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EDUCAÇÃO


Marcos Albino

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DESMONTE DO ENSINO

70% de alunos de exatas desistem de lecionar

Estima-se que em 2040 haverá um déficit de 240 mil professores, caso a situação persista  CNM-1024x683.jpg

A área de exatas é a que conta com o menor número de professores. A carreira de professor tem sido muito desvalorizada.

Os alunos que entram na licenciatura para dar aula em exatas acabam abandonando o curso. No curso de Física, apenas 24% se formam; enquanto em Matemática e Química o número chega a 30%.

Esse baixo número de formação acaba fazendo com que os alunos do curso médio concluam o ciclo com um aprendizado muito fraco. Em Matemática, por exemplo, apenas 5% dos alunos conseguem ter aprendizagem adequada.

Mesmo em cursos com menor desistência, como é o caso da Pedagogia, o percentual é em torno de 50%, um patamar bastante elevado. Se persistir esse quadro, até 2040 teremos um déficit de 240 mil professores.

Enquanto isto, os bancos internacionais sugam mais da metade da arrecadação do Estado Brasileiro através do pagamento dos juros abusivos da dívida externa, de forma que pouco se sobra para investir na Educação.

https://causaoperaria.org.br/2023/70-de-alunos-de-exatas-desistem-de-lecionar/

 

 

 

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JUVENTUDE

85% de jovens acima de 16 estão fora da escola

Segundo pesquisa conjunta do Sesi e Senais, realizada pela FSB e divulgada na última sexta-feira (26), 85% dos brasileiros acima de 16 anos estão fora das escolas

9.4.-Escola-Classe-05.-Foto-Acacio-Pinhe 

Segundo pesquisa conjunta do Sesi e Senais, realizada pela FSB e divulgada na última sexta-feira (26), 85% dos brasileiros acima de 16 anos estão fora das escolas.

Os dados apontam que a necessidade de ajudar financeiramente a família foi o motivo de 47% dos entrevistados para a interrupção dos estudos. Outros 12% não estão matriculados para conseguir o próprio dinheiro ou ganhar autonomia.

https://causaoperaria.org.br/2023/efeito-do-golpe-85-de-jovens-acima-de-16-estao-fora-da-escola/

 

 

 

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NOTÍCIAS

Segundo os resultados da pesquisa Alfabetiza Brasil, apresentando nessa quarta-feira (31), em 2021, 56,4% dos estudantes do 2° ano do ensino fundamental não estavam alfabetizados  alfabetiza-brasil-1-1024x683.jpg

Os dados são do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica). Antes da pandemia da COVID-19, o percentual de não alfabetizados, segundo, também, o Saeb, era menor, de 39,7%.

Jogando os trabalhadores e, consequentemente, a juventude na miséria. 

https://causaoperaria.org.br/

 

 

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A reforma do ensino médio, que estipula escola em tempo integral e diversos percursos de formação para os alunos, foi suspensa pelo Ministério da Educação (MEC) em 2023, sob o pretexto de reavaliar seu impacto. O erro mais grave seria revogá-la.

A reforma do ensino médio é estratégica e, embora necessite de ajustes, precisa ser retomada com urgência.

Contribuição essencial para isso vem de uma nota técnica do movimento Todos Pela Educação, elaborada com o auxílio de acadêmicos, secretários estaduais e profissionais do ensino médio.

No longo caminho para a melhoria do ensino público básico, ficou evidente que o ensino médio, com suas elevadas taxas de evasão, necessitava de uma reforma específica.

Ela foi lançada em 2016 e convertida em lei no ano seguinte. O ensino foi ampliado de 800 horas para pelo menos 1000 horas anuais de aulas, com uma nova organização de currículo. Com o objetivo de aumentar o interesse pelo conteúdo, os percursos se tornaram flexíveis, com a oferta aos alunos de quatro áreas de conhecimento (matemáticas, linguagens, ciências da natureza e ciências humanas e sociais aplicadas).

Ganhou destaque a opção pelo ensino técnico e profissional, e estabeleceram-se “itinerários formativos” para incentivar o estudo por meio de oficinas e projetos diversos, escolhidos com a participação dos alunos, com o fim de obter competências exigidas pelo mercado de trabalho.

Além de enfrentar resistências de grupos mais à esquerda, o projeto de reforma já emitia sinais de que precisava ser alterado.

As disciplinas básicas foram prejudicadas ao dividir a carga horária com os novos percursos, e não foram criados critérios sensatos para definir o que vale como itinerário formativo. Corrigir tais pontos é o que se espera que o MEC faça agora, depois de promover audiências públicas e receber propostas.

As mudanças sugeridas na nota técnica do Todos Pela Educação levam a um relançamento da reforma, com alterações na Lei de Diretrizes e Bases, portarias e normas do MEC.

