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NOTÍCIAS

CINEMA E POLÍTICA

Babilônia: um filme na contramão

Filme abarca a história de Hollywood para refletir sobre o futuro da arte cinematográfica

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Está em cartaz nos cinemas um filme estadunidense que vale o ingresso e a reflexão. Chama-se Babilônia (Babylon, 2022), dirigito por Damien Chazelle. Com mais de três horas de exibição, é uma grande representação da história do cinema e de sua força cultural, especialmente a de Hollywood.

Chazelle fez um filme para homenagear os pioneiros que transformaram Los Angeles na capital da indústria de cinema nos Estados Unidos. Mais, ao fazer esta homenagem, ele discute os rumos da arte na pós-pandemia, quando as salas de cinema ainda lutam para trazer de volta o público que perderam.

Com os serviços de streaming baratos, o alcance cada vez maior da internet, as TVs de telas cada vez maiores e de imagem e som de qualidade indiscutível, a sala de cinema entra na terceira década do século XXI com concorrentes que a ameaçam. 

É possível dizer que a TV e o rádio estejam no caminho de serem profundamente afetados e transformados pelas novas tecnologias. O livro físico e o teatro conseguem se manter apesar das mudanças em curso. Talvez o cinema, por sua importância, alcance artístico inegável e apelo afetivo para muitos, também encontre seu espaço no futuro que já está próximo.

É uma forma de arte que surgiu como evolução tecnológica da Revolução Industrial e se tornou uma expressão do século XX por excelência. Nos mostrou tanto, e ainda mostra, que parece difícil que as pessoas abdiquem totalmente do prazer de ir ao cinema.

E este é o exercício que Chazelle se propõe. Ele nos oferece uma obra para ser vista na sala de cinema. Com um enredo nos anos 1920, retrata um momento de disrupção com a chegada do som, que muda completamente a forma de produção. É quando os famosos estúdios são fundados, visto que se tornava impossível, com as novas exigências acústicas, manter cenários em locações abertas. Algo muito similar acontece atualmente.

O nome Babilônia tem uma relação com a própria história do cinema. Trata-se de uma citação ao filme de D.W. Griffith, Intolerância (Intolerance: Love´s struggle throught all the ages, 1916), um filme pioneiro, que tem um sequência interia na cidade da Babilônia antiga. Até hoje, é reverenciado pelos seus cenários, onde gigantescas estátuas de elefantes são posicionadas como colunas de um antigo templo.

A Babilônia de Griffith acabou se tornando sinômino de Hollywood. Em 1987, os cineastas italianos Paolo e Vittorio Taviani fizeram o premiado Bom dia, Babilônia (Good Morning Babilonia). Na história, dois irmãos trabalham na criação dos cenários de Intolerância. inclusive dos famosos elefantes, e, depois, voltam para a Europa onde lutam em lados opostos da I Guerra Mundial. Temos uma reflexão excepcional sobre a conjuntura histórica da produção de Intolerância. 

O filme de Chalese abre com uma cena icônica que apresenta os personagens principais em uma festa, que vira uma orgia, na casa de um produtor de cinema. É uma citação direta ao filme de Griffith e à sua famosa sequência babilônica. Um elefante vivo é literalmente colocado no meio da sala em um dado momento. 

Esta é a primeira referência de muitas. Em suas três horas, seguindo a história de quatro personagens, a película passeia por gêneros e cita filmes que cinéfilos atentos descobrirão. Além de citações diretas como a Cantando na Chuva (Singin´ in the Rain, Stanley Donen, 1952). 

O caráter popular do cinema de então é ressaltado: ele é feito por e para a classe trabalhadora. Além de ser uma improvável saída para aqueles que estão na miséria, como ainda é até hoje.

Em muito momentos, reflete a luta de classes. O contraste, por exemplo, entre a riqueza de atores de primeira linha e produtores e a pobreza dos demais trabalhadores dos estúdios é mostrado como pano de fundo da encenação que se desenrola à nossa frente. A crítica é evidente. Em uma outra cena, uma atriz é humilhada por sua ignorância por uma burguesia arrogante.

