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O ÚLTIMO EPISÓDIO DE EL CHAVO DEL OCHO


Chaves 1000

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Esqueci de colocar no roteiro do episódio "A Vila Fecha as Portas" que o Chaves pede para os pais dele morarem com ele na vila, pois ele não quer se separar dos seus amigos.

Link para o comentário

http://www.forumch.com.br/index.php?showtopic=5111&st=0&p=70&hl=fanfics&fromsearch=1entry70

\o/

Seria melhor fazer um subfórum, na minha opinião. Mas enfim...

pra relembrar algumas perolas dele, ai vai:

Os dentistas (Créditos: Anderson MS)

Ano: 1975

Personagens: Chaves, Quico, Seu Madruga, Dona Florinda, Professor Girafales, Chiquinha.

Resumo: Chaves está cuidando melhor dos dentes, depois de ganhar uma escova e pasta de dentes do Professor. Enquanto isso, Quico sente muita dor com um dente de leite, mas não quer que sua mãe saiba. Então Chaves e Chiquinha resolvem ser os dentistas do Quico.

1° bloco

Musiquinha alegre. Chaves sai do barril com uma escova e uma pasta de dentes, e vai em direção do tanque. Chiquinha sai de casa com uma corda na mão e o intercepta.

Chi- Chavinho, vamos brincar de pular corda?

Ch- já vou.

Chi- já vai?

Ch- já vou pensar.

Chi- ah...eh...Chaves, mas pq a gente não brinca agora, hein?

Ch- é que eu tenho que descovar os entes.

Chi- descovar o que?

Ch- os entes, ora!

Chi- Chaves, não seria escovar os dentes?

Ch- e como eu disse? (Quico aparece na janela de sua casa, que já estava aberta)

Chi- descovar os entes.

Ch- e como é?

Chi- escovar os dentes.

Ch- e como eu disse? (Quico se irrita)

Chi- descovar os entes.

Ch- e como é? (Quico sai da janela e vai para a porta, saindo de casa)

Chi- escovar os dentes.

Ch- e como eu... (Quico explode)

Q- AIII, CALEM-SE, CALEM-SE, QUE VCS ME DEIXAM LOUUUUUUUUCOOO!!!!

Ch e Chi- ninguém tem paciência conosco...

Q- afinal de contas, o que vc vai fazer, Chaves?

Ch- eu vou...

Chi- ...escovar os dentes!

Ch- isso, isso, isso.

Q- hahahaha, hihihhóóóión, hihihi!!

Chi- ué, do que vc ta rindo?

Q- ah, o Chaves nem toma banho e agora quer até escovar os dentes! Hihihi...

Ch- ora, Quico, não lembra que ontem o Professor Girafales disse na aula que temos que escovar os dentes para ter uma boa saúde? E até me deu essa escova de dentes e essa pasta pra eu escovar todos os dias?

Q- sim, mas também precisamos tomar banho todos os dias!

Ch- é... mas ele me deu uma escova de dentes, e não um chuveiro!

Q- ah, bom, então assim, sim.

Ch- então deixa eu ir escovar em paz.

Chi- ei, Chaves, pq a gente não brinca antes?

Ch- não lembra que o Professor tbm disse que temos que escovar os dentes assim que acordamos?

Chi- sim, mas já são 2 da tarde!

Ch- é, bom... mas eu esqueci que já tinha acordado! (Quico e Chiquinha olham com descaso)

Q- é, mas além disso, o Professor disse que temos de escovar os dentes depois das refeições.

Ch- mais, se for assim eu não vou escovar nunca! (Quico e Chiquinha olham chateados)

Chi- m-mas o que acontece com quem não escova os dentes?

Ch- fica branquelo.

Chi- branquelo? Não seria banguela?

Ch- e como eu disse?

Chi- branquelo.

Ch- e como...

Q- ah, não, começou essa folia de novo! Eu vou pra minha casa e não quero saber de escovar os dentes!

Ch- azar seu, vai ficar com dor de dente! E vai ter que ir no dentista!

Q- de-dentista??

Ch- sim, o dentista, aquele homem que martela dentro da sua boca!

Q- puxa... ah! Isso é pura lorota! (Professor chega na vila)

Ch- lorota, nada! Quem disse foi o Mestre Lingüiça!

PG- tá, tá, tá, tá, tá!!! Quem é Mestre Lingüiça?

Chi- ora, o senhor!

PG- como disse?!

Chi- aham... ohom... eh, acho que ouvi meu papai me chamar! Tchauzinho! (vai pra casa)

Ch- não liga pra ela, Professor Lingüiça, é que...

PG- outra vez, Chaves!

Ch- é que me escapuliu.

Q- “é que me escapuliuâ€, dããã. Só você mesmo pra confundir o nome do Mestre Lingüiça!

Professor olha bravo para o Quico.

Q- (imitando a Chiquinha) aham... ohom... eu acho que ouvi minha mamãe me chamar, licencinha! (vai pra casa)

PG- e você, Chaves, como se sentiria se sempre fosse chamado de um apelido ridículo?

Ch- eeh, eu me sentiria ridículo.

PG- então, Chaves, como acha que eu me sinto quando... (percebe o que falou)... ééé, vejo que já está fazendo uso da escova e da pasta que eu te dei.

Ch- sim! Estou escovando os dentes três vezes por dia, como o senhor falou!

PG- muito bem, Chaves! De pouco em pouco você vai aprendendo os princípios básicos da higiene, ética e moral, e assim se tornará um cidadão formal.

Ch- um cidadão o que?

PG- for-mal.

Ch- ah, eu não quero ser formal!

PG- ora, mas porque causa, motivo, razão ou circunstância você não quer ser formal?

Ch- lembra o que o senhor disse no dia do teste na escola?

PG- o que eu disse?

Ch- o senhor disse que (mudando a voz)“nesse teste, o aluno que for mal terá muitos problemas no futuro!â€

PG- Chaves, o que eu quis dizer é que não se deve... (Dona Florinda chega com uma cesta na vila)

DF- Professor Girafales!

PG- Dona Formal! Digo... Dona Florinda!

DF- ah, que milagre o senhor por aqui!

PG- vim lhe trazer esse humilde presente.

DF- ora, quanta gentileza! Não quer entrar e tomar uma xícara de café?

PG- não seria muito incômodo.

Ch- café faz mal pros dentes!

Professor e Florinda olham pro Chaves.

Ch- é que me escapuliu...

Ambos ficam sem jeito e toca uma música engraçada. Chaves começa a passar pasta na escova. Intervalo.

2° bloco

Chaves está escovando os dentes perto do tanquinho, e fica andando até perto da porta da Bruxa, com a mão no bolso. Seu Madruga passa com pratos na mão, e se inclina na frente do tanque. Chaves volta, sem vê-lo, e tira a escova da boa, e cospe espuma na nuca dele.

SM- tinha que ser o Chaves mesmo!

Ch- foi sem querer querendo...

SM- “foi sem querer querendoâ€, onde já se viu! Não tem nada pior do que alguém cuspir na nuca da gente!

Ch- tem, sim! Cuspir na cara. (Chaves coloca novamente a escova na boca)

SM- bom, isso sim, mas, em primeiro lugar, que diabos está fazendo aqui?

Ch- echoechochanchochentches!

SM- o que??

Ch- echoechochanchochentches!!

SM- tira a escova da boca pra falar, burro!!

Ch- (tirando a escova) burro!!

SM- agora sim, Chaves, vc mereceu! Segura isso aqui, por favor? (entrega os pratos)(péim)

Ch- pipipipipipipi...

SM- “pipipipipipiâ€, só não te dou outra porque... e me dá meus pratos!

Ch- pega essa porcaria de pratos! (joga os pratos no chão e quebra todos)(entra no barril)

SM- mas... tinha que ser! Tinha que ser! É impossível! (Chiquinha sai de casa)

Chi- papi, eu ouvi um barulhão, o que...

SM- como sempre, minha filha, foi o Chaves! Acredita que ele quebrou todos os nossos pratos! Eu não posso... (começa a ajuntar os pratos)

Chi- calma, paizinho lindo, meu bem, você não pode ficar nesse estado de nervos. Pratos são substituíveis, não é motivo para estresse. Bonitinho, coisa fofa... (Seu Madruga se acalma) se sente melhor?

SM- sim, filhinha, obrigado.

Chi- de nada. (estende a mão)

SM- que foi?

Chi- me dá dinheiro pra comprar um doce?

SM- olha, minha filha, porque eu daria dinheiro pra você comprar um doce??

Chi- porque eu usei todo o meu esforço para fazer uma terapia, para acalmá-lo, eu mereço ser recompensada, não?

SM- mas-eu-já-estou-brabo-de-novo!!(fala rangendo os dentes)

Chi- é?

SM- é!!

Chi- ora, papaizinho lindo, meu amor, não fique brabo...

SM- chegaaa!!! Vc não vai me enganar de novo!

Chi- duvida? (Ramón olha com os nervos em fúria) aham... ohom...