Com a carga horária máxima de 1.800 horas para o currículo básico, ficou curto o tempo para algumas disciplinas. Para acomodar todas elas, sem prejudicar a formação geral básica e o tempo concedido aos itinerários formativos, uma das propostas é estabelecer o mínimo de 2.100 horas para a formação geral e 600 horas para os itinerários.

Em relação à outra deficiência — a falta de orientação para a escolha dos itinerários, que gerou casos bizarros como uma disciplina sobre “brigadeiro caseiro” —, a proposta é que, da carga horária mínima de 600 horas anuais dedicadas a eles, 80% destinem-se a aprofundar assuntos da área de conhecimento escolhida pelo aluno.

O MEC precisa agora se debruçar sobre essas e outras sugestões para corrigir as deficiências da reforma. O Brasil não pode mais perder tempo, nem ceder à pressão daqueles que querem deixar tudo como está. Sem aperfeiçoar o ensino médio, continuaremos a padecer da deficiência crônica na qualidade da mão de obra que atravanca o desenvolvimento.

Fonte : https://oglobo.globo.com/opiniao/editorial/coluna/2023/06/reforma-do-ensino-medio-precisa-seguir-adiante.ghtml

 

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NEM

MEC prorroga consulta pública sobre reforma do ensino médio

O MEC informou que necessita de mais tempo para consultar especialistas

9.4.-Escola-Classe-05.-Foto-Acacio-Pinhe

OMinistério da Educação (MEC) informou, nesta terça-feira (6), que vai ampliar, por mais 30 dias, a consulta pública para avaliação e reestruturação da política nacional de ensino médio.

O MEC informou que necessita de mais tempo para consultar especialistas além de contemplar instituições que pediram a ampliação do prazo para serem ouvidas.

É preciso mais do que consultar o povo, os estudantes, os pais e os professores através de um referendo.

 

https://causaoperaria.org.br/2023/mec-prorroga-consulta-publica-sobre-reforma-do-ensino-medio/

 

 

 

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III CONFERÊNCIA NACIONAL

DCO entrevistou lideranças da Educação

Durante a atividade deste fim de semana, o Diário Causa Operária entrevistou Heleno Araújo, presidente da CNTE e Roberto Guido, da direção executiva da APEOESP

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Como parte da cobertura da III Conferência Nacional dos Comitês de Luta, o Diário Causa Operária realizou uma série de entrevistas com os militantes, ativistas e convidados presentes no evento. Entre elas, teve a de duas figuras ligadas aos sindicatos dos trabalhadores da educação do Brasil. Uma foi com Roberto Guido, da Diretoria Executiva da APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), e a outra foi com Heleno Araújo, do CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação).

Heleno Araújo fez um grande elogio à organização do evento, dizendo que “Estão de parabéns o PCO e toda comissão organizadora por promover esse espaço para desenvolver a participação social efetiva nas nossas lutas”, destacando a importância de se fazer uma atividade verdadeiramente democrática de debate para discutir as questões envolvendo a educação pública.

Araújo também destacou a importância de se levar o debate que foi feito na Conferência para as ruas e os bairros, colocando todas as questões para a população em geral. Destacando, também, a importância de se estar nas redes sociais, mas nunca esquecendo que a luta é feita em meio à população, nas ruas. Como o próprio companheiro disse na entrevista “(…) não adianta querer fazer debates que as pessoas não veem”. 

Ele também denuncia três do que ele considera os ataques mais graves da direita contra os professores e trabalhadores da educação: uma é o projeto de lei da educação em casa que, segundo ele, “é uma forma de descaracterizar o trabalho da educação pública presencial”. Outro ataque é o que ele chama de “lei da mordaça”, instaurada pela extrema-direita, que tem procurado pautar o que pode ou não ser dito dentro das salas de aula, promovendo perseguição contra professores de esquerda ou combativos. A terceira é a tentativa da direita de privatizar e sucatear todo o ensino público brasileiro.

Roberto Guido também foi entrevistado e ele começa sua fala explicando como foi o processo da unificação de sua corrente com a corrente Educadores em Luta para as últimas eleições sindicais na APEOESP. 

Segundo Guido, a unificação não foi fruto de uma questão eleitoral momentânea, mas algo que vinha sendo construído há algum tempo. Ele completa dizendo que os Comitês de Luta tiveram um papel fundamental nessa unificação, já que foi uma proposta feita pelos militantes dos Educadores em Luta e logo incorporadas à direção da APEOESP e que possibilitou uma série de lutas entre os professores. Como as reivindicações dos professores durante a pandemia e outras questões. 

Além disso, Guido menciona a importância de se organizar os setores mais conscientes e combativos da classe trabalhadora para um enfrentamento contra uma direita com a qual o governo do PT fez acordos para procurar “derrotar o fascismo”. Setores esses que “não têm os mesmos interesses da classe trabalhadora”, como disse Guido. 

