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Greve dos atores de Hollywood chega ao fim

Acordo assinado no último dia 5 encerra oficialmente a mobilização iniciada em julho com vitórias conquistadas pela categoria

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Foi aprovado na última terça-feira (5), um acordo entre o Sindicato dos Atores Norte-Americanos (SAG-AFTRA) e a Aliança dos Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP), que oficializou o término da greve dos trabalhadores da indústria cinematográfica e de entretenimento dos EUA, deflagrada em 14 de julho deste ano e que se encontrava suspensa desde o dia 9 de novembro.

O acordo foi votado pelos membros do sindicato, registrando 78% de aprovação e teve como reivindicações atendidas o aumento de 7% no salário-base da categoria, e também, medidas de proteção contra o impacto das tecnologias de Inteligência Artificial (IA) sobre o uso e divulgação da imagem de atores e atrizes.

A atividade grevista se iniciou no bojo da greve da WGA, sindicato que representa os roteiristas de cinema do país norte-americano, iniciada no último mês de maio.

Esse movimento deu início a uma grande agitação em meio às demais categorias do setor de entretenimento e, uma vez que o acordo coletivo de trabalho dos atores estava previsto para expirar em junho, a SAG-AFTRA começou a se movimentar para articular a negociação de um novo contrato, sinalizando um indicativo de greve para pressionar os estúdios de cinema, representados pela AMPTP. Como a data final estabelecida para a assinatura de um novo contrato (12 de julho) chegara sem o acordo, o sindicato decidiu iniciar a greve, para ganhar maior poder de barganha nas negociações.

Assim, a indústria cinematográfica de Hollywood se viu em meio à maior crise trabalhista desde 1960, uma vez que dois dos sindicatos mais importantes, o dos atores e o dos roteiristas, se encontraram simultaneamente com as atividades paralisadas.

Ao longo do mês de julho, diversas ações foram realizadas pelo movimento grevista, se concentrando nas cidades de Los Angeles e Nova Iorque, com a realização de piquetes em frente aos escritórios dos maiores estúdios da indústria de cinema, Disney, Universal, Paramount, Netflix, Warner Bros., e também de emissoras de TV, como NBC e Fox. Os atos do movimento chegaram ao seu ápice quando, no dia 25 de julho de 2023, milhares de atores e atrizes realizaram uma passeata na Times Square, um dos principais pontos da cidade de Nova Iorque, como parte das manifestações da categoria pelo atendimento das reivindicações.

Como resultado do movimento, diversas produções de cinema e televisão tiveram suas gravações suspendidas pela greve, assim como eventos de entretenimento foram esvaziados pela não participação de alguns dos atores e atrizes mais célebres.

Mesmo com várias tentativas de boicote por parte dos estúdios de cinema, a greve continuou ao longo do mês de agosto e, no início de setembro, uma votação de 98,32% dos membros da SAG-AFTRA resolveu pela ampliação da greve para o setor da indústria de videogames. Já no final do mês, mesmo com o fim da greve encabeçada pela WGA, a SAG-AFTRA se pronunciou pela continuidade do movimento grevista dos atores até que a reivindicação de um novo acordo coletivo fosse atendida.

Em outubro a SAG-AFTRA e a AMPTP se reuniram pela primeira vez para tratar das reivindicações de greve, realizando ainda outras reuniões ao longo de todo o mês, porém sem que se chegasse a nenhum acordo. No início de novembro a SAG-AFTRA enviou uma mensagem aos seus membros informando que a contraproposta dos representantes dos estúdios “continha vários itens essenciais sobre os quais nós ainda não temos concordância”. Não obstante, em 8 de novembro o sindicato declarou ter aberto um processo de negociação com a AMPTP, suspendendo a greve e cancelando os piquetes. A suspensão durou quase 1 mês até que, finalmente, no último dia 5, a greve foi declarada oficialmente terminada.

Em que pese a conquista de importantes reivindicações pelo movimento, vale ressaltar que diversos pontos colocados no início das tratativas não foram contemplados pelo acordo, como o aumento de 11% dos salários, visto que o aumento estabelecido no contrato foi de apenas 7%. Assim, o balanço da greve deixa ainda muitas lutas a serem travadas contra a exploração dos monopólios da indústria de entretenimento, que passa longe de contar com o apoio das categorias profissionais que a constroem, o que se confirmou pelos quase 5 meses de paralisação e, também, pela votação que decidiu em favor do encerramento da greve, em que houve uma elevada abstenção de 61,85%.

https://causaoperaria.org.br/2023/greve-dos-atores-de-hollywood-chega-ao-fim/

 

