Ir para conteúdo

CARNAVAL


Victor235

Recommended Posts

  • 4 semanas depois...
  • Respostas 262
  • Criado
  • Última resposta

Usuários que mais postaram nesse tópico

  • E.R

    113

  • Chapolin Gremista

    30

  • Victor235

    28

  • Chapolin

    26

Usuários que mais postaram nesse tópico

Chapolin Gremista

 

NOTÍCIAS

 

SUDESTE

Carnaval de São Paulo: mais de 100 blocos de rua foram cancelados

Os organizadores dos blocos, entretanto, afirmam que não possuem escolha: a maioria diz que o motivo da desistência é a falta de recursos

998319-_abr7928-1024x678.jpg

De acordo com edições do Diário Oficial publicadas a partir de janeiro deste ano, o carnaval de rua de São Paulo de 2024 contará com cerca de 100 blocos a menos do que o previsto inicialmente.

Os organizadores dos blocos, entretanto, afirmam que não possuem escolha : a maioria diz que o motivo da desistência é a falta de recursos.

https://causaoperaria.org.br/2024/carnaval-de-sao-paulo-mais-de-100-blocos-de-rua-foram-cancelados/

 

Editado por E.R
Link para o comentário
Chapolin Gremista
NOTÍCIAS

 

BAHIA

Jerônimo Rodrigues proíbe ‘pistolas de água’ no Carnaval

Trata-se de uma medida arbitrária que serve como pretexto para restringir cada vez mais o Carnaval

muquirana_pistola_de_agua_widelg_Easy-Re

No último dia 20 de janeiro, Jerônimo Rodrigues (PT), governador da Bahia, assinou um decreto proibindo o uso de “pistolas de água” no Carnaval em todo o estado.

“Hoje lançamos dois importantes movimentos pela segurança na Bahia. Assinamos o decreto que proíbe o uso de pistolas de água nas festas de rua na Bahia. A lei chega para garantir a segurança e o bem-estar de todas as pessoas, coibindo atos machistas e misóginos”, afirmou o governador em sua conta oficial no X (antigo Twitter).

Caso os foliões sejam flagrados portando esse tipo de brinquedo, eles serão obrigados a entregar seus itens nos postos de abordagem ou nos locais indicados pela Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Elisângela Araújo, secretária de Políticas para as Mulheres da Bahia, mostra qual a política do governo:

“As ‘pistolinhas de água’ deixam de ser um simples brinquedo inocente quando utilizado para cercar, pressionar e intimidar mulheres nos circuitos durante os dias da festa, inclusive, para que cedam aos desejos dos homens”, afirmou.

O caso representa um ataque do governo contra a população baiana. Trata-se de uma medida arbitrária que serve como pretexto para restringir cada vez mais o Carnaval, aumentando a repressão do aparato de repressão do estado contra o povo no que é a festa mais popular do País.

https://causaoperaria.org.br/2024/jeronimo-rodrigues-proibe-pistolas-de-agua-no-carnaval/

 

Link para o comentário
Chapolin Gremista
NOTÍCIAS

 

COLUNA

Carnaval sem graça

Identitários querem censurar fantasias de Carnaval: ataque à cultura popular

Negrini-india-Nelson-Antoine-UOL-1024x68

OCarnaval está chegando, e os identitários prometem azedar a maior festa popular do Brasil. Desde o fim do ano passado, vêm sendo distribuídos na imprensa burguesa e em sites de ONGs os célebres textos em forma de itens, à maneira das cartilhas de expressões preconceituosas (como “caixa-preta”, “buraco negro” e outras similares). Agora as matérias listam as “fantasias ofensivas”, que devem ser banidas para sempre do repertório dos foliões. As justificativas, sempre de cunho moralizante, tentam fazer o povo esquecer que a festa é pagã. No UOL, por exemplo, uma dessas matérias adverte: “Tenha cuidado na escolha da sua fantasia do Carnaval 2024”.

