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Marcos Albino

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https://telepadi.folha.uol.com.br/parasita-fica-com-o-telecine-e-coringa-com-hbo/

Faz tempo que a HBO deixou de duelar com o Telecine na disputa por filmes, optando por investir em grandes séries originais.

O Telecine tem quase todos os grandes premiados do último Oscar, a começar pelo sul-coreano que fez história no Oscar, “Parasita”, previsto para
chegar ao serviço sob demanda ainda no segundo semestre. Tem também “1917”,  “Ford Vs Ferrari” e “Rocketman”.

Outro grande cotado como melhor filme, mas de incontestável mérito pelo prêmio de melhor ator, no caso, para Joaquin Phoenix,
“Coringa”, ficou com a HBO e também tem previsão de ir ao ar este ano na TV.
 

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COMUNICADO: CNN Brasil e Oi TV anunciam parceria de distribuição de conteúdo

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São Paulo, 27 de fevereiro de 2020 – CNN Brasil e Oi TV firmam parceria para distribuição de conteúdo para os clientes da operadora a partir da estreia do canal, no próximo mês de março.

A CNN Brasil estará disponível aos clientes da terceira maior operadora do País nos pacotes básicos: “Intermediário” e “TOP”, ambos em HD. A Oi TV atende 1,4 milhão de assinantes (9,6% do mercado de TV por assinatura do Brasil).

“Esse acordo com a Oi TV nos enche de orgulho. A CNN Brasil estará 24 horas no ar, com mais de 17 horas de notícias ao vivo, e os clientes da Oi terão acesso ao conteúdo de credibilidade da maior marca de jornalismo do mundo”, destaca Douglas Tavolaro, CEO e founder da CNN Brasil.

“A estreia da CNN Brasil na grade de canais da Oi TV faz parte da estratégia da operadora de levar sempre o melhor conteúdo para seus clientes, afirma Roberto Guenzburger, diretor de Marketing do Varejo e Empresarial da Oi.

A CNN Brasil estará presente, a partir da estreia, no mês de março, nas principais operadoras do Brasil. O canal entra no ar com a expectativa de alcance de quase 12 milhões de assinantes de TV paga.

 

Sobre a CNN Brasil

A CNN Brasil é conduzida pelo grupo brasileiro de mídia, conforme acordo de licenciamento de marca estabelecido com a CNN International Commercial (CNNIC), que abrange o acesso a certas propriedades, incluindo conteúdo da CNN International. O canal de notícias 24 horas estará disponível em março de 2020 para assinantes da TV paga e também nas plataformas digitais.

 

Informações: 

Spokesman Comunicação - Assessoria de Imprensa

 

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  • 3 semanas depois...
CANAIS GLOBO ESTÃO COM SINAL ABERTO NAS PRINCIPAIS OPERADORAS DO PAÍS

Mesmo quem não é assinante dos pacotes estendidos, já pode consumir os principais canais lineares da Globo que estão abertos em toda a base nas principais operadoras do país (Claro, Sky e Oi). A ação é uma iniciativa de utilidade pública, diante do cenário atual de reclusão nas principais regiões do país diante da iminência do vírus Covid-19. A Vivo vai liberar o sinal ainda hoje.

Independentemente do pacote contratado, o assinante tem à disposição conteúdos para toda a família, com informação e entretenimento de qualidade. Os canais liberados são: Gloob, Gloobinho, Canal Brasil, Multishow, GNT, SporTV, SporTV 2 e SporTV 3, GNT, VIVA, Universal TV, Studio Universal, Syfy, Telecine Premium, Telecine Action, Telecine Fun, Telecine Touch, Telecine Pipoca, Telecine Cult, Megapix, Mais Globosat, BIS e OFF, além da GloboNews que traz ao longo de todo o dia uma ampla cobertura sobre o vírus. Ao todo, vão se beneficiar com esse movimento cerca de 6 milhões de assinantes, entre clientes pré e pós pago.Ao todo, vão se beneficiar com esse movimento cerca de 6 milhões de assinantes, entre clientes pré e pós pago.O Globoplay também disponibiliza a partir de hoje, durante 30 dias, diversos conteúdos para não assinantes. Para entreter a criançada, mais de 30 títulos infantis como’ Detetives do Prédio Azul’, ‘Escola de Gênios’, Mya Go, Bob Zoom, Valentins e Dr. Calça Dimensional estarão abertos. Além desses produtos, séries como ‘Shippados’ e todas as temporadas de ‘Malhação’ também estarão disponíveis para toda família em uma página agregadora na plataforma que irá reunir todos os conteúdos.

Comunicação Globo

Rio de Janeiro, 16 de março de 2020

Mais informações www.redeglobo.com.br

 

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  • 2 semanas depois...

https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/daniel-castro/explosao-de-consumo-infantil-e-filmes-faz-tv-paga-renascer-em-meio-quarentena-34995

O mercado de entretenimento tem passado por mudanças significativas nas duas últimas semanas, quando um número maior de pessoas passou a ficar em casa em quarentena contra o novo coronavírus. Setor que acumula fuga de clientes desde de 2018, a TV paga renasceu após a pandemia, e o ibope de canais por assinatura aumentou com a explosão de consumo de conteúdo infantil, filmes e notícias.

Dados obtidos com exclusividade pelo Notícias da TV apontam que audiência da TV fechada saltou de 6,1 pontos entre os dias 9 e 16 de março, quando o Brasil ainda não estava paralisado por conta do coronavírus, para 7,4 de média no intervalo entre os dias 17 e 24 deste mês -- um aumento de 22% no PNT (Painel Nacional de Televisão), que mede o ibope das 15 maiores regiões metropolitanas do país.

Na faixa das 7h à meia-noite, houve um salto de 18% no total de televisores ligados no Brasil, o que fez as emissoras de TV aberta também crescerem. Apenas a Globo, no entanto, teve o mesmo ganho de telespectadores dos canais pagos. Band (+20%), RedeTV! (+15%), Record (+10%) e SBT (+6%) apresentaram aumentos menores.

Na Grande São Paulo, principal mercado publicitário do país, a audiência da TV paga subiu ainda mais: de 6,1, dos dias 8 a 16 de março, para 7,6 pontos, de 17 a 25 deste mês; ou seja, um público 23% maior no horário das 7h à meia-noite.

O sucesso da TV por assinatura durante a quarentena foi impulsionado pela iniciativa de diversos canais de abrirem os seus sinais de forma gratuita para todos os clientes de operadoras.

O Grupo Globo, por exemplo, disponibilizou todo o seu conteúdo de graça, incluindo os seis Telecine, GloboNews, Gloob, Gloobinho, GNT, Multishow e Megapix.

No top 10 da TV paga no período de 15 a 22 de março, aparecem dois dos canais Telecine, o Pipoca e o Premium. Com assinatura mensal na casa dos R$ 40, o conteúdo desses canais de filmes é consumido por um público restrito, mas que foi bastante ampliado após a iniciativa de abrir o sinal.


 

 

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https://natelinha.uol.com.br/televisao/2020/03/27/globonews-lidera-cresce-91-e-nao-sente-efeito-da-cnn-brasil-142885.php

A intensa cobertura da pandemia do novo coronavírus que a GloboNews está realizando segue rendendo altos resultados de audiência para o canal de notícias da TV a cabo a tal ponto de, na última quinta-feira (26), ter crescido 91% e encerrado o dia na liderança do ranking da PNT (Painel Nacional de Televisão) e sem sentir o efeito da CNN Brasil.