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COLUNA

O cinema de Piotr Szulkin

Transcendência metafísica e materialismo histórico na trama cinematográfica

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No sistema capitalista, sabe-se bem, as formas de artes terminam inseridas em esteiras de produção, cujos efeitos danosos, certamente, incidem na repressão da criatividade; nessas circunstâncias, livros, músicas, histórias em quadrinhos, peças de teatro, filmes etc. tornam-se excessivamente repetitivos, seja nos conteúdos ideológicos, seja nas formas de expressão estética. Por consequência, uma vez vinculada ao comércio e subordinada às regras da especulação financeira, a arte tende a justificar a ideologia dos patrocinadores cujas indústrias culturais, enquanto monopólios, buscam pela destruição das culturas locais, impondo, assim, os modos de vida e de exploração imperialistas.

Na música, por exemplo, a afirmação do sistema tonal e a uniformidade da afinação dos instrumentos musicais coincide com a ascensão de burguesia, quando o artesanato local perde espaço para as indústrias multinacionais; por isso, não causa espanto que, atualmente, os timbres das músicas japonesa, brasileira, cubana, espanhola etc. sejam quase os mesmos, afinal, trata-se dos mesmos instrumentos musicais, fabricados multinacionalmente, das mesmas gravadoras, responsáveis pelo comércio, e dos mesmos meios de comunicação, regidos pelos mesmos princípios das fábricas e das gravadoras.

No cinema, boa parte da produção dos países explorados pelo imperialismo termina relegada ao esquecimento nos próprios territórios; em sua voracidade, a indústria cultural cinematográfica não poupa sequer a Europa, haja vista o silenciamento de cinemas antes tão significativos, como foram, no século XX, os cinemas feitos na Espanha, França, Itália, Inglaterra, Alemanha e Rússia. Dessa maneira, em meio a cineastas pouco conhecidos, vale a pena lembrar da ficção científica do polonês Piotr Szulkin, nascido em 1950 e falecido em 2018; para tanto, comentaremos dois filmes seus: (1) “A guerra dos mundos: próximo século”, de 1981; e (2) “O-bi, o-ba: o fim da civilização”, de 1985.

No primeiro, “A guerra dos mundos: próximo século”, logo na dedicatória, apresentada após os créditos iniciais, explicitam-se as alusões ao célebre romance de H. G Wells, “A guerra dos mundos”, publicado em 1897, em que o planeta Terra é invadido por marcianos, e à polêmica adaptação para programa de rádio feita por Orson Wells em 1938, tomada por verdadeira por numerosos ouvintes, gerando pânico na população e processos criminais para os produtores. No filme de Szulkin, semelhantemente ao romance e à radionovela, a Terra é invadida por marcianos, entretanto, em vez de guerra armada, com vistas a conquistar o planeta, opta-se por manipulação ideológica, corrupção política, imposições burocráticas e violência policial, todos eles denunciados ao longo da trama, com ênfase na manipulação ideológica, mediante intensa disseminação nos meios de comunicação, no estilo de Joseph Goebbels e seu ministério de propaganda nazista. Além do mais, o protagonista, quem ganha consciência política, é apresentador de televisão, divulgando notícias de pouca importância em seu programa diário, assistido por boa parte da população.

Na trama, Iron Idem, vivido pelo ator Roman Wilhelmi, sempre solícito diante dos produtores, certo dia se recusa a dar notícias a respeito das novas leis impostas pelos marcianos, entre elas, a doação de sangue obrigatória para todos os terráqueos, exceto alguns privilegiados, entre eles, aqueles produtores. No mesmo dia, ele passa a sofrer perseguições, entre elas, Idem é ameaçado de prisão, sua esposa é detida pela polícia política, eles perdem o apartamento, o acesso às contas bancárias e demais direitos; sozinho e completamente confuso, o apresentador termina concordando com todas as imposições dos produtores e censuras à liberdade de imprensa. Todavia, nada adianta, pois ele não recupera os bens nem consegue se comunicar com a esposa, tornando-se cada vez mais excluído; consequentemente, Idem se revolta, chegando a, em plena apresentação ao vivo de um show de música, produzido pela emissora de televisão, denunciar os abusos de que foi vítima. Infelizmente, ninguém lhe dá atenção… por fim, ele vai preso e condenado à morte, além de saber que o vídeo foi editado, neutralizando-se, assim, sua tentativa de subversão; ironicamente, sua imagem é utilizada contra ele uma última vez.