“Ter cuidado” na hora de vestir uma fantasia para brincar o Carnaval significa ter cuidado com aquilo que diz ou manifesta. Se a volta do Carnaval de rua, com seus bloquinhos, foi celebrada há alguns anos, pois o povo, afinal, estava ocupando o espaço público e se expressando livremente, agora a preocupação é controlar o que se pode manifestar durante a folia.

A política identitária usa de subterfúgios para fazer a população apoiar a censura. As “pessoas do bem” se convenceram de que os males do mundo se resumem às ofensas verbais que uns fazem contra outros, disparando “gatilhos emocionais”. Assim, se todos moderarem o que dizem, seguindo as cartilhas, o mundo se tornará um paraíso terreal. Nada mais confortável para uma pequena burguesia, que, mesmo se dizendo de esquerda, não tem disposição nenhuma para a luta política.

As marchinhas de Carnaval, típicas da cultura popular, já foram demonizadas nos últimos anos. Os trajes prometem ser o vilão deste ano. Vestir-se de índio (que tem de ser chamado de “indígena”), por exemplo, está proibido, porque um cocar de plástico comprado na 25 de Março e umas pinturas geométricas no rosto constituem apropriação de elementos sagrados da cultura ancestral. Por óbvio, a lista de vetos inclui referências ao universo afro: usar fantasia de “nega maluca”, com blackface (tinta escura no rosto), ou peruca de cabelo afro, a depender do humor de um juiz, pode até ser considerado crime de racismo recreativo (a pena, vale lembrar, é maior que a da injúria racial simples). O negro de peruca loira, um clássico, não ofende (porque não existe racismo contra brancos), mas, se ele estiver vestido de mulher, ou seja, se se fantasiar de “loira”, é provável que ofenda a comunidade LGBT, pois o que antes era um homem vestido de mulher agora pode ser alguém debochando de uma “mulher trans”. Pode ser que dê processo também.

Mas a coisa não para nos três grupos – índios, negros e LGBT – que são as vítimas do racismo estrutural (considerando que “transfobia”, embora não tenha nada a ver com raça, passou a ser crime “por analogia” ao racismo). A polícia do Carnaval avisa que usar fantasia de cigano, bem como de japonês, de muçulmano, de figuras religiosas em geral (Jesus Cristo, orixás, santos católicos, monges, dalai-lama, Maomé, padres, pastores), também está vetado, agora por desrespeito à diversidade de religiões.

Bem, o folião que, a esta altura, esteja pensando em se fantasiar de algum tipo de profissional deve considerar algumas questões. Gari, por exemplo, está proibido, pois, segundo as cartilhas, só vai poder sair no bloco vestido de gari quem for efetivamente um gari! Explica-se que a profissão é desvalorizada socialmente e que, por isso, a fantasia seria um deboche. Segundo o site Preto no Branco, “os garis fazem parte de um grupo de profissionais que ainda são ridicularizados e humilhados por fazer o que fazem”. Nesse caso, pergunta-se se uma eventual fantasia de juiz da corte suprema, profissão altamente valorizada socialmente, estaria liberada. O que parece ter sido esquecido é que as pessoas se fantasiam daquilo que não são. E, além disso, muitas das fantasias de Carnaval são desengonçadas (homem vestido de noiva, gordo vestido de Homem-Aranha), porque são pensadas para provocar o riso.

Também ficamos sabendo que o veto vale para fantasias de enfermeira, babá, empregada doméstica ou bombeira, cujas vestes mínimas, típicas da festa popular em um país de verões indiscretos, levem a uma “sexualização das profissões”, o que, como se pode intuir, ofende as mulheres. O problema da sexualização também afeta as fantasias de índias, odaliscas, havaianas e, naturalmente, as mulheres seminuas que se apresentam nas escolas de samba. É Carnaval ou procissão?

Fantasia de gay, nem pensar.  Gueixa também não, pois “não é respeitoso usar como fantasia as vestimentas de mulheres que dedicam a vida a estudar a tradição milenar japonesa e transmiti-la através das artes”, segundo o site mencionado, e “baiana”, bem, só se a pessoa for uma baiana! Fantasia de gordo também não, porque é gordofobia recreativa.

