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Cotas - a favor ou contra?


Antonio Felipe

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Seu Madruga Veste Preto

Totalmente contra a cotas raciais e parcialmente a favor de cotas sociais.

Negros tem total capacidade de ter desempenho igual ou melhor ao de um branco. Esse método beneficia os negros pobres, mas não podemos esquecer que existem brancos pobres também. E é por isso que eu sou a favor de cotas sociais a médio prazo para pessoas pobres que não encontram na escola pública a qualidade de uma particular. Essas cotas seriam aplicadas enquando se aplica pesados recursos na eduação fundamental. Quando a geração beneficiada por essa melhoria na escola básica chegar a universidade, não haveria mais necessidade de cotas.

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Sou a favor de cotas.

O discurso de Reparação Histórica ta valendo. Negros sempre foram os mais excluídos da sociedade. É um absurdo eles fazerem parte de 48% da população, e apenas 2% estarem nas Univeridades Brasileiras. Eu tbm concordo que devemos melhorar o ensino público, mas todos sabem que esse é um processo utópico. As privatizações capitalistas falam mais alto... Cotas não aumentam o racismo, isso é falso. O preconceito contra o negro existe e sempre existiu na sociedade, com ou sem cotas.

As cotas é uma forma de "Ação Afirmativa".

Aliás, nunca antes foi falado sobre a questão do negro na sociedade. Só agora ocorre esses questionamentos, justamente pq muitos se sentem que seus próprios interesses são ameaçados.

Tudo isso só mostrou o egoísmo que ainda existe na nossa Sociedade Conservadora.

kra, eu sou negro, e acho q isso é racismo sim

concordo q os negros são alvo de preconceito até hj, embora a midia tente dizer o contrário

mas acho q as cotas só aumentam o racismo, pois da a impressão de q o governo acha q os negros não podem competir com os brancos

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mas acho q as cotas só aumentam o racismo, pois da a impressão de q o governo acha q os negros não podem competir com os brancos

Não, isso você acha porque é o que querem que você ache.

Eu concordo com o renan.

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la vem o marxista national geographic ¬¬

quer dizer que se eu não passar por causa dessa maldita cota e reclamar do sistema, eu vou ser egoísta? só os negros atualmente pobres foram deixados em condições de escravidão, foram marginalizados pelos colonizadores? lembre-se que tem muito negro rico hj em dia, muito descendente de italiano e alemão que chegou aqui e viveu praticamente um escravismo às escondidas...

enfim

eu que não quero perder um ano da minha vida por algo que eu não tive culpa alguma

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só os negros atualmente pobres foram deixados em condições de escravidão, foram marginalizados pelos colonizadores? lembre-se que tem muito negro rico hj em dia

Claro que tem. E tem mais, os negros ricos são 88% da população do Brasil, correto?

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Sou a favor de cotas.

O discurso de Reparação Histórica ta valendo. Negros sempre foram os mais excluídos da sociedade. É um absurdo eles fazerem parte de 48% da população, e apenas 2% estarem nas Univeridades Brasileiras. Eu tbm concordo que devemos melhorar o ensino público, mas todos sabem que esse é um processo utópico. As privatizações capitalistas falam mais alto... Cotas não aumentam o racismo, isso é falso. O preconceito contra o negro existe e sempre existiu na sociedade, com ou sem cotas.

As cotas é uma forma de "Ação Afirmativa".

Aliás, nunca antes foi falado sobre a questão do negro na sociedade. Só agora ocorre esses questionamentos, justamente pq muitos se sentem que seus próprios interesses são ameaçados.

Tudo isso só mostrou o egoísmo que ainda existe na nossa Sociedade Conservadora.

kra, eu sou negro, e acho q isso é racismo sim

concordo q os negros são alvo de preconceito até hj, embora a midia tente dizer o contrário

mas acho q as cotas só aumentam o racismo, pois da a impressão de q o governo acha q os negros não podem competir com os brancos

claro... nas escolas publicas tbm tem brancos... nada ver querer dizer q negro é pobre e branco eh rico ou classe media... pode até ser q uma maioria seja, mas não tem motivo pra generalizar... igualdade pra todos!