Com relação aos ataques contra a educação, ele destaca a necessidade de se lutar pela revogação da reforma do Ensino Médio, além de denunciar que o atual governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, prevê um corte de 30% nas verbas da Educação, sob o pretexto de repassá-las para a saúde, o que é um argumento absurdo, visto que ambas as áreas precisariam de investimentos, segundo colocado pelo diretor da APEOESP. 

Ele finaliza destacando a importância de se levantar uma luta contra os ataques feitos contra a organização sindical dos trabalhadores. Ele denuncia o fim das despesas de ponto para a reunião dos sindicatos, os assédios aos quais estão submetidos os militantes sindicais e outras questões. Ressaltando sempre a importância de que os outros movimentos sociais se juntem à luta pela organização sindical de toda a classe trabalhadora. 

A presença dos profissionais da educação e seus representantes sindicais na III Conferência Nacional foi marcante e é um demonstrativo do avanço da consciência desse setor. É fundamental que lideranças como Roberto Guido e Heleno Araújo participem dos debates feitos na atividade e levem para seus setores todas as questões colocadas. 

 

 

https://causaoperaria.org.br/2023/dco-entrevistou-liderancas-da-educacao/

 

 

 

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O número é alarmante : 11,5 milhões de jovens entre 15 e 29 anos não trabalham nem estudam no Brasil - ou seja, é mais que a população de Portugal inteira.

Chamado de nem-nem, esse grupo cresceu de forma exponencial nas últimas décadas.

O relatório Education at a Glance 2022, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostrou que o Brasil tinha o segundo maior porcentual de jovens entre 18 e 24 anos que não trabalhavam nem estudavam.

Reverter essa situação, no entanto, não é uma tarefa fácil nem rápida. Envolve uma mudança estrutural na educação do país, que há anos vem deixando a desejar.

Na avaliação de Naercio Menezes Filho, coordenador da Cátedra Ruth Cardoso e professor do Insper, o país precisa melhorar a qualidade da educação em todos os níveis - do ensino básico ao ensino médio - e garantir que os jovens tenham condições de completar o ensino superior.

A questão é que a escola não prepara o estudante. O economista Vandyck Silveira, CEO da edtech Humaitá Digital e sócio da Mind Academy, falou sobre o assunto.

“Os estudantes não encontram respaldo na educação formal. O ensino brasileiro é um ensino fidalgo, que ainda tem literatura portuguesa, análise sintática, coisas acadêmicas”, diz.

A educadora Cláudia Costin, presidente do Instituto Singularidades, tem pensamento semelhante. Recentemente, ela criticou o modelo de ensino no Brasil. “Em primeiro lugar, tem de parar com essa história de quatro horas de aula por dia. Nenhum país que se industrializou tem quatro horas de aula por dia, mas, sim, de sete a nove horas”, afirma ela, que foi diretora de Educação do Banco Mundial.

Para a especialista, não basta ter aula, é preciso ter laboratório, experimentação. “É uma educação mais mão na massa. E evitar essa educação conteudista, em que o professor despeja um conteúdo e não ensina os alunos a pensar”, acrescenta.

Segundo ela, no contexto de automação acelerada, digitalização, inteligência artificial, é preciso educar para duas coisas simultaneamente : desenvolver o pensamento crítico e o criativo. “Precisamos educar os alunos para serem pensadores autônomos e criativos”.

A cada ano, afirmam os especialistas, novos estudantes se formam e não conseguem ser absorvidos no mercado, o que cria um bolsão de nem-nem. Sem emprego nem renda, eles não conseguem estudar e muitos param no meio do caminho. No final, o crescimento dos nem-nem significa perda de produtividade e de capital humano.

Fonte : https://www.estadao.com.br/economia/jovens-nem-nem-educacao-crescimento-economico/

 

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PNAD

Segundo IBGE, analfabetismo no Brasil recuou

De acordo com os dados do relatório, a taxa de analfabetismo de quem tem 15 anos ou mais caiu de 6,7% em 2016 para 5,6% em 2022, o equivalente a 9,6 milhões de pessoas

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Nesta quarta-feira (07), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).

De acordo com os dados do relatório, a taxa de analfabetismo de quem tem 15 anos ou mais caiu de 6,7% em 2016 para 5,6% em 2022, o equivalente a 9,6 milhões de pessoas.

Esta é a primeira pesquisa feita após a pandemia, apresentando resultados referentes ao segundo trimestre de 2022.

https://causaoperaria.org.br/2023/segundo-ibge-analfabetismo-no-brasil-recuou/

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RIO DE JANEIRO

Ditadura do judiciário determina fim da greve dos professores

Mais cínico ainda é que o desembargador alegou que o direito à educação é "garantia constitucional". Pelo jeito, só a greve não é

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Nessa terça-feira (20), o presidente do Tribunal de Justiça, Ricardo Cardozo, determinou a interrupção imediata da greve dos professores da rede estadual e o retorno ao trabalho sob pena de multa de R$ 500 mil ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (SEPE) e R$ 5 mil aos seus diretores por dia de descumprimento. Mais uma vez, um juiz passa por cima do direito de greve dos trabalhadores.

