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LARS VON TRIER

Ninfomaníaca e os limites da liberdade de expressão

Ninfomaníaca é uma resposta de gênio a toda histeria contra a liberdade de expressão.

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screvo esse texto inspirada nos últimos acontecimentos do ignóbil debate nacional sobre a liberdade de expressão.

Há poucas horas um idiota de nome de bicicleta chamado Monark, seguindo a moda atual, teceu uma série de comentários infelizes a respeito de um fato histórico do qual ele tem muito orgulho de mostrar que não sabe nada: o nazismo.

Como se não bastasse, uma horda de oportunistas e trouxas de todo calibre expôs sua imbecilidade ao estabelecer com todos os urros que os pulmões permitem que a fala do infeliz é apologia ao crime de ódio e que ele tem que ser punido com todos os esforços do aparato de repressão do Estado burguês.

A turba escolheu o twitter como principal rede social para vomitar suas condenações e dizer a frase vexatória mais repetida dos últimos dois dias: “liberdade de expressão tem limites”. A conclusão é unânime e une todo tipo de fauna, do MBL (quem se surpreende?) ao PT (inaceitável).

Esse texto visa refletir sobre esta situação a partir do cinema, que sempre nos inspira a entender a nossa perversa realidade.

Em 2011, o cineasta dinamarquês Lars von Trier passou por um entrevero semelhante. O cenário foi o Festival de Cannes. Na ocasião, o diretor e seu elenco estavam lançando um filme muito bom chamado Melancolia (Melancholia).

Era a coletiva de imprensa e, em um dado momento, ao ser questionado sobre estética nazista, Lars von Trier começou a dizer um monte de bobagens e, ao final, encerrou a resposta com esta frase sarcástica: “Ok, I´m a nazi”.

O que se seguiu foi um escândalo de escala global e, como o esgoto cultural pós-moderno demanda, o cancelamento do diretor, que foi declarado persona non grata pelo Festival de Cannes e um nazista por toda imprensa internacional, incluindo os hegemônicos jornais brasileiros.

Lars von Trier protestou, pediu desculpas e, em 2013, lançou uma obra-prima chamada Ninfomaníaca (Nymphomaniac) uma resposta de gênio a toda essa histeria contra a liberdade de expressão, especialmente a inflamada pela pequena-burguesia que se diz de esquerda, incluindo jornalistas que se autointitulam progressistas.

A obra é dividida em dois Volumes, com um total de 5h30 de duração na versão do corte do diretor (director´s cut). É um fenômeno cinematográfico sobre a forma do filme e, de quebra, sobre seus materiais, principalmente o tema do discurso politicamente correto.

O enredo segue um fio. Em uma noite fria, o recluso Seligman (Stelan Skarsgård), ao voltar de uma venda judaica onde compra chá e bolo, encontra Joe (Charlotte Gainsbourg) caída em um beco. Ela está toda machucada e suja. Ele oferece para chamar a polícia, mas recusando, ela prefere um chá. Ele então a leva para casa e Joe passa a noite a contar a história de sua vida.

O que vemos é um jogo cinematográfico poderoso, que depende muito da atenção de quem assiste e de sua identificação ou não com um dos personagens, sem questionar minimamente o que está sendo mostrado. Uma dose de distanciamento brechtiano e outra de raciocínio minimamente dialético são necessárias.

Seligman mostra-se um ouvinte compassivo, cheio de citações intelectuais, que interpreta as experiências de Joe à luz de uma racionalidade iluminada e de uma moral complacente. Ele parece um psicólogo. Mas será que é isso mesmo? Será que Seligman, com suas referências à música de Bach e a Thomas Mann, é tão confiável assim? E Joe? Será que tudo que ela conta aconteceu mesmo? Será que ela está fazendo uma confissão ou tentando arrancar segredos de Seligman?