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Totalmente contra a cotas raciais e parcialmente a favor de cotas sociais.

Negros tem total capacidade de ter desempenho igual ou melhor ao de um branco. Esse método beneficia os negros pobres, mas não podemos esquecer que existem brancos pobres também. E é por isso que eu sou a favor de cotas sociais a médio prazo para pessoas pobres que não encontram na escola pública a qualidade de uma particular. Essas cotas seriam aplicadas enquando se aplica pesados recursos na eduação fundamental. Quando a geração beneficiada por essa melhoria na escola básica chegar a universidade, não haveria mais necessidade de cotas.

[2]

só os negros atualmente pobres foram deixados em condições de escravidão, foram marginalizados pelos colonizadores? lembre-se que tem muito negro rico hj em dia

Claro que tem. E tem mais, os negros ricos são 88% da população do Brasil, correto?

Não. Os brancos ricos são 88% da população do Brasil. :assobiando:

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Não tem que ficar pensando em cota étnica, mas, sim, em cota social. O problema que a cota quer resolver não está ligado à etnia, mas a problema social, que abrange a todos, seja índio, seja branco, seja pardo, seja negro, seja o que for. Pobreza não é sinônimo de negro, nem de qualquer outra etnia. Querer, como querem alguns, fazer negros de vítimas, é errado. A escravidão foi um ato hediondo, mas algumas pessoas "se esquecem" que na África existia o mesmo sistema escravocrata, se esquecem que as próprias tribos africanas caçavam outros negros para vendê-los para os brancos. Por isso não tem esse papo de "branco-mal-perseguidor". A escravidão já existia na África há séculos.

Além da grande falha do sistema de cota pretendido, dou outro. Conheço um rapaz, colega de faculdade, que é filho de uma negra (quase azul) com um descendente de alemão. Ele é quase uma vela, de tão branco, tem o cabelo aloirado e os olhos verdes. Então, vai dar cota pra ele ou não? Pq se der pra ele, vai dar pra 90% dos brasileiros, pois já foi comprovado que 90% dos brasileiros tem sangue negro.

E por falar em negritude, a própria antropologia já disse que no Brasil negro não é negro, é mestiço, que negro só existe na África, pois a miscigenação foi de tal ordem aqui, que os "negros" perderam características da sua etnia, e ganharam novas, diferentes, por isso, geneticamente, o negro brasileiro é tão diferente de um africano, quanto este com um finlandês. Então, se pra antropologia, ciência competente no assunto, não existe etnia no Brasil, seja qual for, então voltamos ao problema da pele. E se derem cota por questão de pele, é arbitrário, sem qualquer respaldo, no achismo. Isso, o tratamento especial dado a alguém, gera discórdia.

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se for pra dar cota, que não retire a vaga de quem ganha a vaga na faculdade estudando... se for pra fazer "panis et circencis" (se errei, não sei como eh exatamente), que faça decentemente

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Matéria completa da Veja:

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Os gêmeos Alex e Alan Teixeira da Cunha, 18 anos, filhos de pai negro e mãe branca

A decisão da banca da Universidade de Brasília que determina quem tem direito ao privilégio da cota mostra o perigo de classificar as pessoas pela cor da pele – coisa que fizeram os nazistas e o apartheid sul-africano

Um absurdo ocorrido em Brasília veio em boa hora. Ele é o sinal de que o Brasil está enveredando pelo perigoso caminho de tentar avaliar as pessoas não pelo conteúdo de seu caráter, mas pela cor de sua pele. No início de maio, o estudante Alan Teixeira da Cunha, de 18 anos, e seu irmão gêmeo, Alex, foram juntos à Universidade de Brasília (UnB) para se inscrever no vestibular. Visto que têm pele morena, eles optaram por disputar o concurso por meio do sistema de cotas raciais. Desde 2004, a UnB – e outras 33 universidades do país – reserva 20% de suas vagas a alunos negros e pardos que conseguem a nota mínima no exame. Alan e Alex são gêmeos univitelinos, ou seja, foram gerados no mesmo óvulo e, fisicamente, são idênticos. Eles se inscreveram no sistema de cotas por acreditar que se enquadram nas regras, já que seu pai é negro e a mãe, branca. Seria de esperar que ambos recebessem igual tratamento. Não foi o que aconteceu. Os "juízes da raça" olharam as fotografias e decidiram: Alex é branco e Alan não.

