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CINEMA


Andy

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NOTÍCIAS

A atriz Gal Gadot pode voltar à franquia “Velozes e Furiosos” em “Fast X”.

Como isso se dará, no entanto, é um mistério, dado que sua personagem, Gisele, morreu em “Velozes e Furiosos 6“. Mas essa também não será a primeira vez que um personagem é revivido pela franquia, já que o mesmo aconteceu com o próprio namorado de Gisele, Han (vivido pelo ator Sung Kang). 

O novo filme terá direção de Louis Leterrier.

“Fast X” tem previsão de estreia para 19 de maio de 2023.

Fonte : https://cinemacomrapadura.com.br/noticias/619507/fast-x-gal-gadot-pode-voltar-a-franquia-velozes-e-furiosos-no-decimo-filme/

 

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NOTÍCIAS

CINEMA E POLÍTICA

Mephisto e a esquerda adormecida

Mephisto é um filme sobre a apatia da esquerda em momentos históricos que exigem ação

Mephisto-1.jpg

Há uma cena de Mephisto (Mephisto,1981), dirigido pelo cineasta húngaro István Szabó, que é primorosa: o ator Hendrik Höfgen (Klaus Maria Brandauer) está dormindo quando um amigo entra correndo em seu apartamento para avisar que Hitler havia sido escolhido como chanceler da Alemanha.

O amigo alerta Höfgen da urgência da situação e que um protesto veemente é necessário para impedir que a Alemanha siga pelo caminho do absurdo, mas o ator não lhe dá ouvidos, dizendo que não era o momento e que ele estava exagerando.

A cena é simbólica. Ela representa a apatia na hora da tomada de decisão pelas forças que deveriam ser as primeiras a se erguerem contra a ameaça do horror. O momento histórico em que vivemos nos mostrou com clareza como isso acontece: a recusa à mobilização da classe trabalhadora desde o golpe contra Dilma Rousseff ainda é, infelizmente, a norma e evidencia os caminhos equivocados dessas lideranças de centrais sindicais, de partidos políticos de esquerda e das demais forças progressistas na leitura da conjuntura histórica e na condução dos trabalhadores em momentos que exigem ação máxima e urgente.

No nosso caso, tudo isso ainda vem embrulhado no apelo sensacionalista ao medo e à indignação nas redes sociais, nesses ambientes onde impera uma cacofonia de ideias superficiais e medíocres que revelam o comportamento individualista e cafona de pessoas e instituições que deveriam liderar o debate. Neste espetáculo de massa imbecil, a única meta é o número de likes.

O filme de Szabó é um dos melhores filmes sobre a II Guerra Mundial e sobre a ascensão do nazismo na Alemanha que já assisti. Seu foco é o papel do artista e da arte em momentos extremos. O personagem de Brandauer é um jovem ator que faz peças brechtianas, mas sem a convicção ideológica que os tempos lhe impõem.

Ele pensa que é mais esperto que os nazistas, que pode enganá-los, que pode usar seus atributos de ator e de celebridade como proteção. Será que conseguimos elencar exemplos atuais do mesmo comportamento? Sua inspiração está na peça Dr. Fausto, de Goethe. No teatro, para deleite da plateia nazista que ele tenta seduzir, Höfgen interpreta Mephisto, o espírito diabólico com quem o médico faz um pacto demoníaco em nome da glória pessoal.

O filme é uma adaptação do romance de mesmo nome de Klaus Mann, publicado em 1936, no auge da ascensão do Terceiro Reich. Klaus era filho do escritor Thomas Mann, vencedor do prêmio Nobel. Essa é uma história interessante: anos depois da publicação do livro de seu filho, Mann escreverá seu próprio Dr. Fausto, que também é sobre um artista, no caso, um compositor, fazendo uma reflexão sobre o gênio alemão na música clássica e a loucura dos pactos demoníacos.

Szabó explica seu principal objetivo com a adaptação: “eu queria mostrar o problema na esperança de que o espectador se identificasse com o personagem e depois sentisse vergonha. E se ele se sentir envergonhado, entenderá e passará a se conhecer melhor. E talvez esse sentimento de vergonha – esse sentimento catártico de vergonha – seja uma vacina contra situações assim. Este é o nosso esforço com aquele filme. Eu vejo o filme como um remédio”.

A complexidade do enredo de Mephisto está no fato de que o personagem principal não é um nazista, não é um bolsotário. Ao contrário. Portanto, esse processo catártico de vergonha está associado àqueles que, como apontado acima, estavam dormindo quando a História os chamava à ação.