Mais ainda, apesar de se passar nos anos 1920, é claro que Babilônia não pode deixar de lado as circunstâncias de produção e a conjuntura histórica que permitiram sua criação. Ele reflete sobre o passado para falar do presente e projetar o futuro. Apesar de muitos momentos de humor, de aventura e de espetáculo, o tom final é melancólico.

Por exemplo, a questão identitária está lá. Temos quatro personagens principais: a aspirante a atriz Nelly LaRoy (Margot Robbie), que quer escapar da pobreza, Jack Conrad (Brad Pitt), o ator que está no topo do sucesso, Many Torres (Diego Calva), como o produtor em ascensão e Sidney Palmer (Jovan Adepo), o saxofonista que se torna astro. 

Em suma, temos a mulher branca (que também é homossexual), o homem branco, o latino e o negro. Assim, o tema da intolerância ganha contornos contemporâneos. Mas, engana-se quem pensa que o filme cai na fácil encenação aderente à cultura identitária atual. Ao contrário, a crítica está lá. 

O problema é que para falar sobre isso, tenho que revelar importante questão do enredo. Vem aí o spoiler. Se não quiser saber, não leia o que segue.

O que significa, no atual contexto, um ator como Brad Pitt escolher um personagem – um ator de sucesso – que comete suicídio? É uma encenação sobre a morte de um tipo de representação e uma escolha política, claro, endereçada justamente aos valores atualmente impostos.

No final, as três indicações meramente técnicas ao Oscar revelam também o lado positivo de Babilônia. Não dava para premiar como “melhor filme” um que critica o identitarismo e ressalta a decadência cultural atual e a luta de classes. Como falei no início desse texto, vale o ingresso.

https://causaoperaria.org.br/2023/babilonia-um-filme-na-contramao/

 

 

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NOTÍCIAS

A Paramount Pictures revelou a data de estreia de "Gladiador 2", que será dirigido por Ridley Scott. 

A continuação, que terá Pedro Mescal como Lucius, filho de Lucilla (Connie Nielsen), que agora é um homem adulto, chegará aos cinemas no dia 22 de novembro de 2024.

Fonte : https://www.comboinfinito.com.br/principal/gladiador-2-ganha-data-de-estreia-para-2024/

 

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NOTÍCIAS

O ator Antonio Banderas se mostrou confiante sobre a produção de Shrek 5, após o sucesso de Gato de Botas 2 : O Último Pedido.

“Com a recepção desse filme, existe a possibilidade de outro filme com o Gato de Botas. Ou, como o final do segundo filme do Gato de Botas sugere, talvez Shrek esteja voltando”.

O personagem Shrek não aparece no cinema desde 2010.

Fonte : https://ovicio.com.br/antonio-banderas-mostra-confianca-sobre-producao-de-shrek-5/

 

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NOTÍCIAS

A AMC Theatres, uma das maiores redes exibidoras dos Estados Unidos, estuda mudar a forma de venda de ingressos nas salas de cinema.

A ideia seria ajustar o valor de acordo com a posição da poltrona na sala de cinema. 

Assim como em shows de música, eventos esportivos ou na Broadway (com os maiores musicais e peças de teatro do mundo), os espectadores terão a opção de pagar mais ou menos pelo ingresso, dependendo de onde escolherem se sentar. 

Os assentos da primeira fila estarão disponíveis a um preço mais baixo, enquanto os assentos no meio da sala estarão disponíveis a um preço mais alto.

Eliot Hamlish, vice-presidente executivo da AMC, explica a iniciativa, denominada “Sightline at AMC”:

Haverá três opções diferentes de preços de assentos. O primeiro é o Standard Sightline, descrito como os “assentos que são os mais comuns em auditórios e estão disponíveis pelo custo tradicional de um ingresso”.

Depois, há o Value Sightline, conhecido como “assentos na primeira fila do auditório, disponíveis a um preço mais baixo do que os assentos padrão da linha de visão”.

A terceira opção é o Preferred Sightline, que são os “assentos no meio do auditório e têm um preço premium em relação aos assentos padrão da linha de visão”.

Os cinemas fornecerão um mapa de assentos detalhado com cada opção de assento durante o processo de compra de ingressos online, no aplicativo AMC e na bilheteria.

A iniciativa entra em vigor na sexta-feira em locais selecionados da AMC em Nova York e Chicago.

