QUADRINHOS & GIBIS

[Victor235]

[SEMANA DONALD & MARGARIDA - #01 - POST ESPECIAL]

Um dos gibis que queria ler há um tempo era Pato Donald # 2068, lançado em setembro de 1995. Comprei no Ponto do Gibi. Desta vez recorri ao celular para capturar as imagens. O número do Pato começa com "A imprensa", HQ na qual Donald descobre a importância da imprensa e também de impressos em geral. Quando o pato reclama da dificuldade que seria saber o que há dentro de potes sem rótulo, poderiam ter mencionado também que ficaria mais difícil saber a data de validade destes produtos. Por causa da história, conheci o trabalho de Giambattista Bodoni, tipógrafo e impressor italiano que por volta de 1788 desenhou um dos tipos de letra mais importantes da história da tipografia, dando início aos tipos de letras modernas, destas mesmo que você está lendo, com caracteres maiúsculos e minúsculos. Apesar de ser duramente criticado, sempre escrevi assim no papel (e não com letra-de-mão), por considerar esse tipo de caligrafia "de impressos" muito melhor, mais padronizada e inteligível do que as ensinadas na escola. Desde criança, por conta própria pegava revistas e reproduzia esse tipo de caligrafia, que para mim é bem melhor que a letra-de-mão, mesmo em coisas que escrevemos no papel. A história explica diversas características desse tipo de letra, como as "serifas", "haste", "filete" e "corpo".

O sistema de cores subtrativas CMYK (ciano, magenta, amarelo e preto) também é mencionado na história, como "impressão a quatro cores", de Marinoni. Não achei referências ao tal Marinoni na internet, mas já havia ouvido falar de seu sistema. O sistema de quatro cores contrapõe o sistema RGB (três cores). Combinadas e sobrepostas, chega-se às cores desejadas. Segundo a Wikipédia, o CMYK funciona devido à absorção de luz, pelo fato de que as cores que são vistas vêm da parte da luz que não é absorvida. Este sistema é empregado por imprensas, impressoras e fotocopiadoras para reproduzir a maioria das cores do espectro visível, e é conhecido como quadricromia. Com meios-tons é possível variar o tamanho ou a freqüência dos pontos, produzindo variações percentuais na aplicação das cores. Isso explica também o logotipo de 9 entre 10 lojas que recarregam cartuchos para impressoras. Quase sempre esse tipo de empresa faz seus logotipos nessas cores, em referência a este sistema.

A tradução brasileira desta história citou a revista Veja e sua tiragem à época:

Imagens pra usarmos por aí:

Em "A convenção dos Super-heróis":

• Davi Bananer, o Incrível Huka

• Homem-Ariranha e Mulher Maresia

• Sr. X

- Ri muito dessa parte

Por fim, duas histórias holandesas:

- Pra usarmos por aí:

(publicada em Zé Carioca # 1519 (1980) com o título "O rebu do reboque" e cores diferentes)

-----

[Usagi White]

20 horas atrás, Victor235 disse:

Era a sua fita...digo  

Editado 15 de Abril de 2019 por Usagi White

[Victor235]

[SEMANA DONALD & MARGARIDA - #02]

Após a realização do Quiz Ivan Saidenberg, ganhei alguns gibis do Borba (bem escolhidos), dentre eles Margarida # 119, lançado em janeiro de 1991. A pata não aparece tanto assim neste número e divide o protagonismo das histórias nas quais aparece com outros personagens.

@Cleberson @Quico Irônico @Rafael Medeiros de Melo @Mozer da Silva Reis @gusta dos biscoitos @FeernandoGameer @Professor Inventivo @JF CHmaníaco

O gibi começa com "Inutilidade pública", ótima história da série "TV Patópolis". O slogan da emissora ("Liderança absoluta no último lugar") alfineta o utilizado pelo SBT na época. Assim que comecei a ler, identifiquei que o roteiro era de Arthur Faria Jr. Peninha apresenta um programa de debates e convida donos de emissoras concorrentes em nome do "congraçamento das redes". Contudo, o pato começa a falar bem da emissora de Patinhas e criticar as demais, o que faz os empresários concorrentes irem embora irritados. Posteriormente, fazem um debate sobre enchentes, com participação do Prefeito Leitão (aqui Porcolino Torresmo) e personagens diferentes:

• Prefeito Porcolino Torresmo

• Prof. Inundacione

• Tonhão Tromba D'Água

O programa também tinha entrevistas nas ruas, para saber a opinião das pessoas. A reclamação desta criança faz mais sentido nos dias de hoje:

Também nesta edição (imagens: Scan Néia e João):

- A argila que foi na cara de Ludovico era para ter sido a vermelha, não a verde:

@Usagi White

-----

Editado 16 de Abril de 2019 por Victor235

[Victor235]

[SEMANA DONALD & MARGARIDA - #03]

Pato Donald # 2234, lançado em março de 2002, gibi que ganhei do Borba, está bem legal. O número começa com "Que vença o melhor!", de Carol McGreal, Pat McGreal e Vicar. Através de uma "campanha de participação cívica" realizada na escola de Huguinho, Zezinho e Luisinho, a trama faz paralelos com eleições reais, brincando com o comportamento de candidatos (com ataques entre si, difamações e mentiras), assessores (o assessor de um candidato concorre diretamente com o assessor do outro e considera-se "o verdadeiro poder") e eleitores (estes assistem a tudo sem saber em quem votar). Diante disso, podemos ver uma bela reflexão crítica neste quadro:

- O primeiro pincel que pinta fontes True Type:

- Cada mão de uma cor:

Que raios o Mickey faz na página introdutória de "O ataque das abóboras selvagens"? O rato nem aparece na história. Ela é voltada ao tema do Halloween e a Disney evitou falar a palavra "morrer" até para abóboras:

Tiras:

@Usagi White

-----

(as imagens que ilustram este post partiram do scan feito por Rodrigo, do Tralhas Várias)

Editado 16 de Abril de 2019 por Victor235

[Victor235]

[SEMANA DONALD & MARGARIDA - #04 - POST ESPECIAL]

Comprei do Juvêncio Daisy # 123, gibi latino lançado em 14/11/1994 pela Editora Abril Cinco. Como os demais títulos deste selo da Abril, este também era impresso na Colômbia e distribuído em vários países, como podemos ver na capa, capa cuja ilustração é a mesma que abriu o gibi brasileiro Margarida # 103, de junho de 1990.

Este número latino não estava indexado no Inducks. Indexei todo seu conteúdo e enviei as imagens. Confira tudo aqui também, inclusive os nomes de personagens diferentes e outros detalhes:

• Beijoca the gorilla (como Besitos)

• Chief Cinco-Ossos (como Jefe Cinco Huesos)

• Hidalgo Rila

• Mingüana the guide

A história "Por baixo do pano" eu havia lido recentemente em português. Quando comentei sobre Almanaque do Peninha (2s) # 09, de 1993, mostrei as personagens diferentes Amelinha Cerzida e Dona Granapaca. Em espanhol, elas receberam os nomes de Amelia Zurcida e Donã Esmeralda. A propósito, a Borboleta Púrpura virou Mariposa Púrpura na América Latina. Já o Coronel Cintra ficou sendo Jefe Cejas.

Passatempos (qual o nome desta bruxa entre Min e Maga?):

Tira (reparem na folga no balão de "Fim"):

@Usagi White

O código de "La belleza es fundamental" contém um erro. No Brasil, a história saiu em Pato Donald # 1632, e não Margarida # 1632. Reparem também que os códigos do gibi latino eram adicionados à mão, de forma espremida, ao lado ou embaixo do código da história e dos códigos das publicações brasileiras.

• Marquinho the hairdresser

-----

Destaco também as propagandas de outros gibis da Abril Cinco e de uma bolacha análoga à nossa "Divertidos / Passatempo":

Editado 18 de Abril de 2019 por Victor235

[Victor235]

[SEMANA DONALD & MARGARIDA - #05]

Uma boa história dinamarquesa do arco Donald Menino foi publicada em Pato Donald # 2294, lançado em junho de 2004. Nela, Donald ajuda uma raposa a se libertar de um arame farpado que ficou preso em sua pata. Ele acaba pegando amizade com o bicho, que praticamente vira seu animal de estimação. Porém, Donald descobre que duas galinhas de Vovó Donalda desapareceram, o que o deixa triste e num dilema. Tôni e seu cachorro Grugno (Bicudo, na tradução) dedam para Donalda que Donald, que mora no sítio, é amigo da raposa. < Atenção, spoiler > No final, porém, Donald encontra as duas galinhas no galinheiro da fazenda de Tôni. Elas teriam sido atraídas pelo cão Bicudo.