SM- agora sim! Comece a ajuntar todos esses pratos, e leve ao lixo!! Agoraaaaa!!

Chi- mas, papai...

SM- agoraaaaaa!!! (e vai tropeçando de raiva pra casa)

Chi- bué!! Bué, bué, bué... ahn, ahn, ahn... (ajuntando os pratos)

Quico vem do 2° pátio, com a mão na bochecha, olha na janela de sua casa, faz sinal de “xiiiâ€, e fala pra Chiquinha.

Q- Chiquinha.

Chi- que foi?

Q- vc precisa me ajudar!

Chi- ajudar no que?

Q- é que o meu dente tá doendo muito.

Chi- e daí?

Q- e daí que nem a minha mãe, nem o Professor Girafales podem ficar sabendo.

Chi- e porque não? Será que eles não podem te ajudar?

Q- sim, mas esse meu dente tá mole.

Chi- ah, então é um dente de leite!

Q- dente de que?

Chi- de leite, tonto!

Q- mas não tem gosto de leite!

Chi- ai, Quico, como vc é burro! Não sabe que os dentes de leite são aqueles que caem na infância?

Q- ah, mas é esse o problema! Da última vez que meu dente doeu assim, minha mãe fez eu tirar ele!

Chi- mas é isso mesmo o que acontece com os dentes de leite.

Q- e é exatamente por isso que eu não quero que eles saibam! Eles vão arrancar meu dente, e isso dói muito!

Chi- mas Quico, o que quer que eu faça?

Q- só não conte pra eles!

Chi- está bem... (Chiquinha faz cara de malandra)... claro que eu não vou contar, Quiquinho lindo, bochechinhas fofinhas, meu amor! Mas com uma condição.

Q- qual?

Chi- que termine de recolher esses pratos quebrados.

Q- bem, já que não tem outro jeito... (começa a recolher)(Chaves se levanta do barril)... mas não esqueça, Chiquinha, e muito importante que ninguém além de nós dois saiba que eu estou com um dente de leite, certo?

Ch e Chi- certo!!

Quico e Chiquinha se espantam ao ver Chaves ali.

*pula de cena*

Explicando pro Chaves.

Chi- entendeu Chavinho, ninguém pode saber que o Quico tem um dente de leite, certo?

Ch e SM- certo!!

As crianças se espantam ao ver Seu Madruga encostado na janela, com cara de safado.

*pula novamente de cena*

Ch, Chi, Q e SM no pátio.

Chi- viu, papi, é por isso que não podemos contar!

SM- e porque eu não contaria?

Q- ah, Seu Madruga, por favor, não conta, anda, diz que não conta, por favor, anda, diz que siiiiiiim?

SM- mas, Quico, e esse dente, não pode ficar assim!

Ch- é, uma hora ele vai ter que cair.

Q- é esse o meu medo...

SM- mas, pra que se preocupar, ele cresce de novo!

Q- em alguns casos, não! (aponta pra boca da Chiquinha)

Chi- ahhh! papai, ouviu só o que ele disse??

SM- sim, filha, eu ouvi, mas é verdade, o seu dente foi tirado faz tempo e ainda não cresceu.

Ch- mas, na Chiquinha nada cresce, hihihi.

Chi- bué!! Bué-buébuébué... você vai ver Chaves, eu vou contar pro meu pai, que você me insultou, me bateu, me arrancou um dente e me quebrou uma unha! (vira-se pra seu pai) Papai! O Chaves me puxou o cabelo, quebrou meus óculos, deu um pontapé e um tapa na orelha! Bué, bué, bué...

SM- filhinha, eu vi tudo.

Q- e eu sou testemunha!! (Seu Madruga olha brabo) Réu? Juiz? Promotor!! Isso sim... advogado de defesa? Não deu.

SM- olha Quico, pouco me interessa seu dentinho de leite, e é melhor eu sair daqui, antes que eu faça uma coisa da qual iria me arrepender! (e vai bufando pra casa)

Q- tá, e o meu dente, como fica?

Ch- fica dentro da sua boca, ora!

Q- não, Chaves, o que vamos fazer com ele?

Chiquinha faz cara de idéia e sussurra no ouvido do Chaves, que tbm se anima.

Ch- zás, e daí a gente fazia isso, e depois aquilo, e...

Começa a tocar uma música divertida, Chaves e Chiquinha ficam falando, sorrindo, e Quico sem entender. Intervalo.

3° bloco

Chaves fica olhando pela janela da casa 14, e Quico e Chiquinha estão esperando no corredor do 2° pátio. Dona Florinda e o Professor saem, e Chaves fica esticado na parede que tem a gaiola, sem eles verem.

DF- que pena que não fica mais um pouco, Professor.

PG- eu gostaria muito, Dona Florinda, mas ainda tenho de corrigir as provas dos alunos.

DF- ah, bom, espero que o Quico tenha tirado uma nota excepcional!

PG- bem, foi realmente uma nota excepcional. (olhando com tom de ironia)

DF- bem, eu o acompanho até a esquina. (eles saem da vila)

Chaves faz sinal pra eles virem, e Quico se deita do chão do pátio, com um travesseiro, e Chaves e Chiquinha se ajoelham. Um pouco próximos à janela da casa do Seu Madruga.

Q- agora, não tem mais perigo, né, Chaves?

Ch- não, a velha carcumida e o mestre lingüiça já foram.

Q- como??

Chi- ah, esquece. E vc, entendeu, Quico? eu e o Chaves somos os dentistas, e vc é o paciente que tem que tirar o dente.

Q- sim, eu entendi, mas vcs vão tirar de verdade?

Chi- sim, é o único jeito, Quico.

Q- ah, mas eu vou sentir muita dooorr...

Chi- não tem problema, nós vamos fazer anestesia!

Q- fazer o que?

Chi- anestesia. Não sabe o que é anestesia?

Q- não?

Chi- é isso. Chaves, anestesia!

Chaves entrega um tijolo e Chiquinha bate na testa do Quico)

Q- ah, bom, então assim, sim. (e desmaia)

Chi- pronto, está anestesiado. Chaves!

Ch- sim?

Chi- vamos começar a operação de retirada do dente de leite do Quico!

Ch- sim, senhora!

Chi- senhora, não, doutora Chiquinha pra você. E agora, me arranja um barbante!

Ch- um barbante?

Chi- sim, um barbante. Para nós amarrarmos no dente do Quico, e na fechadura da porta da minha casa, assim, quando puxarmos, o dente vai sair!

Ch- isso, isso, isso.

Chi- então, vai, vai, Chaves.

Chaves entra na casa do Seu Madruga, que está lendo jornal no sofá.

Ch- Seu Madruga, o senhor tem um barbante?

SM- pra que?

Ch- é pra arrancar o dente do Quico.

SM- ah, bom. (não percebe o que o Chaves falou) tá ali na gaveta de cima, do balcão.

Chaves abre a gaveta do balcão e tira o carretel de barbante.

Ch- obrigado.

SM- não tem por onde.

Chaves sai e leva o barbante pra Chiquinha.

Ch- pronto.

Chi- muito bem, me dá aqui. Ai, e agora, Chavinho?

Ch- e agora o que?

Chi- ele não disse qual era o dente de leite.

Ch- ah, pois... amarra em qualquer um, ele é tão burro que nem vai perceber a diferença!

Chi- hihihi, é mesmo.

Chiquinha amarra a ponta do barbante no dente mais da frente da boca do Quico.

Ch- ainda não amarrou?

Chi- seria mais fácil se esses 20 quilos de bochechas não atrapalhassem! (terminando de amarrar) pronto!

Ch- e agora?

Chi- agora vc amarra a outra ponta do barbante na fechadura da porta.

Ch- isso, isso, isso, isso.

Chaves amarra no lugar certo, na porta da casa do Seu Madruga.

Chi- isso, Chaves, agora, é só puxar a porta!

Ch- tá!

Chaves começa a puxar o trinco da porta pra fora, sendo que ela só abre pra dentro, e a porta fica batendo.

Chi- não, Chaves, só você mesmo...

Ch- hugh, a porta não vem!

Chaves fica puxando e a porta batendo. Seu Madruga ouve as batidas, e vê a fechadura se movendo.

SM- mas que diacho está acontecendo?

Levanta-se e puxa a porta pra dentro. Chaves cai segurando na porta e Quico é puxado para o lado, e acorda com a batida da cabeça no chão.

Q- MAMÃEE!!

SM- ora, mas que diabos estavam fazendo??

Chi- é que nós íamos arrancar o dente do Quico. (bochechudo se espanta)

Q- (se levantando) mas nem é esse o dente!! Mamãe!!!

Vai em direção a sua casa, mas o barbante puxa e ele vira a cara. A porta fecha e Seu Madruga, que já estava fora, fica com a mão presa na porta.

SM- aiaiaiaiaiai...