Também não podemos descartar a hipótese de que Szabó buscou fazer um filme sobre a própria situação da Hungria e do leste europeu comunista no início da década de 1980. Recentemente, escrevi sobre Danton, o processo da Revolução, filme do diretor polonês  Andrzej Wajda, realizado em 1983. Esses filmes captam, de maneira distinta, mas estranhamente complementares, as crises daqueles anos que culminariam na queda do Muro de Berlim e no fim da União Soviética. Vale a pena entendê-los neste contexto também.

https://causaoperaria.org.br/2022/mephisto-e-a-esquerda-adormecida/

 

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PELÉ E O CINEMA

Pelé protagonizou filme que se tornou propaganda contra o nazismo

Só o Pelé já parou uma guerra e só o Pelé já fez gol no Sylvester Stallone

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Pelé, indiscutivelmente o maior jogador de futebol da história, foi um ícone não só por sua atuação magnífica dentro de campo, dando-lhe a alcunha de Rei, mas também pela sua importância de forma progressista para o esporte e a sociedade. Ele atuou em alguns filmes, além de inúmeros documentários, se aventurando também pelas telas do cinema.

No filme “Fuga para a Vitória”, que se passa durante a Segunda Guerra Mundial e é uma propaganda contra o nazismo, Pelé foi um dos protagonistas ao lado de Michael Caine e Sylvester Stallone, famosos atores de Hollywood, mas o Rei foi a estrela dentro dos campos e na relevância da trama. Na história das telas, Pelé interpretou um preso político pelo regime nazista, que foi convocado para jogar no time dos presidiários contra a seleção alemã; a ideia, por trás da partida, era que os nazistas jogassem e derrotassem a equipe dos presos aliados como propaganda de seu regime, entretanto, os aliados planejavam utilizar o intervalo do jogo para fugirem.

Pelé, no filme, não só protagoniza uma propaganda contra o regime nazista, mas o faz por meio do futebol brasileiro, fazendo todos ficarem, atônitos, admirando suas jogadas – que ele pessoalmente decidiu quais seriam – e sua tradicional bicicleta. Diversos personagens do filme aplaudem o Rei jogar, sejam opositores, aliados ou torcedores, mostrando que não há quem não fique de queixo caído o vendo jogar.

Isto não é pouca coisa. O futebol brasileiro sempre foi a forma do povo pobre se rebelar contra os que os oprimem, sendo um esporte de pessoas saídas de todos os cantos do país, dos mais pobres aos mais distantes, mostrando que as potências imperialistas não conseguem se criar dentro de campo contra o jeito brasileiro de jogar, de forma ofensiva e com uma beleza sem igual. Pelé fez isso no filme e levou o recado do futebol brasileiro, em seu caráter mais progressista, para as telas de todo o mundo.

Dentre os cantos da torcida Santista, a Vila Belmiro sempre ouve os gritos de “só o Pelé já parou uma guerra” e este trecho não é à toa. O Rei parou uma guerra civil na Nigéria, em 1969, pois todos queriam vê-lo jogar pessoalmente – algo inédito para um país africano que vivia uma crise. Muito além das telas, o que Pelé fez em campo não pode ser comparado com nenhum outro jogador, tendo um valor único para todos os povos oprimidos e levando o futebol nacional adiante para todos os cantos do mundo.

Só o Pelé já parou uma guerra e só o Pelé é o Rei do Futebol.

https://causaoperaria.org.br/2022/pele-protagonizou-filme-que-se-tornou-propaganda-contra-o-nazismo/

 

 

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Filmes americanos com as maiores bilheterias do cinema em 2022 :

1. Top Gun : Maverick - $1,488,732,821
2. Avatar : O Caminho da Água - $1,100,800,853
3. Jurassic World : Domínio - $1,001,136,080
4. Doutor Estranho no Multiverso da Loucura - $955,775,804
5. Minions 2 : A Origem de Gru - $939,433,210
6. Pantera Negra : Wakanda Para Sempre - $806,857,711
7. Batman - $770,836,163
8. Thor : Amor de Trovão - $760,928,081
9. Animais Fantásticos : Os Segredos de Dumbledore - $405,161,334
10. Sonic 2 - $402,656,846

 

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PELÉ E O CINEMA

Pelé protagonizou filme que se tornou propaganda contra o nazismo

Só o Pelé já parou uma guerra e só o Pelé já fez gol no Sylvester Stallone

Captura-de-Tela-2022-12-29-as-00.39.31-1

Pelé, indiscutivelmente o maior jogador de futebol da história, foi um ícone não só por sua atuação magnífica dentro de campo, dando-lhe a alcunha de Rei, mas também pela sua importância de forma progressista para o esporte e a sociedade. Ele atuou em alguns filmes, além de inúmeros documentários, se aventurando também pelas telas do cinema.