Segundo dados da Kantar Ibope, no horário que equivale das 06h às 06h, a programação da GloboNews se manteve quinze posições acima do segundo melhor canal de notícias no ranking do Painel nesta data. Com o resultado, o canal do grupo Globo segue liderando com folga na competição com a CNN Brasil.

Os dados revelaram ainda que mais de três milhões e meio de telespectadores sintonizaram em algum momento do dia a GloboNews para acompanhar a cobertura do canal sobre as notícias do país. O resultado representa um crescimento de 91% na comparação com a média de 2020 da emissora.

A emissora vem realizando intensa cobertura sobre a pandemia do novo coronavírus, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo e mostrado os números de mortos e casos confirmados, além do combate, tanto na esfera da saúde quanto políticos.

Desde que a CNN Brasil entrou no ar, no último dia 15 de março, a GloboNews fez ajustes em sua programação para se manter por mais de 17 horas com jornalismo ao vivo e vem colhendo resultados que a mantém na liderança entre os canais de notícias e, na maior parte do tempo, também em toda a TV por assinatura.

Com a quarentena imposta por boa parte dos governadores do Brasil e mais gente nas suas casas, o número de televisores ligados aumentou e a GloboNews vem liderando durante muitos dias o ranking da TV a cabo brasileiro na média-dia.

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  • 2 semanas depois...

https://telepadi.folha.uol.com.br/audiencia-da-tv-paga-cresce-20-e-consumo-atinge-3h40-por-dia-na-quarentena/

A presença do público em casa também aqueceu a TV paga. Apesar de ter perdido mais de 1,5 milhão de assinantes de um ano para cá, o consumo dos canais aumentou em 15% no número de horas diárias, elevando de 3h10 para 3h40 o tempo médio de consumo do brasileiro por dia na TV paga.

Canais de filmes, de notícias e infantis são os mais vistos.

Segundo dados da Kantar IBOPE Media, no período de 24 de março a 5 de abril, quando todas as capitais brasileiras já estavam adotando as medidas preventivas, os canais pagos registraram cerca de 20% de aumento de audiência, tanto em relação ao mesmo período do ano passado quanto em comparação com a média de 2020.

 
Pontos relevantes desse crescimento  :

. O aumento de audiência dos canais jornalísticos é um ponto amplamente difundido, já, mas é interessante saber que até os jovens (de 18 a 24 anos) tiveram peso no crescimento dessas emissoras. Normalmente, o público desses canais se concentra sobretudo na faixa acima de 25 anos. A quarentena tem sido capaz de prender a atenção dos jovens por mais de 1 hora diariamente, nos canais noticiosos, o dobro do que era observado em 2019.
 

. Na média do dia, os canais de notícia mais que dobram de audiência, e, na faixa vespertina, quase triplicam o percentual de assinantes ligados minuto a minuto. Globo News, CNN Brasil e Band News estão ganhando alcance e tempo de permanência – ou seja, atraindo novos públicos e aumentando engajamento por mais tempo.

. Mulheres de classe AB, de 35 a 49 anos, e adolescentes, são os nichos que mais acrescentaram audiência à TV paga de modo geral.

. Os números aumentam com maior ênfase na faixa vespertina (12h às 18h), até porque é o horário que mais ganhou gente em casa. São cerca de 14 milhões de pessoas ligadas em canais pagos ao longo da tarde (700 mil a mais do que em 2019).

. Os jovens adultos (25 a 34 anos), adultos (35 a 49) e os maduros (50+) são os que mais se mobilizam nesse horário, principalmente para assistir aos canais de notícias que transmitem, ao vivo, quase diariamente, pronunciamentos e entrevistas coletivas de autoridades de saúde.
 

. Todos os gêneros de canais ganharam audiência em pelo menos uma faixa diária, exceto os canais esportivos, que sofrem o impacto dos cancelamentos dos eventos ao vivo.
 

. Os canais de filmes apresentam o segundo maior crescimento (cerca de 60%), principalmente como reflexo das aberturas de sinal de alguns canais premium. O público maior de 35 anos é o grupo que mostra os maiores índices de crescimento no consumo de filmes nesse período.
 

. O crescimento do consumo de canais infantis no horário vespertino se dá não só entre crianças, mas principalmente entre adultos de 25 a 49 anos, endossando o papel de ocupar o entretenimento em família durante o isolamento social.
 

. Adolescentes (de 12 a 17 anos) e os jovens (de 18 a 24) também estão dedicando mais tempo à programação de TV por assinatura. Nestes dois públicos, a faixa da madrugada (da meia-noite às 6h da manhã) tem o maior crescimento relativo, principalmente para os canais de variedades/entretenimento e filmes.
 

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  • 2 semanas depois...

https://extra.globo.com/tv-e-lazer/telinha/marcela-monteiro-troca-entretenimento-da-globo-pela-cobertura-da-covid-19-na-cnn-brasil-hora-de-se-reinventar-24384068.html
 

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Se você a vir na telinha, o microfone vermelho da CNN Brasil vai te chamar atenção. É agora no canal que Marcela Monteiro dá expediente. Com mais de dez anos de Rede Globo, Marcela Monteiro, que foi repórter do “Vídeo Show” ,  viu a hora de se reinventar.

“Estou muito feliz por essa oportunidade. Estou me redescobrindo, me vendo em outro lugar, abrindo portas. E perceber que somos capazes, múltiplas, versáteis, isso é muito estimulante”, conta a jornalista, que trocou os bastidores do entretenimento pela cobertura do dia a dia nas ruas:

“Esse caminho para o ‘hard news’ aconteceu de forma natural. Queria me renovar, estava de olhos atentos para novas possibilidades e o universo conspirou e me trouxe esse desafio incrível”.

Nas novas entrevistas, o carinho conquistado com anos e anos de trabalho, sempre aparece de alguma forma. “As reações são as melhores e sempre acompanhadas de uma torcida que me emociona. Esses dias, eu fui para uma entrevista e, quando mostrei minha identidade, a pessoa que recebia a imprensa ficou uns 30 segundos olhando. Ela subiu o rosto e perguntou : ‘Você não é a Marcela do ‘Vídeo Show ’” ?, conta Marcela, aos risos.

 

 

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  • 2 semanas depois...

https://tvefamosos.uol.com.br/colunas/flavio-ricco/2020/04/29/troca-de-passes-sai-antes-do-ar-apresentadora-janaina-xavier-passa-mal.amp.htm

 

O programa "Troca de Passes", do SporTV, comandado por Janaiía Xavier na terça-feira, saiu do ar min utos antes do seu encerramento.

Não entrou o último bloco.

E isso se deu porque a apresentadora Janaína Xavier se sentiu mal e teve que interromper o programa.

Foi atendida no estúdio mesmo pelo médico de plantão da Globo e constatada alta de pressão : 21/12.

Levada de ambulância para o hospital e submetida a vários exames, foi liberada em seguida.

Não se trata da Covid 19.

Mas uma crise de hipertensão no meio do trabalho.

Janaína Xavier já está em casa, agora obedecendo um período de repouso.