Chi- Quico, esqueceu que sua mãe saiu de casa? (Chiquinha vê a mão do pai presa) iiihhh, papai! (se levanta) Chaves, faz alguma coisa!

SM- Abre essa porta!

Ch- sim! (Chaves abre a porta e Quico é puxado novamente para trás)

Q- vcs acham que eu sou joão-bobo por acaso!?!?

Chi- joão vc não é!

Q- ah, é! Esperem só até a minha mãe chegar!

Seu Madruga desamarra a corda da trinca, com os dedos doloridos.

SM- vcs são malucos! São tão idiotas que nem sabem tirar um dente!

Q- ah, é, mas não é esse o dente de leite!

SM- então estavam tentando tirar o dente errado da boca dele??

Ch- mas ele não disse qual era o dente!

Q- mas como eu ia dizer se eu tava anestesiadooooooo??

Ch- tá bom, tá bom, mas não se irrite!

Q- então não me deixe irritado!! (Dona Florinda volta à vila)

DF- Tesouro, o que houve?

Q- mamãe! Estava tentando me arrancar um dente com o barbante!

DF- ah, puxa! Mas quem fez essa barbaridade! (vê a outra ponta do barbante na mão do Seu Madruga) ahá, não precisa nem explicar nada!

SM- não, mas eu posso...

Dona Florinda dá o tapa, mas Seu Madruga se abaixa e ela acerta sem querer no Quico.

DF- Tesouro!

Q- mamãe... (fica com a mão no rosto)

SM- hahahahahaa, bem feito, hahaha...

DF- uhhh!! (acerta um baita tapa nele agora) vamos Tesouro, não se misture com essa gentalha! (e vai pra casa)

Q- sim, mamãe. Gentalha, gentalha, pff!!

No “pff†cai alguma coisa da boca do Quico.

Q- ué, o que foi que... (Quico vai ver o que é, e pega seu dente no chão) hihihihi, caiu o dente de leite! E nem doeu!

Chi- iupiii, que legal! (as crianças se reúnem em volta do Quico)

SM- é, e vc não foi o único.

Q- pq?

Seu Madruga cospe um dente na mão. Todos olham impressionados, e Chiquinha vai exatamente entre Quico e Seu Madruga.

Chi- hahahahahahah, os dois ficaram banguelas, hahahah!

Quico e Seu Madruga olham um pro outro, com cara de combinação. Ambos oferecem o dente pra Chiquinha.

Q e SM- quer??

Chiquinha para subitamente de rir e:

Chi- bué!! Bué, bué, bué, bué!!

Quico, Seu Madruga e Chaves ficam rindo, e comparando os dentes, enquanto Chiquinha continua chorando.

*FIM*

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A TURMA DO FUCH VISITA A VILA - Parte 1 (Créditos: Thomas Henrique)

Nota do Criador do Fanfic: Antes de mais nada, quero esclarescer que esta fanfic é apenas uma BRINCADEIRA com o pessoal do Fuch. Não estou querendo agredir ninguém, a intenção aqui é fazer rir, apenas. Espero que gostem! :)

Era uma vez um menino chamado Thiago Louzada, que morava na periferia do México e sonhava em comprar a vila do Chaves. Finalmente, um dia, a sorte lhe sorriu e ele teve a oportunidade de visitar a vila que ele tanto gostava.

Louzada se encontra, então, com Chaves, que está equilibrando a vassoura com o pé.

Louzada: Ei, moleque, o que pensa que tá fazendo?

Chaves: Tô equilibrando a vassoura, oras...

Louzada: Que equilibrando que nada... eu que inventei isso!

Chaves: Inventou o que?

Louzada: Isso de equilibrar a vassoura com o pé. Fazia isso quando você ainda nem tinha nascido!

Chaves: E só por isso eu não tenho o direito de fazer?

Começa-se uma pequena discussão. De repente, Kiko sai de sua casa, para jogar bola. Louzada dá uma vassourada nele e o derruba no chão. Kiko começa a falar, sem ar:

Kiko: Mas o que pensa que tá fazendo?

Louzada: Te derrubando! Essa bola é minha!

Kiko: Que sua o quê! Foi minha mamãe que me deu!

Louzada: Uma ova! Jogava com essa bola quando você ainda nem tinha nascido!

Kiko: Eu digo que não... minha mãe me deu essa bola e PORTANTO EU QUE JOGO COM ELAAAAA!!!!!

Louzada: Aff...

Kiko: Você não vai com a minha cara?

Louzada: Não mesmo! E pare de usar essa frase: fui eu que inventei!

Kiko: Você tá louco?

Louzada: Eu falava isso antes mesmo de você nascer!

Kiko: Xi, pirou, ficou maluco! Se bem que eu acho que você já nasceu maluco!

Chaves: Deixa, Kiko, ele falou a mesma coisa pra mim, quando eu tava equilibrando a vassoura.

Chega Chiquinha e encontra os três garotos no pátio:

Chiquinha: Oi, Chaves, oi Kiko... quem é você?

Louzada: Eu sou Thiago Louzada, menino pobre que queria conhecer esta vila. Aliás, conhecer só, não. Quero comprá-la também! Afinal, eu que tive a idéia de criar uma vila com 3 crianças e vizinhos briguentos. Acho que, por direito, essa vila é minha.

Chiquinha: Hã?

Kiko: Deixa ele pra lá, Chiquinha!

Chaves: É, esse menino aí diz que tudo é dele e que ele inventou tudo, é melhor deixar ele pra lá.

Louzada: Quem se importa com vocês? Tenho amigos melhores. Achei que ia gostar mais de conhecer esta vila.

Seu Madruga chega da rua, lendo seu jornal.

Chiquinha: Paizinho, lindo, meu amor, que coisa mais linda, fofura! Paizinho, me dá dinheiro pra ir comprar um doce lá na venda!

Seu Madruga: Não tenho dinheiro, gastei meus últimos centavos para comprar este jornal.

Chiquinha: Claro, não é? É mais importante o jornal que a filha de suas estranhas! Ué ué ué ué uéééé...

Louzada: NÃO CHORE ASSIM, FUI EU QUE INVENTEI ISSO!

Chiquinha: Mas como assim?

Louzada: Eu chorava assim antes mesmo de você nascer!

Mais uma vez, inicia-se uma discussão. Chega Dona Florinda.

Florinda: Ora, posso saber o que está acontecendo aqui?

Kiko: É que esse menino chegou e diz que tudo é dele, inclusive minha bola.

Florinda: Hmm... assim é a gentalha, tesouro, ingênua até não poder mais.

Louzada: Ingênua é a sua vovozinha!

Mais uma discussão. De repente, chega na vila um outro menino, de aspecto sujo, com a roupa toda rasgada. Ele é conhecido por Palmeirense. Enquanto todos discutem, ele vai lentamente até à janela da D. Florinda e rouba o ferro que ali estava. Ele sai correndo para o segundo pátio. Quando a discussão termina, Dona Florinda vai indo pra casa e de repente, vê que seu ferro não está na janela. Vai direto até o Seu Madruga e lhe dá uma bofetada.

Seu Madruga: A senhora está louca? Porque me bateu?

Florinda: E ainda pergunta, seu ladrão de quinta? Cadê o ferro de passar que eu tinha deixado na janela?

Seu Madruga: E como é que eu vou saber? Pra que que eu vou querer um ferro de passar se eu já tenho um? Além do mais, ele pode ter caído dentro da sua casa.

Florinda: Vou verificar.

D. Florinda entra em sua casa e não encontra o seu ferro em parte alguma. Volta ao pátio e começa uma nova discussão com Seu Madruga. De repente, chega o Sr. Barriga, que também vai direto ao Seu Madruga.

Sr. Barriga: Pague-me o aluguel já!

Louzada: Eu que inventei isso!

Sr. Barriga: Isso o quê?

Louzada: Isso, de cobrar o aluguel dos inquilinos. Já fazia isso antes do senhor nascer.

Sr. Barriga ignora e continua discutindo sobre o aluguel com o Sr. Barriga. De repente, chega na vila um terceiro menino, de apelido Le0brAsil. Cutuca o Sr. Barriga pelas costas. O Sr. Barriga se vira e começam a conversar. No final, Le0brAsil entra num acordo e consegue comprar a vila do Chaves. Todos ficam tristes. No entanto, Thiago Louzada fica muito irritado:

Louzada: Você não pode comprar essa vila! Essa vila me pertence! Eu criei ela! Construí antes mesmo de você nascer.

Le0brAsil: Ah, não vem com papo, Louzada...

Mais uma discussão. Chaves vai para o segundo pátio e encontra Palmeirense com o ferro de passar de Dona Florinda na mão.

Palmeirense: Ahn!

Chaves: O que é isso? Então foi você que roubou o ferro da Dona Florinda, não é?

Palmeirense se ajoelha e começa a chorar escandalosamente.

Palmeirense: EU JURO QUE NÃO FIZ POR MAL! VOU DEVOLVER PARA A DONA FLORINDA! HOJE MESMO! PROMETO, DESCULPE, EU ERREI, NÃO QUERIA FAZER ISSO, PELO AMOR DE DEUS, ME PERDOAAAAAA...