Mais cínico ainda é que o desembargador alegou que o direito à educação é “garantia constitucional”. Pelo jeito, só a greve não é.

https://causaoperaria.org.br/2023/ditadura-do-judiciario-determina-fim-da-greve-dos-professores/

 

 

 

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CARA DE PAU

Dino culpa internet por novo ataque em escola

O ministro da Justiça, Flávio Dino, voltou a culpar celulares, tablets e redes sociais

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Oministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, culpou a “apologia à violência” nos smartphones, tablets e redes sociais ao comentar o novo ataque a uma escola na cidade de Cambé, no Paraná, nesta segunda-feira (19).

A posição de Flávio Dino é reacionária e procura um pretexto para a censura.

Flávio Dino é um advogado e político brasileiro, formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão e com mestrado pela Universidade de Harvard. Foi eleito governador do Maranhão em 2014 pelo Partido Comunista do Brasil.

https://causaoperaria.org.br/2023/dino-culpa-internet-por-novo-ataque-em-escola/

 

 

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ESCOLAS MILITARIZADAS

Senado aprova aumentar o aparato de repressão nas escolas

O Estado burguês está se utilizando dos ataques às escolas no Brasil para aumentar cada vez mais a repressão contra a população

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OSenado aprovou na terça-feira (20) o PL (Projeto de Lei) 2.256, de 2019, que reforça a segurança nas escolas. O texto altera a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), que regula toda a educação brasileira. O projeto de autoria do senador Wellington Fagundes (PL-MT) foi votado 1 dia depois do ataque à escola em Cambé (PR) que deixou 2 estudantes mortos.

 Os pontos seriam: 1 – implementação de tecnologias para reforçar o controle de entrada e saída de pessoas nas escolas; 2 – disseminação de procedimentos de segurança entre a comunidade escolar; 3 – e planejamento e implementação de simulações de segurança. Ou seja, vigilância total dentro e fora da escola, com surpresas de terror durante as aulas com alunos e professores.

O texto também propõe que, em caso de ex-alunos ou ex-servidores apresentem sinais de comportamento que necessitem acompanhamento especial, a escola acione serviços de segurança e saúde mental para que sejam tomadas medidas para melhorar a segurança escolar. Aqui temos uma brecha, estranhíssima que pode levar até mesmo moradores de rua e pessoas com problemas mentais para a cadeia a qualquer minuto.  

Como este Diário já tem denunciado, o Estado burguês está se utilizando dos ataques às escolas no Brasil para aumentar cada vez mais a repressão contra a população e principalmente contra jovens e estudantes, incluindo crianças. É um verdadeiro absurdo o que está acontecendo. E pior tem apoio de setores daqueles que se dizem progressistas e de esquerda. 

Após o acontecido no Paraná, uma professora da rede estadual de ensino de Campo Mourão (PR), relatou que pela manhã em frente a escola onde ela trabalha estava tomada de viaturas e policiais fortemente armados. Revistando os alunos com fuzis nas mãos, de acordo com a companheira que não quer se identificar por medo de retaliação tanto do Estado quanto do aparato militar: “eram cenas de terror em frente uma instituição de ensino para jovens e adolescentes”.

Seguindo o informe a professora acrescenta que essa situação tem sido reforçada pela imprensa burguesa que apoia a repressão nas escolas. “No final das contas o governador do Estado, usa esses casos para fomentar e ampliar as escolas militarizadas no Paraná.” Para a burguesia, quanto mais braço armado para defendê-los melhor. Todo mundo sabe que no Brasil rico não vai para a cadeia e que estas estão lotadas de pretos e pobres, e assim deve continuar, se possível ampliar o número de detentos. 

https://causaoperaria.org.br/2023/senado-aprova-aumentar-o-aparato-de-repressao-nas-escolas/

 

 

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REACIONÁRIOS

Suprema Corte dos EUA derruba cotas raciais nas universidades

Segundo a decisão, esse tipo de política viola o princípio da igualdade perante a lei e a 14ª Emanda da Constituição.

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Nessa quinta-feira (29), a Suprema Corte dos Estados Unidos vetou o uso de etnia como critério no processo de admissão em universidades públicas e privadas do país.
Segundo a decisão, esse tipo de política viola o princípio da igualdade perante a lei e a 14ª Emanda da Constituição.

“Os programas de admissão de Harvard e da Universidade da Carolina do Norte não podem ser conciliados com as garantias da Cláusula de Igualdade de Proteção. Ambos os programas carecem de objetivos suficientemente focados e mensuráveis que justifiquem o uso da raça, mas inevitavelmente empregam a raça de maneira negativa, envolvem estereótipos raciais e carecem de pontos finais significativos. Nunca permitimos que os programas de admissão funcionassem dessa maneira e não o faremos hoje”, escreveu o presidente do tribunal, John Roberts, para a maioria de seis juízes.