- Comecei a me sentir mal. Taquicardia. Sudorese, me sentindo largada, perdendo um pouco os sentidos. Fiquei assustada e pedi para encerrar um bloco antes. O serviço médico foi impressionante. Encerrei o programa e eles já me atenderam. Minha pressão estava muito alta. Fiquei muito, muito assustada, mas tudo bem. Fui para uma sala especial do hospital, por causa dos casos de Covid. Fui com toda segurança e fiz todos os exames. Foi só mesmo uma crise de hipertensão, que eu nunca tive. Mas agora está tudo bem".

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https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/ooops/2020/05/01/veja-o-ranking-globonews-lidera-ibope-da-tv-paga-pelo-2-mes.htm

A pandemia de coronavírus, a quarentena da população e a abertura temporária de seu sinal rendeu à Globo News um feito histórico em abril.

O canal Globo News liderou o ibope da TV paga no país pelo segundo mês consecutivo, com média de 163 mil telespectadores por minuto.

É o que mostram dados consolidados de audiência, mensurados pela Kantar Ibope Media, e obtidos com exclusividade pela coluna.

A medição engloba do dia 1º ao dia 29 de abril, na média das 24 horas do dia, e abrange as 15 maiores regiões metropolitanas do país..

Abril ainda rendeu ainda um outro recorde ao canal pago de notícias do Grupo Globo : no dia 24 a Globo News atingiu a maior média de audiência de sua história no dia. Entre 6h e 0h daquele dia, que marcou a renúncia do ministro Sérgio Moro, o canal teve 2,3 pontos de média e 4,3% de share.

Para efeitos de comparação isso é mais do que a média que a Band, um canal aberto, obteve em 2019 (1,5 pontos).

É quase quatro vezes mais que a média da RedeTV (0,6).

Nessa medição, chamada PayTV-PNT, cada ponto equivale a cerca de 100 mil domicílios.

 

Veja o ranking : PNT, 24 horas do dia, abril

Posição e média de telespectadores por minuto

1º - Globo News - 162.953
2º - Viva - 145.236
3º - Multishow - 113.336
4º - Discovery Channel - 102.420
5º - Cartoon Network - 99.512
6º - Discovery Kids - 99.262
7º - Megapix - 89.237
8º - Universal Channel - 86.239
9º - AXN - 83.769
10º - Discovery Home & Health - 82.098

18º - CNN Brasil - 63.087

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LAURO JARDIM - O GLOBO

O Cade marcou para a semana que vem o julgamento da revisão da compra da Fox pela Disney.

A transação havia sido aprovada no ano passado, com restrições — condicionava sua aprovação à venda da Fox Sports.

O tempo passou e o canal não encontrou comprador, e o Cade agora vai receitar outra saída para aprovar o negócio : vai exigir que a Disney (que é dona da ESPN) mantenha a Fox Sports por mais pelo menos três anos no ar.

Numa palavra, o Cade vai dar o O.K. à transação.

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  • 2 semanas depois...

https://piaui.folha.uol.com.br/materia/o-que-move-cnn-brasil/

Com luzes vermelhas projetadas sobre toda a circunferência da sua cúpula de concreto, a Oca parecia uma nave futurista de seriado antigo. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer como uma homenagem modernista à habitação indígena que lhe empresta o nome, o prédio, localizado dentro do Parque do Ibirapuera em São Paulo, estava em festa na noite de 9 de março passado. Na entrada, um enorme letreiro, também vermelho, berrava o nome do anfitrião: CNN. Lá dentro, havia mais de 1 300 pessoas, às quais ao final da noite garçons ofereceram espumante francês La Roche Brut (40 reais a garrafa), canapés, porções de massa e cuscuz marroquino, enquanto um saxofonista que recorria ao auxílio do playback tocava músicas de elevador. Estavam ali políticos, empresários, banqueiros, publicitários, jornalistas, cinco governadores de estado e a elite dos três poderes da República.

A noite de celebração tentava abrandar um dia de pânico nos mercados ao redor do mundo. No Brasil, a Bolsa despencara 12,17%, a maior queda desde 1998. A guerra em torno do preço do petróleo travada entre Arábia Saudita e Rússia era um dos motivos para o pandemônio global, mas por trás dessa crise pontual se escondia uma outra, infinitamente maior, que crescia desde o começo do ano: a do novo coronavírus. Àquela altura, o Brasil contabilizava apenas trinta casos de Covid-19 e nenhuma morte. Dois dias depois da festa, em 11 de março, a onu classificou a contaminação como pandemia. Quatro dias depois da festa, o governo de São Paulo determinou a suspensão de eventos públicos com mais de quinhentas pessoas. Oito dias depois da festa, morreu o primeiro brasileiro com a doença. Os mais de 1 300 convidados da CNN Brasil que lotavam a Oca não sabiam, mas aquela era a última reunião social que frequentariam por muito tempo.

No subsolo da Oca, a plateia, distribuída em cadeiras provisórias, ficou diante de um imenso painel com cinco monitores gigantes de tevê. Nas telas, apareceram os executivos Randall Stephenson, presidente mundial da AT&T, a gigante norte-americana de telefonia e dona da WarnerMedia, e Jeff Zucker, presidente mundial da CNN, dando boas-vindas à nova parceira. Stephenson disse que o Brasil "é um mercado muito importante para o setor de mídia e entretenimento da AT&T" e que o "arcabouço regulatório do Brasil parece estar indo na direção certa". Ambos tinham sido impedidos de vir ao país por causa das restrições impostas pela pandemia do coronavírus. No palco em frente ao painel, todos os apresentadores do canal foram mestres de cerimônia, a começar por William Waack e Monalisa Perrone, dois jornalistas com passagem pela TV Globo. Coube a ela chamar ao palco o grande nome da noite, o empresário mineiro Rubens Menin, principal investidor da CNN Brasil, cujo discurso durou onze minutos e tentou responder uma questão recorrente desde o anúncio do projeto, há quase um ano e meio.

"Muitas pessoas me perguntam", começou Menin. "Mas por que CNN?" Em seguida, desfiou a resposta. "Muito simples, pessoal. Eu sou brasileiro, moro no Brasil, amo esse país, minha família toda mora aqui, meus filhos, meus netos, temos negócios neste país. E o que a gente mais quer é que este país vá para a frente. Só isso já seria suficiente para levar este projeto adiante." Menin listou então as três razões que o levaram a abrir a CNN Brasil. Disse que, com sua emissora, quer ajudar a melhorar o ambiente de negócios no Brasil, reverter o êxodo de brasileiros para outros países e, por fim, estimular a filantropia, coisa que a imprensa, na sua avaliação, deveria fazer e pouco faz.

Horas antes de Menin subir ao palco, seus principais negócios, uma construtora e um banco, estavam derretendo na Bolsa de Valores. A MRV é a maior empreiteira residencial do Brasil. Teve lucro de 690 milhões de reais no ano passado e gera cerca de 25 mil empregos diretos e indiretos. Fundada em 1979, deu seu grande salto durante os governos do PT, quando passou a ser a estrela do programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV). Em onze anos, desde a criação do MCMV até fevereiro passado, a construtora recebeu 33,98 bilhões de reais, recursos da União e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No dia da festa, ao final do pregão, as ações da MRV caíram 11,27%. O Banco Inter, joia do patrimônio de Menin, é um dos cinco maiores bancos digitais do país. Tem 5 milhões de correntistas e lucrou 81,6 milhões de reais no ano passado, quando seu valor de mercado estava estimado em 16 bilhões de reais. Mas, naquela segunda-feira, as ações do banco caíram 22,71%. Mesmo assim, Menin discursou sem abalo. Como que para frisar a seriedade do seu compromisso filantrópico, afirmou: "Eu, pessoalmente, não tenho vergonha de falar, nos últimos cinco anos investi 50 milhões de reais em filantropia." A plateia aplaudiu. "E nos próximos cinco anos resolvemos investir 100 milhões de reais." A plateia voltou a aplaudir.