De repente, Chaves vira para a câmera e diz:

Chaves: Quantas loucuras estão ocorrendo na vila, não? Mas se quiser saber como continua essa história, não deixe de acompanhar o nosso próximo programa, neste mesmo canal e neste mesmo horário. Até lá. Isso, isso, isso, isso...

De longe, escuta-se a voz de Louzda:

Louzada: FUI EU QUE INVENTEI ISSO!!!!

Música. Fim.

________________________________

A TURMA DO FUCH VISITA A VILA - Parte 2

Como vocês devem estar lembrados, no último episódio conhecemos um garoto chamado Thiago Louzada, que dizia ser inventor de tudo que ocorria na vila. Conhecemos também um menino chamado Le0brAsil, que negociou a compra da vila com o Sr. Barriga e, principalmente, conhecemos o garoto Palmeirense, que roubou o ferro de passar da Dona Florinda. Vamos ver as últimas cenas:

Chaves vai para o segundo pátio e encontra Palmeirense com o ferro de passar de Dona Florinda na mão.

Palmeirense: Ahn!

Chaves: O que é isso? Então foi você que roubou o ferro da Dona Florinda, não é?

Palmeirense se ajoelha e começa a chorar escandalosamente.

Palmeirense: EU JURO QUE NÃO FIZ POR MAL! VOU DEVOLVER PARA A DONA FLORINDA! HOJE MESMO! PROMETO, DESCULPE, EU ERREI, NÃO QUERIA FAZER ISSO, PELO AMOR DE DEUS, ME PERDOAAAAAA...

Chaves começa a consolar Palmeirense e os dois resolvem ir para o pátio principal. Todos vêem Palmeirense com o ferro de passar na mão. Música triste. Começa-se a acusação:

D. Florinda: LADRÃO!

SEU MADRUGA: LADRÃO!

KIKO: LADRÃO

CHIQUINHA: LADRÃO

LOUZADA: LADRÃO DE IDÉIAS!

LE0BRASIL: SEU LADRÃO!

SR. BARRIGA: LADRÃOZINHO!

SEU MADRUGA: SEU LADRÃO! LADRÃOZINHO, SEU LADRÃO!

Música triste. Palmeirense faz sua trouxa e resolve ir embora da vila para sempre. No dia seguinte, Chaves sente sua falta, pois achou que o menino já tinha se arrependido do roubo. Paralelamente a isso, Dona Florinda vai à casa do Seu Madruga.

Seu Madruga: NÃO, NÃO, NÃO FUI EU! EU NÃO FIZ NADA DESSA VEZ, A SENHORA NÃO PODE ME ACUSAR DE NADA!!

Dona Florinda: Não vim acusá-lo. Vim perguntar se na casa do senhor está faltando água e luz como na minha.

Seu Madruga: Sim, já tinha percebido que não tinha luz.

Dona Florinda: E água?

Seu Madruga: Bom... água? A senhora quer dizer, hã... água? Que a gente usa pra lavar a roupa né? Água? Bem, eu acho que é por causa do novo dono. Esse menino comprou a vila e largou ela, não quer mais saber. E desde que ele chegou, a vila vai indo de mal a pior, e olha que já não era boa com o Sr. Barriga. Pelo menos, até agora, ninguém veio cobrar o aluguel.

Sr. Barriga entra na vila e vai direto ao Seu Madruga.

Sr. Barriga: Muito bom dia! (Erguendo as mãos. Seu Madruga disfarça e o cumprimenta). NÃO SE FAÇA DE TROUXA! O menino Le0brAsil está me pagando para que eu cobre o aluguel desta vila, parece que ele tem coisas mais importantes pra fazer.

Seu Madruga: Pois eu não pretendo pagar o aluguel até que haja luz e água na vila, Sr. Barriga!

Sr. Barriga: Como? Não tem luz e nem água aqui na vila? E como estão sobrevivendo?

Seu Madruga: De ar.

Sr. Barriga: Não se faça de palhaço.

Começa-se uma discussão. De repente, Chaves sai do barril, chorando. Todos se viram para ele. Seu Madruga vai até ele.

Seu Madruga: O que foi, Chaves?

Chaves: É que o menino chamado Palmeirense foi embora da vila, e eu acho que ele já tinha se arrependido de ter roubado o ferro de passar da Dona Florinda.

Dona Florinda: Hmm... assim é a gentalha, sempre estão unidos. E ouça aqui, Sr. Barriga... enquanto não houver água e luz aqui na vila, EU NÃO LHE PAGO O ALUGUEL, ESTÁ ME ENTENDENDO???

E Dona Florinda vai, empinada, para dentro de sua casa. De repente, Chaves olha para o portão e vê Palmeirense, que volta ao lado de Chiquinha.

Chaves: PALMEIRENSE!!!

Palmeirense: Boas notícias. Estávamos voltando da Igreja. Me converti.

Chaves: Que ótimo isso, hein. Fico muito feliz.

De repente, Le0brAsil retorna à vila, e Seu Madruga vai logo reclamar com ele.

Seu Madruga: Ei, mocorongo almofadinha, o que fez com a vila? Cadê a luz, cadê a água?

Le0brAsil: Por isso eu voltei, na verdade foi a única coisa que me fez voltar nessa vila... bem, voltei pra dizer que havia me esquecido de pagar as contas de luz e água, tava tudo atrasado, mas já paguei e, me menos de 5 minutos, tudo já deve estar normalizado, mas não garanto que esteja assim normal para sempre. Cada um que se vire, daqui em diante. Vou mandar as contas de luz e água para cada um de vocês e vocês paguem suas devidas partes.

Seu Madruga: O que? Mais uma conta? Oh, não...

Música alegre. Fim da história.

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TURMA DO FUCH VISITA A VILA / VERSÃO DEFINITIVA

FANFIC ARRUMADA, ESPECIAL DE NATAL.

A turma do Chaves está comemorando o Natal. Depois de uma grande festa, com pichorras e tudo o mais, eles vão se deitar. Por ser Natal, muitos resolveram passar a noite na vila, como Nhonho, Pópis e Godinez. No dia seguinte, porém, fatos estranhos começam a acontecer: gente de todo o lado começa a aparecer. Pessoas que ninguém da vila conhece. Porém, todos esses conhecem o pessoal da vila. O primeiro a chegar é Eduardo Rodrigues, de apelido E.R.

Chaves: Olá! Quem é você?

Eduardo: Olá, me chamo Eduardo, sou um grande fã de vocês.

Chaves: Mas como é fã se nem nos conhecemos?

Eduardo: Mas eu acompanho vocês todos os dias, pela tevê. Tenho todos os episódios gravados. Mas agora eu cansei de colecionar episódios. Resolvi que quero comprar a vila, é o meu atual sonho, e pretendo realizá-lo o quanto antes.

Chaves: Acho difícil você entrar num acordo com o Sr. Barriga.

Eduardo: Não se preocupe, eu dou um jeito de conseguir a vila esta semana mesmo.

Chaves: Boa sorte!

Eduardo: Obrigado.

De repente, um menino rechonchudo aparece. Seu nome é Maurício Kagiva. Nhonho sai da casa do Kiko (onde estava "hospedado") e os dois se encontram e começam a se animar.

Kagiva: Meu irmão gêmeo!

Nhonho: Meu irmão perdido!

Kagiva: Sempre me identifiquei muito com o seu personagem. Obrigado por tantos anos de alegria e esperança.

Nhonho: Que personagem? Eu sou eu mesmo!

Kagiva: Deixa pra lá.

Kiko também sai de sua casa, cantando alegremente, com sua bola. De repente, olha pra Eduardo e Kagiva e deixa a bola escapar de suas mãos, sem nem notar. Continua agitando as mãos como se ainda tivesse batendo na bola. Boquiaberto, diz:

Kiko: JÁ CHEGOU MINHA BOLA QUADRADA!!

Chaves: Onde?

Kiko: Está ali, com o Nhonho!

Chaves: Não, este é o irmão do Nhonho.

Kiko: Ahhh, pensei que fosse minha bola quadrada... Espera aí! Você disse irmão? Nhonho, você tem irmão? E porque nunca nos contou?

Kagiva: Pera! Eu não sou irmão de sangue do Nhonho, é que sempre me identifiquei com ele, sempre entendi o lado dele quando ele era ofendido por vocês, quando vocês o chamavam de bola, entre outras coisas ofensivas...

Kiko: Ah bom, mas como você se chama?

Kagiva: Maurício Kagiva.

Chiquinha sai de sua casa, bocejando. Também se espanta ao ver os dois meninos desconhecidos. Logo pergunta:

Chiquinha: Quem são esses 2?

Kiko e Chaves: Eduardo e Kagiva.

Chiquinha. Ah tá, e o que eles vieram fazer aqui?

Chaves: Vai lá se saber...