Alan, que quer prestar vestibular para educação física, foi classificado como preto na subcategoria dos pardos e pode se beneficiar do sistema de cotas. Alex, que pretende cursar nutrição, foi recusado. "Não sei como isso é possível, já que eu e meu irmão somos iguais e tiramos a foto no mesmo dia", diz Alex, que recorreu da decisão. A UnB informa que o recurso está sendo analisado e o resultado sairá nesta quarta-feira. A avaliação divergente dos irmãos Alan e Alex pela UnB é uma prova dos perigos de tentar classificar as pessoas por critério racial. Em todas as partes onde isso foi tentado, mesmo com as mais sólidas justificativas, deu em desastre. Os piores são as loucuras nazistas e as do apartheid na África do Sul. Ambas causaram tormentos sociais terríveis com a criação de campos de concentração e guetos. Os nazistas exterminaram milhões de pessoas, principalmente judeus, em nome da purificação da raça.

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Biologicamente as raças são chamadas de subespécies e definidas como grupos de pessoas – ou animais – que são fisiológica e geneticamente distintos de outros grupos. São da mesma raça os indivíduos que podem cruzar entre si e produzir descendentes férteis. Esse é o conceito científico assentado há décadas. Recentemente, porém, esse conceito foi refinado. Pode haver mais variação genética entre pessoas de uma mesma raça do que entre indivíduos de raças diferentes. Isso significa que um sueco loiro pode ser, no íntimo de seus cromossomos, mais distinto de outro sueco loiro do que de um negro africano. Em resumo, a genética descobriu que raça não existe abaixo da superfície cosmética que define a cor da pele, a textura do cabelo, o formato do crânio, do nariz e dos olhos. Como os seres humanos e a maioria dos animais baseiam suas escolhas sexuais na aparência, a raça firmou-se ao longo da evolução e da história cultural do homem como um poderoso conceito. Em termos cosméticos sempre será assim, mas tentar explicar as diferenças intelectuais, de temperamento ou de reações emocionais pelas diferenças raciais é não apenas estúpido como perigoso.

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O sistema de cotas raciais nas universidades foi uma promessa de campanha do presidente Lula. Embora já encampada pelas universidades, a lei que o regulamenta espera aprovação no Congresso, junto com outra lei temerária que institucionaliza o cisma racial no país: o Estatuto da Igualdade Racial. Caso os dois projetos sejam aprovados, metade das vagas nas universidades federais terá de ser preenchida por negros. O mérito acadêmico fica em segundo plano. Também haverá cotas para negros no funcionalismo público, nas empresas privadas e até nas propagandas da TV. As certidões de nascimento, prontuários médicos e carteiras do INSS terão de informar a raça do portador. Ao matricularem os filhos na escola, os pais terão de informar se eles são negros, brancos ou pardos. A lei de cotas e o estatuto racial são monstruosidades jurídicas que atropelam a Constituição – ao tratar negros e brancos de forma desigual – e oficializam o racismo. Resume a antropóloga Yvonne Maggie, da Universidade Federal do Rio de Janeiro: "A discriminação existe no dia-a-dia e precisa ser combatida, mas, se ambas as leis entrarem em vigor, estaremos construindo legalmente um país dividido em raças, e isso é muito grave. Será como tentar apagar fogo com gasolina".

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As políticas raciais que se pretende implantar no país por força da lei têm potencial explosivo porque se assentam numa assertiva equivocada: a de que a sociedade brasileira é, em essência, racista. Nada mais falso. Após a abolição da escravatura, em 1888, nunca houve barreiras institucionais aos negros no país. O racismo não conta com o aval de nenhum órgão público. Pelo contrário, as eventuais manifestações racistas são punidas na letra da lei. O fato de existir um enorme contingente de negros pobres no Brasil resulta de circunstâncias históricas, não de uma predisposição dos brancos para impedir a ascensão social dos negros na sociedade – como já foi o caso nos Estados Unidos e na África do Sul. Até as primeiras décadas do século XX, prevalecia o pensamento racista no Brasil. Sociólogos defendiam a tese de que, para o país se desenvolver, era necessário "embranquecê-lo", diminuindo a porção de sangue negro que circulava nas veias do povo. O sociólogo pernambucano Gilberto Freyre foi um dos pioneiros no combate a esse raciocínio perverso, não apenas por nobilizar o papel do negro na formação da identidade nacional brasileira. Freyre foi além disso ao mostrar que as culturas e não as diferenças raciais eram os fatores decisivos nos processos civilizatórios.