E você que assiste? O que o filme está te mostrando sobre nosso momento histórico?  Como anda seu grau de adesão à subjetividade pós-moderna? Como tudo está amarrado a cenas de sexo explícito, cada um saberá até onde vai sua aceitação ao atual lixo moralista.

Uma coisa é certa: não é fácil achar uma película que explicite de maneira tão categórica as falácias, arbitrariedades e perigos autoritários do discurso politicamente correto e do identitarismo reacionário no contexto histórico do capitalismo tardio como Ninfomaníaca. O filme é uma necessidade.

(Em 2016, Ninfomaníaca tornou-se objeto da minha tese de doutorado na FFLCH-USP, uma pesquisa inédita e única. O título é Ninfomaníaca, de Lars von Trier: narrar em tempos perversos. Leia aqui.)

Streaming

A versão comercial (de 4 horas) de Ninfomaníaca (Volume 1 e Volume 2) está disponível no Netflix, Telecine, Globoplay e Now.

 

https://causaoperaria.org.br/2023/ninfomaniaca-e-os-limites-da-liberdade-de-expressao-2/

 

 

 

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O filme "Guardiões da Galáxia 3" manteve a liderança de bilheteria nos cinemas brasileiros pela segunda semana consecutiva. 

A produção da Marvel arrecadou R$ 18,73 milhões e foi assistida por 830 mil pessoas entre quinta-feira e domingo, segundo dados inéditos da Comscore.

Fonte : https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2023/05/guardioes-da-galaxia-3-lidera-nos-cinemas-pela-segunda-semana.ghtml

 

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Chapolin Gremista
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CINEMA

Erotismo e pornografia no cinema

A pornografia está na pauta da censura

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Tratar do erotismo no cinema é tratar de sua história; se a primeira sessão de cinema foi em 28 de dezembro de 1985, em Paris, com as projeções dos irmãos Lumière, o filme “A hora de dormir da noiva”, em que a atriz Louise Willy se despe indo para cama, foi rodado em 1986, ano também de “A paixão de Cristo”, o primeiro filme sobre Jesus. Dessa maneira, não pretendo enveredar pela história do cinema, preferindo cuidar de algumas passagens, devidamente escolhidas, para discutir as polêmicas entre erotismo e pornografia.

Inicio, portanto, lembrando-me de três atores ingleses de talento e beleza incontestáveis, isto é, Peter O’Toole, Malcolm Mc Dowell e Helen Mirren. O primeiro é o famoso ator de “Lawrence da Arábia”, 1962, e de “A noite dos generais”, 1967, mas também quem fez o papel do imperador romano Tibério, cujo sobrinho Germânico foi pai de Calígula, por sua vez vivido pelo ator Malcolm Mc Dowell no filme “Calígula”, de Tinto Brass, 1976, com Helen Mirren fazendo o papel de Caesonia, esposa de Calígula. No filme, ao lado das políticas excêntricas do terceiro imperador romano, abundam cenas de sexo explícito, com orgias vivamente orquestradas, nas quais se destacam a formosura dos atores e atrizes envolvidos. Desse ponto de vista, o filme, naquelas cenas, apesar da distinção do elenco, aproxima-se do cinema dito pornográfico.

Malcolm Mc Dowell, 5 anos antes, em 1971, atuou em outro filme polêmico, o célebre “Laranja mecânica”, de Stanley Kubrick. Na época, acusado de semear violência e pornografia, o filme foi proibido; em sua exibição no Brasil, sobre os fotogramas com imagens de seios, púbis e pênis pairavam círculos pretos para evitar que maiores de 18 anos vissem o corpo humano desnudo, pois essa era a censura etária para entrar na sala de exibição havendo cenas de sexo e brutalidade. Nessa concepção, a dos censores moralistas, o filme, em vez de refletir e discutir a violência gerada pelo sistema político e suas formas de repressão, seria capaz de motivá-la, inclusive os estupros e demais desmandos exibidos na tela; nessa linha estreita de pensamento, cabeira indagar a tais censores porque os homens ainda não se tornaram totalmente pacíficos e de boa vontade depois das leituras dos evangelhos, insistentemente ouvidas durantes as missas, ou de assistir a filmes sobre a paixão de Cristo exibidos seja durante a Semana Santa, seja no Natal.