Fonte : https://cinemacomrapadura.com.br/noticias/620501/rede-exibidora-dos-eua-planeja-ajustar-valor-dos-ingressos-de-acordo-com-o-assento-da-sala-de-cinema/
 

 

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NOTÍCIAS

CINEMA E REVOLUÇÃO

11/02/1948: Morre Sergei Eisenstein, o cineasta da revolução

A força da Revolução Russa de 1917 transformou o modo de fazer cinema no mundo

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Com a Revolução Russa nasce o pai da montagem cinematográfica, Sergei Eisenstein, realizador de filmes clássicos que transformaram a forma de fazer cinema no mundo, que experimentou e criou outras formas de fazer cinema. Não se trata de pura coincidência, a revolução operária impactou diretamente nas Artes. Esse foi um período em que nasceram diversas expressões estéticas e artísticas. 

O cinema soviético se impôs ao mundo com seus grandes cineastas, como Eisenstein, que em 1925 lançou o inquestionável clássico filme mudo ¨O Encouraçado Potemkin¨, trazendo o uso de uma montagem e narrativa até então inédita no cinema. Um filme político, que, dividido em cinco episódios, conta dramaticamente a história do levante de 1905 no navio de guerra Potemkin da Rússia Czarista. Aquele já seria um presságio da Revolução de 1917. Os marinheiros, cansados de serem maltratados, se insurgem contra os oficiais e progressivamente a situação foi fugindo ao controle dentro do navio. Considerado uma obra-prima do cinema mudo, o filme, concebido como propaganda revolucionária, trouxe cenas que transformaram definitivamente a linguagem cinematográfica.

O cineasta soviético realizou ainda outras grandes obras do cinema, como os filmes mudos A Greve e Outubro, assim como os filmes históricos Alexandre Nevski e Ivan, o Terrível. Eisenstein desde bem jovem apresentava tendências artísticas, tinha grande interesse pelo teatro, artes plásticas e cinema. Mas, como filho de engenheiro, ingressou na universidade no curso de engenharia, que abandonou em 1918 para alistar-se no Exército Vermelho. É então no exército que inicia sua carreira como cenógrafo no Teatro Operário, que visava criar uma arte de origem proletária. Por esse caminho, começou a estudar direção teatral e as teorias de Meyerhold, grande teórico da vanguarda teatral, e, com isso, se aproxima também do cinema. Eisenstein participava do movimento de uma arte revolucionária, que pretendia espalhar a revolução. Era nesse ambiente que o cineasta situava seu trabalho, um cinema político, a serviço da revolução. Para ele, a arte era revolucionária não só pelos temas abordados, mas também pelas suas próprias formas que deveriam ser inovadoras.

É assim que Eisenstein, além de grande cineasta, se torna um importante teórico sobre os modos de se fazer cinema, as formas de montagem cinematográfica e as relações dessa arte com as transformações sociais. Com sua teoria da montagem, ele criou diversos métodos que são utilizados até hoje por importantes cineastas do mundo inteiro. Um exemplo de uma de suas montagens excepcionais está no filme A Greve, quando aparece uma sequência de cenas de um matadouro de gados intercaladas com imagens de trabalhadores sendo fuzilados por soldados czaris

Com a Revolução Russa nasce o pai da montagem cinematográfica, Sergei Eisenstein, realizador de filmes clássicos que transformaram a forma de fazer cinema no mundo, que experimentou e criou outras formas de fazer cinema. Não se trata de pura coincidência, a revolução operária impactou diretamente nas Artes. Esse foi um período em que nasceram diversas expressões estéticas e artísticas. 

O cinema soviético se impôs ao mundo com seus grandes cineastas, como Eisenstein, que em 1925 lançou o inquestionável clássico filme mudo ¨O Encouraçado Potemkin¨, trazendo o uso de uma montagem e narrativa até então inédita no cinema. Um filme político, que, dividido em cinco episódios, conta dramaticamente a história do levante de 1905 no navio de guerra Potemkin da Rússia Czarista. Aquele já seria um presságio da Revolução de 1917. Os marinheiros, cansados de serem maltratados, se insurgem contra os oficiais e progressivamente a situação foi fugindo ao controle dentro do navio. Considerado uma obra-prima do cinema mudo, o filme, concebido como propaganda revolucionária, trouxe cenas que transformaram definitivamente a linguagem cinematográfica.