No filme “Fuga para a Vitória”, que se passa durante a Segunda Guerra Mundial e é uma propaganda contra o nazismo, Pelé foi um dos protagonistas ao lado de Michael Caine e Sylvester Stallone, famosos atores de Hollywood, mas o Rei foi a estrela dentro dos campos e na relevância da trama. Na história das telas, Pelé interpretou um preso político pelo regime nazista, que foi convocado para jogar no time dos presidiários contra a seleção alemã; a ideia, por trás da partida, era que os nazistas jogassem e derrotassem a equipe dos presos aliados como propaganda de seu regime, entretanto, os aliados planejavam utilizar o intervalo do jogo para fugirem.

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Pelé, no filme, não só protagoniza uma propaganda contra o regime nazista, mas o faz por meio do futebol brasileiro, fazendo todos ficarem, atônitos, admirando suas jogadas – que ele pessoalmente decidiu quais seriam – e sua tradicional bicicleta. Diversos personagens do filme aplaudem o Rei jogar, sejam opositores, aliados ou torcedores, mostrando que não há quem não fique de queixo caído o vendo jogar.

Isto não é pouca coisa. O futebol brasileiro sempre foi a forma do povo pobre se rebelar contra os que os oprimem, sendo um esporte de pessoas saídas de todos os cantos do país, dos mais pobres aos mais distantes, mostrando que as potências imperialistas não conseguem se criar dentro de campo contra o jeito brasileiro de jogar, de forma ofensiva e com uma beleza sem igual. Pelé fez isso no filme e levou o recado do futebol brasileiro, em seu caráter mais progressista, para as telas de todo o mundo.

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Dentre os cantos da torcida Santista, a Vila Belmiro sempre ouve os gritos de “só o Pelé já parou uma guerra” e este trecho não é à toa. O Rei parou uma guerra civil na Nigéria, em 1969, pois todos queriam vê-lo jogar pessoalmente – algo inédito para um país africano que vivia uma crise. Muito além das telas, o que Pelé fez em campo não pode ser comparado com nenhum outro jogador, tendo um valor único para todos os povos oprimidos e levando o futebol nacional adiante para todos os cantos do mundo.

Só o Pelé já parou uma guerra e só o Pelé é o Rei do Futebol.

https://causaoperaria.org.br/2022/pele-protagonizou-filme-que-se-tornou-propaganda-contra-o-nazismo/

 

 

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"Avatar : O Caminho da Água" iniciou 2023 no topo ao manter a liderança nos cinemas brasileiros pela terceira semana consecutiva.

O filme arrecadou R$ 14,82 milhões ao levar 620 mil espectadores às salas nacionais entre quinta-feira e domingo, segundo dados inéditos da Comscore.

Fonte : https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2023/01/avatar-2-inicia-2023-na-lideranca-nos-cinemas-brasileiros.ghtml

 

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PELÉ NO CINEMA

Pelé também lutou pelo cinema nacional

A contribuição do rei foi além do futebol

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Pelé não brilhou somente dentro das quatro linhas, o rei do futebol também se aventurou no cinema, onde também contribuiu para a disseminação da sétima arte.

Em entrevista a um antigo programa da TV Cultura, Vox Populi, Pele comentou sobre a história que ele mesmo escreveu e que virou roteiro do filme “Os Trombadinhas”, dirigido por Anselmo Duarte. “Pelé joga contra o crime” também foi outro título sugerido para esse filme de 1979.

https://causaoperaria.org.br/2022/pele-tambem-lutou-pelo-cinema-nacional/

 

 

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CINEMA

“O rito”, de Ingmar – filme sobre os abusos do poder judiciário

Por que a autoridade dos burocratas perece diante da renovação da vida?

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Desde as origens das artes, o abuso das autoridades instituídas é tema tratado com veemência; já em Homero, século VIII aC, a célebre ira de Aquiles e seu abandono da guerra de Troia foram motivados por decisões injustas. Dessa maneira, não cabendo no espaço desta coluna análises amplas das relações entre arte e direito, sempre é possível refletir sobre o tema, sobretudo quando partimos das considerações de Ingmar Bergman no filme “O rito”, lançado em 1969, com atuações de Ingrid Thulin, Anders Ek e Gunnar Björnstrand nos papeis dos artistas de teatro e Erik Hell, no papel do juiz.