O filme levanta numerosas discussões, entre elas: (1) a fraqueza dos marcianos diante dos terráqueos, transformada em força mediante a corrupção da polícia política, formada pelos próprios terráqueos – Idem chega a matar um marciano com poucas pancadas, em encontro fortuito num banheiro público –; (2) o sangue deixa de ser metáfora da exploração humana, expressando-se em sentido literal – a força de trabalho, enquanto força vital, deriva da energia humana, portanto, os limites entre o sentido adequado e a metáfora se revelam tênues –; (3) a espetacularização e a falsificação da realidade com os meios de comunicação de massa, cuja função é favorecer as classes dominantes – no mundo contemporâneo, o imperialismo financia a cultura e a comunicação em todo planeta, construindo discursos enviesados –. Prefiro, porém, deter-me na cena final, quando a execução de Idem é televisionada; na trama, o ex-jornalista perece sentado numa cadeira, diante do pelotão de fuzilamento, entretanto, enquanto ele permanece sentado e morto, outro Idem se levanta, duplicando-se surpreendentemente, e some de cena, abandonando o defunto. Nessas circunstâncias, num filme de ficção científica sem referências ao terror ou ao sobrenatural, cabe indagar o significado disso.

Talvez, retirando-se do espetáculo televisionado, Idem se conscientize de que, seja trabalhando para os meios de comunicação, seja se contrapondo a eles, se a labuta ou o protesto se veiculam nesses mesmos meios, pouco importa a intensão do sujeito, o resultado é sempre a propaganda dos interesses de quem os patrocina; dessa perspectiva, sua morte é metafórica, tornando-se, assim, a morte da alienação. Entretanto, contrariamente, do ponto de vista metafísico, quem sabe Iron Idem morra para o mundo das ilusões, que não seriam apenas aquelas fabricadas pela propaganda ideológica, mas as da vã e suposta realidade do cotidiano, para, misticamente, despertar e transcender para planos astrais menos mesquinhos; na tradição hinduísta, Idem se daria conta de Maia, na budista, superaria o Sansara com vistas ao Nirvana, na versão de Platão, viveria o mito da caverna.

Na obra de Szulkin, o tema metafísico entremeado com o político aparece em outros filmes; para discutir essa relação, convém retomar a segunda obra sua citada, isto é, “O-bi, o-ba: o fim da civilização”. Trata-se de ficção científica com temática apocalíptica; na trama, após a guerra atômica de proporções mundiais, os poucos sobreviventes do planeta Terra se refugiam num abrigo subterrâneo, buscando se proteger da radiação e do inverno nuclear. Uma vez no abrigo e sob condições precárias de sobrevivência, em vez da esperada união e decorrente cooperação em nome da humanidade, as pessoas reproduzem, sordidamente, as práticas que, antes da guerra, levaram todos àquela triste realidade; rapidamente, instalam-se no refúgio dirigentes corruptos, polícias políticas, normas burocráticas insensatas, funcionários alienados, prostituição, tráficos e descaminhos de comida, bebida, drogas; há, inclusive, funcionários responsáveis pela propaganda interna do novo regime, autores do mito religioso cuja promessa principal reside na espera de uma arca mítica capaz de, igualmente às Arcas de Manu, no hinduísmo, ou de Noé, no judaísmo e no cristianismo, regatar aqueles poucos sobreviventes, preservando-os, assim da extinção iminente, pois o lugar, construído em condições precária, encontra-se em vias de desmoronar.

O protagonista do filme, Soft, um funcionário da propaganda e manutenção da ordem no abrigo, vivido pelo ator Jerzy Stuhr, envolve-se numa série de desventuras para solucionar os incessantes problemas e desastres cotidianos; responsável pela elaboração, desenvolvimento e manutenção do mito da arca, ele sabe da mentira, vivendo intensamente essa contradição, chegando, porventura, a acreditar nela. No final da história, o inevitável desastre enfim acontece; exposto ao frio mortal, arrastando-se através da neve, Soft vislumbra a arca descendo do céu e, uma vez lá em cima, ele consegue se ver morrendo lá embaixo, semelhantemente ao jornalista Iron Idem, do filme anterior.

Comparando-se as duas obras, se na primeira a metáfora religiosa surge menos explicitamente, entremeada com menções à propaganda política e ideológica, no segundo filme ela se evidencia, demarcando dois mundos, um material, palco da opressão e da infelicidade, e outro metafísico, de ordem transcendental, reino da consciência, portanto, da libertação. As soluções de Szulkin, todavia, não são religiosamente convencionais, pois, diferentemente das tramas míticas e religiosas, em que o protagonista adquire conhecimento das ordens sobrenaturais regentes da vida e do mundo material, em “A guerra dos mundos: próximo século” ou “O-bi, o-ba: o fim da civilização”, Idem e Soft, diante do materialismo histórico, ganham consciência social. Dessa maneira, cabe indagar qual a natureza dessa transcendência, cujo acesso se dá mediante vivências e conhecimentos políticos.