Os exemplos de filmes com cenas de sexo tangendo a suposta pornografia são numerosos; para mencionar apenas alguns diretores e diretoras, podemos lembrar de Bernardo Bertolucci (“O último tango em Paris” 1972, “A Lua” 1979), Bigas Luna (“As idades de Lulu” 1990, “Ovos de ouro” 1993, “A teta e a Lua” 1994), Pedro Almodóvar (“Carne trêmula” 1997), Tinto Brass (“Salão Kitty” 1975, “Calígula” 1979, “Carla, a lolita” 1999), Stanley Kubrick (“Lolita” 1962, “Laranja Mecânica” 1971, “De olhos bem fechados” 1999), Pier Paolo Pasolini (“O decamerão” 1971, “Os contos de Canterbury” 1972, “As mil e uma noites” 1974, “Saló ou os 120 dias de Sodoma”), Nagisa Oshima (“O império dos sentidos” 1976), José Mojica Marins (“Esta noite encarnarei no teu cadáver” 1967, “O despertar da besta” 1970), Ana Carolina (“Das tripas coração” 1982), Vera Chytilova (“As pequenas margaridas” 1966), Jesús Franco (“99 mulheres”, 1969), Derek Jarman (Sebastiane, 1976), Srdjan Spasojevic (“Filme Sérvio”, 2010) etc.

Além disso, há gêneros cinematográficos, tais quais o terror, dialogando constantemente com sexo explícito; o celebre ator, roteirista e diretor espanhol Paul Naschy sempre fez vampiros (“O grande amor do conde Drácula”, 1973), lobisomens (“A verdadeira história do lobisomem” ,1973) e corcundas (“O corcunda do necrotério”, 1973) fazendo sexo; há jovens copulando em todos os filmes dos famigerados Freddy Krueger, Jason, Michael Myers e Chucky, o brinquedo assassino; até em “A volta dos mortos vivos”, de Ken Wiederhorn, 1989, nas cenas finais uma zumbi sensual, com os seios de fora, ataca um bêbado infeliz. A bem da verdade, nem o universo dos desenhos animados estaria isento da tal pornografia, pois os Simpsons, os Griffin e todas as famílias de South Park transam constantemente; nos animes japoneses, há sexo em Sakura Card Captors, InuYasha, Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco etc.

Um crítico diletante, entretanto, poderia argumentar que a maioria dos filmes citados anteriormente seriam eróticos, estando, portanto, fora dos alcances das merecidas censuras feitas à pornografia… contudo, quais seriam os limites da pornografia? Essa indagação, apesar de frequentemente colocada quando se trata de discutir o tema, nunca é esclarecida porque, na maioria das vezes, os próprios conceitos de erotismo e pornografia não são problematizados.

Certa vez, durante aulas de semiótica assistidas na faculdade, o professor ensinava assim: “o erotismo é sinestésico enquanto a pornografia é anestésica”. A sinestesia é figura de linguagem; há sinestesia quando sensações, derivadas de diferentes órgãos do sentido, são combinadas na mesma expressão, por exemplo, o verso de Cecília Meirelles “o cheiro áspero das flores”. Desse modo, segundo aquele professor, o sexo estaria articulado, no erotismo, a outras sensações além dele mesmo, cujas ausências o tornariam, pelo menos para quem o contempla, tedioso e monótono, apto para dar sono.