O cineasta soviético realizou ainda outras grandes obras do cinema, como os filmes mudos A Greve e Outubro, assim como os filmes históricos Alexandre Nevski e Ivan, o Terrível. Eisenstein desde bem jovem apresentava tendências artísticas, tinha grande interesse pelo teatro, artes plásticas e cinema. Mas, como filho de engenheiro, ingressou na universidade no curso de engenharia, que abandonou em 1918 para alistar-se no Exército Vermelho. É então no exército que inicia sua carreira como cenógrafo no Teatro Operário, que visava criar uma arte de origem proletária. Por esse caminho, começou a estudar direção teatral e as teorias de Meyerhold, grande teórico da vanguarda teatral, e, com isso, se aproxima também do cinema. Eisenstein participava do movimento de uma arte revolucionária, que pretendia espalhar a revolução. Era nesse ambiente que o cineasta situava seu trabalho, um cinema político, a serviço da revolução. Para ele, a arte era revolucionária não só pelos temas abordados, mas também pelas suas próprias formas que deveriam ser inovadoras.

É assim que Eisenstein, além de grande cineasta, se torna um importante teórico sobre os modos de se fazer cinema, as formas de montagem cinematográfica e as relações dessa arte com as transformações sociais. Com sua teoria da montagem, ele criou diversos métodos que são utilizados até hoje por importantes cineastas do mundo inteiro. Um exemplo de uma de suas montagens excepcionais está no filme A Greve, quando aparece uma sequência de cenas de um matadouro de gados intercaladas com imagens de trabalhadores sendo fuzilados por soldados czaristas. A montagem traz com grande impacto a ideia de que os operários eram considerados simplesmente carnes mortas.

Com a ditadura stalinista, Eisenstein começou a ter grandes problemas com a censura soviética, que o levaram a assinar um contrato com a Paramount e a mudar-se para os Estados Unidos. Sua estadia lá não deu certo e então seguiu para o México, onde realizou algumas filmagens. Depois da sua experiência no exílio, regressou à União Soviética e continuou tendo muitas dificuldades em levar seu trabalho adiante, com suas filmagens sendo interrompidas pela censura. Foi quando passou a dedicar-se a escrever textos teóricos; antes ainda, filmou “Alexander Nevski” (1938), o seu primeiro filme sonoro. Em seguida, com “Ivan, o Terrível” (1943), iniciou um ambicioso projeto biográfico da figura do Czar Ivan IV da Rússia, que teve a segunda parte do projeto, “A Conjura dos Boiardos”, censurada e banida até à morte de Stalin, em 1953.

Já contamos 75 anos da morte desse grande cineasta revolucionário. No entanto, sua obra ainda está viva e movimenta as artes e a política, sendo arma e inspiração para as revoluções que ainda estão por vir.

tas. A montagem traz com grande impacto a ideia de que os operários eram considerados simplesmente carnes mortas.

Com a ditadura stalinista, Eisenstein começou a ter grandes problemas com a censura soviética, que o levaram a assinar um contrato com a Paramount e a mudar-se para os Estados Unidos. Sua estadia lá não deu certo e então seguiu para o México, onde realizou algumas filmagens. Depois da sua experiência no exílio, regressou à União Soviética e continuou tendo muitas dificuldades em levar seu trabalho adiante, com suas filmagens sendo interrompidas pela censura. Foi quando passou a dedicar-se a escrever textos teóricos; antes ainda, filmou “Alexander Nevski” (1938), o seu primeiro filme sonoro. Em seguida, com “Ivan, o Terrível” (1943), iniciou um ambicioso projeto biográfico da figura do Czar Ivan IV da Rússia, que teve a segunda parte do projeto, “A Conjura dos Boiardos”, censurada e banida até à morte de Stalin, em 1953.

Já contamos 75 anos da morte desse grande cineasta revolucionário. No entanto, sua obra ainda está viva e movimenta as artes e a política, sendo arma e inspiração para as revoluções que ainda estão por vir.

https://causaoperaria.org.br/2023/11-02-1948-morre-sergei-eisenstein-o-cineasta-da-revolucao/

 

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