Uma vez transposta a barreira construída pela ideologia, ambos os protagonistas conseguem se ver imersos nas mazelas do mundo, todas elas geradas pela opressão política, deparando-se, ademais, com as próprias mortes; diante de tais evidências, estariam os seres humanos fadados a se voltarem uns contra os outros, a ponto de se destruírem mutuamente? A história humana é longa; não se deve estar limitado, para buscar compreender nossa natureza, a apenas às eras das grandes civilizações, supostamente, da Suméria até os dias atuais, os tempos do imperialismo, fase superior do capitalismo.

O chamado Período Paleolítico ou Idade de Pedra Lascada tem início a 2,5 milhões de anos atrás e termina por volta de 10000 anos, ao começar o Neolítico, quando nossos antepassados se iniciam nas práticas da agricultura, findando, por sua vez, aproximadamente em 3300 a.C., o início da Idade dos Metais, ou melhor, da Idade do Cobre e do Bronze. Acompanhando as datas e as práticas daqueles hominídeos, verifica-se que nossos antepassados viveram mais tempo lascando pedra do que fabricando outras ferramentas; nossa evolução mental, capacitando-nos para resolver operações formais, data de pouco tempo na história humana; da agricultura à inteligência artificial, são poucos 12000 anos, equivalentes a 0,48% do período anterior. Nessas circunstâncias, cabe indagar como o homem lida com outras ferramentas, além de operações formais e práticas agrícolas; referindo-se, especificamente, a práticas sociais tais quais a solidariedade, a distribuição justa da terra e a divisão social do trabalho, verifica-se, infelizmente, que o homem lida melhor com as pedras que com os semelhantes. Em nossos tempos, o comunismo, enquanto pensamento político, se comparado com a superação da pedra lascada, representaria avanços semelhantes nas operações mentais com vistas ao futuro da humanidade, colocando o capitalismo e demais divisões injustas do trabalho e da concentração de poder, em relação a ele, algo comparável à pedra lascada em relação à pedra polida. Dessa maneira, seria necessária uma evolução mental para a superação das lutas de classes e suas mazelas, essas, sim, capazes de fazerem os humanos parecerem inferiores não apenas aos demais primatas, mas a quaisquer animais?

Nos filmes de Piotr Szulkin, discussões assim, com cogitações sobre a evolução humana, de cunho antes filosófico que político revolucionário, não são levadas tão longe; as tendências às interpretações metafísicas e religiosas de sua obra parecem se impor, afinal, nas duas tramas citadas, os protagonistas, apesar dos percursos políticos, morrem para transcender. Nessa leitura, a vida social se torna palco de castigos e de injustiças, cuja única libertação seria a morte; cabe, entretanto, motivado pelas reflexões levantadas nos filmes, contrapor-se ao pessimismo lúcido de Szulkin, propondo outros debates, longe dos pelotões de fuzilamento e sem arca para nos salvar.

https://causaoperaria.org.br/2023/o-cinema-de-piotr-szulkin/

 

 

 

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COLUNA

O cinema e a conjuntura histórica

A arte de vanguarda é uma necessidade em tempos revolucionários

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Toda forma de arte produzida em um determinado momento histórico capta a estrutura de sentimento do período e devolve para a sociedade uma espécie de espelho de si mesma.

Um filme ideologicamente comprometido com a visão de mundo da classe dominante não deixa de expor a contradição gerada por essa visão de mundo. Quando confrontado com a conjuntura social e histórica, o filme muito ruim de Hollywood acaba expondo suas próprias fraquezas e distorções.

A função da crítica é desvelar essas contradições aparentemente escondidas e expô-las de modo que, ao assistir, possamos ter um olhar mais aguçado em relação à obra.

Foi isso que tentei fazer em textos como Não olhe para cima: o fim do capitalismo se aproxima, Hotel Ruanda e a representação da barbárie, A era dos covardes e a Mulher Maravilha, O cinema como arma da plutocracia norte-americana, O presente perfeito de Hollywood e outros que podem ser lidos nesta coluna.

Diante da barbárie que estamos presenciando na Palestina ocupada, é difícil encontrar filmes contemporâneos que consigam dar conta do momento histórico. Artistas lúcidos, coerentes e comprometidos precisam ter muita coragem para não desistir de sua profissão.

É o caso do cineasta inglês Ken Loach, cuja obra cinematográfica é uma das melhores que a classe trabalhadora pode ter. Loach, que hoje já tem 87 anos, vai lançar um novo filme em 2024. Devemos celebrar a produção como quem celebra um acontecimento revolucionário.