A notícia de que Menin se associara ao jornalista Douglas Tavolaro para trazer ao Brasil a franquia da CNN veio a público em 14 de janeiro de 2019. Até então, Tavolaro ocupara o cargo de vice-presidente de Jornalismo da TV Record, emissora do bispo Edir Macedo, fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus. Deixava a empresa, na qual trabalhara por dezessete anos, para liderar a implantação do novo canal de notícias na tevê paga brasileira.

 

[...]


Em 2017, deu-se uma breve confluência de interesses. A CNN International Commercial, responsável pelas parcerias da empresa norte-americana, há muito desejava abrir uma franquia no Brasil, nos moldes do que já ocorria em países como Turquia, Japão, Índia, Indonésia e Filipinas. Naquele ano, a TV Record considerava abrir mão da Record News, o seu canal de notícias que jamais vingou, para ter no lugar uma licenciada da CNN. Tavolaro participou da negociação, que acabou terminando sem nenhum acordo. A Record diz que a CNN exigia controle editorial e a maior parte do faturamento. "Era muito para eles e nada para nós", diz um executivo da Record, que pede para não ser identificado para não se indispor com seus superiores. Procurada pela piauí, a CNN International Commercial declarou que não comenta o assunto. Nos bastidores da CNN Brasil, corre uma única versão: a de que a empresa norte-americana não quis selar uma parceria com a emissora do bispo em função de seus vínculos religiosos e políticos - a Igreja Universal é ligada ao Republicanos, partido que sucedeu o antigo PRB.


Como a negociação não prosperou, Tavolaro começou um voo solo ao ser, segundo ele, procurado por executivos da CNN International Commercial. Entabulou as conversações em nome próprio, embora ainda fosse vice-presidente da Record. Nos Estados Unidos, em Nova York e na cidade de Atlanta, onde fica a sede da CNN, Tavolaro passou a tratar dos aspectos editoriais de um possível contrato. Com o escritório de Londres, base da CNN International Commercial, discutia sobre a questão comercial. Como as conversas evoluíam bem, um grupo de representantes da CNN veio ao Brasil para sabatiná-lo. Durante quase um ano, o jornalista empenhou-se em viabilizar a parceria. Contratou uma consultoria para auxiliá-lo a elaborar um plano de negócios e montou, com auxílio dos norte-americanos, um plano editorial cujos detalhes discutia, discretamente, com funcionários de sua confiança na Record - alguns desses profissionais, posteriormente, foram contratados para trabalhar na CNN Brasil.

"Eu tinha o sonho de empreender", disse Tavolaro. "Pensava no meu futuro. O que iria fazer da minha vida, da minha carreira, como poderia crescer? Poder me tornar sócio de um projeto como o da CNN é o sonho da minha vida", completou ele, na sala de reuniões da sede da emissora em São Paulo, de cuja janela pode-se avistar o prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e uma banca de revista que se chamava Terceiro Milênio e, agora, patrocinada pelo novo vizinho, mudou o nome para Banca CNN Brasil. Quando examinava sua trajetória na Record, o jornalista não via futuro para crescer. Os presidentes da emissora sempre tiveram uma condição que lhe faltava: eram todos bispos da Universal. Tavolaro se diz cristão, mas não informa se é adepto de alguma religião ou igreja. (Em dezembro de 2017, ele casou com Raissa Caroline Lima, numa cerimônia celebrada pelo bispo Macedo. Raissa é ex-assessora do partido do bispo na Assembleia Legislativa de São Paulo. Deixou o cargo depois que uma reportagem do site The Intercept Brasil mostrou indícios de que ela era funcionária fantasma. Responde a uma ação por enriquecimento ilícito e improbidade administrativa, na qual teve 164 mil reais bloqueados pela Justiça. Ela sempre negou a acusação e disse que exercia efetivamente as atividades do cargo.)


Na negociação com a CNN, Tavolaro precisava de um investidor - e sacou da manga um nome: Rubens Menin. "Eu disse: conheço um empresário que tem gestão de excelência, está bem capitalizado, tem uma construtora que é um sucesso, um banco que é um sucesso, é uma pessoa séria e é um amigo." A construtora MRV era anunciante na Record e fora uma das patrocinadorasdas cinebiografias do bispo Edir Macedo, mas quem aproximou Tavolaro e Menin foi um amigo em comum: o empresário Flávio Carneiro, ex-sócio do Grupo Bel, dono de uma afiliada da TV Record em Varginha, no interior de Minas Gerais. Em 2013, o Grupo Bel comprou da Record o jornal mineiro Hoje em Dia, um negócio que rendeu a Flávio Carneiro uma investigação do Ministério Público. Junto a Aécio Neves e a irmã dele, Andréa Neves, Carneiro é investigado por suspeita de desvio de recursos públicos e pagamento de propina na compra do jornal.

Tavolaro foi apresentar o projeto a Menin na sede do Banco Inter em São Paulo, no oitavo andar de um prédio empresarial na Avenida Juscelino Kubitschek, bairro do Itaim Bibi. Na conversa de duas horas, em que o anfitrião lhe serviu pão de queijo, Tavolaro exibiu o plano de negócios e o projeto editorial que havia bolado com a CNN. Martelou que a marca norte-americana era um símbolo mundial e que, bem trabalhada, poderia ser um bom investimento. Ressaltou seu currículo na Record e lembrou que tinha expertise em se contrapor à TV Globo, o que poderia ser um trunfo, já que a CNN Brasil competiria com a GloboNews, o canal pago de notícias do grupo carioca. No dia seguinte, Menin telefonou para Tavolaro: "Estou dentro."

Os dois foram então à sede da CNN em Atlanta, onde Menin conheceu a empresa e foi aprovado como investidor. Quando o contrato de licenciamento da marca estava prestes a ser assinado, Tavolaro procurou o bispo Edir Macedo para avisar sobre sua saída da Record. Era o Natal de 2018. O bispo estava em Lisboa e pediu que o executivo fosse até lá. No dia 25 de dezembro, Tavolaro pegou um voo da Latam e partiu ao encontro de Macedo. Chegou na manhã do dia 26 e, à tarde, se dirigiu ao local onde o bispo estava hospedado, um apartamento dentro do Templo Maior, sede da Igreja Universal na capital portuguesa, no bairro de Chelas. Pela versão do jornalista, confirmada por fontes ligadas ao bispo, Macedo aceitou bem a saída de Tavolaro, em consideração à sua lealdade durante quase duas décadas. O líder religioso encorajou o interlocutor a "seguir seu sonho", mas fez três pedidos. Que Tavolaro esperasse quinze dias para anunciar sua saída, que sugerisse um sucessor (o indicado foi Antonio Guerreiro) e que a CNN não contratasse nenhum apresentador da Record. Tavolaro prometeu cumprir as três exigências. No dia seguinte, 27 de dezembro, embarcou num avião da United Airlines para Nova York, onde se encontrou com seus futuros parceiros para acertar detalhes finais. Procurado pela piauí, o bispo Macedo não quis dar entrevista.