Depois de Freyre, a miscigenação racial foi sendo gradualmente aceita até se transformar, hoje, num valor cultural dos brasileiros. A música popular, por exemplo, não cansa de festejá-la. O país tem orgulho da beleza de suas mulatas. Diz o sociólogo Simon Schwartzman, ex-presidente do IBGE: "O preconceito racial existe, mas existe também um histórico de convivência amigável, de aceitação das diferenças raciais, religiosas e culturais que representam um patrimônio a ser aperfeiçoado. Por que não progredir nesse caminho, em vez de dividir a sociedade em raças estanques?".

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A inspiração para a adoção de cotas "raciais" são os Estados Unidos. Lá, uma secular história de discriminação dos negros foi amenizada pela integração forçada nas escolas e nos locais de trabalho. Nunca houve nada parecido no Brasil. Não há por aqui escolas ou bairros só para negros. Enquanto em alguns estados americanos o casamento entre brancos e negros era proibido, no Brasil é um fato do cotidiano que não causa nenhuma atenção. Quem acha que o problema racial no Brasil é parecido com o dos Estados Unidos, nunca leu os elogios à nossa democracia racial feitos por tantos autores negros americanos. A história tem exemplos eloqüentes de que a oficialização da discriminação racial tem conseqüências desastrosas. O mais notório deles, evidentemente, é o genocídio promovido por Hitler entre os judeus. Os nazistas desenvolveram metodologias para determinar o grau de impureza racial das pessoas e separá-las dos alemães. O geneticista Otmar von Verschuer, mentor de Josef Mengele, o médico-monstro de Auschwitz, foi um dos expoentes desse procedimento. Com base em medidas que incluíam as feições e características do rosto, a cor dos olhos e o tamanho e o formato do crânio, Von Verschuer doutrinou centenas de médicos, funcionários de saúde e oficiais da SS no anti-semitismo pseudocientífico, ou seja, na arte de reconhecer um judeu.

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A África do Sul viveu décadas de turbulência e esfacelamento da sociedade após instituir, em 1948, o apartheid, que segregava os negros. A nova Constituição, aprovada em 1996, proibiu todo tipo de discriminação racial. O governo tentou incluir os negros na sociedade branca com um conjunto de medidas chamado de "ação afirmativa". Entre elas estava a inclusão de negros em cargos do funcionalismo público e a obrigação das escolas e universidades do país em aceitar cotas de estudantes negros. O resultado foi um desastre. A qualidade do serviço público despencou e o desemprego entre os negros subiu de 36% para 44%. A lição aqui não é a de que os negros fazem um trabalho pior que os brancos. E, sim, a de que, para uma sociedade funcionar perfeitamente, o melhor sistema é distribuir as vagas na universidade e os empregos públicos com base puramente no mérito individual, independentemente da cor da pele.

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A discriminação do diferente ou estrangeiro é tão antiga quanto a civilização. Os gregos viam com desprezo os estrangeiros e os chamavam de "bárbaros" – significando "aqueles que gaguejam" –, por não saberem falar grego. No século XX, a discriminação racial se amparou no raciocínio de cientistas, sociólogos e pensadores hoje relegados à lata de lixo da história. Em 1883, o inglês Francis Galton criou o conceito de eugenia, que pregava o aperfeiçoamento humano através do cruzamento seletivo entre pessoas com características desejáveis, como inteligência ou força física. Pouco antes de Galton, disseminaram-se com sucesso as idéias do franzino e arrogante conde francês Joseph-Arthur de Gobineau. Em seu célebre ensaio A Desigualdade das Raças Humanas, Gobineau defendia a tese de que os alemães, descendentes de um povo mítico, os arianos, representavam a raça suprema no mundo moderno. Chefe da delegação francesa ao Brasil em 1869, o conde previu que logo o país se tornaria terra despovoada em conseqüência dos casamentos inter-raciais. Gobineau achava que negros, brancos e índios não apenas formavam raças diferentes, mas espécies completamente distintas. Portanto, o cruzamento entre elas produziria descendentes estéreis, como a égua e o jumento resultam na mula.