Seus filmes, desde os anos 1960, são atos de resistência política da classe trabalhadora inglesa. São mais de 50 anos – especialmente as cinco últimas décadas – retratados em suas histórias. É admirável. Aqui no DCO, escrevi sobre dois de seus filmes nesse texto: A interminável chuva de pedras.

Por razões da vida que passa, não teremos Ken Loach por muito tempo. Que bom que ele ainda está aí, produzindo seus filmes para nós. Que as novas gerações o considerem um exemplo.

Ele também é um dos cineastas mais perseguidos politicamente na atualidade. Na mesma terra que colocou Julian Assange na cadeia, seu mais importante cineasta vivo é acusado de antissemitismo por defender a Palestina. E não começou hoje. Essa situação já dura muito tempo.

O capitalismo, em sua crise atual, está atacando a classe trabalhadora com uma ferocidade só vista nos piores momentos dos séculos XIX e XX. Aqueles que não percebem o nível do ataque estão dormindo ou são canalhas.

Podemos dizer que voltamos para o século XIX. As condições materiais podem até ser muito diferentes, mas a subjetividade e as ideias da classe dominante são do capitalismo do século XIX.

O trabalho escravo se espalha e as condições para aqueles que ainda recebem salário estão se deteriorando cada vez mais rápido. Mesmo assim, no caso do Brasil, o governo celebra. Nós, da classe trabalhadora, ainda não estamos em uma senzala em um engenho de Pernambuco, nem em uma fábrica de tecidos de Manchester, mas o pensamento da classe dominante já está.

E ela está usando todo seu arsenal para impor sua vontade, seja através da apropriação simbólica de elementos como a religião ou a cultura, seja com a força da justiça, da repressão, das armas e da letalidade.

O tamanho da tarefa da classe trabalhadora organizada para o próximo período é parar esse retrocesso e forjar um caminho social sem os capitalistas. Não é nada fácil. No Brasil, o ambiente não poderia ser mais desolador diante de lideranças e organizações de esquerda capituladas e inertes.

Mas o experimento de destruição massiva de países, como acontece na Palestina ou na Argentina, pode gerar também as condições para que a luta social saia da inação. Partidos como o PCO estão na vanguarda desta luta.

O trabalho à frente é a única forma de não sucumbir ao sofrimento de uma vida indigna. O cinema pode contribuir captando essa demanda e colocando na tela a luta e suas contradições. Precisamos de mais diretores como Ken Loach. Precisamos das vanguardas, tal qual no início do século XX, quando os artistas tomaram para si o processo revolucionário.

https://causaoperaria.org.br/2023/o-cinema-e-a-conjuntura-historica/

 

 

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As 20 maiores bilheterias do cinema em 2023 :

1. Barbie
2. Super Mario Bros : O Filme
3. Oppenheimer
4. Guardiões da Galáxia : Volume 3
5. Velozes e Furiosos 10
6. Homem-Aranha : Através do Aranhaverso
7. A Pequena Sereia
8. Missão : Impossível - Acerto de Contas - Parte 1
9. Elementos
10. Homem Formiga e a Vespa : Quantumania
11. John Wick 4
12. Transformers : O Despertar das Feras
13. Megatubarão - Parte 2
14. Indiana Jones e A Relíquia do Destino 
15. Jogos Vorazes : A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes 
16. Five Nights At Freddy's
17. Creed III
18. The Flash
19. A Freira 2
20. Wonka

 

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A estreia de "Aquaman 2 : O Reino Perdido" liderou a bilheteria dos cinemas brasileiros durante o fim de semana do Natal.

O filme arrecadou R$ 11,6 milhões e foi assistido por 527 mil pessoas entre quinta-feira e ontem, segundo dados inéditos da Comscore.

Fonte https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2023/12/aquaman-2-chega-aos-cinemas-com-um-terco-do-publico-de-estreia-do-primeiro-filme-de-2018.ghtml

 

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Chapolin Gremista
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Era uma vez no oeste, de Sérgio Leone, é o auge de um gênero conhecido como spaghetti western

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Era uma vez no oeste (Once upon a time in the west, 1968) é um dos muitos acontecimentos cinematográficos que a década de 1960 deixou para nós. Com um roteiro de Sérgio Leone, Bernardo Bertolucci e Dario Argento, é reconhecido até hoje como um “spaghetti western”, ou seja, um filme do gênero americano western, que nós brasileiros chamamos de bangue-bangue, mas produzido e dirigido na Itália. 