Restam os personagens históricos, mas aí também depende. Se o engraçadinho meter um bigodinho de Hitler e sair por aí cantando “alalaô”, é bem provável que vá parar no xilindró por crime de apologia do nazismo. No ano de 2002, logo depois do atentado que derrubou as torres gêmeas no fatídico 11 de Setembro, máscaras de Osama bin Laden eram disputadíssimas. Imagine se fosse hoje! O que não fica claro é se fantasia é deboche ou homenagem, pois a interpretação varia de acordo com o caso. Para os identitários, fantasia de índio é deboche, mas fantasia de Hitler é apologia (elogio, homenagem). Ocorre, porém, que bem poderia ser exatamente o contrário: homenagem aos índios e deboche do ditador.

O problema disso tudo é que está cada vez maior a sanha para criminalizar o direito de expressão e a cultura popular. As cartilhas de palavras preconceituosas arregimentam um sem-número de expressões populares; as fantasias de Carnaval são igualmente manifestações do povo, visto como um repositório de preconceitos. A conclusão é que o povo precisa ser controlado, pois é o responsável pelo preconceito, o grande mal da humanidade. Os doutos, que sabem qual é o jeito certo de ser, de pensar e de se manifestar, escrevem as cartilhas propagadas pelas ONGs e referendadas pela imprensa burguesa.

https://causaoperaria.org.br/2024/carnaval-sem-graca/

 

 

Editado por E.R
Link para o comentário
Chapolin Gremista
NOTÍCIAS

 

COLUNA

Vamos pular o Carnaval com os militantes do PCO

Bailes, blocos e desfiles

Carnaval-1080x720.jpg

No próximo sábado (11), começa oficialmente o Carnaval, embora, como é tradicional, a folia já tenha começado há mais de uma semana.

Há alguns anos, o Partido da Causa Operária (PCO) organiza atividades.

Para quem quiser participar das atividades de Carnaval, os militantes do PCO estão organizando o baile de Carnaval no Centro Cultural Benjamin Péret (CCBP), na rua Conselheiro Crispiniano, 73, em São Paulo, no sábado (10).  O baile começa às 16h.

https://causaoperaria.org.br/2024/vamos-pular-o-carnaval-com-os-militantes-do-pco/

 

 

Editado por E.R
Link para o comentário
Chapolin Gremista
NOTÍCIAS

 

PARTIDO DA CAUSA OPERÁRIA

Hoje: venha ao carnaval do PCO no Centro Cultural Benjamin Péret

Para inaugurar oficialmente o carnaval, o Partido terá uma programação muito especial neste sábado

carnaval-rua-sao-paulo-2022-1024x613.jpg

 

Hoje, 10 de fevereiro, começa oficialmente o carnaval na maioria das cidades brasileiras. Maior festa popular do País, o carnaval não poderia deixar de ser comemorado pelo Partido da Causa Operária (PCO), o partido que está na linha de frente na defesa da cultura nacional.

O baile à fantasia é aberto a todos os interessados. Tradição do PCO, vem sendo organizado todos os anos como forma de homenagear o carnaval.

https://causaoperaria.org.br/2024/hoje-venha-ao-carnaval-do-pco-no-centro-cultural-benjamin-peret/

 

Editado por E.R
Link para o comentário
Chapolin Gremista

Ditadura!

 

NOTÍCIAS

 

DENÚNCIA

URGENTE: prefeitura de São Paulo tenta proibir carnaval do PCO

Segundo o partido trotskista, apesar da truculência dos agentes da prefeitura tucana, a atividade está mantida

Captura-de-tela-2024-02-10-133453-1024x5

Neste sábado (10), agentes da Fiscalização da Prefeitura de São Paulo, escoltados por soldados da Guarda Civil Metropolitana (GCM), proibiu o evento de carnaval do Partido da Causa Operária (PCO) no Centro Cultural Benjamin Péret (CCBP), na República.