Eduardo: Somos fãs do programa, temos até um fórum e tudo. Espero que vocês visitem um dia desses. Ahhh não, ainda estamos na década de 70, não existe Internet! Tivemos uma trabalheira para conseguir entrar na vila... é difícil voltar no tempo.

Chaves: Vocês vêm do futuro é? Isso é verdade mesmo?

Kagiva: Sim. Estou cansado da viagem até agora. Galvão Bueno viajou comigo, mas ele estava indo para a Copa de 78.

Chaves: Puxa, que legal!

Para a surpresa de todos, mais um menino chega à vila.

Chiquinha: Outro! Quem é você?

Louzada: Eu me chamo Thiago Louzada. Tudo bem com vocês?

Chiquinha, Chaves, Kiko e Nhonho: Sim, tudo bem!

Louzada: E.R.! Kagiva! Vocês também conseguiram chegar aqui? Que legal, finalmente posso conhecê-los pessoalmente.

Kagiva: Pois é.

Chega o Professor Girafales.

Girafales: Nossa! A vila está cheia! Creio que temos visitas...

Chaves: Sim, professor, esses meninos disseram ser nossos fãs, vieram visitar a vila. Acho que consideram um presente de Natal.

Girafales: Muito bom.

Louzada: Professor, há muito tempo que eu queria te pedir uma coisa... e finalmente chegou esta oportunidade

Girafales: O que é? Então diga.

Louzada: Me ensina a violar tocão? Digo, a tocar violão?

Girafales: Não sei, já tentei fazer isso com o Kiko e o Chaves uma vez. Não deu certo.

Kiko: Ah vai, tenta de novo, vai diz que sim, não seja mau, anda sim, diz que sim, anda siiiiiimmm ?

Louzada: Não fale isso. Fui eu que inventei essa frase.

Kiko: Como assim?

Louzada: Eu falo isso desde antes de você nascer. Portanto, nada de usar sem pedir autorização.

Outro menino chega.

Le0brAsil: Quero falar com o Sr. Barriga.

Nhonho: Ah, meu papai ainda não chegou para me buscar, você vai ter que esperar.

Le0brAsil. Ok.

Kiko pega sua bola para jogar.

Louzada: Eeeeeiii moleque, o que você tá fazendo com a minha bola?

Kiko: Sua bola? Que sua bola o quê, essa bola foi minha mamãe que me deu!

Louzada: É nada, tenho ela desde antes de você nascer, pode ir me devolvendo já.

Chaves: Essa bola é do Kiko e você não vai tirar.

Chaves puxa a bola com força das mãos de Louzada e acerta o Sr. Barriga, que tinha acabado de entrar na vila.

Sr. Barriga: TINHA QUE SER O CHAVES!

CHAVES: Foi sem querer, querendo.

Louzada: Mais um que usa coisa minha sem autorização.

Le0brAsil: Esquece, Louzada... Sr. Barriga, que bom que o senhor chegou, tenho uma proposta para o senhor.

Depois de uma longa conversa, o Sr. Barriga decide vender a vila para Le0brAsil.

Sr. Barriga: Negócio fechado.

Eduardo: EPA! Que papo é esse? Eu vim justamente para isso! Quero comprar essa vila... não é justo, juntei todo o meu dinheiro... depois de ter todos os episódios, eu tenho o direito de comprar essa vila.

Le0brAsil: De jeito nenhum, eu já fechei o negócio com o Sr. Barriga.

Louzada: Que mané fecharam negócio! Essa vila me pertence! Fui eu que criei! Nada disso, ela não vai ser vendida sem a minha autorização, de jeito nenhum!

Inicia-se uma grande discussão. Dona Florinda chega.

Florinda: O que está havendo aqui? Mas que escândalo é esse??

MÚSICA ROMÂNTICA

Florinda: Professor Girafales!

Girafales: Dona Florinda

Florinda: Que milagre que venha por aqui

Girafales: Vim lhe trazer este humilde presente.

Florinda: Ah, professor, mas é lindo!

Girafales: E olha que hoje eu nem tomei banho!

Florinda: Hehe... ahh... sim, mas eu estava falando do buquê de flores.

Girafales: Ah, sim, também é bonito

Florinda: Não gostaria de entrar e tomar uma xícara de café?

Girafales: Não seria muito incômodo?

Florinda: De maneira nenhuma, queira entrar.

Girafales: Depois da senhora.

Kiko: Ahhhh... meus pais... mais quarenta e cinco xícaras de café e eu vou ter papai novo!

Louzada: Puxa! Nunca pensei que esse pessoal da vila fosse tão copião. Tudo que eu invento eles copiam aqui. Este segmento inteiro é cópia. Aff...

Mais um menino chega à vila.

Andy: Olá, muito bom dia para todos!

Todos: Olá! Quem é você?

Andy: Eu sou Andy. Eu vim verificar esta vila e percebi que ela não está em condições de uso. Terá de ser fechada imediatamente. Ela pode causar confusões, e nós não queremos isso, não é verdade? Bom, fazer o que... VILA FECHADA!

Todos: Oh, e agora, quem vai arrumar um lugar pra gente morar?

Chapolin: EU!

Todos: O Chapolin Colorado!!

Chapolin: Não contavam com a minha astúcia! Porque me chamaram até aqui?

Louzada: É que o Andy quer fechar a vila sem motivos!

Chapolin: Não se preocupe, o Chapolin Colorado não vai permitir, sigam-me os bons!

Chapolin e Andy entram numa discussão sobre o fechamento da vila.

Chapolin: Já chegamos a um acordo.

Todos: Qual?

Chapolin: Ele fecha a vila e vocês se viram.

Música triste. Todos abaixam a cabeça. Afinal, a vila estava fechada para sempre. Ou será que não?

Chapolin: Mas se vocês querem saber o verdadeiro final deste conto de Natal, não deixem de sintonizar o nosso próximo programa, neste mesmo canal e neste mesmo horário. Até mais!

Música alegre. Fim da história.

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Luciana Gimenez na vila – parte 1

Elenco: Chaves, Quico, Seu Madruga, Dona Florinda, Professor Girafales, Sr. Barriga, Dona Clotilde, Chiquinha. Participação especial de Luciana Gimenez.

Resumo: Luciana Gimenez tem um problema com seu carro: falta alguém para dirigir. Ela entra na vila atrás de ajuda, e espanta os vizinhos. Dona Clotilde fica com inveja, Seu Madruga quer lucrar em cima da situação, e as crianças por encontrar uma mulher tão burra quanto o Quico.

Chaves e Chiquinha saem de sua casa e vão assobiar na frente da casa do Quico. Quico sai de casa com sua bola, assobiando.

Quico: Sim, são vocês. O que desejam?

Chaves e Chiquinha: Ver televisão na sua casa!

Quico: Ih, não dá. É que minha mãe não deixa.

Chaves: Mas ela não está em casa.

Quico: Não importa, os bons meninos obedecem suas mães, mesmo que elas não estejam presentes!

Chiquinha: Ah, mas e daí, Quico, ela nunca mais voltar mesmo.

Quico: NUNCA mais vai voltar?

Chiquinha: Nunca mais, lembra que ela disse que ia ao cabeleireiro, e só ia voltar quando ficasse bem bonita? Hahaha...

Quico: Você não vai com a minha cara?

Chaves: Hihihi, só se no cabelereiro eles fazem cirurgia plástica! Hihihi...

Quico interrrompe a risada de Chaves com uma bolada.

Chaves: Agora você vai ver, Quico!

Chaves pega a bola e corre atrás de Quico com ela, mas acerta o Seu Madruga, que saía de casa.

Madruga: Tinha que ser a droga do Chaves!

Chaves: Foi sem querer querendo...

Dona Florinda chega na vila com um penteado diferente.

Quico: Mamãe, que linda a senhora tá!

Florinda: Sim, Tesouro, lembra do que eu disse, que só ia voltar quando ficasse bem bonita, e...

Chiquinha: ... e daí a senhora desistiu e veio assim mesmo?

Florinda: Como?

Quico: Ah, é mesmo, mamãe, disseram que a senhora nunca ia ficar bonita!

Florinda: Ah, e o senhor acha que é o Brad Pitt, não?

Da uma tabefe no Madruga.

Florinda: Afinal, essa gentalha, espera que entre nessa vila uma modelo famosa e apresentadora de TV, por acaso?

Nesse momento, entra na vila Luciana Gimenez, olhando para a vila. Todos ficam espantados, e Seu Madruga, com água na boca. Toca a música do Superpop.

Luciana: Oi, gente, tudo bem?

Madruga: Tudo ótimo...

Chaves: Quem é você?

Quico: Ai, Chaves, o que você tem de burro, você tem de burro! Não acredito que você não sabe quem é ela! Quem é você?

Chiquinha: Como vocês são burros, é a Luciana Gimenez, apresentadora do Superpop!

Luciana: Ai, adorei!

Chiquinha: Adorou o que?

Luciana: Esses garotinhos! Não sabem quem eu sou! Show, gente!