Muito comum naquela década, o spaghetti western girava em torno de enredos sobre pistoleiros na fronteira oeste americana, o velho oeste, lugar de histórias violentas de vingança e muito conflito. O mais interessante desse gênero é perceber como os italianos se apropriaram de uma representação cinematográfica tipicamente estadunidense que, inclusive, ajudou a definir a identidade cultural do país em filmes como os do diretor John Ford, nos primórdios de Hollywood, ou na figura de atores como John Wayne.

O spaghetti western surge após a II Guerra Mundial, com produção barata, para contar histórias de sujos, feios e malvados em duelos nas paisagens desérticas da própria Itália ou da Espanha, mas que se tornavam o Texas, Nevada e Utah, de acordo com o roteiro. O diretor que mais se destacou foi o italiano Sérgio Leone, que atingiu um novo patamar ao lançar Era uma vez no oeste. É com certeza o ápice do gênero e uma obra-prima da história do cinema.

Trata-se de um enredo sobre o avanço do capitalismo na fronteira oeste com a chegada da ferrovia como meio de transporte. Esse avanço é rápido e violento e parte da disputa sobre a posse de um pedaço de terra aparentemente seco e sem valor. A disputa sobre pedaços de terra é e continuará sendo a causa dos conflitos no mundo enquanto o capitalismo existir e enquanto a base de sua riqueza for a propriedade privada (vide a Palestina).

O viúvo Brett McBain (Frank Wolff) compra o pedaço de terra em questão e muda-se para lá com os três filhos. No dia em que sua nova esposa Jill (Claudia Cardinale) está para chegar à propriedade, a família inteira é assassinada pela gangue de Frank (Henry Fonda), um pistoleiro de aluguel que trabalha para o capitalista Morton (Gabriele Ferzetti). Surgem então as figuras dos andarilhos Cheyenne (Jason Robards) e Harmônica (Charles Bronson), este último tem um acerto de contas com Frank, para ajudar Jill, uma prostituta, a manter sua propriedade que, afinal, tem muito mais valor do que se imagina.

A beleza do filme está na forma como Leone conta a história. Cada plano e cada close up nos lembram que esta é uma viagem cinematográfica. É uma aula sobre o uso do som, do silêncio, da música e do diálogo também. Os olhos azuis de Frank, matador de crianças, visam romper com a versão estereotipada do vilão de Hollywood. A Guerra do Vietnã sangrava a Ásia no momento de sua produção. Leone usa os elementos do western para recriar o gênero à sua maneira, romper com o pretenso naturalismo da forma clássica hollywoodiana de narrar, e devolver o símbolo cultural como um espelho mais fiel da realidade violenta e suja do país que retrata. O filme foi picotado ao chegar nos cinemas americanos.

A trama que envolve os personagens, não ofusca o tema social. A luta de classes está ali. O verdadeiro vilão é o capitalista, retratado como um homem aleijado, uma metáfora visual sobre um ser adoecido, irremediavelmente torto e incapaz (impossível de ser usada nos dias de hoje). Os outros personagens são lumpens, mas, ao mesmo tempo, são guerreiros em extinção. O duelo não é só um clichê de gênero, mas o mais alto acontecimento na exposição de um código de honra impossível de compreender nas humilhações cotidianas do mundo corporativo. Obviamente, eleva os personagens a uma categoria nobre.

A figura da atriz italiana Claudia Cardinale é ressaltada por sua beleza em contraste com a dura paisagem. Em um diálogo final com Chayenne, ele lhe diz:

Chayenne: Quando puder, não deixe de dar um pouco de água aos homens lá fora (referindo-se aos trabalhadores da ferrovia). Você não sabe o que significa para um homem olhar para uma mulher como você, só olhar. E se um deles passar a mão na sua bunda, finja que não se importa. Ele fez por merecer.

A fala, obviamente, também remete ao ato de ir ao cinema: um ato de olhar. No falso moralismo à esquerda e à direita nos dias de hoje, que filme teria uma linha de diálogo como essa? No duelo final, entre Frank e Harmônica, um diálogo digno de uma tragédia. Ao longo do filme, Frank tenta ser como Morton, sem sucesso:

Harmônica: Então, você não é um homem de negócios como Morton, não é?

Frank: Sou somente um homem.

Harmônica: Uma raça antiga.

A ferrovia é a metáfora do capitalismo que desbrava uma terra inexplorada, com seus trabalhadores agitados, instalando trilhos e carregando fardos. Ela anuncia a chegada de uma nova ordem, eliminando antigas, como a dos pistoleiros e seus códigos de honra  e de vingança. Tudo isso embalado pela música agridoce do maestro Ennio Morricone. O final ambíguo mostra a força da economia como propulsora da História: o trem chega à estação (como no filme dos Irmãos Lumière que inaugura o cinema), trazendo mais e mais trabalhadores, fazendo o duelo acontecer ao lado desse grande teatro, como um coadjuvante. Na sua fábula, Leone representou as mudanças de seu tempo, as históricas e as da sua arte.