Agentes dos órgãos municipais roubaram todas as mesas e cadeiras que estavam dispostas em frente ao local. Além disso, confiscaram alimentos e bebidas dentro do trailer utilizado como um food truck.

Um agente da prefeitura de Ricardo Nunes (MDB), ao ser questionado pela equipe do DCO, se recusou a apresentar identificação e, ao perceber que estava sendo filmado, ameaçou rebocar o veículo do Bar Jacobinos. Veja:

https://causaoperaria.org.br/2024/urgente-prefeitura-de-sao-paulo-tenta-proibir-carnaval-do-pco/

 

 

 

Link para o comentário
NOTÍCIAS

GGMiJUoXIAAt6gm?format=jpg&name=small

Alcione no desfile da Mangueira - a cantora foi homenageada pela escola de samba carioca.

 

Link para o comentário
NOTÍCIAS

GGP0AYuWgAAdGDG?format=png&name=small

Mocidade Alegre campeã do Carnaval de São Paulo 2024 - é o décimo segundo título da escola de samba.:campeao:

-

Tom Maior e Independente Tricolor rebaixadas no Carnaval de São Paulo.

 

Link para o comentário
Chapolin Gremista
NOTÍCIAS

 

COLUNA

Sapucaí identitária

Os desfiles na Sapucaí, nos últimos anos, adotaram a política oficial da TV Globo, isto é, do imperialismo: o identitarismo

marielle-franco-portela-carnaval-2024-10

OCarnaval é um evento de massas no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, local onde se desenvolveu o samba e as primeiras escolas. De lá surgiram a Mangueira, de Cartola, a Portela, de Paulo, a Império Serrano, a Deixa Falar, de Ismael Silva, fundador da escola de samba moderna.

Com uma evolução parecida com o futebol-arte (isto é, o futebol brasileiro), o surgimento das escolas de samba se desenvolveu simultaneamente à classe operária e ao período revolucionário que vai desde as greves de 1917, passando pelo modernismo e o tenentismo, até a Revolução de 1930.

Na década de 1930, o samba se tornou parte da identidade nacional e o Carnaval se tornou o grande evento cultural do Brasil — atrás apenas do futebol. Na década de 1970, no entanto, os desfiles carnavalescos foram capturados pelo grande capital, assim como aconteceu com o futebol.

O desfile oficial tornou-se um evento patrocinado pelos grandes capitalistas, sequestrado pela Rede Globo. Assim como aconteceu com o futebol, isso levou a uma degeneração dos desfiles, que começaram a se adaptar aos interesses dos grandes patrocinadores.

Agora, chegamos num ponto máximo dessa situação. Por isso, os desfiles na Sapucaí, nos últimos anos, adotaram a política oficial da TV Globo, isto é, do imperialismo: o identitarismo.

Se, antigamente, encontrávamos lindos samba-enredos sobre a história do Brasil, exaltando o samba e as escolas etc., agora vemos esses temas serem contaminados pela ideologia identitária. O auge dessa campanha foi o desfile da Mangueira em 2019.

Assistindo aos desfiles desse ano, quase todas as escolas optaram por esse caminho. Talvez o caso mais chamativo tenha sido a Portela. Depois de alguns anos seguidos de crise, quase sendo rebaixada no ano de seu centenário (2023), a maior campeã do carnaval carioca decidiu seguir todo o roteiro.

Falou-se do sagrado feminino, dos orixás, dos negros. Não haveria nenhum problema, não fosse a intensa demagogia por trás de tudo isso. Para complementar, desfilaram na escola o ministro Silvio Almeida e a escritora Conceição Evaristo, figuras carimbadas do identitarismo negro do imperialismo.

Do ponto de vista geral, o desfile foi lindo: os carros, a estrutura do samba (com exceção da letra demagógica) etc. etc. Somando isso à demagogia identitária, a Portela está entre as favoritas para conquistar o título.

Mas, como a Portela está fora do “esquema” que domina o carnaval sequestrado pela Globo, mesmo seguindo todo o roteiro, é possível que a escola fique sem o título. Não seria nada surpreendente para os portelenses.