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Além de pisotear a Constituição, tratando negros e brancos de forma desigual, o projeto de separar os brasileiros e definir direitos com base na "raça" é também um disparate científico. "Os genes que determinam a cor da pele de uma pessoa são uma parte ínfima do conjunto genético humano – apenas seis dos quase 30.000 que possuímos", diz a geneticista Maria Cátira Bortolini, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em parceria com o geneticista mineiro Sérgio Pena, Maria Cátira é autora de um estudo recente que mostra que os negros brasileiros por parte de pai têm em média mais genes europeus do que africanos (veja o quadro). Sérgio Pena, por seu turno, divulgou na semana passada um outro estudo, feito em parceria com a BBC Brasil, mostrando que várias celebridades negras brasileiras também têm forte ascendência européia. "Esses estudos mostram que é impossível dividir a humanidade em raças", diz Pena. O grande geneticista italiano Luca Cavalli-Sforza, em seu monumental estudo sobre as raças humanas lançado em 1995, resumia: "Não é que todos os seres humanos sejam iguais, mas as variações dentro de uma mesma comunidade são tão grandes quanto entre comunidades diferentes".

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A diferença de cor de pele é um fenômeno relativamente recente na história da humanidade. Quando o Homo sapiens surgiu, há 200.000 anos, todos tinham a pele negra e habitavam a África. À medida que foram se espalhando pelo mundo, primeiro na Ásia, depois na Oceania, na Europa e na América, as populações se adaptaram aos novos ambientes. Os cientistas acreditam que a seleção natural exercida nesses ambientes tenha dado origem às diferentes cores de pele e características anatômicas que distinguem as raças. Na África, a pele escura do ser humano foi preservada para protegê-lo do alto grau de radiação ultravioleta do sol. O grupo que migrou para o norte da Europa sofreu uma pressão seletiva no sentido do clareamento da pele para aproveitar melhor o sol fraco e sintetizar a vitamina D, essencial para os ossos. Toda essa diferenciação no tom de pele ocorreu nos últimos 20.000 anos, segundo geneticistas. O Brasil, que tinha o privilégio de ser oficialmente cego em relação à cor da pele de seus habitantes, infelizmente corre o risco de ser mergulhado no ódio racial.

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Atentem para este parágrafo:

Biologicamente as raças são chamadas de subespécies e definidas como grupos de pessoas – ou animais – que são fisiológica e geneticamente distintos de outros grupos. São da mesma raça os indivíduos que podem cruzar entre si e produzir descendentes férteis. Esse é o conceito científico assentado há décadas. Recentemente, porém, esse conceito foi refinado. Pode haver mais variação genética entre pessoas de uma mesma raça do que entre indivíduos de raças diferentes. Isso significa que um sueco loiro pode ser, no íntimo de seus cromossomos, mais distinto de outro sueco loiro do que de um negro africano. Em resumo, a genética descobriu que raça não existe abaixo da superfície cosmética que define a cor da pele, a textura do cabelo, o formato do crânio, do nariz e dos olhos. Como os seres humanos e a maioria dos animais baseiam suas escolhas sexuais na aparência, a raça firmou-se ao longo da evolução e da história cultural do homem como um poderoso conceito. Em termos cosméticos sempre será assim, mas tentar explicar as diferenças intelectuais, de temperamento ou de reações emocionais pelas diferenças raciais é não apenas estúpido como perigoso.

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Quem posta reportagem da Veja não merece meu respeito. Sinceramente.

Por que?

Eu pelo menos achei a matéria muito boa.

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Por que?

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aff. Veja é a revista mais tendenciosa que tem no brasil. Isso não é imprensa, é sensacionalismo.

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