Em seguida, uma HQ holandesa. Não cadastraram o Ronrom para esta história no Inducks, mas ele aparece logo na primeira página, como podemos ver acima. EDIT: Arthur Faria Jr. explicou que "Na história original, não é o Ronrom. Só na tradução brasileira ele recebeu esse nome, por ser mais conhecido no Brasil".

Na seção de cartas, encontrei nosso colega Gilberto M. Santos. Detalhe também para o rodapé. Em 2004 ainda existiam clubes de troca de correspondência.

(imagens (exceto capa): Quadridisney)

Editado 18 de Abril de 2019 por Victor235

[Victor235]

[SEMANA DONALD & MARGARIDA - #06]

Todas as histórias publicadas em Margarida (1s) # 150, de abril de 1992, nunca mais foram republicadas. Neste número também saiu uma seção ensinando fazer perfume de forma artesanal. As imagens que ilustram este post (com exceção da capa) são do scan feito por Néia e João.

Em "Os valentões do Oeste", há quebras da quarta parede e personagens diferentes:

• El Sanguinário

• Manoel and Pancho

Folião e a Turma da Pata Lee também aparecem neste número, em "O fotógrafo chegou". Nela, o roteirista Arthur Faria Jr. referenciou a célebre gravadora Chantecler:

• Arnô Reviroque

• Otto Mundo

História que estava sem imagem nacional no Inducks:

Um pessoal já fazia leilão de gibis no século passado:

[Usagi White]

15 horas atrás, Victor235 disse:

Se eu não fosse tão alérgica a cheiros fortes e especialmente de perfume, eu tentaria, nem que fosse para dar a minha mãe  

15 horas atrás, Victor235 disse:

Em "Os valentões do Oeste", há quebras da quarta parede e personagens diferentes:

15 horas atrás, Victor235 disse:

THE BLACK PANTHER CLUBE?? 

[Victor235]

Em 19/04/2019 às 15:37, Usagi White disse:

Se eu não fosse tão alérgica a cheiros fortes e especialmente de perfume, eu tentaria, nem que fosse para dar a minha mãe  

Muito demorado para fazer, tem que deixar 20 dias de repouso  

Em 19/04/2019 às 15:37, Usagi White disse:

THE BLACK PANTHER CLUBE?? 

Por que o espanto?

[Victor235]

[SEMANA DONALD & MARGARIDA - #07]

Na seção de cartas de Pato Donald # 2327, lançado em outubro de 2005, a Editora Abril revela a um leitor que estava "publicando toda a obra dele [Don Rosa] em ordem cronológica em Mestres Disney". Infelizmente, a coleção não teve o retorno comercial esperado e foram lançados apenas seis volumes, sendo dois dedicados a Don Rosa (o último volume de "Mestres Disney" foi justamente o que foi anunciado na contra-capa deste gibi do Donald). Em 2017, a Abril voltaria a tentar publicar todas as histórias de Don Rosa na coleção "Biblioteca Don Rosa". Ainda na seção de cartas do pato, a Abril informou a outro leitor que o especial "Pato Donald 70" anos estava "disponível na internet". Não me lembrava que vendiam edições especiais pelo próprio site da Abril Jovem na época.

Confira as histórias desta edição do Donald, através dos scans disponibilizados por A Gibiteca/Scanautas/Almir:

- Donald dá o recado:

@Usagi White

-----

Editado 21 de Abril de 2019 por Victor235

[E.R]

Chico Bento 

[Victor235]

[SEMANA ZÉ CARIOCA - CASA 1700

Zé Carioca # 1737, de fevereiro de 1985, é outro número do Zé que ainda não tem imagem de capa em alta resolução no Inducks. Não enviei a imagem que tirei somente porque meu exemplar está com algumas manchas na capa.

