, depois de Pedro comentar sobre o que significa estar na avenida mais movimentada de São Paulo: “O público da Paulista é muito diverso. De dia é o profissional que vem trabalhar; de noite, o morador que volta para casa; no fim de semana, as famílias e jovens que vêm passear. Então, é um público muito eclético”. 

Se o recorte da livraria não fosse tão específico (lançamentos), o desafio de compreender o cliente e suas demandas seria muito maior. “Vamos aceitar tudo o que o mercado faça e que o público queira, desde que seja novidade ou que continue vendendo”, explica Diego. Obras gerais, livros de ficção e não ficção, para crianças, jovens e adultos, para pessoas de esquerda, centro ou direita.

A Drummond será vizinha da Cultura e as duas ficam quase na frente do Instituto Moreira Salles, que conta com a primeira loja da carioca Travessa em São Paulo – uma loja mais de nicho, com uma boa seleção de livros de fotografia e arte e alguns títulos na área de ciências humanas, literatura e uma pequena seleção infantil relacionada aos temas das mostras que ocorrem ali.

A Paulista tem quase 3 quilômetros de extensão e estima-se que por ali passa 1,5 milhão de pessoas diariamente. Caminhando mais para o meio dela, encontramos uma nova livraria, inaugurada discretamente em fevereiro, e com uma curadoria diferente das outras três que ficam para os lados da Consolação : a Livraria no Reserva. Instalada dentro do Reserva Cultural, no lugar da Blooks, que deixou o espaço na pandemia, ela é uma livraria para cinéfilos, que vende livros, filmes e camisetas e que vai, neste momento, apostar em obras de editoras independentes.

Quem teve a ideia foi Vitor Tavares. À frente da CBL num dos momentos mais dramáticos de um setor que já vinha em recessão e sentia os efeitos causados pelas crises da Saraiva e da Cultura, ele se assustou com o número de livrarias fechando. Constatou que embora o e-commerce tenha mantido vivo o negócio enquanto as lojas estavam fechadas para conter a pandemia, ele não favorecia a descoberta de novidades. E começou a pensar que talvez fosse hora de empreender. 

“Vimos muitas livrarias em dificuldades, fechando as portas, e editores sem ter como mostrar seus lançamentos. E vimos a Vila, a Travessa e Leitura abrindo lojas. Tinha uma oportunidade aí. Tenho experiência no varejo, conversei com o Diego, que é vice-presidente da CBL, e o Pedro também se interessou. É um investimento alto, mas é um investimento pé no chão”, diz Vitor, que já sonha com uma segunda loja. O investimento total é de R$ 2,5 milhões.

Um pouco adiante, no Shopping Pátio Paulista, Samuel Seibel dá seguimento à expansão da sua Livraria da Vila. Está lá desde o ano passado e se diz feliz. “Sempre quisemos estar na Paulista e surgiu a possibilidade irmos para o shopping. É diferente de uma loja de rua, mas estamos muito satisfeitos com a experiência”, afirma. 

Fonte :  https://cultura.estadao.com.br/noticias/literatura,mais-famosa-avenida-de-sao-paulo-paulista-ganha-novas-livrarias,70004040275

 

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  • 2 semanas depois...
NOTÍCIAS

"Essa tal de bossa nova" (Rocco), escrito por Bruna Fonte em parceria com Roberto Menescal, será relançado em outubro para comemorar os 85 anos do músico. 

A obra traça um panorama histórico do gênero musical a partir das vivências de Roberto Menescal.

Fonte https://blogs.oglobo.globo.com/lauro-jardim/post/livro-sobre-bossa-nova-com-depoimentos-de-menescal-ganha-nova-versao.html

 

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  • 2 semanas depois...
NOTÍCIAS

A disparada do custo do papel desde a virada do ano obrigou editoras a reavaliar planos e reajustar preços de capa — ainda que todas as casas consultadas reiterem que evitam encarecer seus livros para não afugentar leitores.

O grupo Record, que por ter porte massivo compra papel direto da fábrica, observou um aumento de até 50% este ano e está tendo dificuldade de encontrar certos tipos de insumos —como o papel couché e o cartão, usado tanto para capas de livros como para embalagens de delivery, por exemplo.

Quem conta é a presidente do grupo, Sônia Jardim, que ressalta buscar alternativas para repassar o mínimo de preço ao consumidor.

"O crescimento da leitura na pandemia permitiu aumentar as tiragens, o que absorve parte do aumento dos insumos. A pergunta de um milhão de dólares é até que ponto a flexibilização da quarentena agora vai impactar isso. Se a demanda se mantiver aquecida, as tiragens se mantêm, o que ajuda o preço do livro."

Em bom português, é preciso que os leitores continuem comprando. Sônia Jardim afirma que, por ora, o aumento de custos não afetou a fila de lançamentos e reimpressões na Record.

Maíra Nassif, da Relicário, afirma que conseguiu reequilibrar as contas reajustando os títulos da casa em cerca de 10% —segundo ela, estavam defasados no mercado— e renegociando com gráficas "um pacotão de impressão, em vez de ir pedindo livro a livro", o que reduz o orçamento total.

Fonte : https://www1.folha.uol.com.br/colunas/walter-porto/2022/05/papel-caro-obriga-editoras-a-aumentar-preco-de-livros-e-rever-fila-de-lancamentos.shtml

 

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