Madruga: Eu também não sei, eu também não sei!!

Florinda: Ora, não sabe, seu velho sem-vergonha!

Luciana: Ih, abafa o caso!

Florinda: Vamos, Tesouro, não se misture com essa gentalha!

Quico: Sim, mamãe! Gentalha, gentalha, pfff...

Quico e sua mãe vão para casa, mas Seu Madruga nem se irritou, só ficou olhando pra modelo.

Chiquinha: E porque você apareceu aqui na nossa vila?

Luciana: Bom, o meu carro, acho que ele tem um problema.

Chaves: Entre o banco e o volante?

Madruga: Chaves!!

Luciana: Ah, que fofo, né?

Chiquinha: Fofo? Mas ele disse que você não sabe dirigir!

Luciana: Nossa, você é vidente! Adorei! Acho que você podia aparecer lá no meu programa, né?

Chiquinha: Quer dizer que você não sabe dirigir mesmo?

Luciana: Claro, né! Abafa o caso! E por causa que meu carro é show...

Chaves: 2007?

Luciana: Não, claro! É um só!

Madruga: Bem... mas, enquanto isso, não gostaria de entrar e tomar uma xícara de café?

Luciana: Ah, que lindo!

Chiquinha: Mas, pai, não temos café, e...

Madruga: Chiquinha! Quer que eu tire a minha cinta?

Luciana: Abafa o caso, né! Não tá no horário certo pra isso, gente! Strip, não!

Chiquinha: Ele quis dizer que vai me dar uma surra.

Madruga: E vai ser agora, se você não se mandar!

Chiquinha: To indo, papai!

Ela vai correndo pro segundo pátio. Enquanto os dois conversam, Chaves vai procurar a bola do Quico no pátio.

Madruga: Bem, pode entrar, senhorita!

Luciana: Ah, que meigo, né! Brigada!

Madruga: Pode entrar que eu vou logo em seguida, vou buscar o café! Fique à vontade!

A apresentadora entra, e Seu Madruga fecha a porta, e fica suspirando, andando pra trás. Chaves encontra a bola perto do barril. Madruga resmunga pra ele, sem olhar.

Madruga: Ai, ai, café...

Chaves: Não, é vermelha.

Madruga: Vermelha o que?

Chaves: A cor da bola.

Madruga: Eu não estou falando disso, tonto! Olha, se livra dessa bola!

Chaves: Tá bom...

Chaves chuta a bola, e acerta o Sr. Barriga na entrada da vila.

Barriga: Tinha que ser o Chaves mesmo!

Chaves: Foi sem querer querendo, é que o Seu Madruga disse pra eu me livrar dessa bola.

Barriga: Ah, então o senhor mandou o garoto se livrar de mim, é?

Madruga: Eu??

Chaves: Não, não, ele falou da bola de ar, não da bola de gordura!

Barriga: Como?

Chaves: É que me escapuliu...

Madruga: Quer que eu te escapula um cascudo, é?

Chaves sai correndo pro segundo pátio, e o senhorio estende a mão.

Barriga: E agora, pague o aluguel!

Madruga: Ai, senhor Barriga, mas esse mês ainda nem acabou.

Barriga: Não importa, antes desse, o senhor ainda me deve 14 meses de aluguel! E duvido muito que tenha algo que o senhor possa fazer para descontar algum mês dessa dívida.

Ramón tem uma idéia, e o Professor passa por trás deles e ouve:

Madruga: Bom, e se eu disser pro senhor que Luciana Gimenez está agora mesmo na minha casa?

Sr. Barriga se espanta, e o Mestre entra na conversa.

Barriga e Girafales: Luciana Gimenez?

Madruga: Sim, pois é, pois é, pois é!

Girafales: Senhor Madruga, está bêbado?

Madruga: Eu não! E ainda, vou comprar café para tomar com ela!

Barriga: Ora, não invente histórias e pague-me o aluguel!

Madruga: Não é Barriga, Sr. História! Digo...

Barriga: Ora, se é verdade, deixe-nos vê-la!

Madruga: Calma aí, calma aí, senhores. Ainda não é hora de vê-la.

Girafales: E porque causa, motivo, razão ou circunstância não podemos vê-la?

Madruga: Pela causa, motivo, razão ou circunstância de que eu tenho que lucrar com isso, ora! Não é todo dia que se vê uma personalidade assim, e...

Os três discutem. Nessa hora, Dona Clotilde sai de sua casa, e ia tirar um lençol do varal. Ela vê eles discutindo, e escuta a frase:

Madruga: .... tenham a noção de que a própria Luciana Gimenez está dentro da minha casa! A famosa apresentadora e modelo está na minha casa!!

Ao ouvir isso, a Bruxa se espanta, nem tira o lençol, e entra na casa do Madruga, sem nenhum deles ver.

Madruga: Então, vamos discutir o preço...

Dentro da casa, Clotilde conversa com Luciana.

Clotilde: Então é você mesmo!

Luciana: Lógico, né! Brigada!

Clotilde: Bom, talvez você ainda não tenha notado, mas aqui é uma vizinhança de pessoas decentes, o que indica que a sua presença dentro da casa de um homem solteiro não é aceitável, e demonstra falta de boas maneiras.

Luciana: Nossa, show! Não entendi, mas adorei!

Clotilde: Eu quis dizer que você poderia fazer a gentileza de se retirar imediatamente.

Luciana: Ah bom, né! Assim tá ótimo, adorei! Beijos!

Luciana sai da casa do Madruga, sem nenhum dos homens verem. Ela vai para o segundo pátio. Os homens chegam a um acordo.

Girafales: ... bem, está decidido assim, Seu Madruga. O Sr. Barriga irá lhe perdoar sete meses de aluguel, e eu lhe pagarei a quantia equivalente a sete aluguéis. Sendo assim, o senhor terá dinheiro para pagar o resto da dívida, e não vai dever mais nenhum centavo ao Senhor Barriga.

Madruga: Com certeza, com certeza!

Barriga: Isso, é claro, se nós realmente vermos a Luciana Gimenez!

Madruga: Sem sombra de Barriga, Sr. Dúvida! Digo, sem sombra de dúvida, Sr. Barriga!

Girafales: Então, vamos logo!

Madruga: Sim, claro! Vamos entrar!

Os três entram na casa, e encontram Dona Clotilde sentada em uma cadeira.

Madruga: (sem vê-la) Aqui está a modelo mais famosa...

Clotilde: (abraçando ele) Ai, obrigada, Madruguinha, boneco!

Madruga: (se soltando) Sai pra lá, coisa ruim!

Clotilde: Como disse?

Madruga: Digo...

Professor: Mas o senhor disse que quem estaria aqui seria a Luciana Gimenez!

Barriga: Isso mesmo!

Madruga: (nervoso) Mas eu juro que quem estava aqui era a Luciana Gimenez! Não é verdade, Dona Clotilde?

Clotilde: (cínica) Luciana Gimenez? O senhor está bêbado? Luciana Gimenez nunca apareceu nesta vila, e duvido muito que irá aparecer um dia!

Barriga: Então era tudo mentira!

Madruga: M-mas eu posso e-explicar..

A Bruxa sai da casa, e enquanto volta pra sua casa, Quico sai da sua e pega a bola perto do tanque. Ele ouve as pancadas, e vai perto da janela da casa do Madruga olhar. Dona Florinda aparece na janela de sua casa:

Florinda: Tesouro, o que são todos esses barulhos?

Quico: Nada, mamãe, é só o Seu Madruga levando uma baita surra do Seu Barriga e do Professor Girafales.

Florinda: O Professor Girafales? Ai, Tesouro, se ele aparecer aqui, diga que vou terminar de me arrumar, sim? (e entra)

Quico: Aaaai... mais umas trinta e nove xícaras de café, e eu vou ter um novo papai! Hihi...

Enquanto a pancadaria rola solta, Quico vai com sua bola para o segundo pátio. Lá, Luciana Gimenez conversa com Chaves e Chiquinha.

Luciana: E você, hein, mocinho? Qual seu nome?

Chaves: Meu nome é...

Quico: Quer dizer que a senhora ainda está aqui na vila?

Chiquinha: Nãããoo, Quico, é que ela foi embora, e esqueceu só da cara e do corpo!

Luciana: Ai, que graça! Adorei!

Chiquinha: E o problema com o seu carro? Você não podia ligar pra alguém e pedir que venha lhe ajudar?

Luciana: Ah, sim, linda! Mas como eu ligo, hein?

Chiquinha: Talvez com esse celular aí na sua mão.

Luciana: Ah, claro! Agora entendi! Abafa!

Ela começa a mexer no celular, e Chiquinha fala para Chaves.

Chiquinha: Finalmente achamos uma mulher tão burra quanto o Quico.

Chaves: É, mas ela não tem as bochechas grandes, só os...

Luciana: Olha aqui, mocinha, olha só, eu apertei em um botãozinho aqui, e apareceu isso aqui, olha!