Em meio ás variadas interpretações do filme, certamente há os temas do poder judiciário e dos falsos crimes, isto é, dos crimes inventados pelo sistema burocrático e, não raramente, demencial da justiça. Evidentemente, poucos contestariam serem crimes o assassinato, o estupro e o cárcere privado, entretanto, que delito grave há em fumar, beber, blasfemar? No Brasil, por exemplo, a liberdade de expressão está sendo criminalizada paulatinamente, por isso mesmo, nestes tempos de retrocesso, vale a pena lembrar daqueles que, em nome do amor à liberdade, combateram a censura.

Entre os entraves da liberdade de expressão estão, certamente, supostos imperativos morais, cujos dogmas encobrem, em regra, outros imperativos, em especial, os imperativos econômicos: (1) a lei seca em vigor nos Estados Unidos de 1920 a1933, de ordem moral, teve por suporte econômico o tráfico lucrativo de bebidas alcoólicas com o Canadá; (2) enquanto holandeses fumam skunk impunemente, milhares de brasileiros amargam penas absurdas em nome da proibição da maconha, outra proibição moralista, cuja função, em vez de combater o narcotráfico, parece incentivá-lo, colocando-o fora da lei, portanto, livre de quaisquer controles além da violência.

Tais imperativos morais, embora ancorados nas relações econômicas, pois derivam delas, nem sempre atingem diretamente o mercado financeiro envolvendo os comércios de bebidas, charutos ou cocaína; muitos desses preceitos ganham forma de religião – sempre há grupos puritanos nas comissões de frente das leis secas e das guerras contra as drogas –, incidindo-se, dessa maneira, explicitamente sobre os chamados bons costumes e criminalizando, por exemplo,  a exibição pública de determinadas partes do corpo, o amor entre pessoas do mesmo sexo e, até mesmo, fazer sexo. Nessas circunstâncias, devido às correlações entre religião, moral, as proibições e a economia baseada em contrabandos e descaminhos, quaisquer refutações a um dos elementos dessa trama reflete nos demais; por consequência, as religiões se tornam intolerantes com outros cultos contrários a elas e capazes de se contrapor à imposição de dogmas bastante discutíveis.

Pois bem, o grupo de atores do filme de Bergman, ao promover com sua peça de teatro debates morais, de cunhos religiosos, termina detido para interrogatório por um juiz, no mínimo, desprezível. Tratando-se de crime inventado, as arbitrariedades do inquisidor tornam-se aviltantes; o infeliz juiz, entretanto, não consegue lidar com os atores, sucumbindo ao ritual encenado na peça, justamente, ao tentar censurá-lo.

O país da trama não é mencionado, tornando-se dessa maneira qualquer lugar em que juízes exercem arbitrariedades; no início do filme, apenas sabemos que três atores serão interrogados para averiguação de supostos crimes contra a moral e os costumes. Na montagem, intercalam-se os três interrogatórios com passagens das vidas dos atores, os quais, longe de serem pessoas excepcionais, expressam humanamente inseguranças e limitações, contrariamente ao juiz, alienado inclusive de si mesmo ao persistir com o inquérito. Os atores, isso fica claro, parecem interpretar outros papeis enquanto são interrogados, desestabilizando completamente o juiz, quem comete variados abusos, dos abusos de autoridade aos sexuais, chegando a assediar a atriz; o xeque-mate da trupe, entretanto, acontece na cena final quando, numa sessão exclusiva para o juiz, os atores encenam a peça proibida. Nesse momento, o filme é indescritível; quem assiste à encenação proibida deve participar dela, igualmente ao juiz, e vivenciá-la enquanto rito além do filme, pois o próprio filme torna-se o rito.

Afinal, que rito seria aquele? Nesse momento, para comentar o filme, eu preciso contar seu final; trata-se de um ritual pagão sobre a renovação da vida por meio do nascer do Sol, envolvendo o falo dos atores e os seios da atriz enquanto símbolos dessa renovação. Não há sexo explícito; os atores estão mascarados, ninguém chega a tocar no juiz, quem, acostumado ao ramerrão moralista, não consegue suportar a eficácia simbólica do rito, perecendo de ataque cardíaco fulminante.