O caso da Portela chama a atenção justamente por ela estar fora do esquema. Mas a pressão financeira é gigante, e todos têm de se curvar à pressão imperialista.

https://causaoperaria.org.br/2024/sapucai-identitaria

 

 

 

Link para o comentário
NOTÍCIAS

GGUyNmkXYAAuWen?format=jpg&name=small

Viradouro tri campeã do Carnaval do Grupo Especial do Rio de Janeiro (1997, 2020 e 2024).:campeao:

-

GGU0hIXWcAAhwUl?format=png&name=small

 

 

Editado por E.R
Link para o comentário

A repórter Lília Teles mais uma vez estava na quadra da escola que foi campeã. Maior pé quente 

  • Curtir 1
Link para o comentário
Chapolin Gremista
NOTÍCIAS

 

CARNAVAL

Uma justa homenagem ao herói João Cândido

Saga do líder da Revolta das Chibatas é mostrada na Marquês de Sapucaí

tuiuti-1024x819.jpg

Um dos destaques do segundo dia de desfiles das principais escolas de samba do Rio de Janeiro, a Paraíso do Tuiuti, homenageou o líder da Revolta das Chibatas (1910), João Cândido Felisberto, com o enredo “Glória ao Almirante Negro”.

Em quase 70 minutos do desfile da Marquês de Sapucaí, a escola, com muita empolgação, cantou e contou a história da revolta comandada a partir do navio Minas Gerais que colocou a República Velha de joelhos, obrigando o governo e o congresso a acabarem com o martírio dos marinheiros, em sua maioria negros, que eram condenados a duros castigos corporais pela oficialidade escravocrata, que mandava chicotear os marujos diante de toda a tropa pelo que consideravam como indisciplina, insubordinação etc.

170781078665cb1fe2162ea_1707810786_3x2_m

 

 

Além da epopeia da revolta em que o “almirante negro” comandou em um levante espetacular a marinha de guerra brasileira, rendendo e jogando no mar oficiais que não se renderam e apontando seus canhões para a Capital Federal e a sede do governo, o Palácio do Catete, a escola contou a traição (tradicional) da burguesia “nacional” que, depois de conceder anistia aos revoltosos, desferiu uma operação de perseguição que levou à morte de quase todos os líderes da Revolta.

Tratou também da história de sofrimento e desnorteamento político de João Cândido (que chegou a participar do movimento integralista), um dos poucos sobreviventes da vingança do regime contra os revoltosos, que até sua morte, aos 89 anos (1969), enfrentará enormes dificuldades e sobreviverá como pescador.

A Tuiuti também homenageou a magnífica música de João Bosco e Aldir Branc, “Mestre Sala dos Mares”, que imortalizou a revolta e seu líder, mesmo com a censura que, por exemplo, impediu que fosse usado, à época, o termo almirante para se referir a João Cândido.

Em um Carnaval marcado pela repressão direitista à festa popular e pelo identitarismo que procura desviar a atenção do povo trabalhador para questões secundárias e reacionárias, evitando o confronto com a decadente e reacionária burguesia e suas instituições, o show da Tuiuti se destacou, ainda que possa ser prejudicada na apuração pelas tecnicalidades e esquemas milionários que privilegiam as “super escolas de samba S.A” e seus enredos encomendados e patrocinados por empresas, governos etc.

 

 

Reproduzimos abaixo, na íntegra, a letra do samba de autoria dos compositores Cláudio Russo, Moacyr Luz, Gustavo Clarão, Júlio Alves, Alessandro Falcão, Pier Ubertini e W. Correia:

Samba-Enredo 2024 – Glória ao Almirante Negro

G.R.E.S Paraíso do Tuiuti

Liberdade no coração
O dragão de João e Aldir
A cidade em louvação
Desce o Morro do Tuiuti

Liberdade no coração
O dragão de João e Aldir
A cidade em louvação
Desce o Morro do Tuiuti

Nas águas da Guanabara
Ainda o azul de araras
Nascia um herói libertador
O mar, com as ondas de prata
Escondia no escuro a chibata
Desde o tempo do cruel contratador