Ora, toda hipótese necessita ser testada; logo após a aula, assisti a três filmes pornográficos e confesso que não dormi, pelo contrário, com dois deles me entusiasmei bastante, invalidando, consequentemente, as ideias do professor. Analisando os dados, escolhi dois filmes motivado por gostos pessoais, envolvendo fetiches específicos, sendo o terceiro filme convencional, com apenas casais transando num motel, o que explica meu entusiasmo com os dois primeiros. Desse modo, o critério para admiração não foi a presença ou não de sinestesias, pois havia sinestesias nos três filmes, mas ímpetos pessoais, com os quais julguei, pelo menos dois deles, eróticos, levando a crer que os tais limites entre erotismo e pornografia estão antes no discurso de quem julga do que na obra considerada, seja ela filme, videoarte, história em quadrinhos, literatura, música etc.

Desse prisma, baseado nos critérios de quem sanciona, tudo indica serem tais normas inventadas em função de preceitos morais subjetivos, os quais precisam ser devidamente examinados antes de serem utilizados em debates, polêmicas ou até mesmo em conversas de menor importância. Nessas circunstâncias, estaria correto afirmar ser a pornografia algo aviltante? Pois bem, aviltante, em nossa época, é o sistema capitalista de exploração do trabalho e a decorrente moral burguesa, plena de puritanismos, capaz de reduzir atividades e valores humanos a mercadorias, cujos lastros são, exclusivamente, o dinheiro. Dessa maneira, quando no seio da família burguesa repetem-se as relações de trabalho em função do provedor, isto é, quem controla o fluxo financeiro, em regra do sexo masculino, ou seja, o odioso pai patrão, a dona de casa se prostitui mais do que qualquer atriz de cinema erótico ou pornográfico, aviltando-se filhos, filhas e agregados. Nessa situação, o sexo no cinema, seja considerado erótica ou pornograficamente, avilta-se no sistema capitalista não porque ele seja apto à degradação, mas porque foi degradado enquanto produto disponível no mercado consumidor, tendo seu valor libidinoso reduzido a somas em dinheiro.

No filme de terror “Gritos mortais”, de Brett Piper, 2003, há diálogos esclarecedores sobre a prostituição própria do capitalismo. Na trama, um artista fotógrafo se aproveita do ofício para satisfazer fetiches sexuais, explorando, para tanto, modelos ambiciosas buscando entrar no mercado das profissionais em beleza. Nas primeiras cenas, um rapaz, procurando pelo fotógrafo em seu ateliê, é recebido por uma secretária descalça; aguardando na sala de espera, ele observa, na troca de turno, que a próxima funcionária, antes de assumir o gabinete, também se descalça, enquanto a anterior, contrariamente, busca pelos sapatos antes de partir. Intrigado, quando o rapaz pergunta para a mocinha do que se tratava, ela responde ser exigência do fotógrafo, seu patrão, quem se especializara e ganhara celebridade tematizando fetiches sexuais semelhantes em suas exposições e livros de fotografia. Na réplica, ele a censura, argumentando se isso não seria prostituição; ela contesta, questionando se os homens se consideram prostitutos ao trabalharem de paletó e gravata, traje obrigatório em várias profissões.

No mercado consumidor, que é o mercado do sistema capitalista, vale repetir, tudo se reduz a trocas financeiras; nesse mercado, tanto o filme quanto seus temas tornam-se valores de troca, logo, se há algo vil no capitalismo não é a pornografia, mas a própria burguesia, cabendo indagar, portanto, como seria o sexo, uma vez superada a fase capitalista no seio da humanidade. Para responder, recorro a outro filme, “A classe operária vai ao paraíso”, 1971, de Elio Petri, em que não faltam cenas de sexo. No final, a personagem Lulu Massa, vivido por Gian Maria Volontè, conta seu sonho da noite anterior, em que a classe operária demolia um muro, no caso, símbolo da burguesia, contudo, além do muro, ele não conseguia ver nada. Não cabe aqui previsões do futuro, ninguém sabe quais formas a sexualidade humana assumirá no mundo livre do capitalismo; para saber, é preciso derrubar o muro em vez de reforçá-lo com novos tijolos do moralismo burguês.