Qual seria a explicação disso? Por que tal autoridade estaria fadada a se esvair diante de algo aparentemente inofensivo, isto é, louvar a renovação da vida? Para servir à burocracia sem se revoltar contra ela, tal serviçal deve estar completamente de acordo com suas normas, deliciando-se, em certa medida, com duas mediocridades: (1) a mediocridade do sistema, pois toda burocracia é ineficiente – ao administrar homens em vez de contabilizar coisas, toda burocracia está fadada ao fracasso, pois sua única função passa ser administrar privilégios –; (2) a própria mediocridade, pois enquanto agente repressor, o primeiro a ser reprimido é o burocrata, seja ele professor universitário ou juiz. Dessa forma, esse ser humano, para se tornar aviltante, apesar de aparentemente exaltado em meio aos demais burocratas, ele deve ter suas singularidades anuladas diante da própria burocracia e dos valores conservadores reproduzidos nela. Assim, se essa pessoa não suporta a mudança de uma vírgula em seus manuais, certamente não é fácil para ela entender outras formas de liberdade e, muito menos, inserir-se na grandeza do universo, expressa em todo nascer do Sol. Fazer poesia com a natureza já é algo grandioso; inserir-se em mistérios mediante rituais permeados de símbolos indecifráveis pode ser transcendental; no filme de Bergman, o infeliz burocrata, antes de infartar, busca se justificar com traumas pueris, que nada são diante do rito.

Todo filme de arte vai além de seu tempo e de suas fronteiras; ainda esta semana assisti novamente ao show de Peter Tosh gravado ao vivo no Greek Theater, Los Angeles, 1983, que me lembrou do rito encenado por Bergman. Na abertura do vídeo, há o nascer do Sol; ao som de aleluias, Peter Tosh entra em cena dançando, com um crucifixo na mão, ele canta reggae, prega a legalização da maconha, a emancipação dos negros e denuncia a violência policial, enfim, um rito repleto de palavras de ordem contra a repressão. Quantos juízes não quereriam enquadrar aquele ativista negro por ter fumado sua erva ou tomado em vão o nome de Deus? Quais desses dois últimos crimes são realmente crimes? Qual burocrata não se anularia entre os rastafari?

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https://causaoperaria.org.br/2023/o-rito-de-ingmar-filme-sobre-os-abusos-do-poder-judiciario/

 

 

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O filme "Avatar : o Caminho da Água" levou mais de 1 milhão de pessoas aos cinemas no fim de semana e arrecadou R$ 26,4 milhões.

Em segundo lugar, ficou o estreante "Gato de Botas 2 : o último pedido", cuja renda foi de R$ 12,6 milhões para um público de 605 mil pessoas.

Fonte : LAURO JARDIM - O GLOBO

 

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Quando a Sony apresentou o teaser de “Gran Turismo”, adaptação cinematográfica da franquia de simuladores de corridas de carros na feira de tecnologia CES 2023 nesta semana, ela exibiu sua nova identidade como uma empresa de conteúdo.

O filme reflete a transformação da criadora das TVs Bravia para se tornar provedora de entretenimento. A produção também representa uma ponte significativa entre a Sony Pictures, a Sony PlayStation e a Sony Music, de acordo com executivos do setor entrevistados pela Reuters.

“Eu defini nossa identidade como uma empresa de entretenimento criativo com uma base sólida em tecnologia”, disse o presidente-executivo da Sony, Kenichiro Yoshida.

A aparição do filme na CES em um palco normalmente reservado para TVs de tela grande e robôs representa 10 bilhões de dólares em investimentos em música, videogames e animes nos últimos cinco anos, incluindo “The Last of Us” e “God of War”.

“Gran Turismo” é um de 10 filmes e projetos para televisão inspirados em videogames que estão em vários estágios de desenvolvimento.

No mês passado, a Amazon Prime Video encomendou “God of War”, uma adaptação live-action do sucesso do PlayStation baseada na mitologia grega.

A Sony resistiu a perseguir a Netflix com um serviço rival e evitou o apelo de um acionista para vender ou desmembrar seus ativos de mídia e entretenimento em 2020. Em vez disso, fechou acordos para fornecer filmes para Netflix e Disney+ e séries para HBO, Amazon e Apple TV+.

A mudança se reflete nos resultados da Sony, com dois terços do lucro operacional vindo de games, música e cinema. 

O lucro operacional subiu 8%, para 2,6 bilhões de dólares de julho a setembro, superando previsões de analistas.