Chiquinha: Deixa eu ver... “cha-man-do-Ro-nal-do-És-per”.

Ronaldo: (por telefone) Alou, alou?

Luciana: Oi, Ronaldo, tudo bem? Eu tô com só um probleminha aqui no carro, você podia vir aqui só um pouquinho, bem?

Ronaldo: Claro, Luciana querida, onde você ta, linda?

Luciana: (pergunta pras crianças) Onde eu estou, hein?

Chiquinha: Na vila do Chaves.

Luciana: Na vila do Chaves, Rorô.

Ronaldo: Ah, no estúdio do SBT. Estou indo, chefinha, fui!

Chiquinha se vira pra câmera:

Chiquinha: Já tivemos a surpresa de receber Luciana Gimenez aqui na vila. O que vai acontecer quando Ronaldo Ésper chegar? Se você quer saber como essa história continua, não deixe de ver o próximo episódio, neste mesmo canal. Quanto ao horário, eu não posso garantir nada...

Continua...

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Luciana Gimenez na vila – parte 2

Elenco: Chaves, Quico, Seu Madruga, Dona Florinda, Professor Girafales, Sr. Barriga, Dona Clotilde, Chiquinha. Participação especial de Luciana Gimenez e Ronaldo Ésper.

Resumo: Luciana Gimenez continua na vila e impressiona o Sr. Barriga e o Professor, causando inveja em Dona Florinda. Ronaldo Ésper vai à vila, dá agulhadas em Dona Clotilde, e tenta roubar o vaso da Dona Florinda.

Como vocês devem lembrar, no episódio anterior, a apresentadora Luciana Gimenez aparece na vila por acaso. Por causa dela, Seu Madruga leva uma surra. No final, ela aperta o botão errado no celular, e acaba chamando Ronaldo Ésper pra vila também. O que vai acontecer quando ele chegar?

No segundo pátio, Luciana continua conversando com Chaves, Chiquinha e Quico.

Chiquinha: Nossa, então você chamou o Ronaldo Ésper pra vir aqui?

Luciana: Ai, claro, né! Lógico!

Quico: Quem é esse?

Chaves: É o cara das alfetinadas.

Chiquinha: Alfinetadas, Chaves!

Chaves: E como eu disse?

Chiquinha: Alfetinadas.

Chaves: E como é?

Chiquinha: Alfinetadas.

Chaves: E como eu...

Quico: Ai, cale-se, cale-se, cale-se, que você me deixa loooooouucooo!!

Chaves: Agora você vai ver o que te acontece quando grita comigo!

Quico: Não, Chaves, não!

Chaves começa a correr atrás do Quico em volta da fonte, os dois ficam correndo em círculo. No primeiro pátio, Sr. Barriga e Professor saem da casa do Madruguinha.

Barriga: Luciana Gimenez, hunf! Esse mentiroso... e ainda me deve 14 meses de aluguel!

Girafales: Bem, eu vou me encontrar com Dona Florinda.

Barriga: E eu vou cobrar os aluguéis do outro pátio, com licença.

Enquanto o Professor bate na porta da casa 14, Seu Barriga vai ao 2° pátio e é recebido com um soco do Chaves, que tentava acertar o Quico.

Barriga: Tinha que ser a droga do...

Ele se depara com as “bochechas grandes” da apresentadora.

Barriga: ... do, do... dos, dos... dos dois... Luciana Gimenez! Ahahaahah...

Ele desmaia.

Chaves: Foi sem querer querendo...

Luciana: Ai, que show! Não entendi nada, mas adorei!

No primeiro pátio, Professor continua batendo na porta de Dona Florinda, mas ninguém atende. Seu Madruga sai de casa todo machucado, com duas muletas.

Madruga: Aii... ai...

Girafales: Ahn, com licença, Seu Madruga. Sabe se Dona Florinda está em casa?

Madruga: Tomara que não... ai, ai...

Girafales: Olhe bem, o senhor não me venha com gracinhas.

Madruga: Não, não... eu só vou comprar uns curativos...

Girafales: É bom mesmo. Já viu o que lhe aconteceu com essa história de Luciana Gimenez, hein?

Dona Florinda sai de casa com penteado e vestido novo, sem avental.

Florinda: Professor Girafales!

Girafales: Dona Luciana! Digo... Dona Florinda!

Madruga: É melhor eu me mandar... ai...

Ramón sai lentamente, enquanto a música romântica continua.

Florinda: Desculpe-me pela demora, eu estava me arrumando.

Girafales: Não tem problema. Vim lhe trazer esta Luciana Gimenez, digo, digo...

Florinda: Hum, o senhor deve ter visto ela, não?

Girafales: Ela quem?

Florinda: Pois a Luciana Gimenez, ela estava aqui na vila.

Girafales: Então, é verdade que a verdadeira Luciana Gimenez apareceu aqui na vila??

Florinda: Sim... mas eu imagino que já tenha ido embora.

Girafales: Tomara que não...

Florinda: Como?

Girafales: Digo, tomara que sim, que já tenha ido, hehe...

Florinda: Bom, e o senhor, não quer entrar e tomar uma xícara de café?

Girafales: Não seria muita Luciana? Digo, digo...

Florinda: Não, pode entrar, pode entrar... (desanimada)

Na hora que os dois entram na casa, Dona Clotilde sai da sua para estender roupa. Nessa hora, Ronaldo Ésper chega na vila.

Ronaldo: Com licença, madame... aqui é a vila do Chaves?

Clotilde: E o que te importa? (percebe quem é) Puxa, você é o Ronaldo Ésper??

Ronaldo: E o que te importa, ora?

Clotilde: Bom, perdão, eu não tinha notado que era você, o senhor das alfinetadas.

Ele começa a olhar o vestido da Bruxa.

Clotilde: Ei, o que está olhando? Sou uma mulher solteira, mas honrada!

Ronaldo: Ih, menina, sai pra lá! O meu gosto é outro, beibi!

Clotilde: Eu já tinha percebido... mas, então?

Ronaldo: Eu só estava analisando o seu look.

Clotilde: Ah, bom... e o que achou?

Ronaldo: Terrível! Merece uma alfinetada!

Ele enfia um alfinete na bagagem da Bruxa do 71.

Clotilde: Ai!! O que é isso?

Ronaldo: Uma alfinetada, ora, bolas...

Clotilde: Mas porque, o que há de errado no meu visual?

Ronaldo: Bom, esse seu vestido azul-gremista é suuuper brega, parece que você estava tão pobre que teve que recortar um pedaço do céu pra usar como tecido.

Clotilde: Puxa, então não há nada de bom no meu visual?

Ronaldo: A única coisa boa é o chapéu. Ele é atrevidamente exótico, eu, particularmente, amei. Onde você comprou?

Clotilde: Porque você quer saber?

Ronaldo: Ora, moça, eu quero comprar um pra mi......nha mãe!

Clotilde: Hunf, não tenho tempo pra conversa furada!

A Bruxa vai para casa.

Ronaldo: Ai, minha chefa, onde você está?

Enquanto ele se questiona, as crianças e Luciana tentam acordar o Sr. Barriga.

Luciana: Acorda, fofo, acorda!

Barriga: Ai... ai... (olha pros melões) aaaaiii.... (e desmaia novamente)

E, na casa da velha carcumida:

Florinda: Bom, Professor Girafales, eu comprei este vaso para colocar as flores que o senhor me deu.

Ela mostra um vaso branco de cerâmica, com as flores dentro, e o coloca na janela.

Florinda: O senhor gostou, Professor?

Girafales: Dona Florinda, a senhora tem muito bom gosto.

Florinda: Ai...

Enquanto os dois se amaciam, Ésper vê o vaso na janela.

Ronaldo: Não vou roubar, não vou roubar... vou roubar!

Ele sorrateiramente pega o vaso da janela da casa, e vai pulando pra entrada da vila, mas tromba com o Seu Madruga, que estava de muletas, e fica com o vaso na mão.

Madruga: Ei, você não tem olhos, e... Ronaldo Espio!!

Ronaldo: Ai, ai... é Ésper, e... ai, meu deus...

O casal sai da casa.

Florinda: Mas onde foi parar esse vaso, e... (vê na mão do Seu Madruga) claro, só podia ser o senhor mesmo! (dá uma bofetada)

Girafales: (pegando o vaso da mão dele) O senhor não tem vergonha?

Madruga: Mas eu...

Florinda: Cale-se! É o que dá viver no meio dessa gentalha!

Nesse exato momento, dentro da cabeça oca do Quico, ressoa a palavra “gentalha”. Ele, como um robô, solta a bola e vai pro primeiro pátio, fazendo Luciana e os outros estranharem. Ele chega no Madrugada e:

Quico: Gentalha, gentalha, pfff!!

Nessa hora, a família dos três vê o Rorrô.

Quico, Florinda e Girafales: Ronaldo Ésper!!

Ronaldo: Hihi, em carne e alma!