A saída de Tavolaro da Record pode ter sido amigável, mas fomentou uma versão prejudicial para seu novo negócio - a de que o bispo Edir Macedo seria, na verdade, sócio oculto da CNN Brasil, e Tavolaro, seu testa de ferro na nova emissora. A suspeita é tão incômoda que os representantes da CNN introduzem o assunto sem que o interlocutor o mencione. Argumentam que um empresário do porte de Menin não precisaria de investidor oculto, e nem uma empresa do porte da WarnerMedia toleraria um negócio dessa natureza.

O rumor ganhou mais tração quando se soube que a cúpula do jornalismo da Record estava se transferindo em peso para a CNN. Leandro Cipoloni, diretor da Record, virou vice-presidente de Jornalismo da nova emissora. Virgílio Abranches, outro diretor da Record, é agora vice-presidente de Programação e Multiplataforma da CNN. Outros quatro integrantes da linha de frente do jornalismo da Record - André Ramos, Fabiano Falsi, Givanildo Menezes e Roberto Munhoz - foram contratados como diretores do novo canal. Marcus Vinicius Chisco, ex-marido de uma sobrinha de Edir Macedo e também egresso da Record, é o responsável pela área comercial da CNN.

Em setembro do ano passado, os rumores de uma aliança clandestina entre a CNN e o bispo tomaram outra direção. A CNN Brasil anunciou a contratação do apresentador Reinaldo Gottino, que na Record comandava o Balanço Geral, um programa extravagante, com notícia, crime e humor, cujo pico de audiência se dava num quadro de fofocas sobre celebridades. Era um dos raríssimos programas a superar a Globo no Ibope. A contratação violava o acordo que Tavolaro e o bispo haviam selado em Lisboa. Irritada com a traição e a perda de uma de suas principais estrelas do vídeo, a Record passou a exibir em seus telejornais reportagens críticas à MRV de Rubens Menin. Uma delas mostrava que milhares de moradores de imóveis construídos pela empreiteira processaram a empresa pela má qualidade das habitações. Outra rememorava que a MRV chegara a ser condenada por manter em seus canteiros de obras trabalhadores em situação análoga à escravidão.

Numa conversa com amigos no Templo de Salomão, sede da Igreja Universal no bairro do Brás, em São Paulo, o bispo Macedo afirmou que já considerara Tavolaro "como um filho", mas que passara a vê-lo "como um inimigo". Os ataques a Menin e à MRV foram sua maneira de dizê-lo. Ao mesmo tempo, bispos com cargo na cúpula da Record, que nunca toleraram a presença destacada de Tavolaro e travavam com ele disputas de poder, ajudaram a corroer a imagem que Macedo tinha de seu ex-braço direito. Por fim, fizeram com que o dono da Record percebesse o enorme potencial do negócio criado por seu ex-subordinado, que, na CNN Brasil, passou a ter ao seu lado gigantes como a AT&T e a WarnerMedia - empresas excepcionalmente bem posicionadas para a guerra global da era do streaming e que deverão ter atuação mais ativa no Brasil a partir de agora.

Apesar de sócios gigantes e tarimbados, nem tudo na CNN Brasil saiu conforme as práticas mais ortodoxas do mercado, a começar pelo seu nascimento formal. A pessoa jurídica da nova empresa, no início, era uma certa NK 047 Empreendimentos e Participações S.A., uma "empresa de prateleira", como são chamadas as pessoas jurídicas que estão devidamente constituídas mas não têm qualquer atividade. Quem as adquire costuma ter pressa e quer evitar a burocracia embutida na abertura de um novo negócio. É uma prática comum, mas não é das mais recomendáveis, uma vez que os sócios-fundadores da pessoa jurídica podem, por exemplo, ter problemas judiciais que respinguem nos compradores. No dia em que anunciaram o projeto, os novos donos da NK 047 trocaram o nome da empresa. Passou a chamar-se Novus Mídia S.A. e sua composição acionária ficou assim: Menin tinha 99% das ações e Tavolaro, 1%. O quadro acionário foi alterado logo depois. Menin ficou com 64% e Tavolaro, com 35%, por ter idealizado e implantado o negócio. Leonardo Guimarães Corrêa, diretor financeiro da MRV, ficou com 1%. A mudança na divisão das ações, segundo os sócios, decorreu da situação de Tavolaro: na primeira composição, quando tinha apenas 1% das ações, ele ainda não havia se desligado da Record, onde era funcionário estatutário e, nessa condição, não podia ter participação expressiva em outra empresa. Menin foi apontado como presidente do Conselho de Administração da Novus Mídia.

Os sócios - brasileiros e norte-americanos - não revelam detalhes do negócio, mas nos bastidores os executivos locais dizem que o contrato entre a CNN IC e a CNN Brasil tem duração de 35 anos, renováveis por mais vinte anos, e uma cláusula que garante Tavolaro como presidente durante dez anos. O tamanho do investimento tampouco foi divulgado. Ao apresentar a nova emissora ao mercado publicitário, representantes da CNN Brasil informaram que serão investidos 800 milhões de reais no projeto, mas não especificaram em quanto tempo. Interlocutores de Menin dizem que a cifra gira em torno de 600 milhões de reais nos dois primeiros anos, período em que os sócios têm a expectativa de recuperar pouco mais de 100 milhões de reais. Em conversas com executivos da cnn, Menin chegou a dizer que estava disposto a bancar até cinco anos da operação.

É um prognóstico otimista. Nos tempos que correm, televisão não é exatamente um bom negócio. As emissoras abertas, mesmo gigantes como a Globo, passam por dificuldades e têm feito cortes pesados de despesas. Na tevê paga, o cenário também é ruim, com os canais registrando queda de assinantes, de audiência e de receita publicitária. Rubens Menin é um empresário conhecido pelo pragmatismo e pela austeridade. Em suas empresas, já impôs uma cultura de corte de despesas com projetos batizados de Brigada de Custos e Projeto Canivete. Até em casa, o empresário pensa em meios de economizar. Já revelou que mantém, com a mulher e os filhos, um grupo de WhatsApp em que trocam sugestões sobre como reduzir os gastos domésticos. O grupo chama-se Tesoura. Por que então um empresário com esse perfil resolveu colocar tanto dinheiro num negócio de alto risco - para além dos motivos apontados em seu discurso na Oca?

 

[...]


Apegado à família, Menin e a mulher Beatriz, casados há mais de quarenta anos, moram perto dos três filhos, e todos atuam nas empresas da holding, a Conedi. Além do caçula João Vitor à frente do Banco Inter, a primogênita Maria Fernanda é diretora executiva jurídica da MRV, e o filho do meio, Rafael, é copresidente da construtora. Como de praxe, Menin ouviu a família antes de aderir ao projeto da CNN Brasil. A emissora de tevê será o primeiro negócio em que o empresário não atuará diretamente e no qual não colocou familiares ou nomes de sua confiança em posições estratégicas. A única exceção é a diretora financeira, Jercineide Castro, considerada os olhos do investidor na sede da CNN Brasil.