“Isso é uma completa reviravolta desta companhia para algo que não se trata mais como apenas uma empresa de eletrônicos”, disse Ulrike Schaede, professora de negócios especializada em companhias japonesas na School of Global Policy and Strategy, em San Diego.

Segundo ela, a Sony agora tem uma narrativa corporativa coerente que torna mais fácil unir as divisões da companhia. “Está é uma nova Sony”, disse. “Agora, eles vão conseguir entregar ? Eu não sei.”

A Sony lutou por décadas para alcançar a sinergia que a empresa promoveu com a aquisição da Columbia Pictures em 1989. Na melhor das hipóteses, essas colaborações forçadas acabaram como colocação de produto em um filme ou promoção de marketing. Na pior, atrapalharam a adaptação à era digital.

Os executivos de entretenimento então criaram a PlayStation Productions : divisão dentro do grupo de jogos localizada no estúdio de Culver City, na Califórnia, e dedicada a adaptações para cinema e TV. Ela agia como um adido cultural do grupo Sony para Hollywood.

O resultado foi “Uncharted”, o filme lançado em 2022 estrelado por Tom Holland, de “Homem-Aranha”, e Mark Wahlberg. O filme rendeu 401 milhões de dólares em bilheterias e se tornou o filme mais assistido na Netflix quando lançado, em agosto.

“A Sony é a única companhia da indústria de mídia que tem não apenas televisão ou cinema, mas música, videogames e tecnologia”, disse Tony Vinciquerra, presidente da Sony Pictures.

Fonte : https://www.infomoney.com.br/negocios/sony-revela-nova-estrategia-de-negocios-e-foco-em-entretenimento/

 

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NOTÍCIAS

Vencedores do Globo de Ouro 2023 :

MELHOR FILME – DRAMA

. "Os Fabelmans"

MELHOR FILME - COMÉDIA/MUSICAL

. "Os Banshees de Inisherin"

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO

. "Pinóquio"

PRÊMIO CECIL B. DEMILLE

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. Eddie Murphy

MELHOR DIRETOR

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. Steven Spielberg - "Os Fabelmans"

MELHOR ATOR EM FILME – DRAMA

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. Austin Butler - "Elvis"

MELHOR ATRIZ EM FILME - COMÉDIA/MUSICAL

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. Michelle Yeoh - "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo"

MELHOR ATOR EM FILME - COMÉDIA/MUSICAL

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. Colin Farrell, "Os Banshees de Inisherin"

MELHOR ATRIZ EM FILME – DRAMA

. Cate Blanchett - "Tár"

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM FILME

. Angela Bassett, "Pantera Negra : Wakanda para sempre"

MELHOR ATOR COADJUVANTE EM FILME

. Ke Huy Quan, "Tudo em todo lugar ao mesmo tempo"

MELHOR FILME INTERNACIONAL

. Argentina, 1985

MELHOR ROTEIRO

. Os Banshees de Inisherin

 

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NOTÍCIAS

Indicados ao SAG Awards 2023 :

Melhor elenco de filme

"Babilônia"
"Os Banshees de Inisherin"
"Tudo em todo lugar ao mesmo tempo"
"Os Fabelmans"
"Entre mulheres"

Melhor atriz

Cate Blanchett ("Tár")
Viola Davis ("A mulher rei")
Ana de Armas ("Blonde")
Danielle Deadwyler ("Till - A Busca por justiça")
Michelle Yeoh ("Tudo em todo lugar ao mesmo tempo")

Melhor ator

Austin Butler ("Elvis")
Colin Farrell ("Os Banshees de Inisherin")
Brendan Fraser ("A baleia")
Bill Nighy ("Living")
Adam Sandler ("Arremessando alto")

Melhor atriz coadjuvante

Angela Bassett ("Pantera negra : Wakanda para sempre")
Hong Chau ("A baleia")
Kerry Condon ("Os Banshees de Inisherin")
Jamie Lee Curtis ("Tudo em todo lugar ao mesmo tempo")
Stephanie Hsu ("Tudo em todo lugar ao mesmo tempo")

Melhor ator coadjuvante

Paul Dano ("Os Fabelmans")
Brendan Gleeson ("Os Banshees de Inisherin")
Barry Keoghan ("Os Banshees de Inisherin")
Ke Huy Quan ("Tudo em todo lugar ao mesmo tempo")
Eddie Redmayne ("O Enfermeiro da noite")

Fonte : https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2023/01/11/sag-awards-2023-anuncia-indicados.ghtml

 

Editado por E.R
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