Isto demonstra que a política identitária só serve para ludibriar as minorias que supostamente seriam defendidas. Quando se trata de reais melhorias nas condições de vida desses setores oprimidos, os identitários adotam uma política reacionária.

Cumpre frisar que, apesar da necessidade de defender a política de costas, é preciso lutar por um ensino público, gratuito e de qualidade para todos em todos os níveis, inclusive pelo direito ao livre ingresso nas universidades, garantindo, então, os interesses da juventude e, consequentemente, dos trabalhadores.

https://causaoperaria.org.br/2023/suprema-corte-dos-eua-derruba-cotas-raciais-nas-universidades/

 

 

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UNIVERSIDADE MARXISTA

A decadência da esquerda e a importância do estudo do marxismo

Veja o que foi discutido na primeira aula do curso "O que é o Marxismo e o que não é", ministrado pelo presidente nacional do Partido da Causa Operária, Rui Costa Pimenta

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Iniciou-se, nessa segunda-feira (03), a mais nova edição da Universidade Marxista. Ministrado pelo presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), o curso, que ocorre durante o 47° Acampamento da Juventude, organizado pela Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), tem como tema “O que é o Marxismo e o que não é”.

Contando com a presença de companheiros de todo o Brasil e até de fora do País, a Universidade Marxista tem como objetivo delimitar claramente o que é o marxismo, analisando com profundidade não só a história do movimento operário, como também o aspecto teórico do que Engels descreveu como “a doutrina das condições de libertação do proletariado”.

Na primeira aula, Rui Pimenta iniciou a sua exposição fornecendo uma motivação ao estudo do marxismo, principalmente neste momento político.

“Nós temos visto que existe uma tendência na esquerda pequeno-burguesa brasileira e internacional a constituir uma espécie de doutrina marxista que não tem um caráter minimamente revolucionário. Essa tendencia, hoje em dia, ela é muito forte. O marxismo se transformou num objeto de especulação dos mais variados grupos políticos. Então, quando você vê falar de marxismo da parte da esquerda, ou até de setores de direita, é uma tentativa de tentar justificar determinado tipo de posicionamento que não tem nada a ver com a classe operária, com o marxismo e com a revolução, utilizando o marxismo como cobertura”, afirmou Rui durante a abertura do curso.

Essa desorientação, todavia, não é um raio em céu azul, como demonstra o dirigente revolucionário. Antes, trata-se de um conjunto de teorias que servem aos interesses do imperialismo e, portanto, “Se coloca como uma tarefa muito importante a delimitação política e teórica” em relação a esse tipo de ideia. Ou seja, uma diferenciação do que é uma teoria de fato marxista e o que não é. “Quando vemos a esquerda toda embarcar na defesa de coisas como o identitarismo, a tal teoria ‘decolonial’ e outras coisas do gênero, vemos aqui que se trata de uma esquerda que defende o status quo porque todas essas coisas todas são políticas do imperialismo, políticas direitistas. Às vezes, inclusive, extremamente direitistas, mas que procuram se apresentar sob a cobertura do marxismo”, explica.

Logo depois, o companheiro Rui procura explicar porque a esquerda nacional e internacional está se distanciando cada vez mais do marxismo. Em outras palavras, de onde vem a crise política desses setores que já não possuem mais praticamente nada em comum com a luta dos trabalhadores.

“Muitas vezes, no passado, em polêmicas diversas, você tinha algum terreno em comum, pelo menos do ponto de vista das ideias, com esses setores de esquerda. Você tinha, em uma determinada época, a esquerda foquista, cuja doutrina não é proletária, mas havia pontos em comum. Porque, de um ponto de vista geral, essa esquerda pequeno-burguesa procurava disputar o interior da classe taralhadora, a direção do movimento dos trabalhadores. Hoje em dia não temos isso porque o movimento operário atravessa o seu período de maior depressão. Só equiparado, provavelmente, ao período em que a extrema-direita levantou a cabeça na década de 1930 e começou a suprimir os militantes revolucionários”, disse Rui.

A partir de então, o presidente do PCO faz um balanço sobre o desenvolvimento operário nas últimas décadas. “Os sindicatos estão completamente paralisados e, portanto, essa esquerda não procura disputar a liderança do movimento dos trabalhadores. Quer dizer, as aspirações do movimento operário não entram na conta, e isso faz com que se abra um verdadeiro abismo entre a política revolucionária e a política da esquerda pequeno-burguesa”, diz.