Era uma vez no oeste é fácil de achar nos serviços de streaming.

https://causaoperaria.org.br/2024/filme-aborda-a-expansao-do-capitalismo/

 

 

 

Editado por E.R
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Vencedores do Globo de Ouro 2024 :

MELHOR DIRETOR
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. Christopher Nolan (Oppenheimer)

MELHOR FILME - DRAMA 
. Oppenheimer

MELHOR FILME - COMÉDIA OU MUSICAL 
. Pobres criaturas

MELHOR ATOR - DRAMA
. Cillian Murphy (Oppenheimer)

MELHOR ATRIZ - COMÉDIA OU MUSICAL
. Emma Stone (Pobres criaturas)

MELHOR ATOR - COMÉDIA OU MUSICAL
. Paul Giamatti (Os rejeitados)

MELHOR ATRIZ - DRAMA 
. Lily Gladstone (Assassinos da lua das flores)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
. Robert Downey Jr. (Oppenheimer)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
. Da'vine Joy Randolph (Os rejeitados)

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
. O Menino e a Garça

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
. Anatomia de uma queda (França)

MELHOR BILHETERIA
. Barbie

MELHOR ROTEIRO
. Anatomia de Uma Queda

 

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Chapolin Gremista
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CINEMA

Globo de Ouro premia filme de propaganda da bomba atômica

Filme Oppenheimer, que homenageia o pai da bomba atômica, foi o vencedor disparado da premiação norte-americana de cinema

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OGlobo de Ouro, uma das premiações de audiovisual mais famosos dos Estados Unidos, aconteceu no último domingo (7). Ele foi uma repetição da decadência na indústria cinematográfica de 2023. Os filmes que apareceram com destaque na imprensa foram mais uma vez Barbie, que virou agora apenas uma propaganda de moda, e o Oppenheimer, um filme sinistro de propaganda da guerra nuclear. Este foi o vencedor da categoria melhor filme, melhor diretor, melhor ator, melhor ator coadjuvante e melhor trilha sonora original.

O caso deixa claro que a propaganda em torno do pai da bomba atômica continua. Robert Oppenheimer foi um físico nuclear contratado pelos norte-americanos para criara a bomba o mais rápido possível em meio a conjuntura da Segunda Guerra Mundial. Ele conhecido por seguir com o projeto mesmo após a derrota dos nazistas. Inicialmente o golpe que o governo dos EUA organizou foi convencer os cientistas que a bomba era necessária para derrotar Hitler, quando ele de fato foi derrotado, pelos soviéticos, muitos cientistas quiseram parar o projeto. Oppenheimer foi até o fim.

O filme é uma peça de propaganda não só do homem, mas também da própria bomba atômica. É algo que no ano de 2024 pode ser considerado assustador. O imperialismo vem sendo derrotado em muitas frentes militares, principalmente no Oriente Médio. Esse tipo de propaganda política é um indicativo de que há um setor da burguesia que pensa em usar a bomba atômica caso a situação seja de grande crise. As relações entre a indústria de Hollywood e os serviços de inteligência dos EUA são muito fortes.

O filme da Barbie, por sua vez, não foi tão premiado, apenas venceu a “melhor conquista cinematográfica e de bilheteria”. No quesito imprensa, no entanto, ganhou um enorme destaque. O objetivo do filme Barbie também é claro, divulgar a ideologia identitária. O filme é uma clara peça de propaganda para atingir a juventude dos EUA e do mundo com as teses identitárias do “patriarcado” e do “empoderamento” e da “representatividade”.

https://causaoperaria.org.br/2024/globo-de-ouro-premia-filme-de-propaganda-da-bomba-atomica

 

 

 

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Indicados do SAG Awards 2024 :

MELHOR ELENCO
. Oppenheimer
. Assassinos da Lua das Flores
. Barbie
. American Fiction
. A Cor Púrpura

MELHOR ATOR
. Cillian Murphy (Oppenheimer)
. Paul Giamatti (Os Rejeitados)
. Bradley Cooper (Maestro)
. Jeffrey Wright (American Fiction)
. Colman Domingo (Rustin)