Menin é um governista contumaz. Em 2010, apoiou a eleição de Dilma Rousseff e até apareceu no programa eleitoral elogiando a candidata: "O que me impressionou muito na ministra Dilma, quando eu trabalhei junto com ela no programa Minha Casa Minha Vida, foi o quanto ela conhece do Brasil, o quanto ela conhece dos problemas brasileiros." Quando Dilma começou a balançar no cargo de presidente em 2015, Menin subiu no muro ("Nós não temos interesse em defender governo, mas também não temos interesse em atacar"), mas chegou a sugerir um "acordão" que evitasse o trauma do impeachment. Em julho de 2017, com Michel Temer no lugar de Dilma, elogiou a diretriz econômica do novo presidente. Em dezembro de 2018, quando Jair Bolsonaro já estava eleito, Menin deu uma entrevista ao Correio Braziliense dizendo que ele e outros tantos empresários estavam "eufóricos" com as perspectivas do novo governo. Entre os aspectos que lhe deixavam tão otimista, estavam os três filhos do presidente. "Alguns gostam de criticar os filhos do Bolsonaro. Poxa, os caras apresentam comportamento 100% ético . Foram eleitos e têm demonstrado grande capacidade de ajudar . Vamos parar de criticar." Um dia depois de Menin dar essa declaração, o jornal O Estado de S. Paulo, publicou a notícia sobre as suspeitas de rachadinha no gabinete de Flavio Bolsonaro. 

A aproximação da família Bolsonaro com os sócios da CNN Brasil e com a AT&T, proprietária da CNN norte-americana, alimentou a suspeita de que a nova emissora seria um canal chapa-branca. Bolsonaro é simpático à ideia de mudar a lei brasileira segundo a qual empresas de telecomunicação e empresas de produção de conteúdo não podem ter mais de 30% do capital uma da outra. Em 2016, a AT&T comprou a Time Warner, conglomerado de mídia que engloba HBO, TNT, Cartoon Network e, claro, CNN, consumando assim uma fusão acima dos percentuais que a lei brasileira permite para empresas que operam em território nacional. Atendendo pedido do seu colega Donald Trump, Jair Bolsonaro vem tentando destravar o negócio desde o ano passado. Eduardo, seu filho, gravou um vídeo criticando as restrições da lei brasileira, concebida para evitar a concentração de mercado na indústria audiovisual. Em parte graças ao lobby da família do presidente, a fusão já foi aprovada em duas instâncias de controle e regulação (Cade e Anatel), mas ainda depende de uma terceira aprovação (Ancine) e, finalmente, da alteração da lei pelo Congresso Nacional. Se Jair Bolsonaro conseguir de fato mudar a lei, será um benefício inesquecível para a AT&T e a WarnerMedia - e, por extensão, à CNN de lá e daqui.

Tavolaro diz que não existe risco de que a CNN Brasil se torne porta-voz informal do governo. Ele faz menção ao contrato de licenciamento, pelo qual a franqueada se compromete a aderir às normas e práticas da franqueadora e a manter um Conselho Editorial "autônomo". É um modo de dizer que o Conselho de Administração, presidido por Menin, não tem ingerência sobre o que vai ao ar, mas a autonomia parece duvidosa : dos oito integrantes do Conselho Editorial, sete são empregados da própria emissora. São seis jornalistas e um advogado - a oitava conselheira, Shasta Darlington, é uma jornalista norte-americana radicada no Brasil, que foi correspondente da CNN no país e hoje é consultora da CNN IC. Tavolaro aponta outra razão, essa mais pragmática, para fugir de uma cobertura favorável a um governo tão estridente. "O mercado privado que nos sustenta não gosta de radicalismos", disse. "Querem o caminho do equilíbrio. É o que vamos buscar. Não é discurso. Tenho o apoio da CNN americana para isso", disse, para arrematar com uma frase de efeito. "Governos e partidos passam. A CNN vai ficar."

Ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, as emissoras abertas sempre dominaram o mercado no Brasil. A tevê por assinatura chegou no final da década de 1980, mas só se tornou amplamente acessível em meados dos anos 2000. A melhor fase durou dez anos, de 2005 a 2015. "O Brasil era o mercado mais pujante da tevê paga na América Latina, o crescimento foi explosivo. Nesse período, todo mundo veio bater na nossa porta em busca de parcerias", lembrou Alberto Pecegueiro, que dirigiu por 25 anos a Globosat, unidade de tevê paga do Grupo Globo, até se aposentar, em fevereiro passado - ele permanece como consultor do grupo e seu representante em joint ventures. "Mas [os investidores estrangeiros] propunham: você pega minha marca, vende publicidade para mim e eu fico com o dinheiro. Então não deu negócio."

A erosão do setor começou com a crise econômica de 2015 e foi agravada com a chegada do streaming. Disse Pecegueiro: "A Netflix entrou com um leque grande de opções e com um preço insustentavelmente baixo, que, quando se coteja com a tevê por assinatura, parece que a tevê é cara." O mercado sofreu em toda a América Latina, mas a queda no Brasil foi maior, interpretou o executivo, porque a pirataria aqui é maior. Tudo somado, ele avalia que o momento para se montar uma emissora de tevê paga é amargo. "Para o mercado, acho que a chegada da CNN é boa, concorrência faz bem à pele. Mas tevê paga não é tevê aberta, é construção de marca, leva tempo. E a hora, que já era ruim, ficou pior com a crise da Covid-19. Do ponto de vista promocional, não poderia ter havido melhor momento para lançar o canal. Do ponto de vista comercial, não poderia haver pior momento, porque não vai ter dinheiro."

Mesmo antes da pandemia, que levará a uma recessão inevitável, já predominava no mercado a avaliação de que o modelo da CNN parece inviável como negócio. A nova emissora conseguiu fechar parceria com todas as grandes operadoras de tevê por assinatura (Claro Net, Sky, Vivo e Oi). Depois de um mês de degustação para todos, o canal ficará disponível para uma base de aproximadamente de 14 milhões de assinantes. Vai receber em torno de 2 centavos por assinante, o que, no mercado, não é mau negócio para uma iniciante, mas isso lhe rende 280 mil reais por mês.

O restante da receita vem de publicidade. A CNN estreou com dez patrocinadores de peso - Santander, Cielo, Volkswagen, 99, IBM, Magazine Luiza, Nestlé/Nescafé, Claro, Movida e Heineken/Eisenbahn. O preço oficial das cotas publicitárias variava entre 2 milhões e 10 milhões de reais por ano - o que lhe daria, na melhor das hipóteses, 100 milhões de reais anuais. Mas essas cotas costumam ser vendidas com descontos imensos, às vezes de até 90%. "Muitas vezes o veículo vende a cota a preços muito baixos para ter grandes patrocinadores como sinal de prestígio, um cartão de visitas para o mercado. Em tevê por assinatura, só se vende publicidade se for muito barato", avaliou o jornalista Eduardo Correa, dono da editora Porto Palavra, especializada em publicações voltadas para a área de mídia do mercado publicitário. "Não tem como essa operação ser viável como negócio. Não sei qual é o outro objetivo, mas, do ponto de vista econômico-financeiro, não há dúvida de que a operação da CNN Brasil será deficitária pelos próximos mil anos. Ainda mais num mercado publicitário já devastado, no qual o Google caiu como um coronavírus."