Finalmente, Rui deixa claro qual o objetivo do curso em questão levando em consideração o atual estado da esquerda e para onde aponta a situação política:

“Onosso objetivo nesse curso é discutir algumas questões-chave do marxismo para estabelecer uma fronteira absolutamente nítida entre aquilo que é o marxismo, a política revolucionária e as outras doutrinas que aparecem por aí sobre o nome de marxismo. Quer dizer, é uma tarefa complexa que, logicamente, não se esgota com esse curso. Mas essa é a ideia geral.”

Passando para uma explicação de como o marxismo se constituiu historicamente, o companheiro Rui vai desde o início do século XIX, com a ação militante de Marx e Engels, até a decadência do marxismo na esquerda que se iniciou com o stalinismo e a monstruosidade que foi a burocracia soviética não só dentro, como também internacionalmente; mas que foi impulsionada pela decadência do movimento operário no geral.

Para finalizar a discussão em uma nota positiva, já que, até então, o movimento operário sofreu derrotas massacrantes, Rui Costa Pimenta mostra que, apesar disso, existe uma perspectiva concreta de que agora é o momento de ascenso da esquerda e da luta da classe operária:

‘Esse panorama que descrevi aqui é totalmente negativo. Mas temos que entender o seguinte: a vida social ela é dialética. Então, temos que entender que, quando você chega ao fundo do poço, você chegou àquele ponto que não dá para ir mais para baixo. Obrigatoriamente, como a vida social não conhece o vazio, é preciso começar uma marcha para acima, para sair do poço. Quer dizer, o pior momento, se é efetivamente o pior momento, é também o momento da recuperação.”

https://causaoperaria.org.br/2023/a-decadencia-da-esquerda-e-a-importancia-do-estudo-do-marxismo/

 

 

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UNIVERSIDADE MARXISTA

Uma teoria científica deve ser materialista

Na segunda aula da 48ª Universidade de Férias discutiu-se a concepção materialista a história, pilar fundamental Marxismo, sempre deixado de lado por pretensos marxistas

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Dando continuidade à 48º Acampamento de Férias, promovida pela Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), cujo tema é “O que é o Marxismo e o que não é”, nessa terça-feira (4) ocorreu a segunda aula do curso.

Novamente ministrada pelo companheiro Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO), a temática a aula foi “A Concepção Materialista da História”.

Foi explicado que a concepção marxista a respeito da história da sociedade humana foi desenvolvida por Marx e Engels através da crítica ao que mais havia de avançado no pensamento humano da época, dentre o qual se encontrava a concepção materialista do mundo, da filosofia dos séculos XVI, XVII e XVIII e a dialética hegeliana.

Marx e Engels reconheciam a natureza revolucionária da dialética, segunda a qual nada na realidade era estático, eterno, permanente, mas tudo estava em eterno movimento e desenvolvimento. Contudo, a dialética de Hegel era idealista; entendia que o desenvolvimento da realidade era condicionado ao desenvolvimento das ideias. Portanto, ela estava de cabeça para baixo, necessitando ser colocada de pé. Para isto, uniu-se o materialismo à dialética, dando origem ao materialismo dialético, ou seja, à concepção materialista da história, teoria científica desenvolvida por Marx e Engels, que resultou na completa superação da filosofia em si.

Vejamos o que disse Rui:

“Afilosofia de Hegel havia se transformado em filosofia oficial do Estado prussiano, que é onde os ideólogos do Estado exploravam os aspectos mais conservadores da filosofia hegeliana. O que indicaria, na parte de Hegel, da santificação do Estado prussiano, que era o Estado absolutista, retrógrado ao extremo. Então, a oposição se apoiava também em Hegel, usando o seu método, e opunha o método às conclusões que ele havia tirado da sua filosofia. O método em questão seria a dialética. […] Marx e Engels fazem um a crítica bem detalhada disso nesse texto e, com isso, sentam as bases fundamentais do marxismo. Aqui, tem o primeiro problema que temos que considerar, que é o seguinte: essa crítica de Marx e Engels À filosofia dos jovens hegelianos não é uma crítica filosófica, digamos assim. Na verdade, é uma crítica que aponta para a superação completa da filosofia. Se formos analisar, […] vamos ver que eles consideram que a filosofia já havia cumprido todo o seu papel progressista e haveria de ser substituída por uma metodologia científica. Com isso, eles sentam as bases para constituir uma ciência de características objetivas. Esse problema é um problema muito importante para a nossa preocupação porque, se formos observar todo o panorama intelectual dos que se reivindicam como marxistas hoje em dia e no último período, vamos ver que tudo isso daí é uma filosofia, quer dizer, o “marxismo” dessas pessoas seria uma filosofia, justamente o que Marx e Engels haviam deixado para traz, haviam declarado como sendo uma coisa obsoleta, anacrônica”.