Florinda: O que tamanha celebridade faz aqui na vila?

Ronaldo: Bom, estou procurando minha diva, Lulu Gigi!

Girafales: A Luciana Gimenez?? Ela está aqui na vila?? Que ótimo, e... (vê a expressão da Florinda)... e, SE ela estiver, claro...

Madruga: Viu, eu disse a verdade! O senhor me deve...

Começa uma discussão entre os cinco.

No segundo pátio, Sr. Barriga continua desmaiado, e Chaves, Chiquinha e Luciana ouvem a gritaria.

Luciana: Ih, gente, é polêmica! Eu pre-ci-so ver o que tá acontecendo lá! Isso dá audiência! Ai, fui!

Chiquinha: Eu vou com você! Chaves, cuida do Sr. Barriga.

As duas vão para o primeiro pátio. Luciana acalma a discussão.

Luciana: Gente, gente, chega, abafa o caso! Cada um fala de uma vez, e... Rorrô!!

Ronaldo: Lulúúú!!

Chiquinha: Ronaldo Ésper??

Girafales: Luciana Gimenez!!

Madruga: Eu disse que era verdade, agora me paga o...

O Girafão nem escuta ele, e vai bem bobão perto da modelo, com o vaso na mão.

Girafales: Não quer entrar e tomar uma xícara de café?

Florinda se espanta.

Luciana: Ai, que meigo, ai, quero sim!

Girafales: Pode entrar, ai, ai...

Florinda: B-bom, se é assim, todos estão convidados...

Madruga e Chiquinha: Iupííí!!

Florinda: Todos os FAMOSOS!

Chiquinha: Hunf, eu não queria mesmo!

Madruga: Deixa, filhinha, vem me ajudar com os curativos, e...

Professor, Luciana, Ronaldo e Quico entram na casa 14, e Chiquinha e Seu Madruga entram em sua casa. Dona Florinda fala pra câmera:

Florinda: Tomara que não falte café!

E entra. No segundo pátio, Chaves tenta acordar Seu Barriga:

Chaves: Senhor Barriga...

Barriga: Eu estou aqui, Luciana, meu bem! (dá de cara com o Chaves) E a Luciana?

Chaves: Não sei...

Barriga: Hunf, era bom demais pra ser verdade, foi uma alucinação por causa da pancada da droga do Chaves!!

Chaves: Foi sem querer querendo...

Barriga: Sem querer querendo, hunf!!

O senhorio vai até o primeiro pátio, e bate na porta 14. Dentro da casa, Quico e Ronaldo conversam na mesa, e o Professor tenta se aproximar de Luciana no sofá. Dona Florinda, chateada, coloca novamente o vaso na janela, e vê o Sr. Barriga do lado de fora.

Florinda: Ah, senhor Barriga. Vou abrir a porta.

Ela abre a porta e ele, de cara, vê Ronaldo Ésper na mesa.

Barriga: Ronaldo Ésper, o senhor das alfinetadas!!

Ronaldo: Eu mesmo, bem.

Quico: Hihi, se você der uma alfinetada no Sr. Barriga, ele explode!

Barriga: Como é?

Luciana: Ai, abafa o caso!

Barriga: Abafa o casooo.... (desmaia ao ver Luciana)

Quico: Se o chão rachar, não tem problema, a vila é dele mesmo!

Enquanto isso, Chaves, Chiquinha, Dona Clotilde e Seu Madruga estão na casa deste, enquanto a Bruxa coloca curativos nele.

Madruga: ... então o Ronaldo Ésper deu uma alfinetada na senhora?

Clotilde: Sim, senhor.

Chaves: E a senhora não murchou?

Madruga: Chaves!!

Chiquinha: Murchou, sim, olha como a pele dela tá murcha!

Madruga: Chiquinha!!

Clotilde: Esqueça, Seu Madruga.

Madruga: E ainda por cima, ele estava tentando roubar um vaso da Dona Florinda.

Clotilde: Puxa, será que ele não aprendeu ainda que essa história de roubar vasos não dá certo?

Madruga: Pois é, mas pra ele deu certo, porque a culpa ficou em mim! E agora, ele está lá dentro da casa da Dona Florinda.

Clotilde: Então, ele deve estar maquinando uma maneira de roubar aquele vaso.

Dentro da casa 14, enquanto Florinda prepara o café na cozinha, Quico assiste tv sentado no chão. No sofá atrás dele, Sr. Barriga e Professor sentam cada um de um lado de Luciana, olhando abobadamete para ela, enquanto ela vê tv. E Ronaldo tenta chegar perto do vaso na janela, fica admirando ele. Quando vê que todos estão distraídos, ele ia colocar a mão no vaso, mas Dona Florinda chega.

Florinda: Aqui está o caf...

Ronaldo: Aaaaaiii!!

Luciana: Ai, meu deus, que susto, Rorrô, o que aconteceu?

Nessa hora, Dona Clotilde sai da casa do Seu Madruga, enquanto Ronaldo, na janela, do lado de dentro, tenta achar uma desculpa.

Ronaldo: Não, nada, é que eu... eu... eu vi uma mulher com um vestido horribilíssimo lá fora, foi isso.

Clotilde: (achando que era para ela) Horribilísssimo. Você não tem espelho, não? (e entra em casa ofendida)

Florinda: (eles dentro da casa, ela segurando a bandeja) Bom, Ronaldo Ésper, e o que você diz do visual que eu estou estreando hoje?

Ronaldo: Bem, só posso lhe comentar uma coisa!

Ele dá uma alfinetada na poupança dela...

Florinda: Aaaaaii!!

... o que faz com que ela derrube a bandeja com todo o café em cima do Quico.

Quico: (se levantando, sério) Mamãe...

Florinda: Ai, Tesouro, foi sem querer, é que eu...

Quico: Chega. É melhor não dizer mais nada.

Ele sai sério da casa, todo molhado de café, e vai para sua parede:

Quico: Aaarrrrrrhhh....

Dentro da casa:

Florinda: (pra Luciana) Isso tudo é culpa sua e desse seu...

Ela começa a discutir com Luciana, e Professor e Sr. Barriga só ficam olhando pra Luciana. Ronaldo Ésper aproveita a deixa para sorrateiramente, pegar o vaso, e sair da casa. Ele vai indo pra entrada, onde Quico estava chorando. Ele foi pensando que não seria visto, mas Quico apenas estica a mão e o barra:

Quico: Aonde o senhor pensa que vai com o vaso da minha mamãe??

Ronaldo: Bom, é que eu, bem.. ai, que coisa, eu...

Quico: MAMÃÃÃEEE!!!

Nesse grito, Dona Clotilde sai de sua casa, Chaves, Chiquinha e Seu Madruga da sua, e Dona Florinda da sua.

Florinda: Nem precisa falar nada, Tesouro!

Ela vai direto no Seu Madruga e dá uma bofetada.

Quico: Não foi ele, mamãe!

Florinda: Não??

Madruga: Claro que não, olha lá quem está com o seu vaso na mão! Bate nele agora!

Todos começam a discutir. Luciana, junto com o Professor e Seu Barriga, sai da casa e tenta abafar o caso, mas não consegue. Quico se irrita.

Quico: AAAAII, CALEM-SE, CALEM-SE, CALEM-SE, QUE VOCÊS ME DEIXAM LOOOOOUUUUCOOOO!!!

Chaves: ... tudo por causa do vaso da velha carcumida!

Florinda: Como disse, Chaves?

Chaves: É que me escapuliu...

Clotilde: Bom, o caso é que Ronaldo Ésper roubou o vaso da Dona Florinda!

Luciana: Ai, Ronaldo, outra vez, né??

Ronaldo: Mas, chefa, é que “foi sem querer querendo”...

Luciana: Acho que o jeito é resolver isso lá no meu programa, né, gente??

Chiquinha e Seu Madruga: Eba!!

Começa outra discussão com todos. Chaves se afasta e fala pra câmera:

Chaves: Como será que eles vão resolver o problema do vaso roubado? Não deixe de conferir o nosso próximo programa, o horário, eu não sei, e o canal, eu também não sei. Depende se a gente vai resolver isso aqui, ou no Superpop...

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Contando com o episódio "A Casinha da Chiquinha", eu já criei 6 roteiros de episódios:

"Os Bolos da Dona Clotilde" (1973)

"O Chocolate Premiado" (1973)

"A Vacina das Crianças" (1976)

"Seu Madruga Resfriado" (1978)

"A Moeda Perdida" (1976)

Estão em fase de planejamento 7 roteiros de episódios:

"A Revista em Quadrinhos" (1977)

"O Velório" (1973)

"O Diretor da Escola" (1974)

"O Esqueleto Humano" (1973)

"A Serenata do Professor Girafales" (1976)

"O Sanduíche de Presunto" (1978)

"Aprendendo a Ganhar Dinheiro" (1973)

Vou ver se amanhã consigo postar mais um roteiro de um episódio. Provavelmente será "Os Bolos da Dona Clotilde" (1973).

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