MELHOR ATRIZ
. Emma Stone (Pobres Criaturas)
. Lily Gladstone (Assassinos da Lua das Flores)
. Margot Robbie (Barbie)
. Carey Mulligan (Maestro)
. Annette Bening (Nyad)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
. Robert Downey Jr. (Oppenheimer)
. Willem Dafoe (Pobres Criaturas)
. Ryan Gosling (Barbie)
. Robert De Niro (Assassinos da Lua das Flores)
. Sterling K. Brown (American Fiction)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
. Da’Vine Joy Randolph (Os Rejeitados)
. Jodie Foster (Nyad)
. Emily Blunt (Oppenheimer)
. Penélepe Cruz (Ferrari)
. Danielle Brooks (A Cor Púrpura)

 

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NOTÍCIAS

Alguns vencedores do Critics Choice Awards 2024 :

MELHOR FILME
. Oppenheimer

MELHOR DIRETOR
. Christopher Nolan (Oppenheimer)

MELHOR ATRIZ
. Emma Stone (Pobres Criaturas)

MELHOR ATOR
. Paul Giamatti (Os Rejeitados)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
. Robert Downey Jr. (Oppenheimer)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
. Da’Vine Joy Randolph (Os Rejeitados)

 

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NOTÍCIAS

Indicados ao BAFTA 2024 :

MELHOR FILME
. Oppenheimer
. Assassinos da Lua da Flores
. Pobres Criaturas
. Os Rejeitados
. Anatomia de uma Queda

MELHOR ATRIZ
. Emma Stone (Pobres Criaturas)
. Margot Robbie (Barbie)
. Carey Mulligan (Maestro)
. Sandra Hüller (Anatomia de uma Queda)
. Fantasia Barrino (A Cor Púrpura)
. Vivian Oparah (Rye Lane)

MELHOR ATOR
. Cillian Murhy (Oppenheimer)
. Paul Giamatti (Os Rejeitados)
. Bradley Cooper (Maestro)
. Colman Domingo (Rustin)
. Barry Keoghan (Saltburn)
. Teo Yoo (Past Lives)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
. Da’vine Joy Randolph (Os Rejeitados)
. Emily Blunt (Oppenheimer)
. Rosamund Pike (Saltburn)
. Danielle Brooks (A Cor Púrpura)
. Claire Foy (Todos Nós Desconhecidos)
. Sandra Hüller (Zona de Interesse)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
. Robert Downey Jr. (Oppenheimer)
. Ryan Gosling (Barbie)
. Robert De Niro (Assassinos da Lua das Flores)
. Paul Mescal (Todos Nós Desconhecidos)
. Dominic Sessa (Os Rejeitados)
. Jacob Elordi (Saltburn)

MELHOR DIRETOR
. Christopher Nolan (Oppenheimer)
. Bradley Cooper (Maestro)
. Jonathan Glazer (Zona de Interesse)
. Alexander Payne (Os Rejeitados)
. Justine Triet (Anatomia de uma Queda)
. Andrew Hiagh (Todos Nós Desconhecidos)


Fonte : https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/bafta-2024-veja-a-lista-dos-indicados/

 

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Chapolin Gremista

 

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HISTÓRIA DO CINEMA

Há 95 anos, era lançado o primeiro filme falado ao ar livre

In Old Arizona é um filme de faroeste norte-americano gravado em 1928 e lançado em 1929 dirigido por Irving Cummings e Raoul Walsh

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In Old Arizona é um filme de faroeste norte-americano gravado em 1928 e lançado em 1929 dirigido por Irving Cummings e Raoul Walsh. Sua importância se deve pelo seguinte: foi o primeiro longa-metragem sonoro da história gravado ao ar livre. O filme foi baseado no conto The Caballero’s Way de O. Henry, e a trama gira em torno do personagem Cisco Kid, um típico bandido mexicano interpretado por Warner Baxter.

Outra curiosidade do filme é que Warner Baxter interpretou Cisco Kid enquanto ainda estava se recuperando de um acidente de carro que o deixou incapacitado para montar um cavalo. Por isso, muitas das cenas de ação envolvendo montaria foram filmadas usando dublês e técnicas inovadoras para a época.

Além de ser um marco na história do cinema por ser um dos primeiros filmes sonoros, In Old Arizona também foi indicado ao Oscar em 1929. Warner Baxter recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator por sua interpretação do Cisco Kid, e o filme como um todo recebeu uma indicação ao prêmio de Melhor História Original.

Cabe ressaltar que este filme contribuiu para a popularização dos bang-bangs sonoros, marcando uma transição significativa na indústria cinematográfica da era do cinema mudo para a era sonora. In Old Arizona desempenhou um papel importante na evolução do cinema e na introdução de novas possibilidades técnicas e narrativas na sétima arte.

https://causaoperaria.org.br/2024/ha-95-anos-era-lancado-o-primeiro-filme-falado-ao-ar-livre/#google_vignette

 

 

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