Ao explicar por que o Marxismo teria resultado no fim da filosofia, Rui diz o seguinte:

“Quando tratamos dos filósofos do passado que marcaram sua época, vamos ver que todos eles procuraram estabalecer um sistema de ideias. A filosofia deles é um sistema, um sistema acabado. Isso daí vai ser a marcar de todos os grandes filósofos. […] Esse sistema de ideias é um sistema que tem como premissa fundamental, pressuposto básico a ideia que existe uma verdade acabada, universal, que deve ser atingida para o sistema filosófico. […] um dos principais defeitos deles é que não leva em consideração que a verdade é uma coisa que se modifica com a situação. Não há como você estabelecer um sistema no qual as verdades sejam definitivas. Aí você estabelece tal e tal coisa, vem a ciência e mostra um novo desenvolvimento. Portanto, aquelas verdades ficam ultrapassadas, já não são tão verdadeiras assim. São verdades provisórias que dependem da evolução do conhecimento humano sobre a natureza. Então vamos ver aqui a tentativa de várias pessoas, inclusive em nome do marxismo, de montar um sistema dessa natureza”.

Veja que o Rui finalizou sua fala acima dizendo que há aqueles que tentam se utilizar do Marxismo para firmar sua verdade absoluta. Nesse sentido, outro ponto de grande importância na aula foi a crítica feita aos inúmeros pretensos marxistas dos dias atuais, que rejeitam completamente o que as coisas na realidade possam ser determinadas. Em outras palavras, rejeitam o materialismo, aspecto essencial do marxismo:

“Se vocês pegarem uma montanha incalculável de livros de todos esses setores ditos marxistas – escola de Frankfurt, estruturalistas marxistas etc. etc. etc. – e colocarem esses livros no computador e fizerem uma estatística, vamos ver que a palavra materialismo vai aparece muito pouco nesses livros. Quer dizer ,esses setores não são efetivamente materialistas. E é por isso que há um combate ao determinismo […] O problema do materialismo é um problema chave de toda a disputa ideológica desde a antiguidade. […] Temos o caso de Demócrito, que elaborou a tese de que o mundo é composto dos átomos e do vazio. Não tem Deus, forças superiores, sobrenatural e mais nada. Só átomos e, fora deles, o vazio. Quer dizer, o mundo é material, é matéria. Quando você estabelece uma teoria como essa, essa teoria precisa ser subversiva, porque todas as autoridades têm uma autoridade política que é de classes, reforçada pela ideia da religião, pela crença da maioria social numa religião. Quando uma pessoa chega e diz que não há nada de espiritual, só matéria, a religião cai por terra e, portanto, é uma filosofia muito subversiva. […] O combate ao determinismo é uma revisão, se podemos chamar assim, profundamente reacionária do Marxismo. É a tentativa de tentar castrar o marxismo da sua base elementar, do seu fundamento materialista. Então esse problema todo é um problema chave, o problema de como a gente deve ver a questão da filosofia em relação à vida social. A conclusão fundamental, a primeira que queria tirar aqui, é que, para você ter uma doutrina que corresponda à realidade, essa doutrina deve eliminar todos os aspectos idealistas e se fundamentar profundamente no materialismo”.

Atualmente, é seguro dizer que a maioria esmagadora, senão todos os “intelectuais” universitários que se dizem marxistas rejeitam o materialismo. Na melhor das hipóteses, fazem uma mistura eclética com teorias idealistas. Na pior das hipóteses, a rejeição materialista é completa.

Dessa forma, conforme ensinado na aula, a rejeição ao materialismo é a própria rejeição ao marxismo.

Ademais disto, tendo em vista a própria natureza materialista do marxismo, e a natureza científica do materialismo dialético, ou seja, da concepção materialista da história, Rui finaliza afirmando que toda a verdade é, em última instância, prática, de forma que para que uma teoria seja verdadeira, ela deve passar pela confirmação da atividade prática. E, no ponto de vista do marxismo, essa prática deve ser revolucionária:

“Aprática é o critério da verdade segundo a tese de Marx. Isso tem uma importância decisiva pelo seguinte: vemos aí uma discussão entre esses setores que se dizem marxistas hoje em dia que é uma discussão abstrata. Como a pessoa demonstra a validade de uma determinada tese? O pessoal demonstra a validade dessa tese ou seja através de citações, que é muito ruim, ou através de uma tentativa de demonstração lógica, mas isso não faz sentido. A atividade puramente especulativa ela não é uma atividade real. Então nós temos aí que a prática é o critério da verdade.[…] Quando Marx fala que o teste de toda a verdade teórica é prática, temos que definir de uma maneira concreta, clara e concisa que prática é essa. Do ponto de vista do marxismo, a prática é a prática política revolucionária que, para ser revolucionária, precisa ser uma coisa de partido”. 

https://causaoperaria.org.br/2023/uma-teoria-cientifica-deve-ser-materialista/  

 

 

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ACAMPAMENTO DE FÉRIAS

O idealismo é a negação da realidade

Na 3ª aula do curso "O que é o marxismo e o que não é", Rui Costa Pimenta demonstra a diferença entre o idealismo e o materialismo  

Na última quarta-feira (5 de julho), como continuação da Universidade de Férias, atividade de formação política do PCO, que ocorre em conjunto com o Acampamento da AJR, organizado pela juventude do Partido, ocorreu a terceira aula do curso O que é o Marxismo e o que não é. Após duas aulas em que Rui Costa Pimenta procurou expor as ideias do marxismo e a forma como o marxismo compreendia a história, nesta terceira aula, o tema foi expor ideias que não são do marxismo e explicar o porquê disso. No caso, procurou-se estabelecer com clareza a diferença entre materialismo e idealismo.