Eram navios de guerra, sem paz
As costas marcadas por tantas marés
O vento soprou à negrura
Castigo e tortura no porão e no convés

Ô, a casa grande não sustenta temporais
Ô, veio dos Pampas pra salvar Minas Gerais

Lerê, lerê, mais um preto lutando pelo irmão
Lerê, lerê, e dizer: Nunca mais escravidão
Ô, a casa grande não sustenta temporais
Ô, veio dos Pampas pra salvar Minas Gerais
Lerê, lerê, mais um preto lutando pelo irmão
Lerê, lerê, e dizer: Nunca mais escravidão

Meu nego
A esquadra foi rendida
E toda gente comovida
Vem ao porto em saudação
Ah, nego
A anistia fez o flerte
Mas o Palácio do Catete
Preferiu a traição

O luto dos tumbeiros, a dor de antigas naus
Um novo cativeiro, mais uma pá de cal
Glória aos humildes pescadores
Iemanjá com suas flores
E o cais da luta ancestral

Salve o Almirante Negro
Que faz de um samba-enredo
Imortal

Liberdade no coração
O dragão de João e Aldir
A cidade em louvação
Desce o Morro do Tuiuti

Liberdade no coração
O dragão de João e Aldir
A cidade em louvação
Desce o Morro do Tuiuti

Nas águas da Guanabara
Ainda o azul de araras
Nascia um herói libertador
O mar, com as ondas de prata
Escondia no escuro a chibata
Desde o tempo do cruel contratador

Eram navios de guerra, sem paz
As costas marcadas por tantas marés
O vento soprou à negrura
Castigo e tortura no porão e no convés

Ô, a casa grande não sustenta temporais
Ô, veio dos Pampas pra salvar Minas Gerais

Lerê, lerê, mais um preto lutando pelo irmão
Lerê, lerê, e dizer: Nunca mais escravidão
Ô, a casa grande não sustenta temporais
Ô, veio dos Pampas pra salvar Minas Gerais
Lerê, lerê, mais um preto lutando pelo irmão
Lerê, lerê, e dizer: Nunca mais escravidão

Meu nego
A esquadra foi rendida
E toda gente comovida
Vem ao porto em saudação
Ah, nego
A anistia fez o flerte
Mas o Palácio do Catete
Preferiu a traição

O luto dos tumbeiros
A dor de antigas naus
Um novo cativeiro
Mais uma pá de cal
Glória aos humildes pescadores
Iemanjá com suas flores
E o cais da luta ancestral

Salve o Almirante Negro
Que faz de um samba-enredo
Imortal

Liberdade no coração
O dragão de João e Aldir
A cidade em louvação
Desce o Morro do Tuiuti

Liberdade no coração
O dragão de João e Aldir
A cidade em louvação
Desce o Morro do Tuiuti

 

https://causaoperaria.org.br/2024/uma-justa-homenagem-ao-heroi-joao-candido/

 

 

Link para o comentário

Unidos de Padre Miguel ganhou a Série Ouro e estará no Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro em 2025.

Link para o comentário
Chapolin Gremista
NOTÍCIAS

 

COLUNA

O Carnaval das Classes

A sociedade de classes controla a vida social

Cordeiros-1024x680.png

Uma amiga foi visitar pela primeira vez o Carnaval da Bahia e resolveu comprar um abadá – uniforme especial do Carnaval baiano – que permite a ela brincar dentro do encordoamento que separa os que pagam (bastante) para ficar próximos ao trio elétrico dos “pipocas”, que por nada pagarem seguem a folia do lado de fora. Não saiu barato, mas suas economias do ano anterior foram suficientes para garantir essa extravagância colorida de verde e amarelo.