Em seguida, deixo aqui algumas cenas dos filmes “Calígula”, “Saló ou os 120 dias de Sodoma”, “Sebastiane” e “A volta dos mortos vivos”.

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https://causaoperaria.org.br/2023/erotismo-e-pornografia-no-cinema/

 

 

 

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A atualidade de A Doutrina do Choque

Capitalismo como prática religiosa fundamentalista

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oneoliberalismo, teoria econômica dos discípulos do capitalismo teórico da chamada Escola de Economia da Universidade de Chicago e implantado e gerenciado pelos estados burgueses desde a década 1980, tem feito estragos incalculáveis nas vidas de milhões de pessoas nos últimos 40 anos.

Um excelente documentário para entender como se deu esse processo histórico é A Doutrina do Choque, dirigido por Mat Whitecross e Michael Winterbottom, a partir do livro de mesmo nome da escritora e ativista política canadense Naomi Klein. O filme foi realizado logo após a crise do capitalismo de 2008.

Neste documentário, Naomi fala sobre a relação apostólica entre Margareth Thatcher e Ronald Reagan na adoção dessa doutrina a partir do fundamentalismo bem pago de Milton Friedman e aborda também como a população do Chile, nas mãos do ditador Augusto Pinochet, foi usada como cobaia dessa forma de exploração.

No Brasil, o dogma foi adotado com abnegação, durante oito anos, pelos governos de Fernando Henrique Cardoso. Ao final do período, as principais manchetes do jornalismo hegemônico eram sobre a fome no Brasil.

Após o golpe de 2016, o evangelho neoliberal voltou com força, acompanhado de manifestações ecumênicas de fé no perverso e no horror. Os adeptos do neoliberalismo regozijam-se com a morte como profissão de fé.

Para os neoliberais, não importa o sofrimento humano causado pelas doutrinas irracionais impostas pelos dirigentes da alta burguesia global e implantadas por governos ajoelhados a essa burguesia. Não importa o sofrimento causado aos que querem simplesmente viver sua vida com dignidade. Não importam os enormes prejuízos ambientais e sociais.

O que importa somente é seguir o dogmatismo que permite a acumulação irrestrita e inesgotável de riquezas por poucos imorais à custa de bilhões de seres humanos. A vida não tem valor para esses seres abjetos das classes dominantes nacional e global.

Streaming

A Doutrina do Choque está no YouTube.

oneoliberalismo, teoria econômica dos discípulos do capitalismo teórico da chamada Escola de Economia da Universidade de Chicago e implantado e gerenciado pelos estados burgueses desde a década 1980, tem feito estragos incalculáveis nas vidas de milhões de pessoas nos últimos 40 anos.

Um excelente documentário para entender como se deu esse processo histórico é A Doutrina do Choque, dirigido por Mat Whitecross e Michael Winterbottom, a partir do livro de mesmo nome da escritora e ativista política canadense Naomi Klein. O filme foi realizado logo após a crise do capitalismo de 2008.

Neste documentário, Naomi fala sobre a relação apostólica entre Margareth Thatcher e Ronald Reagan na adoção dessa doutrina a partir do fundamentalismo bem pago de Milton Friedman e aborda também como a população do Chile, nas mãos do ditador Augusto Pinochet, foi usada como cobaia dessa forma de exploração.

No Brasil, o dogma foi adotado com abnegação, durante oito anos, pelos governos de Fernando Henrique Cardoso. Ao final do período, as principais manchetes do jornalismo hegemônico eram sobre a fome no Brasil.

Após o golpe de 2016, o evangelho neoliberal voltou com força, acompanhado de manifestações ecumênicas de fé no perverso e no horror. Os adeptos do neoliberalismo regozijam-se com a morte como profissão de fé.