A estimativa de executivos do setor é que, num cenário otimista, a CNN Brasil terá uma receita publicitária de 50 milhões de reais por ano - metade do que seus sócios almejam. Numa conta menos otimista, 25 milhões de reais por ano. Ainda que venha a alcançar 50 milhões por ano com publicidade, somados aos quase 3,4 milhões com assinaturas, a receita corresponderá a cerca de 18% dos 300 milhões anuais que, na estimativa do mercado, serão investidos nos dois primeiros anos. No cenário mais realista projetado por analistas do mercado, a receita não chegará a 10% do investimento.

"Essa não é uma iniciativa empresarial. Se você faz um mínimo de conta, o que tem de receita recorrente garantida não paga o salário do William Waack", disse Paulo Saad, vice-presidente de canais pagos do Grupo Bandeirantes, em sua sala no quarto andar da sede da emissora no bairro do Morumbi, em São Paulo. "Para mim uma coisa é clara: esse canal CNN é inviável se não tiver ligado a algum outro grupo de comunicação. A CNN isolada com capital nacional não roda como uma empresa. Outra opção é que seja um projeto político."

Para o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) - que define Menin como "um amigo, um cara doce e sereno, apaziguador, que sempre quer fazer as pazes com todo mundo" -, o que move o empresário a investir na CNN é algo menos palpável. "Deixa eu te falar uma coisa: chega num ponto da vida da gente, cara Eu sou prefeito de Belo Horizonte. Ganho 27 mil reais líquidos. Eu gosto de ser prefeito de Belo Horizonte. Chegou num ponto da minha vida que eu não quero mais porra nenhuma. O Rubens tá nesse ponto, cara. Você está achando que o Rubens quer ganhar dinheiro? Ele não tem onde pôr mais, não. Tem objetivos que vão mudando na idade da gente. Ele faz porque ele quer fazer", disse Kalil, numa conversa por telefone. "Se você perguntar o que é a CNN, na minha opinião é uma maluquice de um cara que quer brincar com alguma coisa."

Há leituras menos cândidas. "Televisão, no Brasil, só é um negócio-fim para a Globo", diz um político que mantém boas relações com os dirigentes da Record e da CNN, e que pediu para não ser identificado para falar com mais liberdade. "A Record não é um negócio-fim, é um meio para alavancar a Igreja Universal. O SBT não é um negócio-fim, é um meio para o Silvio Santos vender Carnê do Baú, Tele Sena, Jequiti. Essa tevê para o Menin não vai ser um negócio-fim, vai ser um negócio-meio."

Tavolaro rebate as previsões pessimistas sobre o futuro da empresa. Ele ressalta que a CNN Brasil está inaugurando um modelo de negócio distinto do que vigorou até agora no país. Ao contrário da maioria das concorrentes, sua emissora não tem sede própria (os escritórios e estúdios de São Paulo, Brasília e Rio são alugados), nem contratos com afiliadas, e parte da produção é terceirizada, com equipamentos e profissionais das produtoras Casablanca e Paris Filmes. Tavolaro diz que mudará a lógica da receita publicitária, aproveitando o diferencial de que sua emissora já nasceu na era digital. "Não vendemos uma tevê por assinatura, vendemos um produto multiplataforma. Nos Estados Unidos, quando uma empresa privada coloca xis milhões na CNN, a tevê paga fica com 35%, 40% disso. O restante é espalhado por outras plataformas, em especial as digitais. Usamos o modelo americano de vendas, que não existe ainda com tanta força no Brasil."

Editado por E.R
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  • 1 mês depois...
NOTÍCIAS

 

https://natelinha.uol.com.br/amp/colunas/coluna-do-sandro/2020/06/30/jovem-pan-e-cnn-brasil-disputam-tv-aberta-em-sao-paulo-147157.php


A Jovem Pan está buscando parceria com uma TV aberta para levar o sinal do seu canal de notícias, atualmente disponível apenas por streaming em sua plataforma Panflix, inaugurada em maio deste ano.

O Na Telinha apurou que representantes do grupo conversaram com a Rede Brasil, presente em São Paulo na frequência digital 10.1, no entanto, a emissora paulista também entrou na mira da CNN Brasil que estuda carregar seu sinal além da TV paga.

Atualmente, o jornalismo ao vivo da Panflix pode ser assistindo via celular, tablet ou nas Smarts TVs da Samsung. O projeto consumiu um investimento de R$ 30 milhões do Grupo Jovem Pan, com as construções de novos estúdios e compras de equipamentos, e marcou a convergência do conteúdo da rádio com televisão.

Para ampliar o alcance dos jornalísticos da Panflix, a diretoria chegou a negociar com a Rede Brasil, canal aberto que pertence ao empresário Marcos Tolentino e está presente em capitais importantes como São Paulo, Rio, DF e Belo Horizonte. Além disso, o sinal da emissora pode ser captado em algumas operadoras de TV por assinatura. De acordo com fontes próximas do negócio, as conversas ainda estão em fase inicial e são sigilosas.
 
Mas a Jovem Pan ganhou um concorrente inesperado na disputa pela Rede Brasil: a CNN. A diretoria do canal de noticias tem interesse em alugar parte do espaço ou negociar uma parceria com a emissora. Além da Rede Brasil, a versão brasileira da CNN conversa com a TV Gazeta e com a Ideal TV, que ocupa o sinal da extinta MTV.
 
Procurada pela reportagem, a Jovem Pan enviou o seguinte comunicado : "O conteúdo da Panflix é de uso exclusivo da marca Jovem Pan desde o lançamento. Não temos nenhuma parceria em vista, nem com a Rede Brasil".

Sobre as negociações com a Jovem Pan e a CNN Brasil, a Rede Brasil informou que "realmente existem sim parcerias sendo estudadas e negociadas. O presidente da emissora, Dr. Marcos Tolentino, está em conversa com canais de notícias internacionais. A Rede Brasil de Televisão está com forte interesse nessas parcerias".
 
E completou: "Como ele também revela que aceitaria parcerias de outros canais internacionais como a Disney e BBC, já que essas emissoras tem demonstrado interesse com as TVs abertas do Brasil".

O NaTelinha entrou em contato com a CNN Brasil e fez os seguintes questionamentos: A licença da matriz da CNN era para operar somente em TV paga. Por que a mudança no formato do negócio? A partir do momento que se torna um canal aberto de notícias os contratos com operadoras de TV paga deverão se renegociados? Procede a informação que o canal negocia com a Rede Brasil?

Ao site, o novo canal de notícias brasileiro mandou a seguinte resposta: "A CNN Brasil recebeu propostas de emissoras de TV aberta que estão em fase de análises de viabilidade e estão sendo tratadas em caráter de confidencialidade. A empresa entende como mais um processo de reconhecimento pelo projeto vitorioso de 100 dias de operação do canal de noticias".
 

 

 

 

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  • 3 semanas depois...

Novos contratados: Alexandre Garcia e Sidney Rezende estarão em ‘Liberdade de Expressão’ na CNN

São Paulo, 20 de julho de 2020 - A CNN Brasil anuncia as contratações de dois grandes talentos da televisão brasileira: os jornalistas Alexandre Garcia e Sidney Rezende. Eles chegam ao time do canal para integrar um novo quadro, o “CNN - Liberdade de Expressão”, que irá ao ar diariamente, ao vivo, a partir das 7h, no jornal “Novo Dia”, que tem apresentação de Rafael Colombo e Elisa Veeck.