A festa corria solta e animada até que algo inesperado aconteceu. Quando o trio elétrico se aproximava da Praça Castro Alves, e a banda começava a cantar a música de Caetano em sua homenagem, todos os cordeiros (seguranças que controlam as cordas de separação) foram acionados para conter uma confusão próxima, e com isso muitos “pipocas” invadiram a parte exclusiva da turma do abadá. Como a invasão foi muito abrupta, rapidamente a área reservada se viu pintada de muitas cores, em especial a dos soteropolitanos mais pobres e escuros que se misturaram aos sulistas e aos turistas estrangeiros de pele avermelhada pelo sol da Bahia. A banda torpedeava “A Praça Castro Alves é do povo, como o céu é do avião” enquanto uma súbita democracia de raças, credos e castas tomou conta da rabeira do trio elétrico. Enquanto o povo se divertia na mistura inesperada, a cantora abria o grito, alheia ao que estava acontecendo.

Aos poucos a alegria genuinamente popular que ocorreu com a invasão deu lugar a um crescente desconforto. A entrada do povo na parte restrita às elites começou a desagradar aqueles que se sentiam invadidos. Não que estivessem perdendo algo (já haviam pago mesmo), até porque nada lhes foi retirado. Sequer era espaço o que lhes faltava, pois antes já estava bastante lotado. Não, a inconformidade se dava pela invasão de um espaço que consideravam seu, o qual estava sendo usurpado por aquelas pessoas mais pobres. Não era nenhuma perda objetiva, mas a sensação desagradável e subjetiva de dividir espaço com alguém que não julgavam como iguais. Afinal, tinham pago; portanto, tinham mérito. Tinham direito a um lugar exclusivo.

A nenhum deles ocorreu, no meio da folia, das músicas, dos beijos roubados, da dança frenética e dos goles de cerveja, questionar porque uma festa popular dividia o povo entre os que podem mais e os que podem menos. Muito menos ocorreu a qualquer um dos que vestiam abadá se perguntar as razões e as circunstâncias profundas que lhe permitiram estar do lado de cá da corda. Não, não havia clima para estas perguntas incômodas. A solução encontrada foi uma chamada conjunta de todos que vestiam o abadá verde-amarelo para que os seguranças jogassem todos os penetras para fora. “Voltem para o seu lugar”, gritavam. “Eu tenho o direito de estar aqui, você não”, diziam outros. “Eu paguei, não tenho culpa se você é pobre”.

Em alguns minutos, após a intervenção violenta dos seguranças, a ordem foi restabelecida e mais uma vez só havia abadás verde-amarelos entre as cordas. “Eles que façam um carnaval só para eles”, disse o alemão barrigudo que segurava a mulata pela cintura. “Esse aqui é nosso”, completou. O trio elétrico parado na Praça chacoalhava os vidros das casas antigas de Salvador e fazia as ondas do mar próximo quebrarem no ritmo dos tambores. No centro da praça, impávido e pétreo, Castro Alves recitava em solilóquio alguns versos que surgiram em seu pensamento. Talvez – como saber? – fosse uma lembrança que, sem perceber a razão, lhe ocorreu naquele exato instante de euforia máxima e frenesi apoteótico.

“Existe um povo que a bandeira empresta prá cobrir tanta infâmia e cobardia!… E deixa-a transformar-se nessa festa Em manto impuro de bacante fria!… Meu Deus! Meu Deus! Mas que bandeira é esta, que impudente na gávea tripudia? Silêncio.  Musa… chora, e chora tanto Que o pavilhão se lave no teu pranto! …”

https://causaoperaria.org.br/2024/o-carnaval-das-classes/

 

 

 

Link para o comentário

Crie uma conta ou entre para comentar

Você precisar ser um membro para fazer um comentário

Criar uma conta

Crie uma nova conta em nossa comunidade. É fácil!

Crie uma nova conta

Entrar

Já tem uma conta? Faça o login.

Entrar Agora
  • Atividades

    1. E.R
      1829

      NOVELAS

    2. E.R
      8003

      QUADRINHOS & GIBIS

    3. E.R
      966

      Globo

    4. E.R
      386

      Record TV

    5. E.R
      30

      Vídeo Show

  • Quem Está Navegando   0 membros estão online

    • Nenhum usuário registrado visualizando esta página.
×
×
  • Criar Novo...