Primeiramente, um esclarecimento feito pelo companheiro Rui: quando se fala em materialismo, se fala na relação entre o pensamento e a matéria. No caso da filosofia materialista, fica estabelecido que não é o pensamento que transforma a matéria, mas sim o contrário: a matéria leva o ser humano a ter determinados pensamentos. O que se vê e o que se pensa é um reflexo do que ocorre no mundo exterior.

Em se tratando de certas ideias que estão vigentes na esquerda pequeno-burguesa, como o identitarismo, por exemplo, estamos diante de um pensamento totalmente idealista e quase religioso. O identitarismo defende que os oprimidos serão “salvos” pela luta para mudar o pensamento do restante da sociedade.

O exemplo mais importante é o da mulher, que corresponde a metade da população mundial. Quem possui uma concepção materialista da vida percebe que a mulher é oprimida e tratada como inferior pela sociedade devido à condição material em que ela se encontra no mundo. A mulher não faz parte dos detentores da riqueza do mundo, ela ocupa uma posição subalterna na sociedade capitalista. O que prende a mulher nessa posição é a vida doméstica, particularmente a questão dos filhos. Essa prisão faz com que a mulher seja oprimida, mas não devido a uma espécie de preconceito abstrato dos homens, mas sim porque ela efetivamente é inferior na sociedade.

A esmagadora maioria das mulheres se encontra presa ao lar devido a essa situação. Para se criar os filhos, é preciso dedicar uma boa parte da sua vida a isso, abandonando quaisquer perspectivas de ter uma atuação competitiva no mundo profissional diante dos homens, que não são sujeitos a essa prisão. A mulher, na sociedade capitalista, é escrava do lar.

É evidente que há casos individuais de mulheres que são menos oprimidas e conseguem desenvolver uma carreira profissional ou coisa do tipo, mas são a minoria das situações. A maior parte das mulheres está enfrentando a situação descrita acima. Ou seja, trata-se de um problema para a coletividade das mulheres. E mesmo as mulheres que estão em uma posição social superior, são tratadas como inferiores pela sociedade, graças à situação das mulheres de conjunto.

Rui conclui essa exposição da situação dizendo que se trata de um problema social de grande pesio, e não de um problema de natureza espiritual, como querem fazer parecer os identitários.  Nesse sentido, é preciso que se processe uma mudança social revolucionária na sociedade para que a situação da mulher realmente mude na sociedade.

A solução para os marxistas é tirar a mulher dessa posição de escrava do lar. Isso só será feito se houver uma socialização das tarefas domésticas, que deveriam ser absorvidas pelo coletivo. Portanto, o cuidado com os filhos, a limpeza da casa, a produção de alimentos, deve ser tudo feito pela sociedade e não pela mulher. A partir daí é que se pode falar em uma luta pela libertação da mulher.

Evidentemente, nada disso pode ser levado adiante no capitalismo, cujas condições materiais não possibilitam uma mudança dessa magnitude. Seria necessária uma revolução para que isso fosse possível. É por isso que o marxismo considera que a solução para o problema das mulheres e muitos outros é a luta revolucionária.

No caso dos identitários, com uma política idealista, a solução passa por tentar mudar a ideia das pessoas a respeito das mulheres. Primeiramente, procuram “paparicar” a mulher, enchendo-a de elogios – o que já é algo negativo porque, se há a necessidade de tantos elogios, já é um indicativo de que se está numa situação inferior. Posteriormente, coloca-se uma mulher em algum cargo supostamente de “poder”, atendendo a um requisito de “representatividade”, o que não muda nada para as mulheres de conjunto. Por fim, leva-se adiante uma política de censura e repressão contra o restante da sociedade, para que não se faça críticas, piadas ou comentários negativos sobre as mulheres sem ser punido pela lei.

É evidente que tal política não irá favorecer nenhuma mulher, pois não ataca a natureza de seu problema, que é material. Rui conclui o raciocínio dizendo que o identitarismo é uma teoria idealista, não importa a realidade, mas o que as pessoas pensam dela. Chega-se, portanto, no extremo da ideologia de gênero, em que a pessoa pode mudar o seu sexo apenas pela força do pensamento.

https://causaoperaria.org.br/2023/o-idealismo-e-a-negacao-da-realidade/

 

 

 

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