O número começa com uma história que o @ZeSergioHQ comentou recentemente, "Cara de um, focinho de outro", que brinca com o universo das cirurgias plásticas. Ao Inducks, o José havia enviado a imagem do Dr. Ivo Pitanguinha (clara referência). Porém, outra referência pode ser vista nesta imagem. Observe os cartazes de "Antes e Depois" dentro da lixeira:

• Máicou Jéssico

• Ulisses the butler

"Quanto mais, melhor!" é uma história que nunca foi republicada. Nela, "todos os tios" de Pateta resolvem fazer uma reunião de família em sua casa. Mickey se surpreende, contudo, o rato parece ter muito mais tios do que ele.

Mickey sob o efeito de alguma substância:

Pateta outra vez com uma cabeça enorme:

O gibi termina com uma história do Zé Carioca que eu nunca havia lido, "Um toque de classe". Ao fazer um jogo com Zé Carioca, Luis Carlos perde três bilhões que havia feito em aplicações. Tudo aconteceu porque Zé Carioca sem querer ligou o terminal de um computador que simulava a compra e venda de ações com um terminal da própria Bolsa de Valores. Se a coisa era perigosa assim, porque Luis não monitorou melhor o que havia sido ligado pelo papagaio? E veja só os palavrões ditos pelo personagem. Apesar das "cobrinhas", a referência é muito clara:

Meu exemplar veio com um encarte publicitário da revista "Guiacozinha". Confira:

-----

Editado 21 de Abril de 2019 por Victor235

[Victor235]

Citar

Post originalmente criado por @Ramyen Matusquela

"Zé Carioca # 625, de outubro de 1963"

O post de hoje é sobre mais um número clássico do Papagaio. Em 29 de outubro de 1963, chegava as bancas a revista # 625 do Zé. Confiram os destaques:

Abrimos a edição com uma história "Zé Fraude". Quando a li logo descobri que era uma história de Barks. Nela, Zé Carioca acaba fazendo uma viagem com os sobrinhos, porém o guia dos turistas passa muito rápido pelos lugares e acaba deixando o Zé Carioca pra trás. Aí o destaque da história passa a ser uma gordona que atrapalha o Zé Carioca a passar em vários momentos da história. Genial.

A história original "com o Donald", só sairia no Pato # 1420 em 1979.

Rara história com Zazá e Zizi, as sobrinhas de Minnie:

Essa revista era uma espécie de Tele-Guia?

Comprei este número do Kheronn.

Quanto à primeira história, de onde será que o Zé Carioca arranjou dinheiro para sua viagem para a Europa? A história ironiza o turismo feito às pressas, onde as pessoas não "curtem" cada ponto em que visitam. A história dá a entender que os turistas que se perdem do resto do grupo (sempre correndo) pagam uma espécie de "multa" ou perdem o dinheiro que já foi investido. Zé Carioca diz que "Se não puder voltar com meu grupo turístico, alcançando-o antes que deixe Genebra, ficarei endividado para o resto da vida". Na página 8, você entendeu a frase "Vadeei o razão"?

Em "caçada no escuro", se o raio derrubou o poste e deixou as casas de Lobão e dos Porquinhos sem energia elétrica, como o "aparelhamento contra lobos" (uma espécie de computador) se manteve ligado com o aviso "Serviço interrompido por dificuldades técnicas" na tela?

O passarinho da tira "Coelho sabido", de 1959, chama Jack Sparrow

Em "Um pulo ao passado", o personagem The Black Knight foi chamado de Cavaleiro Negro. Na história, Pardal diz que inventou "Uma máquina do tempo em miniatura". Mal sabia ele que na verdade estava criando o logotipo da Rede Globo:

Na tira "Criança crescida", observe que há uma referência ao Pato Donald na loja de brinquedos. Há um pato de brinquedo usando o chapéu do personagem.

Além das imagens que você destacou, trago esta propaganda:

Editado 22 de Abril de 2019 por Victor235

[Usagi White]

20 horas atrás, Victor235 disse:

16 horas atrás, Victor235 disse:

Essa revista era uma espécie de Tele-Guia?

Mais ou menos, eu já havia visto muitas capas dessa revista mostrando novelas, creio que era uma revista totalmente dedicada a TV.

[Victor235]

3 horas atrás, Usagi White disse:

Mais ou menos, eu já havia visto muitas capas dessa revista mostrando novelas, creio que era uma revista totalmente dedicada a TV.

Detalhe que a promoção do desconto era válida somente para as capitais São Paulo e Rio. Como será que era a distribuição em outros estados, será que chegava longe?