Para os neoliberais, não importa o sofrimento humano causado pelas doutrinas irracionais impostas pelos dirigentes da alta burguesia global e implantadas por governos ajoelhados a essa burguesia. Não importa o sofrimento causado aos que querem simplesmente viver sua vida com dignidade. Não importam os enormes prejuízos ambientais e sociais.

O que importa somente é seguir o dogmatismo que permite a acumulação irrestrita e inesgotável de riquezas por poucos imorais à custa de bilhões de seres humanos. A vida não tem valor para esses seres abjetos das classes dominantes nacional e global.

 

 

https://causaoperaria.org.br/2023/a-atualidade-de-a-doutrina-do-choque-2/

 

 

 

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CINEMA

Como assistir filmes soviéticos de graça

Filmes soviéticos são contraponto à propaganda ocidental

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Uma dica de cinema para todos que gostam de bons filmes e querem ter acesso a obras especiais gratuitamente.

O Centro de Cultura Popular da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (CPC-UMES) é representante, no Brasil, da agência de filmes criada na União Soviética em 1924, a Mosfilm.

A princípio, o CPC-UMES vende o catálogo da agência, com filmes legendados e restaurados, em DVD em seu site. Mas, desde a pandemia, tem mantido, em seu canal do YouTube, uma programação imperdível e gratuita aos finais de semana.

De sexta-feira, 19h, até domingo, também 19h, é possível assistir a um filme escolhido pela equipe curadora do canal, como se fosse uma sessão de cinema.

Tenho acompanhado religiosamente as exibições nos últimos meses e posso dizer uma coisa: não tem como se arrepender.

Cada filme é excelente e mostra um pouco da vida da União Soviética, com obras importantes, de diretores consagrados.

Nos dois últimos finais de semana, o canal exibiu Libertação, uma série de cinco filmes lançados entre 1969 e 1972, dirigidos por Yuri Ozerov.

Trata-se de uma monumental representação da contra-ofensiva soviética na II Guerra Mundial a partir da Batalha de Kurzk até a tomada do Reichstag em Berlin.

Ter a oportunidade de assistir a uma obra como essa é poder confrontar pontos de vista diferentes sobre o que aconteceu no conflito.

Somos muito acostumados a assistir somente a filmes da Europa ocidental e dos Estados Unidos sobre a II Guerra, o que é uma falha.

A obra soviética mostra como esses países foram coniventes com o nazismo como força que poderia destruir o socialismo soviético e mantiveram uma atitude ambígua durante toda a duração da Guerra.

Além disso, a obra tem o mérito de mostrar, de maneira didática, como foram as estratégicas e táticas do exército soviético para derrotar os alemães, com encenações das principais batalhas.

Ozerov utiliza mais os recursos épicos (no sentido que Brecht dá ao termo) do que o mero exercício melodramático que poderia se esperar da obra.

Não deixa, no entanto, de elencar alguns personagens que acompanhamos ao longo dos cinco filmes, com momentos de humor e romance.

Além dos personagens históricos, que são apresentados tomando decisões sobre o conflito, como Hitler, Stálin, Churchill e Roosevelt.

No canal do CPC-UMES, a média de audiência de cada filme revela que há um público ávido no Brasil pela oportunidade de ter acesso a essas obras. Em média, cerca de duas mil pessoas acompanham as exibições semanais.

Para não perder o próximo, visite este link: https://www.youtube.com/results?search_query=CPC+Umes

 

https://causaoperaria.org.br/2023/como-assistir-filmes-sovieticos-de-graca/

 

 

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Com quase 2 milhões de espectadores no fim de semana, a estreia de "Velozes e Furiosos 10" registrou o maior público do ano nos cinemas brasileiros em 2023 até agora. 

O filme protagonizado por Vin Diesel arrecadou R$ 44,5 milhões entre quinta-feira e domingo.

Fonte : https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2023/05/estreia-de-velozes-e-furiosos-10-tem-melhor-publico-dos-cinemas-brasileiros-em-2023.ghtml

 

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