O quadro também será exibido em horário alternativo, todos os dias, a partir das 13h, no jornal “Visão CNN”, com os âncoras Evandro Cini e Luciana Barreto, além de permanecer disponível em todas as plataformas digitais da CNN Brasil.

As participações serão individuais, cada um em seu horário específico. Esta será uma diferença marcante da atração em relação a outro quadro de sucesso da CNN, “O Grande Debate”, que continua no ar em duas edições diárias.

Os novos comentaristas responderão às perguntas do time de âncoras da CNN e poderão apresentar suas análises e opiniões sobre temas atuais dos noticiários.

Garcia e Rezende são jornalistas com longa trajetória de TV, respeitados em todo o país. Eles têm visão política antagônica e, na CNN, terão a liberdade de comentar os principais temas que mexem com o Brasil.

A estreia do quadro “CNN - Liberdade de Expressão” será na segunda-feira, dia 27 de julho.

Além de trazer dois comentaristas de peso, o novo quadro marca a volta de Alexandre Garcia e Sidney Rezende ao telejornalismo. Garcia trabalhou por mais 30 anos da TV Globo. Foi apresentador e comentarista de política de diversos programas e deixou a emissora em 2018. Hoje, é um dos principais influenciadores digitais do Brasil, tendo se tornado uma referência entre os analistas políticos do país.

Rezende trabalhou por mais de 20 anos na CBN, rede de rádio do Grupo Globo, e também ancorou diversos programas no canal de notícias do mesmo grupo. Hoje, mantém intensa atividade no ambiente digital e realiza palestras pelo país.

As contratações e o formato do novo quadro reafirmam a crença da CNN na liberdade expressão e na pluralidade de opiniões como pilares da democracia e do bom jornalismo.

 

Sobre a CNN Brasil

A CNN Brasil é conduzida pelo grupo brasileiro de mídia NovusMídia, conforme acordo de licenciamento de marca estabelecido com a CNN International Commercial (CNNIC), que abrange o acesso a certas propriedades, incluindo conteúdo da CNN International. O canal de notícias 24 horas está disponível desde o dia 15 de março de 2020 para assinantes da TV paga, no canal 577, e também nas plataformas digitais.

www.cnnbrasil.com.br

 

Informações:

Spokesman Comunicação - Assessoria de Imprensa

 

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NOTÍCIAS

https://natelinha.uol.com.br/colunas/coluna-do-sandro/2021/05/10/telecine-sofre-com-a-pandemia-e-recorre-a-hbo-para-filmes-blockbusters-163741.php

O Telecine vem negociando longas-metragens já exibidos há cerca de um ano na HBO Brasil para suprir a escassez de filmes blockbusters em sua principal sessão de cinema, a Superestreia.

É uma mudança de perfil histórica do canal do Grupo Globo - que tem como sócios os estúdios Paramount Pictures, Fox (comprado pela Disney em 2019), Universal e MGM.

Isso ocorre por três motivos : adiamentos das estreias no cinema por conta da pandemia, os estúdios sócios da rede de filmes estão optando em fortalecer suas próprias plataformas de streaming e a perda dos direitos dos conteúdos do conglomerado Disney em 2019.

Desde que passou a operar no Brasil, em 1991, o Telecine reserva para sua grade de sábado à noite as  estreias de filmes inéditos que foram campeões de bilheteria e de crítica. Geralmente cerca de sete meses após saírem de cartaz nos cinemas.

Em maio, para a sessão Superestreia, dentre outros títulos, o Telecine Premium separou os filmes Shazam! (2019) e Pokémon : Detetive Pikachu (2019), ambos dos estúdios Warner Bros. Pictures e que estrearam em primeira janela na TV pela HBO no início de 2020. 

O acervo premium da concorrente também surgiu como destaque nos meses anteriores na sessão de lançamentos, como Aquaman (2018),  Animais Fantásticos : Os Crimes de Grindelwald (2018) e Uma Aventura Lego 2 (2019).

Desde 2018, com um acordo feito pelo canal e a Warner, o conteúdo do estúdio americano passou a ser presente na programação dos cinco canais do Telecine - Fun, Touch, Pipoca, Cult e Action – após os direitos de exibição na HBO expirarem, mas nunca como destaque para o Telecne Premium.  

A rede de filmes do Grupo Globo surgiu há 30 anos para concorrer com a HBO que servia como carro-chefe para o crescimento da TVA, do Grupo Abril, nos primórdios da TV por assinatura no país.

Ao Na Telinha, o canal explica que "o Telecine é especialista em cinema, com uma rigorosa curadoria que vai do conteúdo mainstream, até títulos menores, com qualidade indiscutível. Estamos sempre atentos às constantes mudanças no mercado, que teve um ano atípico devido ao cenário de pandemia, e negociamos não só com os estúdios sócios e parceiros, mas também com diferentes distribuidoras nacionais e independentes, pois a nossa estratégia vai muito além dos filmes de grandes estúdios”.
 
“Somos curadores de conteúdo : criamos o Vale a Pena Assistir, que ajuda o assinante a escolher um dos 2000 filmes do nosso catálogo, montamos o festival 125 anos de cinema, que conta semanalmente através dos filmes a história da 7ª arte, lançamos o selo Premiere Telecine, que disponibiliza filmes exclusivos, lançados no Brasil pelo Telecine, que muitas vezes nem passaram pelas salas de cinema, entre muitos outros projetos mapeados para o ano”, continua.

E conclui : “Estamos focados em oferecer a melhor experiência em cinema. Para isso, testamos e adaptamos a programação, renovando catálogo e trazendo a pluralidade da indústria sempre nos baseando na nossa audiência e nos dados de consumo dos nossos usuários. Maratonas de franquias, especiais temáticos na grade de programação, assim como a própria sessão Super Estreia, são exemplos de trabalhos estratégicos do time de especialistas da casa pensando na melhor entrega para cada usuário”.

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NOTÍCIAS

https://www.uol.com.br/splash/colunas/mauricio-stycer/2021/05/09/tv-por-assinatura-perde-mais-200-mil-clientes-e-bate-novo-recorde-negativo.htm

O mercado de TV por assinatura registrou em abril de 2021 novos números negativos.

Houve perda de 198,5 mil assinantes no período, o pior mês desde janeiro de 2020.

O total de assinantes hoje no país é de 14,3 milhões, um número semelhante ao que havia em maio de 2012.

Os números de 2021 apontam para um recrudescimento da perda de assinantes - em todos os meses houve queda superior a 130 mil clientes, bem acima da queda ocorrida no ano passado (em torno de 90 mil clientes por mês).

Em novembro do ano passado, o mercado contava com 14,9 milhões de assinantes. Foi a primeira vez, desde julho de 2012, que o país ficava abaixo de 15 milhões de assinantes.

Comparado com o melhor momento da indústria, em novembro de 2014, quando chegou a 19,7 milhões de assinantes, o mercado de TV por assinatura já perdeu cerca de 5,4 milhões de clientes, ou mais 20% de seu tamanho.
 
Não é só o mercado de TV por assinatura que sofre durante a pandemia e a crise econômica. A Netflix, maior plataforma de streaming do mundo, relatou em abril de 2021 um crescimento abaixo do esperado. A empresa ganhou 4 milhões de assinantes no primeiro trimestre — uma desaceleração acentuada em relação aos ganhos produzidos no ano passado.

 

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